O coletivo cearense Amarelo Cor de Caju, fundado em 2018, é formado por realizadores independentes do audiovisual oriundos do Grande Bom Jardim. O coletivo tem como proposta a criação de um espaço permanente que possibilite e estimule os processos do fazer cinematográfico por meio de debates, produções audiovisuais e eventos de arte e cultura voltados para a comunidade do bairro Bom Jardim, área esta que anseia uma maior atuação de políticas públicas para o fomento da cultura.
Em síntese, o grupo tem como objetivo o intercâmbio de vivências culturais entre a arte realizada no Grande Bom Jardim e a cidade de Fortaleza, tendo como foco principal a produção de curtas-metragens e demais formato.
Segundo Marly Pereira, uma das integrantes do grupo, “Amarelo Cor de Caju nasceu da ideia de que precisamos melhorar os valores que temos como sociedade. O coletivo surgiu da curiosidade e pura necessidade de explorarmos o mundo de uma forma mais humana e assim de uma forma mais curiosa, colorida e divertida. Somos fascinados pela cultura e questões sociais. Acreditamos que não devemos definir opiniões, mas sim levantar questões. Em cada foto ou vídeo levando uma mensagem de respeito, humanidade e diversidade. Somos a mudança que queremos ver”.
O projeto busca convidar sujeitos que se identificam ou tenham interesse nos debates conduzidos pela Amarelo Cor de Caju, da democratização do fazer cinematográfico para além dos centros urbanos (tendenciosos ao acúmulo das produções culturais) buscando conduzir essas práticas para os moradores das regiões periféricas de Fortaleza, estas que enfrentam uma maior dificuldade no acesso aos processos de produção cultural.
O grupo entende a educação como um instrumento político e cultural que possibilita articular grandes grupos de forma estratégica para enfrentar as violações de direitos vivenciadas todos os dias. A proposta do coletivo é desenvolver momentos de trocas de experiências e traçar meios de reivindicar uma maior atuação do cinema nas comunidades, como uma potente forma de expressão e de externalizar vivências, criando espaços e parcerias no Grande Bom Jardim.
Atualmente, o coletivo está no processo de produção do projeto “Das Coisas Que Não Te Contei”, que busca retratar através de relatos e materiais de arquivos (datados do início do isolamento social, de 2020), o cotidiano de dois jovens detentores de comorbidades, e moradores da comunidade do Bom Jardim. Assim propondo expor as múltiplas realidades impostas na periferia em razão do período pandêmico instaurado pela Covid-19 e os resultados diários da falta de políticas públicas de enfrentamento nas zonas periféricas.
Saiba mais sobre o grupo em: https://ccbj.org.br/acao-cultural/manutencao-dos-grupos-culturais/amarelo-cor-de-caju/
O Centro Cultural Bom Jardim inicia hoje a série de matérias especiais sobre os projetos selecionados na edição de 2021 da Convocatória Pública para Manutenção das Atividades Artísticas e Culturais de Grupos e Coletivos.
Todo domingo, no site e redes sociais do CCBJ, você encontrará informações sobre um dos grupos selecionados. Pra saber mais sobre todos os projetos e grupos da convocatória, acesse a página exclusiva, que compila todos os selecionados: https://ccbj.org.br/acao-cultural/manutencao-dos-grupos-culturais/
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