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FESTA, BAIA, GIRA, CURA de Jean dos Anjos chega no CCBJ, nesta sexta-feira, dia 20

17/09/2024

O Centro Cultural Bom Jardim ( CCBJ), equipamento da Secretaria da Cultura do Governo Ceará (Secult), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM) recebe em sua multigaleria e espaços alternativos do equipamento, a exposição ‘Festa, Baia, Gira, Cura”, de Jean dos Anjos, nesta sexta-feira dia (20/09), a partir das 18h.

O lançamento da exposição em seu território de origem foi pensado desde o princípio da montagem, conforme aponta artista expositor, Jean dos Anjos, que elaborou toda a criação das peças a partir da vivência do terreiro Cabana do Preto Velho da Mata Escura, Ilê Asé Ojú Oya, de Pai Valdo de Iansã, localizando no Bom Jardim.

“Festa, Baia, Gira, Cura” nasce da historicização do terreiro homenageado. O título surge a partir de elementos primordiais nas celebrações afroameríndias e das vivências do pesquisador. São apresentadas fotografias e materialidades das festas e rituais do terreiro, com enfoque especial para a festa da Rainha Pombagira Sete Encruzilhadas e Exu, a qual ele acompanha desde 2013.

“Festa Baia Gira Cura agora está em seu território. Termina um ciclo e começa outro. Ao Babalorixá Valdo de Oyá e à sua casa todo o meu respeito e a minha admiração. Ao Centro Cultural Bom Jardim meus agradecimentos. Nós vamos longe! Laroyê!”, comemora Jean dos Anjos. 

Dividida em quatro núcleos, a exposição mostra a riqueza da cultura dos terreiros, bem como a resistência dos povos de terreiros na busca pela preservação da memória da umbanda e do candomblé, bem como a luta dos seus praticantes pelo fim do racismo religioso.

A curadora, expografista e oordenadora, Marília Oliveira também comenta sobre a experiência com o sagrado nas artes. 

“Toda vez que se entra em um terreiro é chance de aprender. A umbanda não se ensina só explicando, mas pela intuição e observação. Ao adentrar a exposição, saiba que é no tempo (e no templo) do sagrado que está pisando. Em Festa Baia Gira  Cura se permita abrir os olhos pra ver – escolhendo também as horas de silêncio e olhos fechados, coisa que este Jean dos Anjos, filho do vento, da moça e da macumba, faz. 

Para Marília, a obra de Jean dos Anjos é, sobretudo, um exercício de respeito e de escolha: “abaixar a câmera, manter distância, cerrar a vista  É assim que surge o clique. É assim que se fotografa o mistério”.

A exposição foi lançada no Centro Cultural Dragão do Mar, em 2023 e contou com 25 mil visitantes e agora chega em seu território de origem, no Bom Jardim, especialmente ancorando sua riqueza no CCBJ. Ambos equipamentos culturais integram a Rede de Equipamentos Culturais do Ceará (Secult).

“A visibilidade da exposição foi importante tanto para nós, fortalezenses, como para o público turista, porque mostra que temos cultura de terreiro, além de subverter a invisibilidade”, comenta o artista Jean dos Anjos.

FESTA, BAIA, GIRA, CURA NO CCBJ 

A exposição “Festa, Baia, Gira, Cura”, fruto de 20 anos de pesquisa do antropólogo Jean dos Anjos, que conduz o público a uma imersão pela história das festas da umbanda e do candomblé no Ceará, com destaque para o terreiro de Umbanda e Candomblé Cabana do Preto Velho da Mata Escura | Ilé Àse Ojú Oya, chega ao Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), nesta sexta, 20/09.

A exposição estará aberta no CCBJ por dois meses (setembro a novembro), das 16h às 19h e tem classificação indicativa livre.

SOBRE O ARTISTA 

Jean dos Anjos é antropólogo, professor, pesquisador, fotógrafo e trabalhador da arte. Pesquisa religiões de matriz africana há 20 anos, é doutorando em sociologia e recentemente lançou o livro de sua dissertação: “Amor, festa, devoção: a Rainha Pombagira Sete Encruzilhadas”

SERVIÇO 

Exposição: “Festa, Baia, Gira, Cura”, Jean dos Anjos
Data de abertura: 20/09 
Horário: 18h
Período da exposição: 2 meses
Horário de Visitação: terça a sexta, 14h a 19h
Formato: Presencial, Multigaleria e alguns espaços alternativos, com Banner e pintura 
Classificação indicativa: Livre.

Ficha técnica

Fotografia e pesquisa: Jean dos Anjos
Coordenação e expografia: Marília Oliveira
Curadoria: Marília Oliveira e Rafael Escócio
Consultoria: Pai Valdo de Iansã
Montagem: Tomaz Maranhão
Produção: Jean dos Anjos e Marília Oliveira
Imagens realizadas no terreiro Cabana do Preto Velho da Mata Escura, Ilê Asé Ojú Oya

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