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IV Seminário Periferias Insurgentes discute encruzas para futuros impossíveis no CCBJ e Nóis de Teatro

17/03/2023

Pensando nas encruzas possíveis realizadas em territórios periféricos, de 23 a 25 de março o IV Seminário Periferias Insurgentes promove a continuidade do diálogo com artistas e pesquisadores da cena cultural, promovendo a discussão sobre os processos de composição poéticas, seus meios de acesso a políticas públicas e a construção de suas narrativas.

Realizado pelo Grupo Nóis de Teatro em parceria com o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (SECULT/CE), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), na sua quarta edição, o Seminário Periferias Insurgentes discute o tema “Encruzas para Futuros Impossíveis”.

As mesas acontecem na sede do Nóis e no CCBJ, presencialmente, com apresentações culturais encerrando cada um dos dias de discussão. A programação do seminário também abrange duas das Masterclasses do CCBJ: a Masterclass de Dança com Cley Monteiro e a Masterclass de Teatro com Bárbara Matias.

Para participar da programação do seminário é necessário se inscrever preenchendo o formulário clicando aqui.

Confira abaixo a programação completa do seminário:

23/03

  • Masterclass de Dança “Brega Funk- A dança urbana em seu processo de composição” com Cley Monteiro

Local: CCBJ (Praça Central)
Horário: 18h30

  • Apresentação do Experimento Cênico do Grupo Nóis de Teatro “DESTERRO”

Local: CCBJ (Teatro Marcus Miranda)
Horário: 20h

  • Show Brega Funk com CIA 085

Local: CCBJ (Praça Central)
Horário: 20h30

24/03

  • Mesa 01 – Cultura do Acesso e políticas afirmativas na periferias

Diálogo sobre as políticas afirmativas e como elas de fato chegam nos espaços periféricos e mais distantes do centro, em conversa com artistas e pesquisadores da cidade que experienciam elas na prática.

Participantes: Paulo Roberto, Jô Costa e Stefany Mendes  
Mediação: Vitória Samea
Local: CCBJ (Biblioteca Cristina Poeta)
Horário: 15h

Paulo Roberto – Paulo Roberto Cândido de Oliveira é Engenheiro Eletricista, Professor Especialista na área de Deficiência Visual. É coordenador de projetos culturais da Sociedade de Assistência aos Cegos. Membro Presidente Fundador da Academia de Letras e Artes da Sociedade De Assistência aos Cegos (ALASAC). Membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza (AMLEF). Coordenador do projeto Visão Musical da Sociedade de Assistência aos Cegos. Membro do grupo de teatro Olho Mágico e apresentador do programa Ponto Cego na TV Assembleia.

Jô Costa – Melanie Jô Costa é uma travesti preta de 27 anos moradora do grande bom jardim Educadora social, poeta, militante do movimento negro e LGBTQIAPN+, coordenadora do coletivo Gueto Queen, produtora cultural do festival negruras, Atriz e Performer, apresentadora/ mestra de cerimonias e Atualmente ocupa o cargo de supervisora na assessoria de politicas afirmativas e articulação comunitária do Instituto mirante de cultura e arte.

Stefany Mendes – Travesti, moradora do grande Bom Jardim, multi artista, dentre as artes e atriz, Cantora/Compositora, Produtora Cultural, Artista Plástica, Figurinista e Integrante do I Conselho Estadual de Combate a LGBTfobia, Idealizadora e Coordenadora do Coletivo Polo Trans que surge em 2017 no Polo de Lazer do Conjunto Ceará promovendo ações que afirmam a  cultura e  cidadania de pessoas TLGB+ nas periferias e em espaços da cidade.

Vitória Sâmea – Mulher negra, pessoa com deficiência, possui formação com Tradutora/ Intérprete de Libras formada pela instituição EEEP Joaquim Nogueira com estágio na Secretária de Acessibilidade da Universidade Federal do Ceará (UFC). Graduanda em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda pela UFC. Atualmente na supervisão do Programa de Acessibilidade da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ).

  • Mesa 02 – Refundações Periféricas

Depois de um longo período de constantes turbulências e ataques à cultura, é chegada a hora de pensarmos novos recomeços acerca das ações futuras. A mesa vem debater junto a artistas e coletivos da cidade os próximos caminhares a serem traçados para a continuidade, discutindo possibilidades e expectativas diante do agora.

Participantes: Dalest, Nair Beatriz (Representante da Mancuda) e Amanda Quebrada
Mediação: Rômulo Silva
Local: Nóis de Teatro
Horário: 18h

Pretim Dalest Cearense morador da Periferia Costa Oeste de Fortaleza, Produtor Cultural Favelado, Afro Empreendedor e Arte Educador. Coordenador do projeto de intercâmbio “Periferia e o Escambau”, ação que articula conexões de artistas e produtores favelades de Fortaleza com outros estados do País; gestor da Barraca de Praia “Foi Sol”, ponto cultural e gastronômico da cidade e idealizador do “Soulest Espaço Criativo”, que desenvolve ações no eixo Cultura, Ecologia, Esporte e Tecnologia, ambas iniciativas localizadas na Praia da Leste-Oeste, Fortaleza/CE. Integrante do Fórum Construtivo do Instituto NU, nova plataforma de inovação social da Nubank. Compõe a equipe do Festival Negruras movimento cultural e formativo que trabalha com a diversidade afrocearense-periféricas.

Nair Beatriz (Representante da Mancuda) – Nair Beatriz é Graduanda em bacharelado em Ciências Sociais na Universidade Federal do Ceará (UFC), Atua na linha de pesquisa “Cultura, Política e Conflitos Sociais”, onde desenvolve estudos sobre relações raciais e moda. Produtora de moda de favela, idealizadora da marca Mancuda, Costureira e Fotógrafa.

Rômulo Silva – Poeta, Professor e Pesquisador. Cria do Planalto Airton Senna (mais conhecido como Pantanal), é mestre em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Estadual do Ceará (PPGS-UECE) e Bacharel em Comunicação Social, Jornalismo pela Estácio FIC. É integrante do Laboratório de Estudos da Conflitualidade e Violência (COVIO/UECE), pesquisador-colaborador no Laboratório de Arte Contemporânea (LAC/UFC) e também pesquisador do Laboratório de Artes e Micropolíticas Urbanas (LAMUR/UFC).Tem interesses nas áreas da Sociologia Imaginativa; Fabulação Crítica; Mediação de Leituras; Bibliotecas-Livres e Encontros-saraus, além do Pensamento Negro Radical. Doutorando pelo Programa de Pós-graduação em Sociologia (PPGS/UECE).

  • Apresentação da Dj’s Sully Winnie

Local: Nóis de Teatro
Horário: 20h

25/03

  • Masterclass de Teatro “Narrativas em retomada: Poéticas do Diversocom Bárbara Matias

A mesa vem debater como as narrativas periféricas contemporâneas têm produzido uma diversidade de práticas, pensamentos e dispositivos de ampliação referencial, pensando o campo da escrita como um espaço de transposição de narrativas e mundos, vivenciados por corpos dissidentes, periféricos e em retomada.

Participantes: Bárbara Matias, Liv, Thales Azigon
Mediação: Altemar Di Monteiro
Local: Nóis de Teatro
Horário: 15h 

Barbara Leite Matias – É indígena da etnia Kariri. Planta semente de artes da presença e da escrita.  Compõe a Coordenação Pedagógica na Escola Carpintaria da Cena – formação livre em Teatro e Tradição/G.Ninho, Crato, é tutora no escola livre de audiovisual “Brotar Cinema” com o Povo Anacé. Faz parte do cotidiano dos grupos “Tamain Arte Indígena Cearense”, “Literatura Indígena CE” e “Retomada Kariri”.  Idealizadora da Coletiva Flecha Lançada Arte. É autora do livro “Pensando a Pedagogia do Teatro”, da Sala de Ensaio para a Escola Pública. Formada em Roteiro no Laboratório de Cinema Porto Iracema das Artes em 2022.  Atualmente Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Artes (PPGArtes) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde cultiva a roça/tese “Avermelhada corpa em guerra corpa cura – resistência indígena Kariri nas artes da cena”.

Liv Costa – Cineasta e artista visual parahybane. Formado pela Escola Pública de Audiovisual da Vila das Artes (CE), cria narrativas por meio do cinema, da animação e dos quadrinhos. Suas pesquisas se relacionam principalmente à dissidência de gênero, sexualidade, montagem e memória. No audiovisual, realizou o curta-metragem Pátria (2020), filme exibido em festivais internacionais, nacionais e vencedor de três prêmios. Dentre estes, o de Melhor Curta Cearense pelo Festival de Cinema do Vale do Jaguaribe (CE). Também, dirigiu o filme Na Estrada Sem Fim Há Lampejos de Esplendor (2021), com estreia na 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes. 

Talles Azigon – Poeta cearense, contador de histórias, produtor cultural, leitor de Manuel Bandeira e faz de sua atividade  profissional de Mediador de Leitura uma ação política. Publicou dois livros de poemas pela Editora Substância, o Três golpes d´água e MARoriGINAL

Altemar Di Monteiro – É dramaturgo, professor, encenador, curador, diretor cofundador do Nóis de Teatro. Pós-doutorando em Teatro, Doutor e Mestre em Artes, Especialista em Arte-educação, licenciado e tecnólogo em Teatro. Dramaturgo de “Todo Camburão Tem Um Pouco de Navio Negreiro”, “Ainda Vivas”, “Sertão.doc”, dentre outras peças do Nóis de Teatro. Autor do livro “Caminhares Periféricos – Nóis de Teatro e a Potência do Caminhar no Teatro de Rua Contemporâneo” (Editora Piseagrama, Belo Horizonte, 2018).

  • Finalização do Seminário com o sarau “Alvoroço”

Participantes: Majorette; DJ’s Molhadonas e Madame. 
Local: Sede do Nóis
Horário: 18h

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