Teatro

Tem como objetivo fomentar o desenvolvimento de projetos de pesquisa teatral, que podem proporcionar cruzamentos teóricos e/ou práticos com reflexões estéticas, poéticas, políticas e conceituais, em suas diversas dimensões.

São objetos possíveis de investigação deste segmento: pesquisas sobre os campos de direção, interpretação, dramaturgia, cenografia, investigações metodológicas no campo da Arte-Educação e Formação aplicada ao Teatro, bem como as implicações e responsabilidades éticas e políticas no fazer teatral e seus atravessamentos sobre cultura brasileira, imaginário, corpo, auto-estima, território, dentre outros.

PROJETOS EM ANDAMENTO

TEATRO E O FORTALECIMENTO DA IDENTIDADE DE CRIANÇAS NEGRAS

Grupo Idealizador:
Daniele Teotonio Gomes Bastos, Rodrigo Salviano de Carvalho, Vinicius Garcia

Professora mediadora: Iara Fraga

A pesquisa visa articular o debate entre aspectos étnico-raciais e o teatro infantil, com o objetivo de investigar as formas de construção e fortalecimento da identidade de crianças negras. Além de apontar estratégias de desmonte das formas estruturais de se fazer e criar dramaturgias, buscando expandir os padrões e referências de identidade e diversidade no teatro.

Iara Fraga é a mediadora da pesquisa, e diz que sua pretensão, junto com o grupo, com essa orientação, possibilitar a investigação de referenciais teórico-práticos afro-brasileiros que visibilizam a estrutura racista das relações sociais no Brasil, particularizando os aspectos sócios históricos “das infâncias” e as expressões das desigualdades étnico raciais neste momento da vida.

O grupo deverá, ainda, sistematizar um arcabouço de reflexões a partir da literatura decolonial, afrocentrada, bem como de outras linguagens (audiovisuais, artes plásticas, musicais), como estratégia de ruptura com o racismo praticado junto às infâncias. De forma semelhante, ter esse conhecimento como ferramenta para tecitura de um teatro engajado e comprometido com a arte liberta de toda e qualquer forma de opressão e o fomento para criação de um acervo com ferramentas pedagógicas populares e transformadoras.

“Estamos pesquisando o Teatro como uma forma de fortalecimento da identidade de crianças negras, investigando estratégias para trazer ao centro das narrativas, histórias que falem sobre nossas crianças, sua beleza, suas ideias, seus sonhos. Tentando trazer o encantamento e a mitologia dos Orixás como fios condutores dessas histórias”, conta Rodrigo Salviano, sobre a experiência do grupo e o processo de pesquisa.

“Teatro e o fortalecimento da identidade de crianças negras” em Imagens

ABAYOMI: POÉTICAS POSSÍVEIS DE UMA REALIDADE PRESENTE.

Grupo Idealizador:
Carolina Feitosa Bonfin, Anne Karoline Sampaio Martins, Vic Nascimento

Professora mediadora: Tatiane Sousa

Uma pesquisa teórica/prática por meio de encontros virtuais que pretende investigar através de oficinas e tutorias: técnicas e história do Teatro de Animação, Teatro Negro, composição dramatúrgica, e aspectos visuais e sonoros da cena, para a experimentação e produção de vídeo teatro como proposição para estudos. Sendo assim, o projeto é de natureza qualitativa, pois compreenderá em descrever os procedimentos, dando um grau de objetivação do evento a ser pesquisado, e que essas descrições podem ser produtivas e bem fundamentadas, o que leva o pesquisador a um maior grau de reflexibilidade.

Tatiane Sousa, mediadora do projeto, conta que, junto com o grupo, pretende pesquisar a criação cênica sonora e audiovisual a partir do teatro de bonecos, teatro de objetos e teatro de sombras, desvendando as técnicas e história do teatro de animação, como especificado pelo grupo.

“Pensar as relações entre nossas corpas e as materialidades do Teatro de Formas Animadas, tem nos levados a caminhos e encruzilhadas que apontam para várias possibilidades de composição de afropoéticas e afroludicidades. Organizamos a pesquisa em módulos (Teatro de Bonecos, Máscaras, Teatro de Sombras e Teatro de Objetos), e cada uma dessas linhas do Teatro de Formas Animadas pede uma camada e reflexão diferente, e ainda estamos lidando com mais uma camada, que é a da câmera, e que nos traz novos desafios técnicos e poéticos.” conta Carolina sobre a experiência do grupo no processo de pesquisa.