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GALERIA EM PAUTA SEGUE COM A EXPOSIÇÃO “ESCUTA SENSÍVEL DAS PLANTAS” ATÉ O DIA 20 DE ABRIL: UMA COSTURA POÉTICA  ENTRE A CORPOREIDADE TRAVESTI E CORPOREIDADES PLANTA.

12/04/2023

Compondo a programação do projeto “Galeria em Pauta”, o  Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) realiza a abertura da exposição “Escuta Sensível das Plantas”, uma costura poética que aborda o cultivo de uma relação sensível entre uma corporeidade travesti e as corporeidades planta.

A partir da criação de uma prática somática intitulada “Escuta Sensível das Plantas”, a exposição articula temas como, sobrevivência, cuidado, ecotransfeminismo, corpo, dança e ancestralidade. “Escuta sensível das plantas” está aberta ao público, desde do dia 06 de abril e segue disponível até o dia 20 de abril, das 18h às 21h, na Multigaleria do CCBJ. 

Esta é a primeira mostra individual de Lyz Vedra, travesti e artista-pesquisadora. A exposição reúne 05 (cinco) obras da artista e travesti Lyz Vedra, e conta com a curadoria de Lucas Dilacerda. A exposição é pensada como uma mediação sensível de um programa de cinco ações ecoperformativas que se conectam entre si e que apresentam o recorte de uma trajetória de pesquisa e criação em ecoperformance. 

Lucas que nasceu e foi criado no Bom Jardim, há 26 anos conta como é expor seu florescer no Centro Cultural Bom Jardim. “Nesse tempo, já realizei curadorias de exposições em diversos equipamentos culturais do Brasil. Entretanto, essa é a primeira vez que eu realizo uma curadoria de exposição no meu próprio bairro. Para mim, isso é muito sintomático de uma certa geopolítica das artes. Como diz o pesquisador e crítico de arte Wes Viana: “Qual local mais fértil para plantas brotarem senão num Grande Bom Jardim?”. Esperamos que a exposição “Escuta sensível das plantas” se ramifique, fertilize e crie frutos nesse bom e bonito jardim”, almeja. 

Para Lyz Vedra é muito significativo propor sua primeira exposição, localizada na periferia de Fortaleza, como o Centro Cultural Bom Jardim.  ” Lugar onde cultivo afetos potentes com pessoas incríveis que tenho conhecido ao longo da minha carreira artística. Artistas, produtores, professores, estudantes de artes, técnicos e profissionais da cultura fazem parte deste território fértil e frutífero. Território esse digno de todo respeito, carinho e investimento na continuidade das políticas públicas e culturais para que o CCBJ seja sempre esse lugar de aprendizado, troca de experiências e cultivo de existências múltiplas” aponta.  Segundo a artista, ela foi muito bem acolhida pelo o equipamento, “desde o primeiro dia de montagem da exposição até o dia da abertura, seja de toda a equipe do CCBJ ou dos frequentadores. Para mim, também foi especialmente significativo poder trocar ideias a partir da exposição, conhecer melhor alguns dos alunos do curso técnico em dança e perceber as encruzilhadas entre as nossas histórias de luta, de dança, de arte e de vida. Nessa terra todo dia brota e nunca há de cessar”, conclui. 

A iniciativa conta com audiodescrição nas obras expostas. O recurso é destinado às pessoas com deficiências visuais, através do QR CODE ilustrado nas fichas de identificação de cada peça. Com um aparelho celular, o visitante conseguirá acessar o link e ouvir a descrição da obra. As descrições serão narradas pela própria artista, no intuito de aproximar o espectador da materialidade da obra. Textos com fontes ampliadas também integram as ações acessíveis  de leitura às pessoas com baixa visão. 

A exposição  segue aberta no CCBJ até o dia 20 (quinta-feira) e é  aberta para todas as idades (classificação livre/gratuita).

Foto: Thiago Matine

Lyz Vedra

É travesti e artista-pesquisadora das artes do corpo, atuante na produção de conhecimento para o campo artístico a partir de um pensamento sensível em artes. É revisora do periódico Revista Vazantes, mestranda no Programa de Pós-graduação em Artes e Bacharela em Dança, todos vinculados ao Instituto de Cultura e Arte (ICA) da Universidade Federal do Ceará (UFC), e produtora de conteúdo na Studio Web Gestão de Redes Sociais. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Dança, atuando principalmente nos seguintes temas: dança contemporânea, dança e filosofia, performance, educação somática, ecossomática, estética e filosofia da arte. Atualmente desenvolve pesquisa de mestrado no Programa de Pós-graduação em Artes do Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará (UFC), intitulada Insurgências Ecotravestis: Performatividades Contrahegemônicas no Pensamento em Artes. 

Foto: Nicolás Leiva

Lucas Dilacerda

É Curador e Pesquisador em Artes Visuais. Trabalha com Artes Visuais há mais de 12 anos. Realizou mais de 10 curadorias. Ministrou mais de 40 cursos e 130 apresentações em diversas instituições de arte do Brasil. Possui mais de 20 textos, críticas de arte e artigos publicados.Foi curador das exposições “Arre_mate”, “Soteramento” e “Decomposição”, e compôs a equipe curatorial das exposições “A casa, o doce e baobá”, no Minimuseu Firmeza; “Ant_ Corpo”, na Galeria Sem Título Arte; e “Ontem, hoje, onde estamos?”, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará. Atualmente, está trabalhando na curadoria da exposição “Se arar” – o I Panorama da Arte Cearense – para a abertura da Pinacoteca do Estado do Ceará; e na curadoria da exposição “Reflorestamento” – comemoração de 10 anos do Laboratório de Artes Visuais do Porto Iracema das Artes –, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará. Participou de diversas exposições e foi vencedor do 70º Salão de Abril. Ministrou cursos, oficinas, seminários e conferências em diversas instituições de arte do Brasil. Lucas Dilacerda é Graduado (Licenciatura e Bacharelado) em Filosofia, com distinção Summa Cum Laude, pela Universidade Federal do Ceará (UFC); Especialista em Filosofia Clínica, pelo Instituto Packter; Mestre em Filosofia, com ênfase em Estética e Filosofia da Arte, pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFC. Também é Graduando em Artes Visuais, pela Universidade Estadual do Ceará; e Mestrando em Artes, pelo Programa de Pós-Graduação em Artes da UFC.

TEMPORADA DE ARTE CEARENSES – TAC 2022

A exposição Escuta Sensível das Plantas faz parte da Temporada de Arte Cearense – TAC 2022, com circulação no Centro Cultural Bom Jardim. A Temporada de Arte Cearense (TAC) é uma ação da Rede Pública de Espaços e Equipamentos Culturais do Estado do Ceará (Rece) da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (Secult Ceará) em parceria com o Instituto Dragão do Mar – IDM.

A iniciativa também foi destaque na mídia cearense no Jornal O Povo. Leia em:

https://www.opovo.com.br/vidaearte/2023/04/04/exposicao-reflete-aproximacoes-entre-corpos-travestis-e-vegetais.html

📌Serviço:

18h às 21h | TEMPORADA DE ARTE CEARENSE – GALERIA EM PAUTA CCBJ : EXPOSIÇÃO ESCUTA SENSÍVEL DAS PLANTAS

Local: Multigaleria do CCBJ (Rua Três Corações, 400, Bom Jardim – Gratuito) 

Período: até o dia 20 de abril (quinta-feira)

Entrada gratuita
Mais informações: @centroculturalbomjardim e @lyzvedra @lucasdilacerda

Público-alvo: Não é voltada especificamente para uma faixa, é aberta para todas as idades.

Classificação Indicativa: L – Livre para todos os públicos

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