Logo do Governo
Semana da Criança CCBJ 2023: a diversidade mora em mim!

A semana que converge para o festejo do Dia das Crianças no Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) é um período em que reunimos nossos fazeres cotidianos para celebrar as diversas infâncias presentes no equipamento cultural, como espaço de proteção e percepção que essA Diversidade mora em mim! para despertar e reafirmar o respeito aos corpos, cores, religiões, raças, formas, culturas e famílias presentes no equipamento.    

Através do Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE), o CCBJ oferece do dia 10 a 14 de outubro, uma programação lúdica para que as crianças vivenciem seus sentimentos, fortaleçam seus vínculos interpessoais, compreendam diferenças e exercitem acordos. É esperado estimular o respeito aos direitos das crianças por parte de seus familiares, em especial, no entendimento que as desigualdades sociais, de gênero e outras que acometem acessos básicos como o direito ao brincar e que precisamos protegê-las para garantir-lhes isto.

O objetivo das ações é proporcionar momentos para que se desenvolvam, inventem e construam-se como protagonistas, para seu desenvolvimento cognitivo e psicossocial, experimentando-se como cidadão, com desejos, diferenças, necessidades, conflitos para construírem seus caminhos com autonomia, inclusão, acessibilidade, liberdade na cidadania cultural e garantia de direitos. 

Confira a programação da Semana da Criança CCBJ 2023:

Dia 10/10/2023

Contarte: Brinquedos e brincadeiras, às 14hSala Multiuso, com agentes criativas Catharina Feitosa e Carolina Bonfim

Atividade para a confecção de brinquedos com materiais recicláveis e momento de brincadeiras mediadas pelas agentes criativas.

Navegando em Letrinhas: Ofélia, a Ovelha, às 16hEspaço Alternativo, com educadora Bárbara Araújo

Leitura mediada e dialógica sobre o livro infantil ”Ofélia, a ovelha” de Marina Colasanti, autora consagrada por contos e ensaios sobre as problemáticas femininas e que, nessa história, traz a problemática da insatisfação pessoal e da busca da identidade através da aparência, a fim de valorizarmos nossas próprias características.

Dia 11/10/2023

Desenho e pintura: Desenho cego, às 10h Espaço NArTE, com educadora Narah Adjane

A vivência propõe experimentações com o público, onde irão realizar desenhos a partir de objetos sentidos pelas mãos, sem o uso da visão. A ideia é se divertir usando a percepção para além do olhar e imaginar diversas formas de perceber o mundo ao redor.

Plantar para crescer, às 15hEspaço Paulo Freire, com Eduardo Marques

Em continuidade ao ambientação do jardim no Espaço Paulo Freire, as crianças irão realizar o plantio de espécies, junto às medicinais já existentes, para formação de uma cerca viva que proteja o ambiente da rua, descobrindo novas plantas e reforçando a importância da diversidade para o planeta e dos cuidados como rega e adubação. 

Brincar é coisa séria!, às 16hEspaço Mariele Franco, com educadora Deyse Mara 

Brincadeira é essencial para o desenvolvimento psicomotor e cognitivo na vida das crianças. Com isso, iremos propor uma tarde de muitas brincadeiras populares, a fim de que as crianças entendam a importância do brincar, com respeito e com cooperatividade.

Navegando em Letrinhas: Adjoké e as palavras que atravessaram o mar, às 19hBiblioteca Cristina Poeta, com Bárbara Araújo

Leitura mediada e dialógica sobre o livro infantil ”Adjoké e as palavras que atravessaram o mar” de Patrícia Matos, retrata a vida de uma menina Yorubá que chegou ao Brasil traficada do Continente Negro, numa contação de história para descoberta da origens ancestrais de cada criança.

Dia 13/10/2023

Cine NArTE – Animação “Ian e o Parquinho”, às 10h Cineclube, com educadora Jackline Marques

 Ian é um curta-metragem de animação que conta uma história real em  de um menino com paralisia cerebral. Na escola,  nenhuma criança brincava com ele, mas Ian não desiste de mostrar que, apesar da cadeira de rodas, ele tem os mesmos direitos que todas as crianças. Após a exibição, será mediado debate e desenhos com o público. Classificação livre.

Vivência de criatividade sustentável, às 16hEspaço Multiuso, com agentes criativos Halan e Jeferson

Atividade voltada para sensibilização da cultura sustentável a partir do estímulo à criatividade na confecção de vasinhos com materiais reutilizáveis, visando uma brincadeira sustentável e consciente.

As Cores que Somos, às 17hEspaço Paulo Freire, com educadora Jackline Marques

Através da brincadeira para a formação de cores secundárias (verde, lilás e laranja) através das cores primárias (amarelo, azul e vermelho), iremos trabalhar que emoções elas nos transmitem e exercitar auto-retratos para estímulo da percepção e valorização de si. 

Bailinho de Talentos, às 18hEspaço Paulo Freire, com educadora Deyse Mara

Para abrilhantar a semana das crianças, teremos uma noite com música, dança e moda, onde as crianças serão protagonistas desse evento, apresentando seus talentos artísticos. A vivência tem como principal objetivo, garantir uma noite de lazer e diversão.

14/10/2023

Desvendando o Universo: Planetário CCBJ, às 13:30hSala Multiuso, com articuladores comunitários Auri e Shirley

A fim de viajar nos mistérios de nossa presença no universo, essa experiência imersiva em Astronomia, visa ampliar os horizontes e a percepção sobre o mundo em que vivemos, de onde viemos e o lugar que ocupamos em nossa sociedade, por meio de exibição de 10 minutos, com a participação de 05 crianças cada, contando história do nosso sistema solar. 

Rua do Brincar: Pelo Direito de Brincar em Seu Território, às 15hPraça Central CCBJ, com a Iniciativa comunitária Espaço Geração Cidadã (EGC)

Através da instalação de brinquedos e disposição de ferramentas pedagógicas, no Pátio do CCBJ, as crianças poderão interagir através de cantigas de rodas e brincadeiras antigas, estimulando o cérebro, a atenção, a coordenação motora, a agilidade, a noção de espaço, além de promover o companheirismo e o senso de coletividade entre elas.

Brincando e pintando, às 15hEspaço NArTE, com a agente criativa Lídia Freire

Em continuidade às vivências realizadas pela agente criativa, em outubro, as plaquinhas de papelão produzidas para crianças através de pintura livre serão sobre “o que é ser criança?”

A primeira semana do mês de outubro no CCBJ foi movimentada por exposição artística e programações de diversas linguagens. 

Já na terça tivemos o Ciclo de leitura com a leitura do livro O caso das Bananas. O programa Galeria em Pauta trouxe a abertura da exposição Ruas Sem Cep, de Késsia Nascimento, com curadoria de Thiago Campos. As fotografias ficarão expostas na Multigaleria do CCBJ até o dia 24/10. Se você ainda não veio prestigiar, aproveite que ainda dá tempo!

O programa de Humor recebeu na quinta, dia 05, as apresentações “Um Fêi que não é Fake”, do humorista Fêi Que Dói, com piadas e brincadeiras que fizeram o público cair na gargalhada, com seu jeito ingênuo e matuto. Severina Guet se apresentou com show “Todo dia tem bom humor”, repleto de piadas e tiradas, além de histórias contadas em um tom de graça e riso.

O “Samba de Mesa do Bloco Zé Almir, cantou na sexta-feira, famosos e tradicionais sambas de mesa e sambas enredos do Bloco. Já no sábado a programação recebeu Um Picadeiro de Histórias 2.0, pelo programa É o Brinca convida. O Todos os Sons recebeu a Orquestra sagrada: Mukuiu NZambi – de Exu a Oxalá.

Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), realiza edição especial do seu programa “É O Brinca” em comemoração ao Dia das Crianças, com programação durante todo o dia 14 de outubro.

É O BRINCA: ESPECIAL DIA DAS CRIANÇAS é um evento marcado por programação gratuita e aberta ao público e conta com apresentações de espetáculos circenses e de palhaçaria, apresentação musical, oficinas, brincadeiras e outras atividades voltadas ao público infantil do Grande Bom Jardim.

Com o tema “A diversidade que mora em mim”, o evento funciona como símbolo de reconhecimento à diversidade cultural, social, racial, econômica, de corpos e de diferentes infâncias. O objetivo da comemoração é promover, a partir de atividades lúdicas, brincadeiras, espaços recreativos e apresentações artísticas, a discussão e reflexão de temas relacionados à diversidade e pluralidade de pessoas em nossa sociedade.

O Centro Cultural Bom Jardim é diariamente habitado por crianças que residem nas redondezas do equipamento, servindo como espaço de lazer e convivência social, onde também desenvolvem atividades educativas e culturais. O público infantil é contemplado pelas ações promovidas por todos os setores finalísticos do CCBJ, cada qual atuando em seu propósito.

Por meio da Escola de Cultura e Artes (ECA/CCBJ), as crianças são atendidas no que tange a formações em linguagens artísticas diversas, enquanto o Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE/CCBJ) as contempla com ações do eixo Cultura e Infância, voltadas para a proteção da infância e seus direitos. As programações culturais infantis, por sua vez, são promovidas pela Ação Cultural do CCBJ.

“Em um país marcado por suas desigualdades propomos a quebra da lógica da exclusão, abraçando o conceito de que toda e qualquer criança é sujeito de direitos e entre eles o principal neste dia: o direito de brincar, onde elas desenvolvem, inventam e constroem  de forma autônoma e com grande protagonismo sua própria forma de experimentar o mundo”, explica a equipe do NArTE.

Krisley Delfino, psicóloga que atua no setor, pontua a importância da brincadeira como um meio de expressar sentimentos e de explorar a realidade e a cultura na qual a criança está inserida. O É O BRINCA: ESPECIAL DIA DAS CRIANÇAS traz à tona as diversas reflexões dentro da cidadania cultural e é definido pela equipe do NArTE como “uma data que busca reunir todo o fazer cotidiano das crianças dentro do equipamento, que já é um centro de união e reunião da infância.”

O setor Ação Cultural alcança as crianças especialmente por meio da Biblioteca Cristina Poeta, que, além de disponibilizar de livros infantis, busca incentivar a leitura através de programas como o Sombrinha Literária, que abrange, por exemplo, o Ciclo de Leitura, ação que proporciona experiências de sociabilidade e impulsiona a criatividade a partir da mediação da informação e da leitura.

A festa das crianças, portanto, é uma realização do equipamento em sua totalidade, resultando da relação frutífera entre o Centro Cultural Bom Jardim e as crianças que crescem frequentando o equipamento, sendo, conforme Aurianderson Amaro, articulador comunitário do NArTE/CCBJ, um dia muito esperado pelas crianças da comunidade.

PROGRAMAÇÃO É O BRINCA! ESPECIAL DIA DAS CRIANÇAS

13h às 16h – Oficinas / Brinquedos e Brincadeiras Populares Infantis

16h – Contação de História com Fuxica e Tetel saudando o riso alheio (Trupe Rebimboca)

17h – Show com a Palhaça Miau 

18h – SUDIKA-MBEMBI E A GRANDE CRIATURA por Edivaldo Batista e Jhon Morais (Palco Giratório Sesc)

19:30h – Apresentação Musical Infantil Tia Samila & Sua Turma 

20:30h – Encerramento

Incentivando meninas e mulheres da comunidade a investirem em seus futuros em áreas da tecnologia, o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará (SECULT), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), promoveu de junho a agosto de 2023 o curso Mulheres na Programação: Desenvolvimento de Jogos Digitais.

Por meio do Programa de Cultura Digital da Escola de Cultura e Artes (ECA/CCBJ), as 15 mulheres selecionadas viveram um percurso formativo de cerca de três meses, aprendendo desde os fundamentos básicos dos Jogos Digitais, descobrindo a cultura e o mercado do segmento no Brasil, até a parte prática da profissão, mergulhando nos processos de Game Design, sonoplastia e lógica de programação, utilizando programas de Software Livre como Inkscape e a engine GDevelop 5.

Diêgo Barros conta que o Programa de Cultura Digital do CCBJ, do qual ele é coordenador, já ofertou algumas formações na área do desenvolvimento de jogos digitais ao longo dos últimos anos, mas a diversidade do público era um fator a ser melhorado. “Observou-se que a participação do público feminino, LGBTQIAP+ e de Pessoas com Deficiência (PcD) ainda estava bem aquém do ideal” e, assim, a proposta do curso foi lançada a este público.

O intuito da formação, segundo Diêgo Barros, foi “contribuir com a formação de uma geração de mulheres desenvolvedoras de jogos digitais no território do Grande Bom Jardim”. A iniciativa foi motivada por conversas informais com mulheres que participavam de outros cursos do Programa de Cultura Digital.

Ainda que interessadas no desenvolvimento de games e em áreas afins, o ambiente majoritariamente masculino, conforme notado pela equipe pedagógica de Cultura Digital, acabava por distanciar essas mulheres da inscrição em cursos voltados para a programação de computadores e criação de jogos digitais, por exemplo.

Incentivando a participação do público feminino e contribuindo para maior diversidade de profissionais na área da programação digital, o curso “Mulheres na Programação: Desenvolvimento de Jogos Digitais” não só foi voltado para as mulheres, como contou com um corpo docente majoritariamente feminino e com uma temática de trabalho de conclusão centrada nas mulheres.

Eduarda Sousa, uma das alunas do curso, acredita que a área da tecnologia é muito dominada por homens e, por isso, considera importante a presença de mulheres enquanto produtoras na área. “Eu acho que é importante a criação de uma turma exclusiva [para mulheres] para mostrar que nós queremos sim ocupar esse espaço e que o motivo de nós não conseguirmos vai muito além da nossa falta de vontade. É uma questão estrutural mesmo.”

Ao promover a formação, a maior expectativa da equipe do Programa de Cultura Digital era ter jogos digitais publicados e realizados pelos alunos, e assim foi feito. Com o tema “Mulheres Nordestinas Históricas”, a proposta dos jogos desenvolvidos pelas estudantes trazia as mulheres ao protagonismo da narrativa.

O curso de 130 horas/aula foi dividido em quatro módulos: “Arte Digital e Game Design”, com a professora Renata Barros; “Sonoplastia”, com a professora Isabele Carvalho, “Programação”, com o professor Ismael Maciel e, por fim, o “Projeto Final”, no qual as estudantes formaram duas equipes para criar um game autoral.

Renata Barros, vale ressaltar, é uma das fundadoras do coletivo Flower Bots, desenvolvido no curso de Extensão em Jogos Digitais da ECA/CCBJ. Em 2022, ela também participou do Laboratório de Pesquisa e desenvolveu pesquisas sobre a cultura indígena Tabajara. De estudante, ela passou para a docência no CCBJ, contribuindo para a formação de mais mulheres em sua área de atuação.

Acompanhadas pela equipe docente e amparadas por mentorias, as participantes deveriam desenvolver jogos com narrativas, cenários, personagens, desafios, obstáculos e interface.  Com foco no processo de desenvolvimento de jogos digitais e suas diversas etapas, as estudantes formadas podem atuar nas áreas de Arte Digital, Game Design, Sonoplastia e Programação aplicadas a jogos digitais, embora o curso as habilite a atuar também em outros campos do universo das Tecnologias da Informação e Comunicação.

Rachel de Queiroz, Maria Bonita e as mulheres na programação

Luísa Vitória, de 21 anos, é frequentadora do Centro Cultural Bom Jardim desde criança. Foi também na infância que seu fascínio por games surgiu. Mas ela não estava satisfeita apenas em consumir, cresceu nutrindo o interesse de desenvolver um jogo. Esta foi sua motivação para se inscrever no curso “Mulheres na Programação”, no qual teve a oportunidade de, junto de seis outras integrantes, realizar seu desejo: elas criaram o jogo “1915”.

Quando o tema do trabalho final foi proposto, a equipe pensou em Rachel de Queiroz, a autora da obra literária que batizou o jogo. As sete jovens inspiraram o jogo em Chico Bento, personagem do livro “O Quinze”, que retrata o período da seca de 1915 no sertão cearense. “Fizemos isso pensando em representar sua obra, incluindo ela [Rachel de Queiroz] como narradora”, conta Luísa Vitória.

Embora o processo tenha sido desafiador, a concludente considera a finalização do curso recompensadora, tendo atuado no Game Design e na Programação do jogo. “Apresentar um projeto feito durante três semanas é uma conquista para as mãos inexperientes e me ajudou a confiar mais nas minhas próprias capacidades”, revela.

A experiência de trabalho coletivo, sublinhada por Diêgo Barros como um componente importante para o percurso formativo, também foi um fator relevante para Luísa Vitória. A estudante afirma o curso como uma “ótima experiência de trabalho em equipe” e acrescenta o saldo positivo que obteve: “aprendi muito com o auxílio dos professores no desenvolvimento tanto do jogo, quanto da equipe em si e pude testar minhas capacidades de gestão”.

Eduarda Sousa partilha da percepção positiva acerca do trabalho coletivo. “Acho que uma das coisas que mais foram interessantes foi o trabalho em equipe que a gente realizou, senti que todas as meninas levaram o trabalho muito a sério e isso foi ideal pra gente conseguir se organizar e ir produzindo.”, conta a concludente.

As oito componentes da equipe da qual Eduarda fez parte produziram o jogo “Maria Bonita”, em referência à cangaceira do bando de Lampião, que, no jogo, precisa enfrentar os obstáculos da estrada de terra sertaneja. Para a estudante, “a experiência de desenvolver um jogo foi incrível, os professores foram muito parceiros e nos ajudaram a todo instante durante o processo.” 

Ela conta que conheceu o CCBJ com o “Mulheres na Programação”, ingressando na formação quando estava de férias da faculdade, visualizando a oportunidade de entrar na área de jogos digitais de maneira “mais profissional”, ultrapassando a relação de consumidora de jogos. Ela se surpreendeu com o resultado. ”Eu fui pro curso pensando que seria algo mais simples, sabe? E aprendi muita coisa mesmo!”, conta. 

“Eu sempre gostei muito de jogos e estar do outro lado, no lado de quem está produzindo para outras pessoas jogarem, foi uma experiência muito massa”, diz Eduarda Sousa. A estudante declara que o seu gosto por jogos foi o que a motivou a se inscrever no curso e, por conseguinte, a leva ao sentimento de realização por tê-lo concluído.

Eduarda não é a única a manifestar satisfação pela participação no curso. Andressa Fernandes, uma das estudantes responsável pelo desenvolvimento do jogo “1915”, também traz seu depoimento positivo sobre o percurso formativo:

Além de promover a inclusão de pessoas LGBTQIAP+, com deficiência e, sobretudo, do gênero feminino, o recorte político também leva em conta questões socioeconômicas no projeto educativo. Voltado para jovens entre 15 e 29 anos, o curso contemplou um público que está iniciando uma carreira profissional e que também é periférico.

Pensando nisso, a equipe pedagógica de Cultura Digital adota integralmente o uso de Softwares Livres, almejando o conhecimento em tecnologia digital sem restrições de acesso, “dando a oportunidade de produção artístico-digital às pessoas que não teriam acesso a programas de computador proprietários, cujas licenças são caríssimas e inacesśiveis à maioria da população brasileira, principalmente a periférica”, conforme o coordenador do Programa de Cultura Digital.

Enquanto moradora do Grande Bom Jardim, território onde o CCBJ se localiza e atua, Maria Luísa pontua a importância da iniciativa por apontar possibilidades. “É importante um curso como este para que as pessoas do gênero feminino, periféricas, que se interessam por jogos ou pela criação de narrativas imersivas, possam ver a possibilidade de fazer parte de um mercado que muitas vezes é caro e inacessível, podendo assim produzir suas próprias narrativas dentro de um jogo”.

Contar as próprias histórias, afinal, não é importante apenas para Luísa Vitória, mas para toda a turma. Diêgo conta que as alunas são “jogadoras assíduas de games disponíveis no mercado e se incomodavam com o modo como as mulheres eram retratadas, na maioria das vezes como coadjuvantes e de modo sexualizado”. Elas, então, encontraram na criação dos jogos um meio de realizar o que gostariam de ver enquanto consumidoras.

Uma vez concluída a jornada de formação, a equipe pedagógica da ECA/CCBJ projeta expectativas de que o curso seja o pontapé inicial para a criação de coletivos de mulheres desenvolvedoras de games do território do Grande Bom Jardim e se orgulha dos jogos resultados da dedicação das estudantes formadas no curso “Mulheres na Programação: Desenvolvimento de Jogos Digitais”. 

As mulheres na programação:

O QuinzeMaria Bonita
Alexandra Sousa da Cruz Adrielly Miranda da Silva
Ana Andressa Fernandes Moreira de SousaAndressa Hilario Lopes
Ana Clara Boaventura de OliveiraFrancisca Janaína Duarte Santos
Luísa Vitória Mesquita de OliveiraIorana Pitombeira Reis de Oliveira  
Maria Clara Rodrigues de SousaJayne Lia Uchoa da Silva
Vanessa Hilario LopesLetícia da Silva Martins 
Vitoria Kenelly Santos da SilvaMaria Eduarda de Sousa Alves
Mariana Da Silva Rebouças de Carvalho

Coordenador do Programa de Cultura Digital deixa recado à equipe e às concludentes do curso “Mulheres na Programação”

Parabéns às 15 estudantes que concluíram o Curso “Mulheres na Programação: Desenvolvimento de Jogos Digitais” da Escola de Cultura e Artes CCBJ!!! 
Um agradecimento especial aos monitores da turma, Karine Almeida e Miguel Ângelo Nascimento, pelo empenho durante as aulas e pelo apoio técnico durante o período de desenvolvimento dos jogos. Também à equipe de professores: Renata Barros, Isabele Carvalho e Ismael Maciel, pela troca de saberes e experiências com turma. Agradeço ao João Pedro Rabelo, assistente pedagógico, e ao Wyll Mota, mediador digital, pelo excelente trabalho realizado.  Por fim, gratidão à Equipe Pedagógica da ECA/CCBJ pela confiança, por acreditar e incentivar o nosso sonho de um mundo onde o acesso às tecnologias digitais é livre e onde as experiências de criação de arte digital podem ser vivenciadas sem barreiras.  
Abraços fraternos! 
Diêgo Barros.

Na última semana do mês de setembro, o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), recebeu espetáculos artísticos e desenvolveu atividades educativas ligadas à cidadania, com destaque para a campanha Acessibilidade em Foco.

A campanha em prol da visibilidade e inclusão de pessoas surdas e com deficiência, que engloba as campanhas Setembro Azul e Setembro Verde, movimentou o próprio CCBJ e o Instituto Cearense de Educação dos Surdos (ICES) no dia 26, com programação envolvendo oficinas, palestras, show musical e encenação do Programa de Acessibilidade da Escola de Cultura e Artes (ECA/CCBJ). 

Por meio do seu Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE), o CCBJ promoveu, no dia 27, um diálogo sobre trabalho infantil, abordado de maneira lúdica, através do projeto “Navegando em Letrinhas”, com o tema “Trabalho de criança não é brincadeira, não!”, e a atividade ‘Vivências Cotidianas: Quem Sou?”, ocorrida no dia 28 com foco no público juvenil.

No dia 29 de setembro, o setor Ação Cultural trouxe ao equipamento a peça artística “Maresia”, da Cia Acaso, apresentada no Teatro Marcus Miranda como parte do programa Sexta com Dança. No mesmo dia, pelo programa NArTE em Pauta, ocorreu uma atividade de colagem relacionada ao tema saúde mental, em alusão à campanha Setembro Amarelo.

Por meio de sua Ação Cultural, o CCBJ também recebeu o Coletivo Riddims Collabs para o workshop Collab House Dance e o espetáculo “O Conto da Mulher Água”, da Cia CLE (Circo Lúdico Experimental), compondo, respectivamente, a Solicitação de Pauta do equipamento e o programa Circo em Cena. Ambas as programações ocorreram no dia 30, tendo sido a primeira na Praça Central e a outra no teatro do Centro Cultural Bom Jardim.

Filme produzido por alunos do curso Extensivo em Audiovisual da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) alcança mais uma conquista. “Noites em Claro”, dirigido por Elvis Alves, aluno da segunda turma do curso, entra no festival Sinistro Fest e será exibido no dia da abertura do evento, no Cineteatro São Luiz.

“Saber que a gente está na cerimônia de abertura, pra mim, é muito especial, porque acho que a gente está ocupando um espaço que não é muito comum para os filmes que são produzidos em um contexto de periferia”, declara Elvis, comemorando a conquista pelo espaço da obra em um festival de cinema de horror.

O curta-metragem de terror foi realizado por alunos da segunda turma de Extensivo em Audiovisual, em 2022. A produção foi desenvolvida ao longo do percurso formativo de um ano e realizada ao final como um trabalho de conclusão, junto de “Saída para a Luz do Dia”, outro curta-metragem da turma.

“Noites em Claro” já foi premiado no festival Curta Taquary em três categorias – melhor filme, direção de arte e som. No entanto, a produção continua circulando mostras de cinema e tanto o diretor quanto Ricco Sales, que assina a produção do filme, têm investido tempo na distribuição e seguem colhendo os frutos do curta-metragem.

O filme de gênero acompanha Carlos (Éricles Carmo), um jovem negro da periferia que trabalha como entregador de pizza, enquanto ele luta para driblar as injustiças sociais e um ser sobrenatural nada agradável que costuma aparecer em sua casa. Assim, a produção, inteiramente filmada no Bom Jardim/Granja Lisboa, alia crítica social e terror.

O festival Sinistro Fest terá a abertura de sua segunda edição no dia 03 de outubro, às 19h00, no Cineteatro São Luiz. Nesta data, serão exibidos os curta-metragens “Noites em Claro”, na categoria Curta Ceará Sinistro, “Heleno”, produção internacional, e “Cáustico”, que também entra na Sessão Quibungo como “curta convidado”. O evento se estende até o dia 07 com programação iniciada no período vespertino.

O Centro Cultural Bom Jardim, equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), deu início à formação da terceira turma de Extensivo em Audiovisual e aguarda as próximas produções dos alunos da sua Escola de Cultura e Artes.

O Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do ceará (Secult CE), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), realiza atividades gratuitas e abertas a toda a comunidade do Grande Bom Jardim. A seguir, confira as atividades realizadas pelo equipamento na terceira semana do mês de setembro.

Por meio da Bússola Cultural (Assessoria de Projetos) o CCBJ, realizou um momento para ampliar o conhecimento sobre a lei. O encontro aconteceu no dia 18 de setembro, no Espaço Paulo Freire CCBJ e contou com a participação de Valéria Cordeiro, assessora de projetos institucionais da Secretaria de Cultura do Ceará (SECULT-CE), Levi Nunes, gestor executivo do CCBJ, e Monique Souza, assessora técnica de Projetos Culturais do CCBJ.

Do dia 19 ao dia 23 de setembro, o Rolê Freiriano movimentou o Centro Cultural Bom Jardim e o território do Grande Bom Jardim com oficinas e vivências no Teatro do Oprimido, no grafite, em educação musical, entre outras experiências práticas proporcionadas a crianças e jovens frequentantes do equipamento.

O evento foi encerrado no dia 23, com o Sarau Esperançar. Além do microfone aberto, o sarau contou com a presença e participação do coletivo Pretarau. O momento foi seguido de show do grupo Coco da Dona Geralda, na Praça Central do CCBJ, que agitou a noite de sábado e finalizou a programação do Rolê Freiriano.

Finalizando o curso Mulheres na Programação, no dia 24 de setembro, no Espaço Paulo Freire, o CCBJ por meio do Programa de Cultura Digital da sua Escola de Cultura e Artes, realizou um evento de culminância, apresentando para familiares e amigos das alunas e para toda a comunidade o projeto final produzido durante o curso Mulheres na Programação. Encantarias da Capoeira foi título da conferência dançante deste mês de setembro, com a mestra de capoeira Carla Mara, que desenvolveu a noção de encantamento do corpo, fazendo uso de movimentos simples da capoeira, que são também utilizados no nosso cotidiano.

Em Agosto, o Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura, anunciou 22 editais da Lei Paulo Gustavo no Ceará. A Lei prevê o maior investimento no setor cultural da história do Brasil. O Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult Ceará) gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), por meio da Bússola Cultural (Assessoria de Projetos), realizou um momento para ampliar o conhecimento sobre a lei. 

O momento aconteceu no dia 18 de setembro, às 19h, no Espaço Paulo Freire CCBJ e contou com a participação de Valéria Cordeiro, assessora de projetos institucionais da Secretaria de Cultura do Ceará (SECULT-CE), Levi Nunes, gestor executivo do CCBJ, e Monique Souza, assessora técnica de Projetos Culturais do CCBJ.

Valéria Cordeiro, descreveu a Lei Paulo Gustavo como um fomento que vai do audiovisual a todas as outras linguagens artísticas, vindo para trazer esse recurso e dinamizar o campo cultural do Estado. Para Levi Nunes, é importância os artistas do território conhecerem e entenderem as oportunidades dos editais, tendo condições não somente de se inscreverem, mas também de serem contemplados.

Assessora de Projetos do CCBJ, Monique Souza ressaltou que a ideia do Bússola Cultural é mostrar o caminho e fazer o acompanhamento até que o artísta consiga finalizar o processo e enviá-lo, sem limites de tempo e atendimento.

Baixe o arquivo da apresentação com informação sobre a LPG

Confira em fotos como foi o momento:

Sobre a Lei Paulo Gustavo no Ceará

Criada em homenagem ao ator e humorista Paulo Gustavo, vítima da COVID-19 em 2021, a Lei busca incentivar a produção cultural do país e amenizar os impactos da pandemia no setor nos últimos anos. No Ceará, serão R$ 95 milhões destinados a editais publicados pelo Governo do Ceará e R$ 82 milhões divididos entre os 184 municípios. Somando um investimento de mais de R$ 177 milhões.

Os agentes culturais têm acesso ao recurso por meio de editais, chamamentos públicos, prêmios e ou outras formas de seleção pública.

A LPG estimula mecanismos de participação e protagonismo de mulheres, negros, indígenas, povos tradicionais, populações LGBTQI+, pessoas com deficiência e outros segmentos sociais. Além disso, a Secult Ceará destaca que os editais contam com: acessibilidade, linguagem simples, suporte técnico para pessoas com deficiência e ações afirmativas.

11 Editais já foram publicados pela Secult Ceará e outros 11 serão lançados nas próximas semanas. A Cultura vive um grande momento, diante de um orçamento histórico no setor e a Lei Paulo Gustavo (LPG) faz parte disso. Clique aqui para conferir no site do Mapa Cultural todos editais da LPG que já foram abertos ou estão em conhecimento público. Confira aqui os próximos editais a serem lançados:

1. Chamada Pública para Aquisição de Acervo Bibliográfico Literário do Ceará
2. Edital Cultura e Arte LGBTI+
3. 3° Edital Cultura Infância
4. Edital de Premiação Cultural – Fomento à exibição, preservação e empresas do Audiovisual Cearense
5. VIII Prêmio Alberto Nepomuceno de Composição Musical

Esses cinco editais da Lei Paulo Gustavo no Ceará devem ser publicados pela Secretaria da Cultura do Estado nos próximos dias. As inscrições são feitas via Mapa Cultural do Ceará.

A Secult Ceará disponibiliza canal próprio de atendimento para cada edital, tornando mais fácil o esclarecimento de dúvidas. Confira os canais de atendimento:

Chamada Pública para Aquisição de Acervo Bibliográfico Literário do Ceará
E-mail: producaoliteraria.lpg@secult.ce.gov.br

Edital de Premiação Cultural – Fomento à Exibição, Preservação e Empresas do Audiovisual Cearense
E-mail: audiovisual.lpg@secult.ce.gov.br

Prêmio Territórios Culturais e Periféricos
E-mail: territoriosculturais@secult.ce.gov.br

Edital de Apoio ao Audiovisual Cearense – Difusão, Formação e Pesquisa
E-mail: audiovisual.lpg@secult.ce.gov.br

(Conhecimento Público) Edital de Chamada Pública para realização de Feiras Literárias nos Municípios do Ceará
E-mail: feirasliterarias.lpg@secult.ce.gov.br

(Conhecimento Público) Chamamento para o Programa de Publicação de Pesquisas e Concessão de Bolsas para Mobilidade Formativa
E-mail: mobilidadeformativa.lpg@secult.ce.gov.br

(Conhecimento Público) Chamamento para o Programa de Ações Formativas em Arte e Cultura em Municípios do Ceará
E-mail: formacaoarteecultura.lpg@secult.ce.gov.br

Edital de Apoio a Festivais Culturais Ceará
E-mail: festivaisculturais.lpg@secult.ce.gov.br

Edital de Apoio ao Audiovisual Cearense – Produções
E-mail: audiovisual.lpg@secult.ce.gov.br

Além disso, o Mapa Cultural do Ceará oferece um serviço de chat. Acesse o link: bit.ly/SuporteMapaCulturalCE (Dias úteis, das 8h às 17h, até o último dia de inscrição de cada edital)

Sobre a Bússola Cultural

O objetivo da Bússola Cultural é fortalecer e contribuir com os processos de construção de grupos, artistas e coletivos, para a elaboração de propostas artísticas nas diversas linguagens. Após os grupos e artistas fazerem o agendamento com a assessoria de projetos artísticos e culturais do CCBJ, o atendimento é realizado em duas etapas: orientação e retorno, podendo acontecer no formato virtual ou presencial. Logo mais é destacado como fazer para se ter acesso ao projeto Bússola Cultural.

A Bússola Cultural oferece os seguintes serviços:

  • Revisão, análise e desenvolvimento de projetos para editais culturais, aplicáveis em diversas linguagens, visando estimular a participação em diversos editais e outras ações de acesso e visibilidade aos artistas e instituições;
  • Orientação, esclarecendo dúvidas nos processos de participação de editais;
  • Orientação na preparação de materiais como portfólio, currículo, orçamento, plano de comunicação e entre outros;
  • Orientação e dúvidas simples em prestação de contas  de editais.

O agendamento para o atendimento poderá ser solicitado no site ccbj.org.br ou através de formulário impresso, solicitado no setor da Ação Cultural (Rua Três Corações, 400, Bom Jardim). Em seguida, a equipe CCBJ entrará em contato por e-mail ou telefone  para confirmação do atendimento. Dúvidas sobre o preenchimento, poderão ser esclarecidas pelo e-mail bussolacultural.ccbj@idm.org.br ou via wathsapp da Ação Cultural:  (85) 9138-3726

Você já ouviu falar de Setembro Azul ou Setembro Verde? O Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), une as duas campanhas em uma iniciativa que faz alusão ao Mês Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência e da luta da comunidade surda.

A campanha Acessibilidade em Foco, realizada em referência às datas importantes para a comunidade surda e ao Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência, conta com programação envolvendo oficinas, palestras, apresentações artísticas e outras atividades no equipamento e em instituições parceiras no dia 26, marcado pelo Dia Nacional do Surdo.

A iniciativa parte da Escola de Cultura e Artes (ECA) do CCBJ e se estende a todo o equipamento, que conta com a mobilização de todos os seus setores em torno da acessibilidade. A Cartilha de Acessibilidade Atitudinal do CCBJ, disponível na versão impressa, digital e em formato de áudio, exemplifica o compromisso deste centro cultural com a inclusão de pessoas com deficiência (PCD) durante todo o ano.

Conforme Vitória Sâmea, supervisora do Programa de Acessibilidade do CCBJ, a programação contribui para a disseminação de informação sobre acessibilidade e para o acesso de pessoas surdas e com deficiência ao Centro Cultural Bom Jardim. O intuito da iniciativa do CCBJ, segundo ela, é “pautar cada vez mais a acessibilidade” dentro e fora do equipamento. 

Além da cartilha, que aborda a percepção e sensibilidade no trato com pessoas com deficiência, livrando-se de estereótipos e atitudes discriminatórias, o equipamento dispõe de um Programa de Acessibilidade, ligado à ECA, que atua em transversalidade com os outros programas e desenvolve ações formativas sobre acessibilidade.

O CCBJ conta ainda com intérpretes de libras nos cursos, materiais audiovisuais e programações culturais e disponibiliza descrições alternativas nas publicações das redes sociais como formas de manter as atividades do equipamento acessíveis a todos os públicos e proporcionar um ambiente inclusivo, garantindo os direitos de acesso das PCDs a espaços culturais.

Com a campanha Acessibilidade em Foco, o Centro Cultural Bom Jardim reafirma seu compromisso com a inclusão de pessoas com deficiência, atraindo um público ainda mais diverso para as suas ações socioeducativas e culturais, além de contribuir para a propagação das campanhas Setembro Azul e Setembro Verde.

Por que Setembro Azul?

Setembro Azul ou Setembro Surdo é uma campanha voltada para a luta e conquistas da comunidade surda. O nono mês do ano foi eleito para a campanha devido à Semana Internacional dos Surdos, que vai de 20 a 26 de setembro.

Além do Dia Nacional do Surdo, celebrado no último dia da Semana Internacional dos Surdos, o dia 23 é marcado pelo Dia Internacional da Língua de Sinais e no dia 30 celebra-se o Dia Internacional do Profissional Tradutor e Intérprete.

A cor azul, por sua vez, foi escolhida por um resgate histórico relacionado ao período do nazismo. Na década de 1930, a comunidade surda foi alvo do programa eugenista da Alemanha que determinava a execução de pessoas com deficiência. Para diferenciá-las de outras pessoas, as pessoas surdas eram marcadas com uma faixa azul.

A cor, então, ficou marcada para a comunidade e é utilizada na campanha Setembro Azul por simbolizar a resistência da comunidade surda, ressignificando as razões violentas e excludentes pelas quais elas foram distinguidas por faixas azuis.

O que é Setembro Verde?

Setembro também é considerado o Mês da Pessoa com Deficiência, instituído com o objetivo de voltar o nono mês do ano à visibilidade e luta pelos direitos das pessoas com deficiência. A cor verde foi escolhida pela simbologia da própria cor, que pode representar esperança e prosperidade dos direitos das pessoas com deficiência.

A campanha é fruto da Lei 15.463/2014 e funciona como um meio de sensibilizar a sociedade para a inclusão e igualdade de oportunidades, bem como joga luz aos direitos, demandas e conquistas das pessoas com deficiência.

A campanha Setembro Verde também se propõe a combater o capacitismo – termo que designa o preconceito contra corpos que fogem aos padrões sociais de beleza, saúde e funcionalidade –, promover acessibilidade e criar ambientes mais inclusivos, considerando o pleno exercício de seus direitos humanos e liberdades individuais assegurados pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adotada, em 2006, pela Organização das Nações Unidas.

Programação da campanha Acessibilidade em Foco

9h às 9h30 – Caminhada (Saindo da Praça Luiza Távora em direção ao ICES)

13h30 às 15h, no ICES – Oficinas e Palestras

16h às 17h30, no ICES – Banda de Pagode com Roberto Souza e Felipe Souza (com intérprete de Libras)

17h30, no CCBJ – Encenação do Programa de Acessibilidade da Escola de Cultura e Artes do CCBJ

O Instituto Dragão do Mar está com seleção aberta para atuação no Centro Cultural Bom Jardim com o cargo celetista de Assistente de Comunicação e prestação de serviço como Educador(a) Social.

As inscrições para Assistente de Comunicação estão abertas até o dia 29 de setembro através do link: bit.ly/AssistenteComunicacaoCCBJ. Já para o cargo de Educador(a) Social as inscrições ficam abertas até dia 27 de setembro através do link: bit.ly/EducadorSocialCCBJ. Não perca essa oportunidade!

Inscreva-se e confira os editais completos no site do Instituto Dragão do Mar.

Dúvidas: fernanda.alcantara@idm.org.br.

O CCBJ se manteve, do dia 13 ao 16, repleto de atividades culturais e momentos voltados para a campanha Setembro em seu espaço. Exibições de filmes pelo programa Cine Narte, apresentações de espetáculos teatrais compondo a Solicitação de Pauta e o Teatro em Pauta, além de programações educativas no programa É O Brinca e vivências para pensar a comunidade no programa Conversa de Calçada. A semana foi finalizada com as apresentações de Coco de Praia do Iguape com Chico Casueira, compondo o programa Todos Os Sons, e “Oh! Terrinha Boa!”, mais uma Solicitação de Pauta.

A semana se iniciou com a abertura da campanha Setembro Amarelo 2023, em um dialógo com representantes das Redes de Atenção psicossocial, sobre a rede, apresentação dos serviços ofertados e de que forma podem ser acessados, pensando em uma maior aproximação do equipamento com a rede e para que a comunidade tenha um melhor esclarecimento sobre as atuações de cada uma.

Compondo o programa do Teatro em Pauta dessa semana, o CCBJ recebeu a “A Paixão de Tito”, solo de Gabriel Castro Cavalcante, que aconteceu em comemoração ao aniversário de Frei Tito, em parceria com o Museu do Ceará. Após o espetáculo aconteceu um bate papo com o Tema “Frei Tito Vive! Memórias da ditadura e combates pela verdade: 79 anos de Tito, com a participação de Gabriel Castro Cavalcante, Raquel Caminha (diretora do Museu do Ceará), Lúcia Rodrigues de Alencar Lima (Militante de DHs, membro do Conselho Coalizão por Memória, Verdade, Justiça, Reparação e Democracia) e Leonardo Sampaio (Fundador/Coordenador do Espaço Cultural Frei Tito de Alencar – ESCUTA).

O programa Solicitação de Paua contou com “EN-TRE MUROS”, um filme de dança” (2022), de Cia Acaso, e a apresentação “Itinerário de uma história soterrada”, projeto de pesquisa e difusão de trajetórias negras que não são reconhecidas pela historiografia local, mas permanecem vivas na oralidade em diversos contextos e territórios. 

Encerrando a semana o programa Teatro em Pauta, exibiu o espetáculo Oh! Terrinha boa!. O grupo Coco de Praia do Iguape com mestre Chico Casueira também se apresentou no sábado compondo a programação do Todos os Sons. No É O BRINCA! a atividade usou jogos de tabuleiro como recurso lúdico para o incentivo a leitura e a criatividade. Uma tarde focada em jogos como xadres, dama, dominó, jogo da velha, jogo da memória entre outros.

A segunda turma do Curso Técnico de Dança (CTD) da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim (ECA/CCBJ) realizou, no dia 18 de março de 2023, uma aula em campo na Escola Indígena Maria Venância Tremembé, localizada na cidade de Itarema, no Ceará.

A visita aos povos Tremembés de Almofala foi realizada no componente curricular do curso chamado Dança e Ancestralidades II, ministrado pela professora Circe Macena, em parceria com Lourdes Macena. As professoras do módulo, a coordenadora do Programa de Dança e os estudantes foram recebidos pelo cacique João Venâncio.

Silvana Marques, a coordenadora do Programa de Dança do CCBJ, considera que a aula favoreceu para estabelecer maior proximidade com a cultura indígena, proporcionando “reflexão aos discentes sobre seus modos de fazer, suas danças e sua formação enquanto artistas”. Da experiência, ela destaca a importância da troca de saberes para o processo formativo.

A sabedoria do cacique que recebeu a turma do CTD é uma das razões que leva Silvana Marques a definir o momento como o mais especial de todo o módulo. E, de acordo com a coordenadora, os alunos concordam com sua colocação. “O módulo pôde trazer reflexões mais práticas que se aproximam da vida e luta de cada um deles [alunos], sendo assim mais proveitoso”, conta.

A fala é de Camomila Costa, graduanda de Dança e aluna do CTD da Escola de Cultura e Artes do CCBJ, equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura (Secult CE), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM). A estudante ressalta o valor do encontro para sua vida profissional e estudantil.

Conforme a ementa da disciplina, Dança e Ancestralidades II se lança sobre o “ensino de danças indígenas a partir do estudo prático-teórico das matrizes culturais dos povos indígenas brasileiros, trazendo abordagens sobre as corpografias nas danças dos povos indígenas, seus rituais, símbolos, amuletos, instrumentos musicais, ritmos e adornos, dentro e fora do contexto religioso.”

Com base nas declarações, o intuito de provocar aproximação do estudo mais identitário e um contato com a sabedoria ancestral indígena parece ter sido cumprido com êxito no módulo cujo eixo temático é designado como “Dança, cultura e sociedade”. Este eixo é orientado pelas dimensões histórica e política e valoriza a relação com a ancestralidade e a afirmação da identidade cultural.

Veja mais sobre a aula em campo: Visita à Escola Índigena Maria Venância Tremembé

O Rolê Freireano é um evento anual, realizado pelo Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), por meio do Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE) em parceria com a Coordenação de Cidadania Cultural do Instituto Dragão do Mar e a rede de equipamentos culturais geridos por ele.  O evento tem o objetivo de celebrar a vida e a obra de Paulo Freire, a partir de ações descentralizadas para o acesso a políticas culturais pela/com/para a população do Grande Bom Jardim (GBJ).

A programação do Rolê Freireano vem possibilitar o fortalecimento da cidadania cultural  através da leitura de mundo e práticas sociais voltadas ao desenvolvimento da autonomia e liberdade, que nos coloca como seres sociais em constante construção e transformação na relação dialógica, assim como acredita a metodologia freireana. Em 2023, para fortalecer a diretriz da cidadania cultural, o Rolê acontece em parte da rede de equipamentos culturais da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (Secult Ce) – Centro Cultural Bom Jardim, Cine São Luiz, Complexo Gastronômico da Sabiaguaba com percursos em outras periferias, como também Poço da Draga e Moura Brasil, e no território do Grande Bom Jardim, como comunidades dos bairros Canindezinho, Bom Jardim e Granja Lisboa, entendendo a importância da educação social para a promoção e garantia dos direitos nas ações de cidadania, diversidade e acessibilidade, ao compartilhar experiências e metodologias na interseção com a  cultura e a arte.

Programação

Terça-feira, dia 19:

Vivência em Teatro do Oprimido | Às 13h30, no Teatro Marcus Miranda do CCBJ ( Inscrições no link: https://bit.ly/RoleVivenciaTeatroOprimido)

Quiz sobre Paulo Freire | Às 18h00, no Cineclube do CCBJ.

Quarta-feira, dia 20:

Rolê na Comunidade – Marrocos | Às 14h00.

Rolê nas comunidades Poço da Draga e Moura Brasil | Às 09h00.

Ação sociocultural na Praça do Ferreira | Às 16h00.

Vivência e método freiriano por valores civilizatórios | Às 09h00, no CCBJ.

Navegando em Letrinhas – Ester conhece Paulo Freire | Às 18h00 no CCBJ.

Quinta-feira, dia 21:

Rolê no Canindezinho | Às 14h00, no Centro Cultural Canindezinho.

Sexta-feira, dia 22:

Rolê na Granja Lisboa | Às 14h00, no Projeto Lamparina Missões.

Não posso ser, se outres não são | Às 17h00, no CCBJ.

Sábado, dia 23:

Sarau Esperançar | Às 18h00, no CCBJ.

Roda de leituras e partilha de histórias | Às 10h00, no CCBJ.

Labirinto de Paulo Freire | Às 14h00, no CCBJ.

Produção de quadros e diálogo sobre a Educação Social | Às 16h00, no CCBJ.

Danças “serpentinianas” para percepção de si e outros | Às 15h00, no CCBJ.

Vivência em Educação Musical | Às 16h00, no CCBJ.

“Quando a gente pensa uma pedagogia das encruzilhadas, ela tem menos um desejo de efetividade metodológica e mais uma esperança de responsabilidade com as nossas ações”. A fala é do pedagogo Luiz Rufino, que foi recebido no Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) – equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará, gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM) –  por meio da sua Escola de Cultura e Artes (ECA).

Rufino juntou-se, no dia 29 de agosto, à mesa composta por Kelly Enne Saldanha, a coordenadora do Programa de Teatro da Escola de Cultura e Artes (ECA) do CCBJ que mediou o evento, e pela mestra da cultura do estado do Ceará Carla Mara, para falar sobre a pedagogia das encruzilhadas, seu objeto de pesquisa e filosofia de ensino aplicada na ECA.

Com a presença dos mestres da cultura Lula, do grupo Zumbi de Capoeira, e Pai Neto Tranca Rua, além da mestra Carla, foi formada uma roda de boas vindas a Luiz Rufino na Praça Central do CCBJ. Além dos mestres da cultura do Grande Bom Jardim, professores e coordenadores da Escola marcaram presença e participação na roda, contando com instrumentos de capoeira e manifestações de religiões de matriz africana. 

Esse momento inicial foi definido por Rufino como uma festa; uma oferenda a Exu, entidade que norteia a pedagogia das encruzilhadas. Nessa perspectiva, o pesquisador define a escola tradicional como espaço de reafirmação colonial, enquanto a pedagogia das encruzilhadas vai na contramão dessa lógica eurocêntrica.

“Se a gente acha que, por exemplo, barulho é um problema, pega um tambor e vamo tocar!”

Rufino, nesse sentido, referenciou a ECA do CCBJ como uma iniciativa potencial de trabalhar na contrapartida do papel colonizador que, segundo o pesquisador, as escolas têm cumprido. “Talvez uma “escola de cultura e arte”, com uma inspiração do arrebate de Exu, tem mais que fazer com que isso que vem dando certo comece a dar errado, comece a incorporar uma espécie de capoeiragem”.

Ao finalizar a fala de Rufino, Kelly Saldanha apontou a importância da periferia enquanto espaço de produção e destacou o momento em que o pesquisador falou sobre o estado constante de disputar vidas. O evento se seguiu com as contribuições das pessoas presentes na partilha de Luiz Rufino no CCBJ.

A vinda de Rufino ao Ceará ocorreu por meio do Centro Cultural Bom Jardim e do Porto Iracema das Artes. O avô de santo Pai Neto Tranca Rua pontua a importância do evento do CCBJ por “sair do terreiro e levar para as comunidades”, ampliando as práticas dos povos de terreiro para outros espaços.

O que é a pedagogia das encruzilhadas?

Segundo o próprio Luiz Rufino, autor do livro “Pedagogia das Encruzilhadas” (2019), o projeto pensa Exu como educação, trazendo a simbologia poética e política do orixá para pensar questões relacionadas aos campos da ética, das aprendizagens e da cultura.

Além disso, o método se lança sobre a crítica da herança colonial que afeta a educação. Sobre isso, o autor afirma que o modelo dominante resultado do processo colonial faz com que a educação “ao invés de ser um processo de liberdade, seja uma experiência profundamente castradora da criatividade e da capacidade humana no que tange às invenções e criações todas”.

Joaquim Araújo, gerente da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim, define a pedagogia das encruzilhadas como uma “elaboração ancestral a partir das experiências religiosas dos terreiros de umbanda e do candomblé especificamente, através da entidade ou do orixá Exu”. Essa elaboração, feita por Rufino, é considerada por Joaquim uma forma de desconstrução da demonização de Exu.

A reflexão do profissional do CCBJ encontra reforço quando Luiz Rufino, no início de sua exposição, contou dos percalços na defesa de sua tese de doutorado acerca da pedagogia desenvolvida pelo autor, provocada pela resistência e dificuldade de compreensão da cultura dos povos de terreiro.

“Ele [Exu] está em tudo. [...] Se ele tá em tudo, ele participa de tudo, ele é o fundamento do conhecimento. Sendo um fundamento do conhecimento, ele é um fundamento da linguagem. Sendo um fundamento da linguagem, ele é um fundamento da política, ele é um fundamento da ética. Sendo um fundamento da política, um fundamento da ética, ele é um fundamento da educação.”

Conforme Rufino, “Exu é um princípio vivo” e, por isso, ele mesmo seria autor da própria teoria, não o objeto da pesquisa. Quando questionado pela professora da banca examinadora de sua tese acerca do seu objetivo em relação a Exu na educação, ele afirma que, tempos depois, descobriu o que queria: uma escola de samba.

“Quando eu entro aqui hoje, eu descubro que é uma escola que faz um grande carnaval e, talvez, eu acho que esse seja o grande mote. Eu acho que, talvez, o CCBJ esteja respondendo de forma mais potente à própria educação com Exu do que o que eu tenho feito no âmbito da pesquisa”, aponta o escritor.

A pedagogia das encruzilhadas no Centro Cultural Bom Jardim

“A equipe [da ECA] desenvolve sete encruzilhadas durante a semana inteira, que são encontros entre programas, entre alunos, entre professores e a própria equipe”, conta Joaquim Araújo. A partir das trocas de saberes, se constroem o que ele chama de encruzas entre os aprendizados.

Ao lado de Paulo Freire, Ana Mae Barbosa, Djanira e Conceição Evaristo, Luiz Rufino, com a pedagogia das encruzilhadas, é uma referência na construção da abordagem aplicada no CCBJ por meio da sua Escola de Cultura e Artes, que promove educação popular em diversas linguagens da cultura.

Cada processo formativo da ECA tem seu referencial na rua. Kelly explica que a metodologia da Escola é dividida em quatro eixos. Os cursos básicos seriam a calçada, onde o processo de formação é inicial; da calçada não se tem acesso a tudo e, embora já se tenha contato com o outro e algum nível de expansão da realidade, este ainda é mínimo.

Já os ateliês representam a esquina; a encruzilhada. Da esquina, já se tem maior campo de visão: é possível visualizar as ruas, a própria esquina e a calçada, ainda que não se tenha chegado nessas. Nos ateliês, é possível flertar com todos os caminhos possíveis de uma linguagem.

Os cursos técnicos e extensivos, por sua vez, são, nesta analogia, a rua. Na rua, já se tem mais liberdade e acesso. Os técnicos e extensivos aprofundam os conhecimentos dos ateliês.

Os laboratórios de pesquisa, por fim, contemplam a esquina, a calçada, as ruas e seus atravessamentos. Os laboratórios trazem as perspectivas dos ateliês e aprofundam os cursos básicos e técnicos/extensivos, promovendo imersão e possibilidades diversas. “A gente veio de uma estrada, pode ir pra outra; a gente pode fazer muita coisa nos laboratórios de pesquisa”, declarou Kelly. 

A construção apresentada por Kelly antes da mesa é uma adaptação da pedagogia das encruzilhadas, isto é, a Escola de Cultura e Artes desenvolveu a própria metodologia com base neste e em outros estudos.

A rua é pensada por Rufino a partir das oferendas a Exu dispostas nas esquinas. Essas oferendas são consideradas pelo autor como manifestações de um processo de resistência ao modelo social dominante herdado do processo de colonização. 

“Aqui no CCBJ foi uma alegria encontrar uma turma bastante animada e que de certa forma já encarna a pedagogia das encruzilhadas no seu fazer, no seu cotidiano a partir das experiências locais”, observa Luiz Rufino. Com essa fala, o pesquisador reconhece o exercício prático da teoria aplicado com louvor na ECA do CCBJ.

Até o dia 15 de setembro, o CCBJ entra no circuito da feira de negócios como mobilizador de inscrições para perfis empreendedores do Grande Bom Jardim. As inscrições para o cadastro de negócios são online e gratuitas.

Ao firmar parceria com a Expo Favela Innovation, o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult Ceará) gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), reafirma sua função social de impulsionar a periferia e difundir cultura com e para o público do território do Grande Bom Jardim. O CCBJ chega para potencializar a divulgação do cadastro de negócios para quem tem interesse em participar da feira de negócios em Fortaleza, tendo chance de ser selecionado para a Expo Favela Innovation nacional, que ocorrerá em dezembro na cidade de São Paulo.

As inscrições para o cadastro de negócios estão abertas, sendo este o primeiro passo para participar do processo seletivo. Os projetos aprovados pela curadoria da Expo Favela participarão da feira de negócios em seu estado, podendo ser convidados para a Expo Favela Innovation nacional, em São Paulo, no mês de dezembro.

O evento se propõe a ser uma vitrine para as iniciativas nascidas nas favelas, promovendo o contato desses negócios com potenciais investidores e a oportunidade de expô-los ao público, com direito a mentoria pré-evento e convite de formação empreendedora posteriormente.

“O objetivo é dar visibilidade para estas iniciativas e, assim, promover um palco para este encontro com investidores que possam acelerar estes empreendimentos e gerar negócios, a partir das oportunidades que nascerão nos eventos”, resume o site da Expo Favela sobre o propósito da iniciativa, que abrange iniciativas no âmbito da cultura, moda, games, gastronomia, literatura e diversas linguagens.

SOBRE A EXPO FAVELA INNOVATION

A Expo Favela Innovation é uma feira de negócios voltada para os empreendimentos de periferia. Em 2023, o projeto contemplará todo o território nacional com edições estaduais. Além da feira, o evento conta com palestras, workshops, shows, mentorias, cursos, debates, desfiles, entre outras iniciativas de moradores de periferia.

A edição do evento no Ceará acontecerá nos dias 27 e 28 de outubro, no Centro de Eventos, com a presença de Kondzilla, MV Bill, Nick Sol, Dexter, Pedro Bial, Regina Casé e outros artistas e comunicadores conhecidos. A ExpoFavela Ceará se apresenta como uma oportunidade às iniciativas de territórios como o Grande Bom Jardim.

Para cadastrar o seu empreendimento na Expo Favela Ceará, acesse: https://bit.ly/InscricaoExpofavelaCeara2023

PORQUE PARTICIPAR COMO EMPREENDEDOR?

  • Mentoria de negócios pré-evento
  • Relacionamento com investidores durante o evento
  • Oportunidade de expor suas ideias ou negócio já consolidado para o público
  • Concorrer a ser Top 10 no seu estado e ser convidado para a Expo Favela Innovation Brasil em dezembro
  • Convite para uma jornada de formação empreendedora pós Expo Favela Innovation.

SERVIÇO
Inscrições até 15 de setembro
Link para cadastro: https://bit.ly/InscricaoExpofavelaCeara2023
Evento dias 27 e 28/10
Local: Centro de Eventos do Ceará
Gratuito
Classificação: Livre

A primeira semana do mês de setembro no CCBJ, marcada pelo início da campanha Setembro Amarelo, foi movimentada por exposição artística e programações voltadas às crianças. 

Já na segunda-feira tivemos a exibição do curta-metragem Gatu, encerrando o Curso Básico de Introdução ao Cinema de Animação,tivemos a exibição do curta-metragem Gatu e da instalação do material que foi trabalhado e produzido em sala de aula para a animação.

O programa Galeria CCBJ trouxe a exposição fotográfica “Periferia Presente”, do coletivo Imagem Território, na noite do dia 06, quarta-feira. A exposição será exibida até o dia 28 e tem como tema a fotografia de rua e a fotografia documental contemporânea sendo direcionada para artistas dissidentes, negres e periféricos, com curadoria e expografia do artista e curador Jauhf, que também participa da exposição.

No dia seguinte, o Quiz: Me conheça! animou a criançada frequentadora do equipamento e, no sábado, dia 09, teve programação dobrada com os programas É O Brinca! e Cine NArTE. O primeiro, com o tema “a criança, o esporte e o lazer”, movimentou as crianças com jogos esportivos, enquanto o segundo programa exibiu o filme “Alice Júnior”, levantando discussões importantes para a sociedade.

O Instituto Dragão do Mar está com seleção aberta para atuação no Centro Cultural Bom Jardim para os cargos de Bibliotecário(a) e Eletricista, sob o regime celetista e formação de cadastro de reserva.

INSCRIÇÕES
Presencial: de 11 a 15 de setembro e de 18 a 20 de setembro de 2023.
Online (via Mapa Cultural): de 11 a 20 de setembro de 2023.

Para se inscrever presencialmente, o candidato deverá se dirigir à recepção, próximo ao Planetário do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, situado à Rua Dragão do Mar, no 81, Praia de Iracema, de segunda a sexta-feira, no horário de 9h às 12h e de 14h às 17h.

Inscreva-se e confira o edital completo no site do Instituto Dragão do Mar.

Dúvidas: fernanda.alcantara@idm.org.br.

A fim de refletir sobre a importância da vida, o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (SECULT), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), realiza de 12 a 26 de setembro, a campanha Setembro Amarelo, com o lema “Se precisar, peça ajuda!”.

A campanha, existente desde 2015, ocorre em alusão ao dia 10 deste mês, considerado, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. O CCBJ, entretanto, atua no eixo da atenção psicossocial durante todo o ano, por meio do seu Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE).

Conforme Krisley Delfino, psicóloga do NArTE, o setor atua no enfrentamento das violações dos direitos humanos no território do Grande Bom Jardim. Através de parceria com o projeto de extensão Escutas Sensíveis, da Universidade Federal do Ceará (UFC), o Núcleo de Articulação Técnica Especializada oferece atendimento psicossocial às pessoas que estudam na Escola de Cultura e Artes do CCBJ e em instituições parceiras, bem como abrange uma demanda espontânea.

Embora não ofereça atendimento clínico psicológico, o NArTE realiza escutas solidárias àqueles que solicitam o atendimento e, em casos de violação de direitos humanos, o solicitante é encaminhado para a Rede de Garantia de Direitos.

“Para além destas escutas a Psicologia Comunitária e o Escutas Sensíveis atuam também nas escolas que compõem o Fórum de Escolas do Grande Bom Jardim ofertando tanto acolhimentos, como círculos de diálogo voltados ao campo da saúde mental, atualmente estamos realizando círculos de diálogo com o público infantil, adolescente e jovem no CCBJ”, complementa Krisley Delfino.

A atual monitora da Web Rádio do Centro Cultural Bom Jardim e frequentadora do equipamento, Isabela Souza, foi uma das pessoas beneficiadas pelo serviço do NArTE voltado à saúde mental. À época, ela era aluna de Cultura Digital, um dos programas da Escola de Cultura e Artes (ECA) do equipamento, quando recorreu ao CCBJ para receber algum tipo de suporte à sua saúde mental.

Assim como Isabela, Edu Bruno passou pela experiência de receber atendimento através do NArTE quando estava passando por um momento delicado da vida. Ele também era aluno da ECA no período e, embora não soubesse que poderia encontrar esse tipo de serviço no CCBJ, procurou a coordenadora do Programa de Audiovisual, Rúbia Mércia, para pedir suporte.

Diagnosticado com depressão crônica, Edu Bruno percebe quando precisa se voltar à sua saúde mental com mais atenção. Quando buscou ajuda pelo CCBJ, ele relata que estava se sentindo emocionalmente sobrecarregado e, com as sessões, descobriu um TDAH (Transtorno de Desvio de Atenção com Hiperatividade) que não havia sido diagnosticado.

Já no caso de Isabela, a psicóloga que lhe acompanhava havia entrado de férias. Então, a jovem encontrou assistência psicológica nas oito sessões realizadas, por meio do NArTE, com uma estagiária de Psicologia da UFC, devido às consequências de questões psicológicas implicadas no seu estudo. Ela conta um pouco sobre o resultado que sentiu após o processo:

A psicóloga comunitária Krisley Delfino observa que “com a realização das escutas individuais e dos grupos, pode-se perceber o impacto em que estes indivíduos passam a compreender melhor sua realidade e libertam-se dos condicionantes em que a estrutura social nos impõe”.

“Assim como o empoderamento destas pessoas, em que se tornam agentes de transformação, na realização dos grupos, nota-se um aumento de autonomia e protagonismo que cada um vem desenvolvendo”, finaliza a psicóloga, reforçando os depoimentos dos frequentadores do equipamento e a importância do serviço para a comunidade.

Programação da campanha Setembro Amarelo no CCBJ:

Dia 12/09

HoraNome da atividadeDescrição da atividadeQuem VagasIdadeLocal
13:30Evento de aberturaRodas de conversação sobre a Rede de Atenção Psicossocial e oficinas.Bia DoteCaps Infantil
Caps Geral
Caps AD
Movimento de Saúde Mental
AbertoLivreBiblioteca Cristina Poeta
17:00Construindo Futuros; Maquinando ExistênciasMomento de conversação e produção de narrativas.Psicóloga comunitária Krisley Delfino  e Projeto Escutas Sensíveis;1513 a 17 anosSala de Multiuso

Dia 14/09

HoraNome da atividadeDescrição da atividadeQuem VagasIdadeLocal
14:00Cine Debate – Filme: Elementos.Diálogo sobre respeito às diferenças e como lidar com as emoções.Psicóloga comunitária Krisley Delfino1507 a 12 anosCine clube

Dia 14/ 09

HoraNome da atividadeDescrição da atividadeQuem VagasIdadeLocal
18:00Cine Debate – Filme: Elementos.Diálogo sobre respeito às diferenças e como lidar com as emoções.Psicóloga comunitária Krisley Delfino1513 a 17 anosBiblioteca

Dia 15/ 09

HoraNome da atividadeDescrição da atividadeQuem VagasIdadeLocal
10:30Vamos construir?Construção de um mural com bilhetes coletivo, com intuito de ofertar mensagens de acolhimento.Psicóloga comunitária1007 a 11 anosSala Multiuso

Dia 19/ 09

HoraO quêDescrição da atividade Quem VagasIdadelocal
10:00Vidinha de Modelar Conversação e produção artística com massinha de modelar Psicóloga comunitária Krisley Delfino  e Projeto Escutas Sensíveis;107 a 11 anosCine Clube


Dia 20/ 09

HoraO quêDescrição da atividadeQuem VagasIdadelocal
18:00Redes sociais e nossa saúde mental.Diálogo sobre a influência das redes sociais no adoecimento psíquico nos dias atuais.Psicóloga comunitária Krisley Delfino  1512 a 17  anosBiblioteca

Dia 26/ 09

HoraO quêDescrição da atividade Quem VagasIdadelocal
08:00 às 09:30Construindo Futuros; Maquinando Existências
Momento de conversação e produção de narrativas.Psicóloga comunitária Krisley Delfino  e Projeto Escutas Sensíveis;13 a 17 anosEEFM Paulo Elpídio
HoraO quêDescrição da atividade Quem VagasIdadelocal
10:00 às 11:00Construindo Futuros; Maquinando Existências
Momento de conversação e produção de narrativas.Psicóloga comunitária Krisley Delfino  e Projeto Escutas Sensíveis;13 a 17 anosEEFM Paulo Elpídio
HoraO quêDescrição da atividadeQuem VagasIdadelocal
16:00O cuidado compartilhado para nossa saúde mentalMomento de diálogo, troca de saberes e fortalecimento de vínculos na comunidade, potencializando o autocuidado e autonomia dos participantes.Psicossocial2030 +Comunidade São Francisco

No Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), a última semana do mês de agosto foi marcada pelas apresentações artísticas que compuseram programas fixos do equipamento, seja por meio do seus Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE), Ação Cultural ou Biblioteca Cristina Poeta.

O encontro do Café com as Artesãs aconteceu, dia 30/08, no espaço holístico da massoterapeuta Mariana Freitas. Além de fortalecer essa rede, ampliar os contatos e afetos, em torno de um bom café, foi um momento de alinhamento para planejamento do próximo evento Cafeira.

Compondo a programação do Jardim de Possibilidades, no último dia do mês, Rayssa Pessôa apresentou a performance “O Mar Sustenta”, mostrando a importância de preservar o Rio e o Mar. O setor Ação Cultural, promoveu mais espetáculos por meio dos programas Sexta com Dança, Solicitação de Pauta e Todos os Sons.

O Programa Sexta com Dança, exibiu, no dia 01/09, o espetáculos É Sal ou Cena?, de Um Artista Periférico. Ainda no clima de espetáculos, no programa Todos os Sons, o Samba da Mica apresentou as mais diversas variações do samba, como o samba de terreiro, samba de roda.

Encerrando a programação da semana, o Workshop Dancehall do Coletivo Riddims Collabs, participou por meio do programa Solicitação de Pauta.

Em alusão ao Dia Internacional da Juventude, comemorado no dia 12 de agosto, o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) realizou, pela primeira vez, o festival cultural JUV Perifa. Contando com atrações e atividades artísticas, o evento movimentou a economia local com uma programação gratuita pensada para a juventude da periferia.

O evento ocorreu por meio do NArTE – Núcleo de Articulação Técnica Especializada – com programação cultural diversa nos espaços do CCBJ. Na praça central, ocorreram apresentações de dança, pelos jovens que frequentam o equipamento, e de circo com a companhia Circulart, além do show de Nick Sol.

A grade de programação do evento também contou com atividades na Biblioteca Cristina Poeta, nos espaços Rafael Agostino, NArTE e Alternativo do CCBJ. O jogo do Estatuto do Adolescente, promovendo conhecimento de maneira descontraída, aconteceu na biblioteca do CCBJ e foi batizado como “Tá Interade?”.

A atividade designada ao Espaço Rafael Agostino foi a “Vivências em Artes Visuais”, uma oficina de criação de miniaturas inspiradas na arquitetura de casas da periferia de Fortaleza. Já no Espaço NArTE, ocorreu a “Barraca de Redução de Danos” e a “Batalha de Danças Periféricas”, unindo diversão e informação para a juventude, incentivando sua participação.

A finalização do evento ficou por conta da cantora Nick Sol, com o projeto ‘Sol Para Todxs’. Além da cantora, o palco foi preenchido pela presença de um DJ e três dançarinos, que fizeram um show com hits do funk, do pop e de outros ritmos, mesclando também canções autorais. Além das atrações culturais, o festival recebeu feirantes para venda de roupas, comidas e acessórios. 

Marcos Levi, gestor do CCBJ, ressaltou a importância da presença dos jovens no evento e destacou a necessidade de ocupação da juventude no equipamento, fazendo votos para que o Centro Cultural Bom Jardim seja gerido por esses jovens no futuro.

Adelita Monteiro, representante da Secretaria da Juventude do Ceará, marcou presença no evento e parabenizou o CCBJ pela trajetória de suporte aos “jovens que mais precisam”. A secretária ressaltou o direito à cultura, à arte e ao lazer em sua fala acerca da importância do JUV Perifa.

O NArTE é o setor do Centro Cultural Bom Jardim, equipamento da Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), que atua no fortalecimento dos Direitos Humanos a partir da arte educação e da promoção da cultura, que se manifesta em ações como o JUV Perifa.

Veja as imagens de cobertura do evento, no link a seguir. O CCBJ informa que o link é temporário, por isso baixem os registros o mais breve possível e, ao divulgar, por gentileza indicar os créditos das fotos com: Acervo CCBJ, fotos por Flávia Almeida e Mar Pereira.