Filme produzido por alunos do curso Extensivo em Audiovisual da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) alcança mais uma conquista. “Noites em Claro”, dirigido por Elvis Alves, aluno da segunda turma do curso, entra no festival Sinistro Fest e será exibido no dia da abertura do evento, no Cineteatro São Luiz.
“Saber que a gente está na cerimônia de abertura, pra mim, é muito especial, porque acho que a gente está ocupando um espaço que não é muito comum para os filmes que são produzidos em um contexto de periferia”, declara Elvis, comemorando a conquista pelo espaço da obra em um festival de cinema de horror.
O curta-metragem de terror foi realizado por alunos da segunda turma de Extensivo em Audiovisual, em 2022. A produção foi desenvolvida ao longo do percurso formativo de um ano e realizada ao final como um trabalho de conclusão, junto de “Saída para a Luz do Dia”, outro curta-metragem da turma.
“Noites em Claro” já foi premiado no festival Curta Taquary em três categorias – melhor filme, direção de arte e som. No entanto, a produção continua circulando mostras de cinema e tanto o diretor quanto Ricco Sales, que assina a produção do filme, têm investido tempo na distribuição e seguem colhendo os frutos do curta-metragem.
O filme de gênero acompanha Carlos (Éricles Carmo), um jovem negro da periferia que trabalha como entregador de pizza, enquanto ele luta para driblar as injustiças sociais e um ser sobrenatural nada agradável que costuma aparecer em sua casa. Assim, a produção, inteiramente filmada no Bom Jardim/Granja Lisboa, alia crítica social e terror.
O festival Sinistro Fest terá a abertura de sua segunda edição no dia 03 de outubro, às 19h00, no Cineteatro São Luiz. Nesta data, serão exibidos os curta-metragens “Noites em Claro”, na categoria Curta Ceará Sinistro, “Heleno”, produção internacional, e “Cáustico”, que também entra na Sessão Quibungo como “curta convidado”. O evento se estende até o dia 07 com programação iniciada no período vespertino.
O Centro Cultural Bom Jardim, equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), deu início à formação da terceira turma de Extensivo em Audiovisual e aguarda as próximas produções dos alunos da sua Escola de Cultura e Artes.
O Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do ceará (Secult CE), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), realiza atividades gratuitas e abertas a toda a comunidade do Grande Bom Jardim. A seguir, confira as atividades realizadas pelo equipamento na terceira semana do mês de setembro.
Por meio da Bússola Cultural (Assessoria de Projetos) o CCBJ, realizou um momento para ampliar o conhecimento sobre a lei. O encontro aconteceu no dia 18 de setembro, no Espaço Paulo Freire CCBJ e contou com a participação de Valéria Cordeiro, assessora de projetos institucionais da Secretaria de Cultura do Ceará (SECULT-CE), Levi Nunes, gestor executivo do CCBJ, e Monique Souza, assessora técnica de Projetos Culturais do CCBJ.
Do dia 19 ao dia 23 de setembro, o Rolê Freiriano movimentou o Centro Cultural Bom Jardim e o território do Grande Bom Jardim com oficinas e vivências no Teatro do Oprimido, no grafite, em educação musical, entre outras experiências práticas proporcionadas a crianças e jovens frequentantes do equipamento.
O evento foi encerrado no dia 23, com o Sarau Esperançar. Além do microfone aberto, o sarau contou com a presença e participação do coletivo Pretarau. O momento foi seguido de show do grupo Coco da Dona Geralda, na Praça Central do CCBJ, que agitou a noite de sábado e finalizou a programação do Rolê Freiriano.
Finalizando o curso Mulheres na Programação, no dia 24 de setembro, no Espaço Paulo Freire, o CCBJ por meio do Programa de Cultura Digital da sua Escola de Cultura e Artes, realizou um evento de culminância, apresentando para familiares e amigos das alunas e para toda a comunidade o projeto final produzido durante o curso Mulheres na Programação. Encantarias da Capoeira foi título da conferência dançante deste mês de setembro, com a mestra de capoeira Carla Mara, que desenvolveu a noção de encantamento do corpo, fazendo uso de movimentos simples da capoeira, que são também utilizados no nosso cotidiano.
Em Agosto, o Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura, anunciou 22 editais da Lei Paulo Gustavo no Ceará. A Lei prevê o maior investimento no setor cultural da história do Brasil. O Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult Ceará) gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), por meio da Bússola Cultural (Assessoria de Projetos), realizou um momento para ampliar o conhecimento sobre a lei.
O momento aconteceu no dia 18 de setembro, às 19h, no Espaço Paulo Freire CCBJ e contou com a participação de Valéria Cordeiro, assessora de projetos institucionais da Secretaria de Cultura do Ceará (SECULT-CE), Levi Nunes, gestor executivo do CCBJ, e Monique Souza, assessora técnica de Projetos Culturais do CCBJ.
Valéria Cordeiro, descreveu a Lei Paulo Gustavo como um fomento que vai do audiovisual a todas as outras linguagens artísticas, vindo para trazer esse recurso e dinamizar o campo cultural do Estado. Para Levi Nunes, é importância os artistas do território conhecerem e entenderem as oportunidades dos editais, tendo condições não somente de se inscreverem, mas também de serem contemplados.
Assessora de Projetos do CCBJ, Monique Souza ressaltou que a ideia do Bússola Cultural é mostrar o caminho e fazer o acompanhamento até que o artísta consiga finalizar o processo e enviá-lo, sem limites de tempo e atendimento.
Baixe o arquivo da apresentação com informação sobre a LPG
Confira em fotos como foi o momento:
Sobre a Lei Paulo Gustavo no Ceará
Criada em homenagem ao ator e humorista Paulo Gustavo, vítima da COVID-19 em 2021, a Lei busca incentivar a produção cultural do país e amenizar os impactos da pandemia no setor nos últimos anos. No Ceará, serão R$ 95 milhões destinados a editais publicados pelo Governo do Ceará e R$ 82 milhões divididos entre os 184 municípios. Somando um investimento de mais de R$ 177 milhões.
Os agentes culturais têm acesso ao recurso por meio de editais, chamamentos públicos, prêmios e ou outras formas de seleção pública.
A LPG estimula mecanismos de participação e protagonismo de mulheres, negros, indígenas, povos tradicionais, populações LGBTQI+, pessoas com deficiência e outros segmentos sociais. Além disso, a Secult Ceará destaca que os editais contam com: acessibilidade, linguagem simples, suporte técnico para pessoas com deficiência e ações afirmativas.
11 Editais já foram publicados pela Secult Ceará e outros 11 serão lançados nas próximas semanas. A Cultura vive um grande momento, diante de um orçamento histórico no setor e a Lei Paulo Gustavo (LPG) faz parte disso. Clique aqui para conferir no site do Mapa Cultural todos editais da LPG que já foram abertos ou estão em conhecimento público. Confira aqui os próximos editais a serem lançados:
1. Chamada Pública para Aquisição de Acervo Bibliográfico Literário do Ceará
2. Edital Cultura e Arte LGBTI+
3. 3° Edital Cultura Infância
4. Edital de Premiação Cultural – Fomento à exibição, preservação e empresas do Audiovisual Cearense
5. VIII Prêmio Alberto Nepomuceno de Composição Musical
Esses cinco editais da Lei Paulo Gustavo no Ceará devem ser publicados pela Secretaria da Cultura do Estado nos próximos dias. As inscrições são feitas via Mapa Cultural do Ceará.
A Secult Ceará disponibiliza canal próprio de atendimento para cada edital, tornando mais fácil o esclarecimento de dúvidas. Confira os canais de atendimento:
Chamada Pública para Aquisição de Acervo Bibliográfico Literário do Ceará
E-mail: producaoliteraria.lpg@secult.ce.gov.br
Edital de Premiação Cultural – Fomento à Exibição, Preservação e Empresas do Audiovisual Cearense
E-mail: audiovisual.lpg@secult.ce.gov.br
Prêmio Territórios Culturais e Periféricos
E-mail: territoriosculturais@secult.ce.gov.br
Edital de Apoio ao Audiovisual Cearense – Difusão, Formação e Pesquisa
E-mail: audiovisual.lpg@secult.ce.gov.br
(Conhecimento Público) Edital de Chamada Pública para realização de Feiras Literárias nos Municípios do Ceará
E-mail: feirasliterarias.lpg@secult.ce.gov.br
(Conhecimento Público) Chamamento para o Programa de Publicação de Pesquisas e Concessão de Bolsas para Mobilidade Formativa
E-mail: mobilidadeformativa.lpg@secult.ce.gov.br
(Conhecimento Público) Chamamento para o Programa de Ações Formativas em Arte e Cultura em Municípios do Ceará
E-mail: formacaoarteecultura.lpg@secult.ce.gov.br
Edital de Apoio a Festivais Culturais Ceará
E-mail: festivaisculturais.lpg@secult.ce.gov.br
Edital de Apoio ao Audiovisual Cearense – Produções
E-mail: audiovisual.lpg@secult.ce.gov.br
Além disso, o Mapa Cultural do Ceará oferece um serviço de chat. Acesse o link: bit.ly/SuporteMapaCulturalCE (Dias úteis, das 8h às 17h, até o último dia de inscrição de cada edital)
Sobre a Bússola Cultural
O objetivo da Bússola Cultural é fortalecer e contribuir com os processos de construção de grupos, artistas e coletivos, para a elaboração de propostas artísticas nas diversas linguagens. Após os grupos e artistas fazerem o agendamento com a assessoria de projetos artísticos e culturais do CCBJ, o atendimento é realizado em duas etapas: orientação e retorno, podendo acontecer no formato virtual ou presencial. Logo mais é destacado como fazer para se ter acesso ao projeto Bússola Cultural.
A Bússola Cultural oferece os seguintes serviços:
- Revisão, análise e desenvolvimento de projetos para editais culturais, aplicáveis em diversas linguagens, visando estimular a participação em diversos editais e outras ações de acesso e visibilidade aos artistas e instituições;
- Orientação, esclarecendo dúvidas nos processos de participação de editais;
- Orientação na preparação de materiais como portfólio, currículo, orçamento, plano de comunicação e entre outros;
- Orientação e dúvidas simples em prestação de contas de editais.
O agendamento para o atendimento poderá ser solicitado no site ccbj.org.br ou através de formulário impresso, solicitado no setor da Ação Cultural (Rua Três Corações, 400, Bom Jardim). Em seguida, a equipe CCBJ entrará em contato por e-mail ou telefone para confirmação do atendimento. Dúvidas sobre o preenchimento, poderão ser esclarecidas pelo e-mail bussolacultural.ccbj@idm.org.br ou via wathsapp da Ação Cultural: (85) 9138-3726
Você já ouviu falar de Setembro Azul ou Setembro Verde? O Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), une as duas campanhas em uma iniciativa que faz alusão ao Mês Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência e da luta da comunidade surda.
A campanha Acessibilidade em Foco, realizada em referência às datas importantes para a comunidade surda e ao Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência, conta com programação envolvendo oficinas, palestras, apresentações artísticas e outras atividades no equipamento e em instituições parceiras no dia 26, marcado pelo Dia Nacional do Surdo.
A iniciativa parte da Escola de Cultura e Artes (ECA) do CCBJ e se estende a todo o equipamento, que conta com a mobilização de todos os seus setores em torno da acessibilidade. A Cartilha de Acessibilidade Atitudinal do CCBJ, disponível na versão impressa, digital e em formato de áudio, exemplifica o compromisso deste centro cultural com a inclusão de pessoas com deficiência (PCD) durante todo o ano.
Conforme Vitória Sâmea, supervisora do Programa de Acessibilidade do CCBJ, a programação contribui para a disseminação de informação sobre acessibilidade e para o acesso de pessoas surdas e com deficiência ao Centro Cultural Bom Jardim. O intuito da iniciativa do CCBJ, segundo ela, é “pautar cada vez mais a acessibilidade” dentro e fora do equipamento.
Além da cartilha, que aborda a percepção e sensibilidade no trato com pessoas com deficiência, livrando-se de estereótipos e atitudes discriminatórias, o equipamento dispõe de um Programa de Acessibilidade, ligado à ECA, que atua em transversalidade com os outros programas e desenvolve ações formativas sobre acessibilidade.
O CCBJ conta ainda com intérpretes de libras nos cursos, materiais audiovisuais e programações culturais e disponibiliza descrições alternativas nas publicações das redes sociais como formas de manter as atividades do equipamento acessíveis a todos os públicos e proporcionar um ambiente inclusivo, garantindo os direitos de acesso das PCDs a espaços culturais.
Com a campanha Acessibilidade em Foco, o Centro Cultural Bom Jardim reafirma seu compromisso com a inclusão de pessoas com deficiência, atraindo um público ainda mais diverso para as suas ações socioeducativas e culturais, além de contribuir para a propagação das campanhas Setembro Azul e Setembro Verde.
Por que Setembro Azul?
Setembro Azul ou Setembro Surdo é uma campanha voltada para a luta e conquistas da comunidade surda. O nono mês do ano foi eleito para a campanha devido à Semana Internacional dos Surdos, que vai de 20 a 26 de setembro.
Além do Dia Nacional do Surdo, celebrado no último dia da Semana Internacional dos Surdos, o dia 23 é marcado pelo Dia Internacional da Língua de Sinais e no dia 30 celebra-se o Dia Internacional do Profissional Tradutor e Intérprete.
A cor azul, por sua vez, foi escolhida por um resgate histórico relacionado ao período do nazismo. Na década de 1930, a comunidade surda foi alvo do programa eugenista da Alemanha que determinava a execução de pessoas com deficiência. Para diferenciá-las de outras pessoas, as pessoas surdas eram marcadas com uma faixa azul.
A cor, então, ficou marcada para a comunidade e é utilizada na campanha Setembro Azul por simbolizar a resistência da comunidade surda, ressignificando as razões violentas e excludentes pelas quais elas foram distinguidas por faixas azuis.
O que é Setembro Verde?
Setembro também é considerado o Mês da Pessoa com Deficiência, instituído com o objetivo de voltar o nono mês do ano à visibilidade e luta pelos direitos das pessoas com deficiência. A cor verde foi escolhida pela simbologia da própria cor, que pode representar esperança e prosperidade dos direitos das pessoas com deficiência.
A campanha é fruto da Lei 15.463/2014 e funciona como um meio de sensibilizar a sociedade para a inclusão e igualdade de oportunidades, bem como joga luz aos direitos, demandas e conquistas das pessoas com deficiência.
A campanha Setembro Verde também se propõe a combater o capacitismo – termo que designa o preconceito contra corpos que fogem aos padrões sociais de beleza, saúde e funcionalidade –, promover acessibilidade e criar ambientes mais inclusivos, considerando o pleno exercício de seus direitos humanos e liberdades individuais assegurados pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adotada, em 2006, pela Organização das Nações Unidas.
Programação da campanha Acessibilidade em Foco
9h às 9h30 – Caminhada (Saindo da Praça Luiza Távora em direção ao ICES)
13h30 às 15h, no ICES – Oficinas e Palestras
16h às 17h30, no ICES – Banda de Pagode com Roberto Souza e Felipe Souza (com intérprete de Libras)
17h30, no CCBJ – Encenação do Programa de Acessibilidade da Escola de Cultura e Artes do CCBJ
O Instituto Dragão do Mar está com seleção aberta para atuação no Centro Cultural Bom Jardim com o cargo celetista de Assistente de Comunicação e prestação de serviço como Educador(a) Social.
As inscrições para Assistente de Comunicação estão abertas até o dia 29 de setembro através do link: bit.ly/AssistenteComunicacaoCCBJ. Já para o cargo de Educador(a) Social as inscrições ficam abertas até dia 27 de setembro através do link: bit.ly/EducadorSocialCCBJ. Não perca essa oportunidade!
Inscreva-se e confira os editais completos no site do Instituto Dragão do Mar.
Dúvidas: fernanda.alcantara@idm.org.br.
O CCBJ se manteve, do dia 13 ao 16, repleto de atividades culturais e momentos voltados para a campanha Setembro em seu espaço. Exibições de filmes pelo programa Cine Narte, apresentações de espetáculos teatrais compondo a Solicitação de Pauta e o Teatro em Pauta, além de programações educativas no programa É O Brinca e vivências para pensar a comunidade no programa Conversa de Calçada. A semana foi finalizada com as apresentações de Coco de Praia do Iguape com Chico Casueira, compondo o programa Todos Os Sons, e “Oh! Terrinha Boa!”, mais uma Solicitação de Pauta.
A semana se iniciou com a abertura da campanha Setembro Amarelo 2023, em um dialógo com representantes das Redes de Atenção psicossocial, sobre a rede, apresentação dos serviços ofertados e de que forma podem ser acessados, pensando em uma maior aproximação do equipamento com a rede e para que a comunidade tenha um melhor esclarecimento sobre as atuações de cada uma.
Compondo o programa do Teatro em Pauta dessa semana, o CCBJ recebeu a “A Paixão de Tito”, solo de Gabriel Castro Cavalcante, que aconteceu em comemoração ao aniversário de Frei Tito, em parceria com o Museu do Ceará. Após o espetáculo aconteceu um bate papo com o Tema “Frei Tito Vive! Memórias da ditadura e combates pela verdade: 79 anos de Tito, com a participação de Gabriel Castro Cavalcante, Raquel Caminha (diretora do Museu do Ceará), Lúcia Rodrigues de Alencar Lima (Militante de DHs, membro do Conselho Coalizão por Memória, Verdade, Justiça, Reparação e Democracia) e Leonardo Sampaio (Fundador/Coordenador do Espaço Cultural Frei Tito de Alencar – ESCUTA).
O programa Solicitação de Paua contou com “EN-TRE MUROS”, um filme de dança” (2022), de Cia Acaso, e a apresentação “Itinerário de uma história soterrada”, projeto de pesquisa e difusão de trajetórias negras que não são reconhecidas pela historiografia local, mas permanecem vivas na oralidade em diversos contextos e territórios.
Encerrando a semana o programa Teatro em Pauta, exibiu o espetáculo Oh! Terrinha boa!. O grupo Coco de Praia do Iguape com mestre Chico Casueira também se apresentou no sábado compondo a programação do Todos os Sons. No É O BRINCA! a atividade usou jogos de tabuleiro como recurso lúdico para o incentivo a leitura e a criatividade. Uma tarde focada em jogos como xadres, dama, dominó, jogo da velha, jogo da memória entre outros.
A segunda turma do Curso Técnico de Dança (CTD) da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim (ECA/CCBJ) realizou, no dia 18 de março de 2023, uma aula em campo na Escola Indígena Maria Venância Tremembé, localizada na cidade de Itarema, no Ceará.
A visita aos povos Tremembés de Almofala foi realizada no componente curricular do curso chamado Dança e Ancestralidades II, ministrado pela professora Circe Macena, em parceria com Lourdes Macena. As professoras do módulo, a coordenadora do Programa de Dança e os estudantes foram recebidos pelo cacique João Venâncio.
Silvana Marques, a coordenadora do Programa de Dança do CCBJ, considera que a aula favoreceu para estabelecer maior proximidade com a cultura indígena, proporcionando “reflexão aos discentes sobre seus modos de fazer, suas danças e sua formação enquanto artistas”. Da experiência, ela destaca a importância da troca de saberes para o processo formativo.
A sabedoria do cacique que recebeu a turma do CTD é uma das razões que leva Silvana Marques a definir o momento como o mais especial de todo o módulo. E, de acordo com a coordenadora, os alunos concordam com sua colocação. “O módulo pôde trazer reflexões mais práticas que se aproximam da vida e luta de cada um deles [alunos], sendo assim mais proveitoso”, conta.
A fala é de Camomila Costa, graduanda de Dança e aluna do CTD da Escola de Cultura e Artes do CCBJ, equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura (Secult CE), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM). A estudante ressalta o valor do encontro para sua vida profissional e estudantil.
Conforme a ementa da disciplina, Dança e Ancestralidades II se lança sobre o “ensino de danças indígenas a partir do estudo prático-teórico das matrizes culturais dos povos indígenas brasileiros, trazendo abordagens sobre as corpografias nas danças dos povos indígenas, seus rituais, símbolos, amuletos, instrumentos musicais, ritmos e adornos, dentro e fora do contexto religioso.”
Com base nas declarações, o intuito de provocar aproximação do estudo mais identitário e um contato com a sabedoria ancestral indígena parece ter sido cumprido com êxito no módulo cujo eixo temático é designado como “Dança, cultura e sociedade”. Este eixo é orientado pelas dimensões histórica e política e valoriza a relação com a ancestralidade e a afirmação da identidade cultural.
Veja mais sobre a aula em campo: Visita à Escola Índigena Maria Venância Tremembé
O Rolê Freireano é um evento anual, realizado pelo Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), por meio do Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE) em parceria com a Coordenação de Cidadania Cultural do Instituto Dragão do Mar e a rede de equipamentos culturais geridos por ele. O evento tem o objetivo de celebrar a vida e a obra de Paulo Freire, a partir de ações descentralizadas para o acesso a políticas culturais pela/com/para a população do Grande Bom Jardim (GBJ).
A programação do Rolê Freireano vem possibilitar o fortalecimento da cidadania cultural através da leitura de mundo e práticas sociais voltadas ao desenvolvimento da autonomia e liberdade, que nos coloca como seres sociais em constante construção e transformação na relação dialógica, assim como acredita a metodologia freireana. Em 2023, para fortalecer a diretriz da cidadania cultural, o Rolê acontece em parte da rede de equipamentos culturais da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (Secult Ce) – Centro Cultural Bom Jardim, Cine São Luiz, Complexo Gastronômico da Sabiaguaba com percursos em outras periferias, como também Poço da Draga e Moura Brasil, e no território do Grande Bom Jardim, como comunidades dos bairros Canindezinho, Bom Jardim e Granja Lisboa, entendendo a importância da educação social para a promoção e garantia dos direitos nas ações de cidadania, diversidade e acessibilidade, ao compartilhar experiências e metodologias na interseção com a cultura e a arte.
Programação
Terça-feira, dia 19:
Vivência em Teatro do Oprimido | Às 13h30, no Teatro Marcus Miranda do CCBJ ( Inscrições no link: https://bit.ly/RoleVivenciaTeatroOprimido)
Quiz sobre Paulo Freire | Às 18h00, no Cineclube do CCBJ.
Quarta-feira, dia 20:
Rolê na Comunidade – Marrocos | Às 14h00.
Rolê nas comunidades Poço da Draga e Moura Brasil | Às 09h00.
Ação sociocultural na Praça do Ferreira | Às 16h00.
Vivência e método freiriano por valores civilizatórios | Às 09h00, no CCBJ.
Navegando em Letrinhas – Ester conhece Paulo Freire | Às 18h00 no CCBJ.
Quinta-feira, dia 21:
Rolê no Canindezinho | Às 14h00, no Centro Cultural Canindezinho.
Sexta-feira, dia 22:
Rolê na Granja Lisboa | Às 14h00, no Projeto Lamparina Missões.
Não posso ser, se outres não são | Às 17h00, no CCBJ.
Sábado, dia 23:
Sarau Esperançar | Às 18h00, no CCBJ.
Roda de leituras e partilha de histórias | Às 10h00, no CCBJ.
Labirinto de Paulo Freire | Às 14h00, no CCBJ.
Produção de quadros e diálogo sobre a Educação Social | Às 16h00, no CCBJ.
Danças “serpentinianas” para percepção de si e outros | Às 15h00, no CCBJ.
Vivência em Educação Musical | Às 16h00, no CCBJ.
“Quando a gente pensa uma pedagogia das encruzilhadas, ela tem menos um desejo de efetividade metodológica e mais uma esperança de responsabilidade com as nossas ações”. A fala é do pedagogo Luiz Rufino, que foi recebido no Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) – equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará, gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM) – por meio da sua Escola de Cultura e Artes (ECA).
Rufino juntou-se, no dia 29 de agosto, à mesa composta por Kelly Enne Saldanha, a coordenadora do Programa de Teatro da Escola de Cultura e Artes (ECA) do CCBJ que mediou o evento, e pela mestra da cultura do estado do Ceará Carla Mara, para falar sobre a pedagogia das encruzilhadas, seu objeto de pesquisa e filosofia de ensino aplicada na ECA.
Com a presença dos mestres da cultura Lula, do grupo Zumbi de Capoeira, e Pai Neto Tranca Rua, além da mestra Carla, foi formada uma roda de boas vindas a Luiz Rufino na Praça Central do CCBJ. Além dos mestres da cultura do Grande Bom Jardim, professores e coordenadores da Escola marcaram presença e participação na roda, contando com instrumentos de capoeira e manifestações de religiões de matriz africana.
Esse momento inicial foi definido por Rufino como uma festa; uma oferenda a Exu, entidade que norteia a pedagogia das encruzilhadas. Nessa perspectiva, o pesquisador define a escola tradicional como espaço de reafirmação colonial, enquanto a pedagogia das encruzilhadas vai na contramão dessa lógica eurocêntrica.
“Se a gente acha que, por exemplo, barulho é um problema, pega um tambor e vamo tocar!”
Rufino, nesse sentido, referenciou a ECA do CCBJ como uma iniciativa potencial de trabalhar na contrapartida do papel colonizador que, segundo o pesquisador, as escolas têm cumprido. “Talvez uma “escola de cultura e arte”, com uma inspiração do arrebate de Exu, tem mais que fazer com que isso que vem dando certo comece a dar errado, comece a incorporar uma espécie de capoeiragem”.
Ao finalizar a fala de Rufino, Kelly Saldanha apontou a importância da periferia enquanto espaço de produção e destacou o momento em que o pesquisador falou sobre o estado constante de disputar vidas. O evento se seguiu com as contribuições das pessoas presentes na partilha de Luiz Rufino no CCBJ.
A vinda de Rufino ao Ceará ocorreu por meio do Centro Cultural Bom Jardim e do Porto Iracema das Artes. O avô de santo Pai Neto Tranca Rua pontua a importância do evento do CCBJ por “sair do terreiro e levar para as comunidades”, ampliando as práticas dos povos de terreiro para outros espaços.
O que é a pedagogia das encruzilhadas?
Segundo o próprio Luiz Rufino, autor do livro “Pedagogia das Encruzilhadas” (2019), o projeto pensa Exu como educação, trazendo a simbologia poética e política do orixá para pensar questões relacionadas aos campos da ética, das aprendizagens e da cultura.
Além disso, o método se lança sobre a crítica da herança colonial que afeta a educação. Sobre isso, o autor afirma que o modelo dominante resultado do processo colonial faz com que a educação “ao invés de ser um processo de liberdade, seja uma experiência profundamente castradora da criatividade e da capacidade humana no que tange às invenções e criações todas”.
Joaquim Araújo, gerente da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim, define a pedagogia das encruzilhadas como uma “elaboração ancestral a partir das experiências religiosas dos terreiros de umbanda e do candomblé especificamente, através da entidade ou do orixá Exu”. Essa elaboração, feita por Rufino, é considerada por Joaquim uma forma de desconstrução da demonização de Exu.
A reflexão do profissional do CCBJ encontra reforço quando Luiz Rufino, no início de sua exposição, contou dos percalços na defesa de sua tese de doutorado acerca da pedagogia desenvolvida pelo autor, provocada pela resistência e dificuldade de compreensão da cultura dos povos de terreiro.
“Ele [Exu] está em tudo. [...] Se ele tá em tudo, ele participa de tudo, ele é o fundamento do conhecimento. Sendo um fundamento do conhecimento, ele é um fundamento da linguagem. Sendo um fundamento da linguagem, ele é um fundamento da política, ele é um fundamento da ética. Sendo um fundamento da política, um fundamento da ética, ele é um fundamento da educação.”
Conforme Rufino, “Exu é um princípio vivo” e, por isso, ele mesmo seria autor da própria teoria, não o objeto da pesquisa. Quando questionado pela professora da banca examinadora de sua tese acerca do seu objetivo em relação a Exu na educação, ele afirma que, tempos depois, descobriu o que queria: uma escola de samba.
“Quando eu entro aqui hoje, eu descubro que é uma escola que faz um grande carnaval e, talvez, eu acho que esse seja o grande mote. Eu acho que, talvez, o CCBJ esteja respondendo de forma mais potente à própria educação com Exu do que o que eu tenho feito no âmbito da pesquisa”, aponta o escritor.
A pedagogia das encruzilhadas no Centro Cultural Bom Jardim
“A equipe [da ECA] desenvolve sete encruzilhadas durante a semana inteira, que são encontros entre programas, entre alunos, entre professores e a própria equipe”, conta Joaquim Araújo. A partir das trocas de saberes, se constroem o que ele chama de encruzas entre os aprendizados.
Ao lado de Paulo Freire, Ana Mae Barbosa, Djanira e Conceição Evaristo, Luiz Rufino, com a pedagogia das encruzilhadas, é uma referência na construção da abordagem aplicada no CCBJ por meio da sua Escola de Cultura e Artes, que promove educação popular em diversas linguagens da cultura.
Cada processo formativo da ECA tem seu referencial na rua. Kelly explica que a metodologia da Escola é dividida em quatro eixos. Os cursos básicos seriam a calçada, onde o processo de formação é inicial; da calçada não se tem acesso a tudo e, embora já se tenha contato com o outro e algum nível de expansão da realidade, este ainda é mínimo.
Já os ateliês representam a esquina; a encruzilhada. Da esquina, já se tem maior campo de visão: é possível visualizar as ruas, a própria esquina e a calçada, ainda que não se tenha chegado nessas. Nos ateliês, é possível flertar com todos os caminhos possíveis de uma linguagem.
Os cursos técnicos e extensivos, por sua vez, são, nesta analogia, a rua. Na rua, já se tem mais liberdade e acesso. Os técnicos e extensivos aprofundam os conhecimentos dos ateliês.
Os laboratórios de pesquisa, por fim, contemplam a esquina, a calçada, as ruas e seus atravessamentos. Os laboratórios trazem as perspectivas dos ateliês e aprofundam os cursos básicos e técnicos/extensivos, promovendo imersão e possibilidades diversas. “A gente veio de uma estrada, pode ir pra outra; a gente pode fazer muita coisa nos laboratórios de pesquisa”, declarou Kelly.
A construção apresentada por Kelly antes da mesa é uma adaptação da pedagogia das encruzilhadas, isto é, a Escola de Cultura e Artes desenvolveu a própria metodologia com base neste e em outros estudos.
A rua é pensada por Rufino a partir das oferendas a Exu dispostas nas esquinas. Essas oferendas são consideradas pelo autor como manifestações de um processo de resistência ao modelo social dominante herdado do processo de colonização.
“Aqui no CCBJ foi uma alegria encontrar uma turma bastante animada e que de certa forma já encarna a pedagogia das encruzilhadas no seu fazer, no seu cotidiano a partir das experiências locais”, observa Luiz Rufino. Com essa fala, o pesquisador reconhece o exercício prático da teoria aplicado com louvor na ECA do CCBJ.
Até o dia 15 de setembro, o CCBJ entra no circuito da feira de negócios como mobilizador de inscrições para perfis empreendedores do Grande Bom Jardim. As inscrições para o cadastro de negócios são online e gratuitas.
Ao firmar parceria com a Expo Favela Innovation, o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult Ceará) gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), reafirma sua função social de impulsionar a periferia e difundir cultura com e para o público do território do Grande Bom Jardim. O CCBJ chega para potencializar a divulgação do cadastro de negócios para quem tem interesse em participar da feira de negócios em Fortaleza, tendo chance de ser selecionado para a Expo Favela Innovation nacional, que ocorrerá em dezembro na cidade de São Paulo.
As inscrições para o cadastro de negócios estão abertas, sendo este o primeiro passo para participar do processo seletivo. Os projetos aprovados pela curadoria da Expo Favela participarão da feira de negócios em seu estado, podendo ser convidados para a Expo Favela Innovation nacional, em São Paulo, no mês de dezembro.
O evento se propõe a ser uma vitrine para as iniciativas nascidas nas favelas, promovendo o contato desses negócios com potenciais investidores e a oportunidade de expô-los ao público, com direito a mentoria pré-evento e convite de formação empreendedora posteriormente.
“O objetivo é dar visibilidade para estas iniciativas e, assim, promover um palco para este encontro com investidores que possam acelerar estes empreendimentos e gerar negócios, a partir das oportunidades que nascerão nos eventos”, resume o site da Expo Favela sobre o propósito da iniciativa, que abrange iniciativas no âmbito da cultura, moda, games, gastronomia, literatura e diversas linguagens.
SOBRE A EXPO FAVELA INNOVATION
A Expo Favela Innovation é uma feira de negócios voltada para os empreendimentos de periferia. Em 2023, o projeto contemplará todo o território nacional com edições estaduais. Além da feira, o evento conta com palestras, workshops, shows, mentorias, cursos, debates, desfiles, entre outras iniciativas de moradores de periferia.
A edição do evento no Ceará acontecerá nos dias 27 e 28 de outubro, no Centro de Eventos, com a presença de Kondzilla, MV Bill, Nick Sol, Dexter, Pedro Bial, Regina Casé e outros artistas e comunicadores conhecidos. A ExpoFavela Ceará se apresenta como uma oportunidade às iniciativas de territórios como o Grande Bom Jardim.
Para cadastrar o seu empreendimento na Expo Favela Ceará, acesse: https://bit.ly/InscricaoExpofavelaCeara2023
PORQUE PARTICIPAR COMO EMPREENDEDOR?
- Mentoria de negócios pré-evento
- Relacionamento com investidores durante o evento
- Oportunidade de expor suas ideias ou negócio já consolidado para o público
- Concorrer a ser Top 10 no seu estado e ser convidado para a Expo Favela Innovation Brasil em dezembro
- Convite para uma jornada de formação empreendedora pós Expo Favela Innovation.
SERVIÇO
Inscrições até 15 de setembro
Link para cadastro: https://bit.ly/InscricaoExpofavelaCeara2023
Evento dias 27 e 28/10
Local: Centro de Eventos do Ceará
Gratuito
Classificação: Livre
A primeira semana do mês de setembro no CCBJ, marcada pelo início da campanha Setembro Amarelo, foi movimentada por exposição artística e programações voltadas às crianças.
Já na segunda-feira tivemos a exibição do curta-metragem Gatu, encerrando o Curso Básico de Introdução ao Cinema de Animação,tivemos a exibição do curta-metragem Gatu e da instalação do material que foi trabalhado e produzido em sala de aula para a animação.
O programa Galeria CCBJ trouxe a exposição fotográfica “Periferia Presente”, do coletivo Imagem Território, na noite do dia 06, quarta-feira. A exposição será exibida até o dia 28 e tem como tema a fotografia de rua e a fotografia documental contemporânea sendo direcionada para artistas dissidentes, negres e periféricos, com curadoria e expografia do artista e curador Jauhf, que também participa da exposição.
No dia seguinte, o Quiz: Me conheça! animou a criançada frequentadora do equipamento e, no sábado, dia 09, teve programação dobrada com os programas É O Brinca! e Cine NArTE. O primeiro, com o tema “a criança, o esporte e o lazer”, movimentou as crianças com jogos esportivos, enquanto o segundo programa exibiu o filme “Alice Júnior”, levantando discussões importantes para a sociedade.
O Instituto Dragão do Mar está com seleção aberta para atuação no Centro Cultural Bom Jardim para os cargos de Bibliotecário(a) e Eletricista, sob o regime celetista e formação de cadastro de reserva.
INSCRIÇÕES
Presencial: de 11 a 15 de setembro e de 18 a 20 de setembro de 2023.
Online (via Mapa Cultural): de 11 a 20 de setembro de 2023.
Para se inscrever presencialmente, o candidato deverá se dirigir à recepção, próximo ao Planetário do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, situado à Rua Dragão do Mar, no 81, Praia de Iracema, de segunda a sexta-feira, no horário de 9h às 12h e de 14h às 17h.
Inscreva-se e confira o edital completo no site do Instituto Dragão do Mar.
Dúvidas: fernanda.alcantara@idm.org.br.
A fim de refletir sobre a importância da vida, o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (SECULT), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), realiza de 12 a 26 de setembro, a campanha Setembro Amarelo, com o lema “Se precisar, peça ajuda!”.
A campanha, existente desde 2015, ocorre em alusão ao dia 10 deste mês, considerado, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. O CCBJ, entretanto, atua no eixo da atenção psicossocial durante todo o ano, por meio do seu Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE).
Conforme Krisley Delfino, psicóloga do NArTE, o setor atua no enfrentamento das violações dos direitos humanos no território do Grande Bom Jardim. Através de parceria com o projeto de extensão Escutas Sensíveis, da Universidade Federal do Ceará (UFC), o Núcleo de Articulação Técnica Especializada oferece atendimento psicossocial às pessoas que estudam na Escola de Cultura e Artes do CCBJ e em instituições parceiras, bem como abrange uma demanda espontânea.
Embora não ofereça atendimento clínico psicológico, o NArTE realiza escutas solidárias àqueles que solicitam o atendimento e, em casos de violação de direitos humanos, o solicitante é encaminhado para a Rede de Garantia de Direitos.
“Para além destas escutas a Psicologia Comunitária e o Escutas Sensíveis atuam também nas escolas que compõem o Fórum de Escolas do Grande Bom Jardim ofertando tanto acolhimentos, como círculos de diálogo voltados ao campo da saúde mental, atualmente estamos realizando círculos de diálogo com o público infantil, adolescente e jovem no CCBJ”, complementa Krisley Delfino.
A atual monitora da Web Rádio do Centro Cultural Bom Jardim e frequentadora do equipamento, Isabela Souza, foi uma das pessoas beneficiadas pelo serviço do NArTE voltado à saúde mental. À época, ela era aluna de Cultura Digital, um dos programas da Escola de Cultura e Artes (ECA) do equipamento, quando recorreu ao CCBJ para receber algum tipo de suporte à sua saúde mental.
Assim como Isabela, Edu Bruno passou pela experiência de receber atendimento através do NArTE quando estava passando por um momento delicado da vida. Ele também era aluno da ECA no período e, embora não soubesse que poderia encontrar esse tipo de serviço no CCBJ, procurou a coordenadora do Programa de Audiovisual, Rúbia Mércia, para pedir suporte.
Diagnosticado com depressão crônica, Edu Bruno percebe quando precisa se voltar à sua saúde mental com mais atenção. Quando buscou ajuda pelo CCBJ, ele relata que estava se sentindo emocionalmente sobrecarregado e, com as sessões, descobriu um TDAH (Transtorno de Desvio de Atenção com Hiperatividade) que não havia sido diagnosticado.
Já no caso de Isabela, a psicóloga que lhe acompanhava havia entrado de férias. Então, a jovem encontrou assistência psicológica nas oito sessões realizadas, por meio do NArTE, com uma estagiária de Psicologia da UFC, devido às consequências de questões psicológicas implicadas no seu estudo. Ela conta um pouco sobre o resultado que sentiu após o processo:
A psicóloga comunitária Krisley Delfino observa que “com a realização das escutas individuais e dos grupos, pode-se perceber o impacto em que estes indivíduos passam a compreender melhor sua realidade e libertam-se dos condicionantes em que a estrutura social nos impõe”.
“Assim como o empoderamento destas pessoas, em que se tornam agentes de transformação, na realização dos grupos, nota-se um aumento de autonomia e protagonismo que cada um vem desenvolvendo”, finaliza a psicóloga, reforçando os depoimentos dos frequentadores do equipamento e a importância do serviço para a comunidade.
Programação da campanha Setembro Amarelo no CCBJ:
Dia 12/09
Hora | Nome da atividade | Descrição da atividade | Quem | Vagas | Idade | Local |
13:30 | Evento de abertura | Rodas de conversação sobre a Rede de Atenção Psicossocial e oficinas. | Bia DoteCaps Infantil Caps Geral Caps AD Movimento de Saúde Mental | Aberto | Livre | Biblioteca Cristina Poeta |
17:00 | Construindo Futuros; Maquinando Existências | Momento de conversação e produção de narrativas. | Psicóloga comunitária Krisley Delfino e Projeto Escutas Sensíveis; | 15 | 13 a 17 anos | Sala de Multiuso |
Dia 14/09
Hora | Nome da atividade | Descrição da atividade | Quem | Vagas | Idade | Local |
14:00 | Cine Debate – Filme: Elementos. | Diálogo sobre respeito às diferenças e como lidar com as emoções. | Psicóloga comunitária Krisley Delfino | 15 | 07 a 12 anos | Cine clube |
Dia 14/ 09
Hora | Nome da atividade | Descrição da atividade | Quem | Vagas | Idade | Local |
18:00 | Cine Debate – Filme: Elementos. | Diálogo sobre respeito às diferenças e como lidar com as emoções. | Psicóloga comunitária Krisley Delfino | 15 | 13 a 17 anos | Biblioteca |
Dia 15/ 09
Hora | Nome da atividade | Descrição da atividade | Quem | Vagas | Idade | Local |
10:30 | Vamos construir? | Construção de um mural com bilhetes coletivo, com intuito de ofertar mensagens de acolhimento. | Psicóloga comunitária | 10 | 07 a 11 anos | Sala Multiuso |
Dia 19/ 09
Hora | O quê | Descrição da atividade | Quem | Vagas | Idade | local |
10:00 | Vidinha de Modelar | Conversação e produção artística com massinha de modelar | Psicóloga comunitária Krisley Delfino e Projeto Escutas Sensíveis; | 10 | 7 a 11 anos | Cine Clube |
Dia 20/ 09
Hora | O quê | Descrição da atividade | Quem | Vagas | Idade | local |
18:00 | Redes sociais e nossa saúde mental. | Diálogo sobre a influência das redes sociais no adoecimento psíquico nos dias atuais. | Psicóloga comunitária Krisley Delfino | 15 | 12 a 17 anos | Biblioteca |
Dia 26/ 09
Hora | O quê | Descrição da atividade | Quem | Vagas | Idade | local |
08:00 às 09:30 | Construindo Futuros; Maquinando Existências | Momento de conversação e produção de narrativas. | Psicóloga comunitária Krisley Delfino e Projeto Escutas Sensíveis; | – | 13 a 17 anos | EEFM Paulo Elpídio |
Hora | O quê | Descrição da atividade | Quem | Vagas | Idade | local |
10:00 às 11:00 | Construindo Futuros; Maquinando Existências | Momento de conversação e produção de narrativas. | Psicóloga comunitária Krisley Delfino e Projeto Escutas Sensíveis; | – | 13 a 17 anos | EEFM Paulo Elpídio |
Hora | O quê | Descrição da atividade | Quem | Vagas | Idade | local |
16:00 | O cuidado compartilhado para nossa saúde mental | Momento de diálogo, troca de saberes e fortalecimento de vínculos na comunidade, potencializando o autocuidado e autonomia dos participantes. | Psicossocial | 20 | 30 + | Comunidade São Francisco |
No Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), a última semana do mês de agosto foi marcada pelas apresentações artísticas que compuseram programas fixos do equipamento, seja por meio do seus Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE), Ação Cultural ou Biblioteca Cristina Poeta.
O encontro do Café com as Artesãs aconteceu, dia 30/08, no espaço holístico da massoterapeuta Mariana Freitas. Além de fortalecer essa rede, ampliar os contatos e afetos, em torno de um bom café, foi um momento de alinhamento para planejamento do próximo evento Cafeira.
Compondo a programação do Jardim de Possibilidades, no último dia do mês, Rayssa Pessôa apresentou a performance “O Mar Sustenta”, mostrando a importância de preservar o Rio e o Mar. O setor Ação Cultural, promoveu mais espetáculos por meio dos programas Sexta com Dança, Solicitação de Pauta e Todos os Sons.
O Programa Sexta com Dança, exibiu, no dia 01/09, o espetáculos É Sal ou Cena?, de Um Artista Periférico. Ainda no clima de espetáculos, no programa Todos os Sons, o Samba da Mica apresentou as mais diversas variações do samba, como o samba de terreiro, samba de roda.
Encerrando a programação da semana, o Workshop Dancehall do Coletivo Riddims Collabs, participou por meio do programa Solicitação de Pauta.
Em alusão ao Dia Internacional da Juventude, comemorado no dia 12 de agosto, o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) realizou, pela primeira vez, o festival cultural JUV Perifa. Contando com atrações e atividades artísticas, o evento movimentou a economia local com uma programação gratuita pensada para a juventude da periferia.
O evento ocorreu por meio do NArTE – Núcleo de Articulação Técnica Especializada – com programação cultural diversa nos espaços do CCBJ. Na praça central, ocorreram apresentações de dança, pelos jovens que frequentam o equipamento, e de circo com a companhia Circulart, além do show de Nick Sol.
A grade de programação do evento também contou com atividades na Biblioteca Cristina Poeta, nos espaços Rafael Agostino, NArTE e Alternativo do CCBJ. O jogo do Estatuto do Adolescente, promovendo conhecimento de maneira descontraída, aconteceu na biblioteca do CCBJ e foi batizado como “Tá Interade?”.
A atividade designada ao Espaço Rafael Agostino foi a “Vivências em Artes Visuais”, uma oficina de criação de miniaturas inspiradas na arquitetura de casas da periferia de Fortaleza. Já no Espaço NArTE, ocorreu a “Barraca de Redução de Danos” e a “Batalha de Danças Periféricas”, unindo diversão e informação para a juventude, incentivando sua participação.
A finalização do evento ficou por conta da cantora Nick Sol, com o projeto ‘Sol Para Todxs’. Além da cantora, o palco foi preenchido pela presença de um DJ e três dançarinos, que fizeram um show com hits do funk, do pop e de outros ritmos, mesclando também canções autorais. Além das atrações culturais, o festival recebeu feirantes para venda de roupas, comidas e acessórios.
Marcos Levi, gestor do CCBJ, ressaltou a importância da presença dos jovens no evento e destacou a necessidade de ocupação da juventude no equipamento, fazendo votos para que o Centro Cultural Bom Jardim seja gerido por esses jovens no futuro.
Adelita Monteiro, representante da Secretaria da Juventude do Ceará, marcou presença no evento e parabenizou o CCBJ pela trajetória de suporte aos “jovens que mais precisam”. A secretária ressaltou o direito à cultura, à arte e ao lazer em sua fala acerca da importância do JUV Perifa.
O NArTE é o setor do Centro Cultural Bom Jardim, equipamento da Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), que atua no fortalecimento dos Direitos Humanos a partir da arte educação e da promoção da cultura, que se manifesta em ações como o JUV Perifa.
Veja as imagens de cobertura do evento, no link a seguir. O CCBJ informa que o link é temporário, por isso baixem os registros o mais breve possível e, ao divulgar, por gentileza indicar os créditos das fotos com: Acervo CCBJ, fotos por Flávia Almeida e Mar Pereira.
Monalisa Oliveira tem 18 anos e é monitora do Curso de Longa Duração em Dança da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará (SECULT), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM). Além disso, é dançarina, coreógrafa e fundadora do FEMS Dance, um grupo de dança composto por crianças da comunidade que ensaiam diariamente na Praça Central do CCBJ, coreografando e organizando apresentações de dança a serem realizadas no equipamento e em escolas do Grande Bom Jardim.
O grupo surgiu a partir de uma apresentação realizada na Mostra das Artes de 2019, quando Monalisa sentiu o impulso de continuar trabalhando e se divertindo com suas amigas, coreografando as músicas do mundo pop que amam e mostrando à comunidade o resultado do trabalho de meses de ensaios. FEMS, o nome do grupo, é composto pela inicial de cada uma das fundadoras: Fernanda, Emily, Monalisa e Sofia. O quarteto expandiu suas fronteiras e hoje, o grupo FEMS Dance conta com mais de 15 integrantes.
“Meu sonho sempre foi entrar no grupo FEMS”, conta Geovana Nayra, uma das integrantes atuais do grupo, que se apaixonou pela dança assistindo aos ensaios liderados por Monalisa, que acontecem quase que diariamente na Praça Central do Centro Cultural Bom Jardim. Geovana diz que o desejo de entrar no grupo veio da vontade de melhorar suas técnicas de dança. “Eu me apeguei muito a elas. O FEMS virou uma parte da minha vida e eu não sei o que eu faria sem elas”, conta Joana Beatriz, outra integrante do grupo.
Monalisa diz que já perdeu a conta de quantas apresentações o grupo já realizou. Desde os eventos promovidos pelo Centro Cultural Bom Jardim até o projeto do grupo de se apresentar em escolas do Grande Bom Jardim, a fundadora do FEMS Dance que antes nem sonhava em criar um grupo de dança, hoje enfrenta os desafios e colhe os frutos de ser coreógrafa, coordenadora e diretora de 15 dançarinos. “A gente não é reconhecido do jeito que a gente merece. A comunidade diz ‘a Monalisa é muito nova pra ter um grupo só de dança’. Eu acho que isso é a parte mais complicada pra gente”, conta.
No dia 26 de agosto, o grupo encerrou o ciclo de 2023 com uma apresentação lotada no Teatro Marcus Miranda do CCBJ. A partir de agora, Monalisa começa os ensaios e preparativos para o próximo ciclo do grupo, coreografando e direcionando as 15 dançarinos que sonham em expandir suas fronteiras, desbravando com apresentações em toda a cidade de Fortaleza.
Os programas Teatro em Pauta, Sexta com Dança e uma apresentação especial de dança do grupos FEMS Dance marcaram a programação do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (SECULT), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM) nos dias 21 a 27 de agosto.
Compondo a programação do Teatro em Pauta, no dia 24 de agosto Rhamon Matarazzo apresentou “Corpo Dócil”, um espetáculo auto ficcional baseado na vida do artista Rhamon Matarazzo que em micro rupturas da realidade elenca elementos de sua trajetória com o HIV junto a ficções que englobam alguns arquétipos criados pela sociedade no decorrer das quatro décadas da herança do preconceito vivido por homens gays que lidam com a culpa e o medo de uma sociedade higienista que ainda não tolera corpos dissidentes.
Sexta-feira, no programa Sexta com Dança, o Coletivo Muvuca apresentou o espetáculo “Muvuca”, no Teatro Marcus Miranda do CCBJ. MUVUCA é uma técnica de plantação afroindígena que consiste na mistura de sementes para o plantio em áreas desmatadas, outro conceito é de multidão, de aglomeração. O espetáculo carrega essas misturas, aproximando e embolando por exemplo; o House Dance com Coco, o Hip Hop com o forró, do urbano ao popular ou vice-versa, da sonoridade melódica do baião ao frenesi da house music, uma diversidade de estéticas corporais e ritmos. Somos árvores na urbes, fazendo plantação em meio a essa floresta de concreto, deixando duas perguntas: que árvore desejamos ser? E onde desejamos ser plantadas?
No sábado, compondo a programação artística do CCBJ, neste sábado o Grupo FEMS Dance apresentou o espetáculo RITMOS, uma mostra do trabalho do grupo que usa não apenas a técnica do contemporâneo mas também a salsa, flashback e etc. A apresentação encerrou o ciclo de 2023 do grupo.
A Biblioteca Cristina Poeta do CCBJ, por meio do programa Sombrinha Literária, trouxe para o Ciclo de Leitura a leitura do livro “O Caçador de Palavras”, no Cine Leitor a exibição do filme “As Aventuras de Paddington” e mais uma edição do Karaokê na sexta-feira. A programação acontece semanalmente nas terças e quintas-feiras na Biblioteca e é aberta ao público geral que frequenta o equipamento.
A programação do CCBJ contou com diversas oficinas e atividades promovidas pelo seu Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE), voltadas para crianças e adolescentes frequentadores do equipamento, trabalhando o tema “Memória e Patrimônio”: as atividades “Vamos pular de elástico?” e “Dia do Folclore”, do projeto Brincando e Aprendendo; as atividades “Colorindo com Cidadania”, “Pintando a Identidade” e “Musicalização e Direitos Humanos”, do projeto Vivências Artísticas; a atividade “Desenho e pintura: tradição cultural”, do projeto NArTE em Cores e a atividade “O Direito de Pertencer”, do projeto Navegando em Letrinhas.
Acompanhe a programação artística e cultural semanal do CCBJ através do Instagram, Facebook e site do CCBJ.
Cinema infantil com o projeto Cine Miau e apresentações artísticas nos programa Teatro em Pauta, Cultura Digital e Populart, o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (SECULT), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM) trouxe uma série de atividades e programações para todas as idades de 14 a 20 de agosto.
Nos dias 16, 17 e 18, chegou ao CCBJ mais uma edição do Cine Miau, projeto que realiza sessões gratuitas de cinema infantil para escolas e comunidades e debates e oficinas em escolas públicas de ensino infantil e fundamental, promovendo a democratização do acesso ao cinema aliada a uma proposta educativa. A programação foi voltada para as escolas parceiras do CCBJ e crianças da comunidade e contou com duas sessões de exibição por dia, uma pela manhã e outra à tarde. Saiba mais sobre os filmes exibidos no site: https://cinemiau.com.br/
Na sexta-feira (17), aconteceu no Teatro Marcus Miranda a abertura das novas turmas dos Ateliês de Produção do CCBJ, por meio da sua Escola de Cultura e Artes. Na ocasião, estiveram presentes a nova turma de alunes selecionados na chamada pública, ex-alunes, professores e coordenadores dos programas da Escola, além da gestão executiva do CCBJ.
Além disso, a programação cultural do CCBJ contou o espetáculo “Nutrir a Seiva Corpa”, de Pedra Silva, produzido em parceria com Dj Big Bug e Ilton Rodrigues, compondo a programação do Teatro em Pauta. A instalação-cênica atravessa os campos da cultura digital, da dança, do teatro e da música articulando criação, produção, pesquisa, formação e curadoria em diferentes contextos a partir da ancestralidade, da memória e do trânsito.
No sábado, compondo a programação do Cultura Digital, Garu Pirani apresentou a obra virtual “Para a Terra Volta Toda Corpa em Matéria”, no Teatro Marcus Miranda do CCBJ. A obra é um projeto entre o Webart e Jogo e pode ser acessada direto do navegador em smartphones e computadores sem precisar da instalação de nenhum app, possibilitando um acesso amplo a uma experiência de Realidade Virtual.
Encerrando a programação do fim de semana, ainda no sábado, compondo a programação do POPULART, a Associação Cultural Afoxé Omorisá Odè apresentou “A dança dos Orixás” na Praça Central do CCBJ, trazendo o encantamento dos Orixás com suas danças, rica indumentária, toques e cantos em Yorubá formando um lindo Xirê onde sete Orixás evoluem emanando energia e arte. Composto de batuqueiros e bailarinos, é um espetáculo que visa desmistificar a imagem dos Orixás tirando-os de dentro dos terreiros e assim combater a intolerância religiosa.
A Biblioteca Cristina Poeta do CCBJ, por meio do programa Sombrinha Literária, trouxe para o Cine Leitor a exibição do filme “Gato de Botas”e mais uma edição da atividade “Jogos Literários” na sexta-feira. A programação acontece semanalmente nas terças e quintas-feiras na Biblioteca e é aberta ao público geral que frequenta o equipamento.
A programação do CCBJ contou com diversas oficinas e atividades promovidas pelo seu Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE), voltadas para crianças e adolescentes frequentadores do equipamento, trabalhando o tema “Memória e Patrimônio”: as atividades “Brincando, com muito respeito” e “Na artesania da nossa cultura”, do programa Rede Cultura Infância; as atividades “Colorindo a Memória”, “Bingo das Memórias”, “Colorindo a Identidade”, “Colorindo o Patrimônio”, “Bingo dos Patrimônios”, do programa Vivências Artísticas; o Cine debate: Ada Batista, cientista, do programa Cine NArTE; a atividade de colagem “Memória e tradição” e o encontro com grupo LONART: memória e ancestralidade, do programa NArTE em Cores e a atividade “Entrecruzamentos que ensinam”, do programa Navegando em Letrinhas;
Acompanhe a programação artística e cultural semanal do CCBJ através do Instagram, Facebook e site do CCBJ.
Reforçando seu compromisso com iniciativas comunitárias, grupos e coletivos artísticos do Grande Bom Jardim, foi com o auxílio da Bússola Cultural do CCBJ que o Palácio Maria Luziara e Quintal Cultural Raimundo Vieira foram certificados pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura do Ceará, como Pontos de Cultura do Ceará, junto com outras 69 entidades e coletivos culturais.
A Bússola Cultural é um serviço gratuito de assessoria de projetos culturais promovido pelo Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM). O projeto busca atender artistas, coletivos, grupos e instituições do terceiro setor, esclarecendo dúvidas nos processos de participação de editais, preparação de material, prestação de contas e inscrições.
Maria Jacqueline Farias Gonçalves, fundadora do Palácio Maria Luziara, conta que o projeto faz jus ao nome, fornecendo as informações necessárias para que o artista, grupo ou instituição assessorada encontre o caminho certo na hora de concorrer em editais e chamadas públicas. “Eu não sabia nem por onde começar, assim como muitos não sabem por onde começar. Acho essencial esse trabalho pra comunidade!”, conta Jacqueline.
Monique Souza, Assessora Técnica de Projetos Culturais responsável pela Bússola Cultural, conta que além de auxiliar conquista de captação de recursos para projetos sociais e culturais por meio de editais, o projeto também funciona como uma forma de mapear artistas, produtores e agentes culturais de modo geral, que já passaram pelo atendimentos, formando um banco de indicações e possibilitando parcerias com projetos similares ou que podem contribuir mutuamente entre si.
A felicidade de Monique inicia antes mesmo da aprovação, ainda no momento que o grupo ou artista envia o projeto aos editais. “Depois do primeiro projeto enviado as inseguranças de enviar propostas vão diminuindo. É muito importante frisar que o atendimento pode ser um acompanhamento contínuo onde as pessoas podem ter o primeiro atendimento para entender melhor sobre editais ou já com um projeto pré-pronto para inscrição em editais, mas depois pode marcar quanto retornos quiser para poder revisar até enviar a inscrição junto durante o atendimento, adaptar os projetos para outros editais e receber dicas de como executar e prestar contas”, conta Monique.
O trabalho de Monique foi celebrado e reconhecido também por Lenice Ferreira, fundadora do Quintal Cultural Raimundo Vieira. Lenice conta que teve todo o apoio e orientação necessários para os processos de participação no edital. “Um trabalho ímpar. Que deveria ser mais e mais divulgado para que outras instituições possam ser orientadas para concorrerem a editais para que possam receber incentivos para atuar na comunidade”, conta.
Sobre o Bússola Cultural
O objetivo da Bússola Cultural é fortalecer e contribuir com os processos de construção de grupos, artistas e coletivos, para a elaboração de propostas artísticas nas diversas linguagens. Os grupos e artistas agendam o atendimento com a assessoria de projetos culturais do CCBJ. O atendimento é realizado em duas etapas: orientação e retorno e pode acontecer no formato virtual ou presencial. Logo mais é destacado como fazer para se ter acesso ao projeto Bússola Cultural.
A Bússola Cultural oferece os seguintes serviços:
- Revisão, análise e desenvolvimento de projetos para editais culturais, aplicáveis em diversas linguagens, visando estimular a participação em diversos editais e outras ações de acesso e visibilidade aos artistas e instituições;
- Orientação, esclarecendo dúvidas nos processos de participação de editais;
- Orientação na preparação de materiais como portfólio, currículo, orçamento, plano de comunicação e entre outros;
- Orientação e dúvidas simples em prestação de contas de editais.
Para agendar seu atendimento, clique aqui e preencha o formulário. Em seguida, a equipe CCBJ entra em contato por e-mail para confirmação do encontro virtual. Caso possua dúvida no preenchimento, pode enviar para o e-mail para bussolacultural.ccbj@idm.org.br .
Em casos de dificuldades de acesso à internet ou se preferir o atendimento presencial, o agendamento pode ser feito por meio de formulário impresso, solicitado no setor da Ação Cultural (Rua Três Corações, 400, Bom Jardim) e também pode ser solicitado via formulário ou e-mail.
A professora e bióloga marinha Sandra Beltran-Pedreros foi recebida no Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria de Cultura do Ceará (SECULT CE) gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), para realizar uma palestra em alusão à Semana Estadual da Proteção aos Manguezais.
O evento, voltado às mulheres da comunidade do Grande Bom Jardim, contou com uma sessão de cinema, na qual foi exibido “Museu Itinerante: educar para libertar”, um vídeo educativo que mostra imagens do Ecomuseu Natural do Mangue, localizado no bairro Sabiaguaba, em Fortaleza.
Sandra Beltran-Pedreros também é coordenadora de pesquisa do Ecomuseu e estava ao lado de Beth Araújo, produtora cultural do Complexo Ambiental e Gastronômico da Sabiaguaba. As convidadas falaram sobre a importância da preservação dos manguezais e ressaltaram o papel desse ecossistema para o meio ambiente.
Para dar início à sua exposição, Beltran-Pedreros tratou o tema do evento de modo a aproximá-lo da vida cotidiana. “Os manguezais são lugares de onde vocês [mulheres] vão buscar o sustento”, disse a bióloga, pontuando a relevância do ecossistema na produção de alimentos.
A professora também exaltou a importância da preservação dos manguezais para a conservação da biodiversidade, ressaltando o ecossistema como berçário do mundo. Afinal, segundo Sandra Beltran-Pedreros, os manguezais sustentam 80% das espécies de peixe.
O evento do CCBJ se seguiu em clima de sensibilização e conscientização da causa ambiental, sobretudo em relação aos mangues e manguezais, a fim de compartilhar conhecimento acerca desse ecossistema rico em biodiversidade. Segundo a professora Sandra, o conhecimento é o primeiro passo para corrigir os comportamentos nocivos ao meio ambiente.
A ação foi realizada pelo Complexo Ambiental e Gastronômico da Sabiaguaba em parceria com o CCBJ, ambos equipamentos geridos pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), junto a Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (SEMA), o Ecomuseu Natural do Mangue e a ONG Aquófilos, em referência ao Dia Internacional da Conservação dos Manguezais, data celebrada no dia 26 de julho.