Finalizando a edição 2021 das Masterclasses do Centro Cultural Bom Jardim, – CCBJ, equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará – SECULT/CE, gerido pelo Instituto Dragão do Mar – IDM, iniciamos o mês de dezembro com a Masterclass de Audiovisual, com as cineastas e artistas do projeto Nhemongueta Kunhã Mbaraete. A aula show terá como tema “Conversas entre mulheres corajosas” e acontecerá no dia 7 de dezembro, às 18h, ao vivo no canal do CCBJ no YouTube.
O projeto Nhemongueta Kunhã Mbaraete é uma troca de vídeo-cartas entre três mulheres indígenas e uma não indígena, sob a perspectiva afetiva, etnofilosófica e crítica perante o processo atual de isolamento social e ao universo que as permeia. O evento é online e gratuito, aberto ao público interessado na proposta. Confira abaixo as vídeo-cartas do projeto:
Sophia Pinheiro, Graciela Guarani, Patricia Ferreira Pará Yxapy e Michele Kaiowá, são idealizadoras do projeto Nhemongueta Kunhã Mbaraete e irão abordar durante a Masterclass, os processos que levaram o coletivo a construir as vídeos-cartas, os desejos, anseios e desafios de estarem isoladas em tempos de pandemias e mesmo neste contexto produzir uma obra poética, que fala de seus territórios, a coletividade e solidão de cada uma das mulheres. O grupo também abordará assuntos como o cinema da autoimagem; mulheres que transcendem contextos através do afeto; cotidianos femininos diversos, além dos processos de construção do projeto: início, temas, montagem e traduções. A masterclass será mediada por Rúbia Mércia, coordenadora do programa de Audiovisual da Escola de Cultura e Artes do CCBJ.
O segundo momento da Masterclass será no dia 8 de dezembro, às 17h, através da plataforma Google Meet. O momento será fechado para alunos, alunas e professores da Escola de Cultura e Artes e equipe CCBJ, realizado mediante inscrição prévia em formulário. Após o período inicial de inscrições nesse segundo momento, que certifica os participantes, o CCBJ abrirá para o público geral as vagas que não forem preenchidas pelos alunos da Escola de Cultura e Artes do CCBJ. O link para inscrição nas vagas remanescentes do encontro no Meet será divulgado no Instagram, Facebook e site do CCBJ.
Sobre as convidadas
Graciela Guarani, pertencente à nação Guarani Kaiowá, é produtora cultural, comunicadora, cineasta, curadora de cinema e formadora em audiovisual. Uma das mulheres indígenas pioneiras em produções originais audiovisuais no cenário Brasileiro, tem um currículo que inclui direção e roteiro em 8 curtas metragens, uma série de vídeos cartas “Nhemongueta Cunha Mbaraete”, co-direção e cinegrafista no longa “My Blood is Red”, formadora no curso “Mulheres Indígenas e Novas Mídias Sociais – da Invisibilidade ao acesso aos direitos”, pela Onu Mulheres, cineasta facilitadora na oficina de cinema “Ocupar a Tela: Mulheres, Terra e Movimento”.
Michele Kaiowá cria estratégias de resistência aos povos indígenas do Mato Grosso do Sul (MS), fortalecendo a luta pelo território e pela democracia midiática. Formanda em Direção na Escola Cinema Darcy Ribeiro (2019, Rio Janeiro), é realizadora do projeto “Nhemongueta Kunhã Mbaraete”. Participou da oficina “Ocupar a tela, ocupar a terra” e lançou o livro “Lutos pela mulheres indígenas” uma obra audiovisual pelo SESC São Paulo.
Patrícia Ferreira Pará Yxapy, é professora e realizadora audiovisual indígena da etnia Mbyá-Guarani. Em 2007, cofundou o Coletivo Mbyá-Guarani de Cinema. Está finalizando seu primeiro longa e circula em festivais de cinema com o filme “TEKO HAXY – ser imperfeita”, codirigido com Sophia Pinheiro. Em 2019, participou da mostra Performances Ameríndias do Doclisboa (Lisboa), participou como artista da 21ª Bienal de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil com o projeto “Jeguatá – cadernos de viagem”. Em 2020, teve sua primeira exposição individual na Berlinale, dentro da mostra do programa Forum Expanded e participou do projeto Nhemongueta Kunhã Mbaraete.
Sophia Pinheiro é pensadora visual, interessada nas poéticas e políticas visuais, etnografia das ideias, do corpo e marcadores da diferença, principalmente em contextos étnicos, de gênero e sexualidade. Doutoranda em Cinema e Audiovisual do Programa de Pós-graduação da UFF; bacharel em Artes Visuais e mestre em Antropologia Social pela UFG. Professora da Academia Internacional de Cinema É co-diretora com Patrícia Ferreira Pará Yxapy do filme “TEKO HAXY – ser imperfeita”. É uma das realizadoras do projeto “Nhemongueta Kunhã Mbaraete” (2020).
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