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Iniciativas culturais do Grande Bom Jardim são reconhecidas como Pontos de Cultura pelo Governo do Estado do Ceará

19/08/2023

Por meio da Secretaria de Cultura do Ceará, o Governo do Estado certificou 69 entidades e coletivos culturais, sendo seis deles localizados no Grande Bom Jardim. O resultado foi divulgado no dia 24 de julho, e os projetos contemplados pela chamada pública de 2023 agora são considerados Pontos de Cultura do Ceará.

Bloco Zé Almir, Bonde Somos Todas Marias, Brincantes Sonoros, Fórum de Cultura do Grande Bom Jardim, Palácio Maria Luziara e Quintal Cultural Raimundo Vieira são os seis novos Pontos de Cultura do Grande Bom Jardim, tendo sido os dois últimos assessorados pelo Bússola Cultural, um dos serviços do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ).

Cada uma dessas iniciativas promove atividades culturais relacionadas ao teatro, à dança, à música e outras linguagens artísticas, associando-as à militância e à luta política, e atuam na difusão da cultura e da educação, visto que muitos desses grupos ofertam oficinas e formações, no território do Grande Bom Jardim e em outras áreas de periferia. 

“A certificação pode proporcionar benefícios como acesso a incentivos fiscais, proteção de patrimônio e visibilidade, contribuindo para a preservação e promoção da diversidade”, afirma a massoterapeuta e mãe de santo Jacqueline Gonçalves, representante do terreiro Palácio Maria Luziara.

As expectativas de Lenice Ferreira, Bruno Sodré e Graça Castro, os respectivos representantes do Quintal Cultural, Brincantes Sonoros e Fórum de Cultura do Grande Bom Jardim, são o fortalecimento das atividades e maior abrangência de público. O reconhecimento também é considerado uma vitória para a periferia.

“A certificação pelo Governo do Estado é uma prova de que a luta comunitária e popular vale a pena e que a cultura periférica está cada vez mais próxima de onde deve estar: no centro dos debates, das oportunidades e das condições de produzir arte mudando vidas”, diz a articuladora comunitária Graça Castro.

“Como Ponto de Cultura, podemos fortalecer o fazer e o pensar artístico periférico e, assim, tecer caminhos e redes de ação coletiva com artistas e grupos”. Assim como Graça Castro, Bruno Sodré avalia o reconhecimento oficial como uma forma de impulsionar o contato do Brincantes Sonoros com outros pontos de cultura do estado.

Além de potencializar os serviços e ações promovidos pelos Pontos de Cultura, a certificação do Governo do Estado pode fortalecer a rede de coletivos, entidades culturais do estado e trabalhadores da cultura, podendo ampliar também a credibilidade desses grupos, como acredita Jacqueline Gonçalves.  

A relação do Centro Cultural Bom Jardim com os Pontos de Cultura do território

O CCBJ, equipamento da Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult CE), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), também faz parte da história do coletivo Brincantes Sonoros, que iniciou suas atividades no CCBJ há mais de dez anos.

Bruno Sodré, coordenador geral do Brincantes Sonoros, conta que as atividades do projeto começaram quando ele ainda fazia um curso de percussão no equipamento. Assim, ele começou a dar aulas de percussão no CCBJ e, aos poucos, foi acrescentando outras atividades que contemplam diferentes linguagens artísticas e expandindo o projeto.

Além da assessoria do Bússola Cultural, o CCBJ também tem um histórico com o Quintal Cultural Raimundo Vieira, que existe desde 2017 e participou, a convite do evento, do curso de produção de eventos literários. A partir do curso, foi criada a biblioteca comunitária do Quintal Cultural, que serviu como ponto de partida para a expansão das atividades do projeto.

Já para o Fórum de Cultura do Grande Bom Jardim, a relação é de respeito e admiração pelo Centro Cultural. “Nós temos amor pelo equipamento pelo significado simbólico de sua existência e de sua função como semeador de sonhos”. O significado simbólico mencionado por Graça Castro pode ser percebido na definição do trabalho do CCBJ feita por Jacqueline Gonçalves.

A fundadora do terreiro Palácio Maria Luziara, um dos grupos orientados e assessorados pelo Centro Cultural Bom Jardim por meio do Bússola Cultural, compreende que a importância do trabalho do equipamento está no “desenvolvimento do senso de pertencimento e coesão social na comunidade”.

Enquanto beneficiadas pelo serviço do CCBJ, Lenice Ferreira e Jacqueline Gonçalves associam a conquista da certificação do Quintal Cultural Raimundo Vieira e do Palácio Maria Luziara como Pontos de Cultura diretamente ao Bússola Cultural. 

Para agendar atendimento com o Bússola Cultural, acesse aqui. Em caso de dúvidas, entre em contato pelo e-mail bussolacultural.ccbj@idm.org.br. 

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