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Centro Cultural Bom Jardim lança programação da Mostra das Artes 2024

A Mostra das Artes 2024 traz três dias de festa para o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) na próxima semana. A programação conta com espetáculos de teatro e de dança, exposições artísticas, finalização dos processos de formação do equipamento e shows de forró de favela, bregafunk e samba. O evento ocorre nos dias 19, 20 e 21 de dezembro,com programação diária a partir das 14h.

O primeiro dia do evento começa com uma série de encruzilhadas musicais. O período da tarde é reservado para musicalizar os ouvidos do público com as apresentações de finalização de formações do Programa de Música do CCBJ. Na sequência, tem Baile Dança Fitness, uma apresentação de dança que vem se preparando há meses. A exposição do Mapeamento Afetivo ocorre logo em seguida. Desenvolvido pelo Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE) do CCBJ, o Mapeamento Afetivo foi construído para encontrar e valorizar a memória da Comunidade São Francisco. 

A noite é reservada para dois espetáculos teatrais, o Tia Miséria e o Homem-Guabiru, e para o grupo musical da casa: o BatuquErê. A grande atração da noite é Cley Monteiro e Cia 085, grupo de dança de bregafunk.

No segundo dia da Mostra das Artes, a primeira atração é uma partilha do Programa de Cultura Digital. A competição de carrinhos e robóticas abre a programação do dia 20, depois acontece a esquete do teatro de mamulengos e o desfile das Mulheres Criativas. No fim da tarde, o grupo de graffiti do CCBJ faz uma pintura coletiva no espaço.

A noite do dia 20 é dominada pelo teatro e outras performances. O espetáculo Rumboldo, do Programa de Teatro, e as performances Ainda Restam Nós e A Vida Pulsa em Sinais, do Programa de Acessibilidade, agitam a noite até a sessão especial de cinema dos filmes do Programa de Audiovisual e exposição de cadernos de artistas. Para encerrar a noite, tem forró de favela com Amanda Silva e a banda Rainhas da Farra.

No sábado, dia 21, a programação tem início com a encenação Live-action Guardiões da Infância. Na sequência, ocorre uma exposição de jogos digitais. Em seguida, ocorre a brincadeira do Boi Curumim, o espetáculo teatral Fragmentos de Uma Luta e o espetáculo de dança Volúvel. Como já é tradição, o último dia de Mostra das Artes traz os parabéns do equipamento, que contará também com a exibição de um documentário contando um pouco da história do equipamento, na voz de moradores, funcionários e personagens importantes dessa construção. Encerrando as festividades da Mostra, será a vez do grupo Sambonja, nascido no Grande Bom Jardim, apresentar muito samba para o público presente.

A última atração de cada noite é o destaque da programação, composta pela Escola de Cultura e Artes, NArTE (Núcleo de Articulação Técnica Especializada) e Ação Cultural do Centro Cultural Bom Jardim. Além dos espetáculos e das exposições, o equipamento conta com o Espaço Brincarte para o público infantil também poder aproveitar o evento. O cerimonial é de Jô Costa e Stefany Mendes, com participação especial do influenciador digital Dudu Suricate.

Confira a programação completa aqui.

Que cidadania cultural queremos? Para responder essa pergunta, o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) realiza a VIII Semana dos Direitos Humanos – SDH. A programação é desenvolvida pelo setor de cidadania cultural do equipamento e tem início amanhã, 5. A agenda se estende até o dia 13 de dezembro com atividades e atrações diversas e gratuitas para todos os públicos.

A agenda da Semana dos Direitos Humanos traz ao Centro Cultural Bom Jardim atividades e atrações voltadas à arte, à preservação ambiental e à saúde mental. O evento agrupa os eixos de atuação do Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE). A SDH estabelece discussões acerca da atuação do setor nos próximos anos e fortalece as relações que vem construindo com a comunidade, o território do Grande Bom Jardim e bairros próximos, como o Genibaú.

Na quinta-feira, primeiro dia de evento, a atividade que abre a SDH acontece na Comunidade São Francisco. Na sequência, ocorre a exposição do Lonart, um dos grupos acompanhados pelo NArTE. A sexta-feira, 6, é dedicada à preservação ambiental. A agenda do dia traz a participação de organizações como a ASCABOMJA (Associação de Catadores de Materiais Recicláveis do Grande Bom Jardim), o Fórum de Políticas Ambientais do GBJ, o Pantanal em Ação e outros grupos.

No sábado, o Centro Cultural Bom Jardim tem programação cheia. Além de saraus, espetáculos de dança e de música e outras atrações, haverá a exibição do documentário É Mais do Que Se Vê e do curta-metragem Uz Crias na Periferia, realizados pela parceria entre o CCBJ e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Os filmes tiveram estreia no Cineteatro São Luiz e agora voltam para casa.

No evento, o NArTE propõe diálogos sobre cidadania, cultura e direitos com a comunidade. A programação do evento foi construída junto das Iniciativas de Desenvolvimento Comunitário, organizações que atuam no Grande Bom Jardim e tiveram suas atividades impulsionadas pelo equipamento por meio de Chamada Pública. 

O NArTE nasceu em 2017, complementando as frentes de atuação do Centro Cultural Bom Jardim. O equipamento foi pioneiro na Rede de Equipamentos de Cultura do Estado do Ceará (RECE) da Secretaria de Cultura (Secult CE), pela implementação de um setor voltado à cidadania cultural. A partir da criação do NArTE, o CCBJ fortificou sua atuação na promoção de direitos humanos no Grande Bom Jardim.

Confira a programação completa: Semana dos Direitos Humanos 2024

Relembrar o passado,  Valorizar o presente, Construir o futuro. A Mostra das Artes 2024, chega como uma celebração da ancestralidade daqueles que vieram antes, reconhecendo as conquistas do presente e contemplando o que se define como um futuro promissor.  

Nos dias 19, 20 e 21 de dezembro a Mostra das Artes do Centro Cultural Bom Jardim, vai celebrar a finalização de ciclos formativos e das culminâncias dos projetos e ações do equipamento, com uma programação plural, gratuita e diversa, voltada para todas as idades. 

A Mostra das Artes 2024 comemora os 18 anos de (re)existência do CCBJ, a celebração do aniversário será no dia 21 de dezembro, com a presença do público e dos que fazem a casa acontecer o ano todo.

Serão três dias de programação com mais de 30 atrações, entre artistas e atividades culturais, oficinas, teatro, exposições, além dos shows que encerram as noites de evento nos três dias de festa.

A programação traz uma mistura de todos os eixos estruturantes do Centro Cultural Bom Jardim: Escola de Cultura e Artes (ECA) com apresentação e encerramento dos processos formativos básico, de média e longa duração; Atenção Social (Núcleo de Articulação Técnica e Especializada – NArTE) com atividade de promoção aos direitos humanos, educação popular e arte-cultura; Ação Cultural (difusão cultural e circulação) com uma programação artística-cultural conectada com o território.

Na quinta (19), a Mostra das Artes contará com a participação de Cley Monteiro, coreógrafo e diretor da Cia 085, companhia de dança especializada em Brega Funk. Já a sexta promete, com muito forró ao som da banda Rainhas da Farra, na voz de Amanda Silva. Encerrando as noites de shows, no sábado vai ter samba sim, com o grupo Sambonja, revelação do cenário musical cearense fazendo o autêntico samba e hits de pagode do momento. Ainda no sábado teremos o tradicional bolo em comemoração ao aniversário do equipamento, além da exibição de um documentário especial em celebração aos 18 anos do CCBJ.

A programação conta com participação especial de Dudu Suricate, Produtor audiovisual, Co-proprietário do Suricate Seboso e co-criador da Vetinflix. Dudu estará como influenciador digital da Mostra.  

O cerimonial fica sob o comando de Jô Costa e Stephanie Mendes. Jô é uma mulher travesti preta, moradora do Grande Bom Jardim. Educadora social, militante do movimento negro e LGBTQIAPN+, coordenadora do coletivo Gueto Queen, produtora cultural do festival negruras. Atriz e performer e apresentadora/mestra de cerimônias. Stefany Mendes, é multi artista, atriz, cantora, produtora cultural, Idealizadora e Coordenadora do Coletivo Polo Trans.

Você pode acompanhar a programação completa da Mostra das Artes 2024 no site e redes sociais do CCBJ. 

Sobre a Mostra das Artes 

A Mostra das Artes do Centro Cultural Bom Jardim, equipamento da Secretaria da Cultura do Governo do Estado do Ceará (SECULT), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), é uma celebração à cultura, arte, luta e memória do Grande Bom Jardim e de todos(as) os(as) envolvidos(as) nos processos de formação artística, difusão, fruição e cidadania cultural promovidos pelo CCBJ ao longo do ano. A mostra também é um momento de socializar os resultados de pesquisas, vivências e experiências, com uma programação diversa, plural, democrática, com atrações que valorizam a memória, estética e linguagem artísticas produzidas no território do Grande Bom Jardim e nas periferias do Ceará.

Para 2024 a proposta central foi pensar a superação das trajetórias da comunidade antes do CCBJ enquanto política pública, seguindo com o pensamento sobre como o equipamento age enquanto garantia e promoção de direitos, assegurando um futuro melhor para as juventudes/bairro e finalizando com a perspectiva de ver o equipamento como uma ferramenta transformadora na atuação com as juventudes e crianças e o que isso significa para o futuro delas. 

A Mostra também se configura como espaço de sociabilidade e fomento à cadeia produtiva e economia local, envolvendo os mais variados sujeitos do território, alcançando mais de 500 pessoas envolvidas diretamente na programação, entre artistas, grupos e coletivos artísticos culturais, parceiros comunitários, estudantes e professores. 

Serviço:

Mostra das Artes 2024
Data: 19, 20 e 21 de dezembro
Horário: a partir das 14h

Contato para entrevistas e informações:Isabel Mayara Gomes Fernandes – Gerente de Comunicação do CCBJ
(85) 98606-6687
E-mail: ascom.ccbj@idm.org.br

Sete mulheres do Grande Bom Jardim se reúnem por meio do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) e, com mediação da educadora social Narah Adjane, realizam atividades de colagem, pintura, desenho, stencil e outras linguagens. No dia 5 de dezembro, o grupo Lonart realiza a exposição “Rabiscando a arte da vida”. Para encerrar 2024, elas exibem as produções realizadas ao longo do ano.

A exposição faz parte da programação da Semana dos Direitos Humanos, desenvolvida pelo Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE) do CCBJ. De acordo com Narah Adjane, educadora social do setor, o Lonart faz parte de um conjunto de atividades descentralizadas realizadas pelo NArTE. O intuito é promover o fortalecimento comunitário e a cidadania cultural no Grande Bom Jardim.

Tudo começou quando Narah Adjane convidou o Grupo Produtivo Criart e a ASCABONJA (Associação de Catadores do Bom Jardim) para participar de oficinas de artes visuais na sede do coletivo Criart. Elas utilizam materiais de lona para fazer costura de bolsas e, por meio das oficinas, customizavam os produtos. A ideia era unir arte e sustentabilidade. O grupo era formado por 12 pessoas e hoje se mantém com sete: as mulheres que integram o Criart.

Desde 2022, Ariadna da Silva, Cristina Nascimento, Fátima Celestino, Lutiane Silva, Luzia Nascimento, Maria Valentina, Vicença Soledade e Narah se encontram uma vez a cada mês. Elas começaram a trabalhar com o resíduo de lonas de banner, daí o nome do grupo. Cristina Nascimento conta que o Criart já havia produzido alguns produtos com o material, além de utilizar retalhos e óleo saturado. Tecidos de guarda-chuva, almofadas, bolsas e até sabão ecológico são algumas dessas produções comercializadas pelo coletivo.

Para Cristina, o Lonart possibilitou outros tipos de criação. A participante conta que Narah Adjane dá dicas e direcionamentos, mas explora e instiga a criatividade das participantes. O Lonart consiste em oficinas artesanais que têm como base as artes visuais. O projeto do CCBJ une o trabalho realizado pelo Criart com as técnicas e a criatividade artística do desenho, da pintura e da colagem, mas também fortalece as relações dentro do grupo.

Rabiscos que se criam na força da coletividade

Narah Adjane explica que as produções do Lonart refletem questões do cotidiano das participantes e que o grupo expandiu suas atividades para além do foco produtivo. “Conforme o tempo foi seguindo, o grupo foi percebendo a necessidade de trabalhar questões sobre o cotidiano, partilhando vivências e se fortalecendo através dos encontros”, diz a educadora social do NArTE.

“Ao longo do tempo, a gente viu que era necessário ter conhecimento de quem somos”, afirma Cristina Nascimento. A integrante do grupo conta que Narah Adjane propõe dinâmicas para que as participantes se conheçam mais, troquem experiências de vida e estreitem os laços de parceria. “Não fica só aquele grupo de produção, mas de acolhimento”, complementa. Por isso, elas não perdem um encontro.

“A gente se encontra uma vez no mês e é muito importante, a gente não perde esse dia da gente se encontrar, se rever, olhar olho no olho, se abraçar e de criar”, afirma Cristina. Para além das oficinas, o NArTE também promoveu passeios para as mulheres do grupo. Cristina lembra o passeio à Praia de Iracema e conta que algumas participantes nunca tinham ido ao ponto turístico. “Isso foi muito importante; a gente se ver parte dessa cidade, não somos só do Bom Jardim, somos do mundo”, afirma.

A conclusão que ela tira da experiência com o Lonart é a de que elas são mulheres que podem alcançar o que quiserem. “A oficina faz a gente acreditar que a gente é além do Bom Jardim. Somos pessoas, estamos vivas e queremos ir além”, declara. A exposição conta com um ensaio fotográfico e um apanhado das produções criativas das sete mulheres do território. Mas a ocasião também funciona como uma celebração às vivências construídas pelo grupo.

“Exu te ama” estampou os muros do Centro Dragão do Mar de Arte (CDMAC) e Cultura e chamou a atenção de muitos olhos que passavam pelo centro da cidade. No dia 20 de setembro, a exposição “Festa, Baia, Gira, Cura” retornou ao seu território de origem, quando chegou ao Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ). O equipamento se despediu da exposição na segunda-feira, 25, com mais de mil visitantes.

Entre os 1017 visitantes, seis instituições passaram pela exposição de Jean dos Anjos. Escola Sonho de Criança, EEMTI Jociê Caminha de Menezes, EEMTI Senador Osires Pontes, Quintal Cultural Raimundo Vieira, Escola Santo Amaro e EEFM Almirante Tamandaré foram articulações externas que vieram ao equipamento conhecer a montagem do artista.

A exposição homenageia o terreiro Cabana do Preto Velho da Mata Escura, Ilê Asé Ojú Oya, de Pai Valdo de Iansã, localizado no Bom Jardim. “Festa, Baia, Gira, Cura” é fruto das pesquisas e observações do artista expositor com foco na festa da Rainha Pombagira Sete Encruzilhadas e Exu. Além das fotografias, a montagem reúne quadros e outros materiais que simbolizam rituais e festas de terreiro.

Jean dos Anjos, Pai Valdo e Marília Oliveira estiveram presentes na abertura da exposição (Foto: Mar Pereira)

O evento de abertura e o lançamento do catálogo foram os principais destaques no período de dois meses da exposição no Centro Cultural Bom Jardim. A chegada da exposição trouxe ao equipamento o artista expositor, a curadora da exposição, Marília Oliveira, e a Secretária da Cultura do Ceará, Luisa Cela.

Festa, Baia, Gira, Cura no Bom Jardim e o poder da arte

Em “Festa Baia, Gira, Cura”, Jean dos Anjos tem como objetivo registrar a riqueza da cultura dos terreiros, a busca dos povos de terreiros pela preservação da memória da Umbanda e do Candomblé e a luta dos seus praticantes pelo fim do racismo religioso. Para Marília Oliveira, “Festa, Baia, Gira, Cura” é como um espaço sagrado.

Andrea Justino, monitora da exposição e residente do Grande Bom Jardim, conta que poucos jovens demonstraram receio ao se deparar com “Festa, Baia, Gira, Cura”. “A curiosidade logo superou qualquer resistência, e as crianças e adolescentes que visitaram a exposição com escolas e outras instituições estavam bastante engajados”, afirma.

De acordo com a monitora, muitas pessoas que não tinham muito conhecimento sobre os temas da exposição conseguiram se identificar com as histórias contadas ali. “Para muitos, a visita foi uma oportunidade de aprender, questionar e se aproximar de algo desconhecido, mas que, de algum modo, se relacionava com suas próprias experiências de vida”, diz Andrea. Entre os pouco mais de dois meses de exposição no CCBJ, alguns momentos a marcaram profundamente.

As crianças de terreiro que visitaram a exposição e se reconheciam nas obras fazem parte desses momentos. Eles logo exclamavam que eram parte daquilo. “A partir disso, surgiam conversas super legais sobre pertencimento e como é lindo se reconhecer na arte”, afirma Andrea Justino. Além das crianças, tinham os jovens que se identificavam com as representações dos Exus. Eles se viam na cor e nas histórias.

Povos de terreiro do Grande Bom Jardim prestigiaram a exposição e marcaram presença na abertura (Foto: Mar Pereira)

Entre os visitantes, uma senhora evangélica marcou a experiência de Andrea como monitora da exposição. Ela confessou não entender muito sobre o tema, mas se mostrou aberta a conhecer um pouco mais daquele universo religioso do qual ela não faz parte. “Aos poucos, ela foi tirando as dúvidas e, no final, olhou de novo pra exposição e falou: “Eu respeito isso tudo, é muito bonito.” Foi um momento cheio de aprendizado e respeito”, conta. “Esses momentos mostram como a arte pode conectar pessoas, abrir conversas e quebrar preconceitos”, conclui a monitora.

Assim como no CDMAC, a exposição foi dividida em quatro núcleos no CCBJ. Mas, em vez de “Exu te ama”, um dos muros do CCBJ faz referência a um ponto de Umbanda da entidade espiritual Pombagira. Em letras garrafais, está escrito “Arreda, homem, que chegou mulher”. A parede vermelha se destaca entre as verdes, mas foi na sala da multigaleria onde ficou a maior parte da exposição, com fotografias, oferendas, quadros, documentos, tecidos e outros materiais – inclusive a frase “Exu te ama”.

Três quadros estampam a lateral da sala da Cultura Digital e alguns tecidos repousam sobre as árvores do CCBJ. O equipamento, que agregou mais mil visitantes aos 25 mil que já haviam conhecido a exposição no CDMAC, ficou tomado pelos vestígios de “Festa, Baia, Gira, Cura”, fazendo jus à grande expressividade dos povos de terreiro em seu território e às raízes da própria exposição.

“O teatro é onde os sonhos são possíveis”, diz Clayton Nascimento no seu espetáculo “Macacos”, apresentado em Fortaleza no último domingo, 24. Um dia antes, os sonhos de mais uma turma de teatro do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) se faziam possíveis no palco do Quintal Cultural Raimundo Vieira. Vinte crianças se apresentaram e celebraram sua formação como novos atores de teatro.

A turma apresentou o espetáculo “Tempo de guerra, Tempo de paz” em duas sessões no evento de finalização do curso de longa duração em teatro, realizado pela parceria entre o CCBJ e o Quintal Cultural. A montagem de ficção transita entre o drama e o humor para questionar e denunciar a violência infantil. A peça propõe a possibilidade de sonhar para todas as crianças. Em uma das cenas, cada criança fala seu nome e a profissão que deseja seguir, apontando seus sonhos para o futuro.

Kelly Saldanha, supervisora do Programa de Teatro da Escola de Cultura e Artes do equipamento, contou que o professor Paulo José passou toda a primeira aula do curso tentando posicionar a turma em um círculo. No dia da finalização do curso, em contraste ao primeiro dia de aula, Kelly ressaltou a iniciativa das crianças para produzir o espaço.

Eles montaram o cenário da peça e organizaram as cadeiras para o público. “Isso demonstra uma autonomia e isso dá responsabilidade, sem perder a infância”, enfatizou a supervisora do Programa de Teatro. Paulo José, professor da turma e diretor da peça, afirmou que ele e as crianças construíram o espetáculo coletivamente. A peça tem a violência como tema central e foi pensada para questionar os adultos sobre o que fazer por crianças que, diferente daquelas, têm as vidas marcadas por situações de violência.

Mesmo tratando de um tema que não perpassa a vida da turma de maneira direta, eles buscaram trazer à peça elementos próximos das vivências da turma. As brincadeiras e os sonhos de cada um foram inseridos para aproximar as histórias contadas da realidade do elenco. Com direção do professor Paulo José, as crianças protagonizaram o espetáculo no palco e nos bastidores.

Entre as duas sessões da apresentação, os estudantes receberam os certificados de formação e foi exibido um vídeo que documenta um pouco do processo de ensino-aprendizagem do curso. Além de Paulo José e Kelly Saldanha, a produção mostra depoimentos de Maria Luísa, Ryana Vitória e Laura Sofia, recém-formadas pelo curso de longa duração em teatro do CCBJ.

Mães e pais orgulhosos riam e assistiam atentos aos seus filhos no palco. De seus assentos, muitos filmavam a peça para guardar a recordação. O público lotou o espaço nas duas sessões de “Tempo de guerra, Tempo de paz”. O evento de finalização encerrou com uma apresentação musical de Lenice Ferreira, representante do Quintal Cultural. Ela cantou músicas pedidas pelos pais das crianças como forma de homenageá-los. 

O Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) realiza mais uma edição do festival A Coisa Tá Preta durante todo o mês de setembro, em alusão ao mês da Consciência Negra. O equipamento integra o II Festival Afrocearensidades, evento realizado pela Secretaria da Igualdade Racial do Governo do Estado do Ceará em parceria com a Secretaria de Cultura do Ceará (Secult Ce), o Instituto Dragão do Mar (IDM) e o Instituto Mirante de Cultura e Arte.

Além do Centro Cultural Bom Jardim, a Estação das Artes, a Pinacoteca do Ceará, o Mercado Alimenta CE, o Centro Cultural do Cariri e outros espaços também compõem a agenda da programação completa do Festival Afrocearensidades. Os espaços recebem espetáculos de teatro e de dança, apresentações musicais, exposições, sessões de cinema, mesas de debate e outras ações culturais voltadas para a celebração do protagonismo negro.

Com o tema “Na Ginga dos Saberes Ancestrais”, o II Festival Afrocearensidades teve início no dia 1° de novembro e se estende por todo o mês com uma proposta de descentralização da programação. No Centro Cultural Bom Jardim, o festival A Coisa Tá Preta traz ao equipamento espetáculos de teatro e de dança, mesas de debate, seminários, oficinas, desfile, exposições e outras atrações.

A Coisa Tá Preta no Centro Cultural Bom Jardim

O Festival A Coisa Tá Preta teve sua primeira edição em 2023, entre os dias 16 e 18 de novembro (Foto: Flávia Almeida)

O evento do CCBJ entra em sua segunda edição em 2024 e é realizado pela Ação Cultural e pelo Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE) do equipamento. Além das apresentações artísticas, a Biblioteca Cristina Poeta, espaço do CCBJ cujo maior público é o infantil, volta suas atividades para a temática da Consciência Negra. Por meio de atividades de arte-educação e atrações artísticas diversas, o CCBJ estimula a valorização dos saberes e da cultura negra em diferentes idades.

Em 2023, o festival ocorreu entre os dias 16 e 18 de novembro. A culminância do evento trouxe uma programação especial ao CCBJ, celebrando o Dia da Umbanda a partir da articulação com os povos de terreiro do Grande Bom Jardim. Na segunda edição, o evento repete algumas das atividades bem recebidas pelo público no ano passado e conta com uma programação mais longa, envolvendo dois setores e mobilizando todo o equipamento e convidando a comunidade a celebrar a cultura negra.

“A coisa tá preta” é uma expressão comumente associada a situações negativas, utilizada quando acontece algo ruim, que causa desconforto ou perigo. O nome do festival propõe ressignificar o termo, relacionando a cor e a palavra “preta” a um sentido inverso àquele utilizado normalmente, dando-o uma conotação positiva. O festival A Coisa Tá Preta traz essa expressão como representação de beleza, diversidade e potência.

Confira a programação completa: Festival A Coisa Tá Preta

Os artistas de Fortaleza estão bem abastecidos quando o assunto é formação. Existem cursos em diversas modalidades e linguagens e diferentes instituições na cidade. Ainda assim, quem gostaria de se tornar técnico em Programação de Jogos Digitais ou em Teatro não tinha onde se formar até então. Além dessas linguagens, os dias 04 e 05 de novembro dão início também às turmas dos cursos técnicos em Dança e Instrumento Musical do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ).

O primeiro momento do evento de abertura dos Cursos Técnicos da Escola de Cultura e Artes do CCBJ aconteceu na segunda-feira, 4. A chegança teve DJ set Baile da Negona na programação e se deu em uma confraternização festiva com dança e música tomando a Praça Central do equipamento. O evento, que tem continuidade hoje, 5, celebra e demarca os primeiros cursos técnicos na periferia da cidade de Fortaleza, somando mais três formações ao já existente CTD (Curso Técnico em Dança).

Com oferta de bolsa-auxílio no valor de R$ 2.000,00 para cada estudante, o CCBJ lançou 80 vagas distribuídas entre os quatro cursos. Eles foram lançados por meio de Chamada Pública durante o mês de setembro. Reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC), as formações são gratuitas, têm dois anos de duração e são realizadas por meio da Escola de Cultura e Artes do equipamento, com o intuito de capacitar jovens e adultos para o mercado de trabalho. 

“A comunidade [do Grande Bom Jardim] tinha uma demanda de cursos mais longos, mais aprofundados”, diz Henrique Gonzaga, gerente da Escola de Cultura e Artes do CCBJ. Ele conta que a movimentação para implementar as formações técnicas foi iniciada em 2017, com a experiência dos cursos extensivos em Audiovisual, Cultura Digital, Teatro e Música. As formações mais longas já buscavam atender à demanda daqueles que frequentam o equipamento.

Impacto cultural da formação técnica em artes

A cantora, compositora e atriz Lia Maia, 42, é formada pelo Extensivo em Música do Centro Cultural Bom Jardim. Mas isso não impediu a artista de buscar uma vaga no Curso Técnico de Música. “Minha motivação foi a oportunidade de me aprofundar no estudo de um instrumento musical e consequentemente ter habilitação em violão. A chancela de curso técnico e as práticas de conjunto específicas é o diferencial entre os cursos”, conta a artista.

Espetáculo ‘Cara Travessia’, projeto de conclusão da segunda turma do curso Extensivo em Música do CCBJ (Foto: Mar Pereira)

Lia Maia também tem expectativas de que a formação traga mais oportunidades de ministrar oficinas e cursos na área da música. “A certificação irá possibilitar facilitação de oficinas e cursos para determinadas organizações e instituições, além de ampliar o leque na oferta de oficinas e cursos livres”, revela. A relação da formação técnica com o universo profissional não é exclusividade dos planos da artista. A demanda por profissionalização nas artes foi outro fator determinante na implementação dos cursos técnicos no CCBJ.

“Antes a gente tinha pequenos cursos que não se aprofundavam muito dentro das linguagens, aí a comunidade começou a trazer que precisava de cursos mais longos, mais aprofundados, que também dialogassem com os espaços profissionais”, afirma Henrique Gonzaga. Para o gerente, a implementação deste novo eixo formativo da Escola de Cultura e Artes tem também o papel de fortalecer a cena cultural e artística da cidade.

Conforme Henrique Gonzaga, uma das preocupações na elaboração dos cursos técnicos foi a designação de professores ativos nas produções de suas respectivas áreas, a fim de que a formação também seja “um ponto de ligação entre aluno e a cena da música, do teatro, dos jogos e da dança atuais”. “Pensar os técnicos é pensar na produção artística e cultural da cidade e do estado”, afirma o gerente da Escola de Cultura e Artes do CCBJ.

A Escola de Cultura e Artes é um dos setores do Centro Cultural Bom Jardim, responsável pela oferta de formações artísticas gratuitas em diferentes linguagens e eixos formativos. O setor é formado pelos Programas de Audiovisual, Dança, Cultura Digital, Teatro, Acessibilidade e Música. Além dos técnicos e extensivos, a Escola trabalha com Cursos Básicos, Ateliês de Produção e Laboratórios de Pesquisa.

A cidade de Fortaleza foi considerada uma das mais violentas do Brasil pelo estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, segundo a publicação do Atlas da Violência 2024. O Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência (CCPHA) realizou uma campanha pelo cumprimento de 12 recomendações para reduzir assassinatos de adolescentes e jovens, sendo os jovens negros e periféricos os mais vitimados pelos altos índices de violência.

Entre as recomendações listadas pelo CCPHA, estão a oportunidade de trabalho e renda e medidas socioeducativas inclusivas. Na contramão da realidade violenta da cidade, o  Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) – equipamento da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM) – oferece um caminho diferente, exercendo funções de geração de renda, formação educativa e de capacitação, prevenção a violações aos direitos humanos e democratização do acesso à cultura.

“A partir do momento que a gente perde o mínimo de espaço, a gente ganha mais morte, mais destruição”, afirma Levi Nunes. O superintendente do CCBJ acredita que as pautas relacionadas a direitos humanos, como o combate a violência, conduzem o Centro Cultural e demarca que as políticas para as artes estão constantemente sob ataque, mas “precisam ser inegociáveis”. Localizado no Grande Bom Jardim, território da periferia de Fortaleza fortemente afetado pela vulnerabilidade social e pela violência, o equipamento, junto com os direitos humanos, tem como pilares a cidadania, formação e fruição cultural.

Iniciativas de transferência de renda na formação, cidadania cultural e fruição artística

Por meio dos Laboratórios de Pesquisa e Ateliês de Produção, eixos formativos da Escola de Cultura e Artes, o Centro Cultural Bom Jardim fomenta a capacitação profissional e a pesquisa em diferentes linguagens artísticas e culturais. Desde que foram implementados, respectivamente em 2018 e 2019, os percursos formativos funcionam mediante bolsas de incentivo aos estudantes, em sua maioria jovens da periferia da cidade.

Segundo o levantamento da Escola de Cultura e Artes do CCBJ, os Laboratórios de Pesquisa já atenderam mais de 200 pesquisadores, sendo cerca de 60% moradores do Grande Bom Jardim. No total, cada grupo recebe R$ 15.000,00 divididos em até cinco parcelas durante o processo de pesquisa. Os Ateliês de Produção já receberam 674 estudantes e 75% destes também são residentes do território. Neste eixo, cada estudante recebe uma bolsa de R$ 1.500,00. O valor é dividido em cinco parcelas de R$ 300,00.

Além das iniciativas de incentivo da ECA, que promove a formação de artistas em diferentes linguagens, o NArTE (Núcleo de Articulação Técnica Especializada) atua diretamente na cidadania cultural. Além das atividades voltadas para o público infantil, o setor promove impacto social por meio de duas Chamadas Públicas: Agentes Criativos e Iniciativas de Desenvolvimento Comunitário, ambas implementadas em 2020.

Em relação às Iniciativas Comunitárias, 360 bolsistas já foram atendidos e 120 grupos beneficiados. Já passaram pelo CCBJ 165 Agentes Criativos e, assim como as Iniciativas de Desenvolvimento Comunitário, são, em grande maioria, moradores do Grande Bom Jardim. Os 10% dos bolsistas que não são do território, são de bairros periféricos vizinhos, como Conjunto Ceará e Bonsucesso.

A Ação Cultural do Centro Cultural Bom Jardim, entre as suas convocatórias, promove a Manutenção de Grupos e Coletivos há quatro edições. A Chamada Pública já beneficiou 32 grupos culturais e 120 bolsistas. “Esse projeto não apenas oferece suporte financeiro, mas também cria condições para que esses grupos mantenham suas atividades, fortalecendo o ecossistema cultural local”, diz João Paulo Barros, assessor de gestão do equipamento.

O impacto social para além do incentivo financeiro

Para além do incentivo financeiro, João Paulo conta que o CCBJ prioriza ações afirmativas, destinando metade das vagas a pessoas racializadas, LBTQIAP+ e moradores de áreas com baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e alta vulnerabilidade social. “Dessa forma, contribuímos para a ressignificação da realidade local, fortalecendo produções artísticas periféricas, ampliando a visibilidade de seus criadores e promovendo intercâmbios financeiros, culturais, estéticos e políticos, gerando renda e empoderamento, especialmente no Grande Bom Jardim”, declara.

Além das cinco iniciativas citadas, desenvolvidas pela Escola de Cultura e Artes, NArTE e Ação Cultural, o CCBJ ainda oferta cursos básicos de longa duração, cujo público principal é de crianças e adolescentes. “A oferta de bolsas, mesmo que de valores menores, garante que os participantes possam se dedicar à formação sem a pressão de buscar alternativas que os exponham a riscos, como a cooptação pelo crime organizado”, conta João Paulo Barros.

Os cursos técnicos e extensivos, que capacitam os estudantes para o mercado de trabalho na área da cultura, também são eixos da Escola de Cultura e Artes que oferecem bolsa-auxílio aos estudantes. “Ao oferecer bolsas mensais, essas ações minimizam a evasão escolar, fornecendo meios concretos para que os jovens permaneçam no sistema educacional e desenvolvam suas habilidades para atuar no setor cultural, um dos principais geradores de oportunidades para esses grupos”, diz o assessor de gestão do CCBJ.

Em relação ao enfrentamento ao cenário de violência urbana, o CCBJ funciona como um espaço alternativo à violência e minimiza seus efeitos no território. O assessor de gestão do equipamento afirma que o papel do centro cultural não se resume ao consumo passivo de cultura. “O impacto do CCBJ não está em transformar diretamente o cenário de violência urbana, mas em oferecer ferramentas que possibilitem uma reconfiguração do território, criando redes de apoio, visibilidade e oportunidades que amenizam os efeitos das desigualdades e violências”, diz João Paulo Barros.

Ele pontua ainda que a política pública está longe de ser uma “salvação”, mas ressalta a importância de sua existência para gerar “espaços onde as violências urbanas, tanto físicas quanto simbólicas, encontram resistência através da coletividade, do diálogo e da valorização das narrativas locais”. Por meio dessas frentes de atuação, o equipamento promove formação e profissionalização, fomenta o ecossistema cultural e fortalece identidades locais.

A Biblioteca Cristina Poeta, do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), realiza a VIII Semana da Biblioteca e do Livro, com o tema “Lendo Cordéis”, entre os dias 23 e 25 de outubro. Além das atividades do programa Sombrinha Literária, o espaço conta com uma programação especial, composta por oficinas, contação de história e apresentações artísticas.

A abertura da programação tem início na quarta-feira, dia 23, às 10:00, e finaliza na sexta-feira, com apresentação da banda Caixeiros Viajantes. Por meio do evento, a Biblioteca Cristina Poeta intensifica seu papel de incentivo à leitura e foca na valorização da cultura nordestina.

A primeira atividade faz parte do programa Sombrinha Literária. É o Ciclo de Leitura, que explora o livro “Carolina, o Cordel e o Coronel”, de Maciel Araújo. Na sequência, às 17:30min, acontece uma roda de conversa com o mestre da cultura Klévisson Viana, grande representante da cultura popular.

No segundo dia, o Cine Leitor traz o curta-metragem “Até o Sol Raiá”, adaptação animada de um conto de fantasia. No período da tarde, o Grupo Garajal apresenta o espetáculo “Pé de Reisado”, que celebra a riqueza cultural do reisado. Na sexta-feira, acontecem as oficinas de isogravura e de cordel e, por fim, a apresentação da banda cearense Caixeiros Viajantes, unindo o rock com a poesia dos cordéis.

A programação faz alusão à Semana Nacional da Biblioteca e do Livro, instituída em 1980 pelo Decreto n° 84.631. A Biblioteca Cristina Poeta é anexa à Ação Cultural do Centro Cultural Bom Jardim, equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE), gerida pelo Instituto Dragão do Mar (IDM).

Confira a programação completa:

DIA 23/10 – QUARTA-FEIRA

10h – SOMBRINHA LITERÁRIA: Ciclo de Leitura com o livro “Carolina, o cordel e o coronel”

RELEASE: No nosso encontro do Ciclo de Leitura, vamos explorar a rica e envolvente história de “Carolina, o Cordel e o Coronel” de Maciel Araújo. Uma jornada literária que nos leva ao universo do cordel e das tradições populares, enquanto acompanhamos Carolina em suas aventuras e descobertas!

O Ciclo de Leitura tem como objetivo incentivar a sociabilidade, a criatividade e o pensamento crítico e afetivo, especialmente das crianças e adolescentes, através de atividades lúdicas, artísticas e culturais. Faz parte do programa Sombrinha Literária, que apresenta atividades que dialogam com a música, o audiovisual, o teatro e múltiplas linguagens com intuito de coletivizar o acesso à literatura, visando à inclusão social e digital, através da experiência da mediação da informação e da leitura.

17h30min – Abertura: Conversa com o Mestre da Cultura Klévisson Viana

RELEASE: Abertura da VIII Semana do Livro e da Biblioteca iniciará com uma Conversa especial com Klévisson Viana! Klévisson Viana, um dos mais importantes representantes da cultura popular, estará conosco para uma conversa rica sobre suas experiências, conhecimentos e a importância da preservação da tradição da literatura de cordel

Klévisson Viana é escritor, cartunista, quadrinhista, cordelista, xilogravador, editor e presidente da AESTROFE – Associação de Escritores, Trovadores e Folheteiros do Estado do Ceará. É também membro da ABLC-Academia Brasileira de Literatura de Cordel (RJ) e Mestre da Cultura do Estado do Ceará.

Coordena o projeto editorial da Tupynanquim Editora, onde já publicou cerca de mil obras de mais de uma centena de autores. Como autor, Klévisson Viana publicou 50 livros de gêneros variados e cerca de duas centenas de folhetos de literatura de cordel. Seus trabalhos já “passearam” pela televisão e adaptações para o teatro. Destaca-se o folheto ‘A quenga e o delegado’ transformado em episódio da série ‘Brava gente’ da Rede Globo.

Tem trabalhos publicados em diversas editoras nacionais e internacionais como Chandeigne – Paris (FR), Editora Leya – Lisboa (PT), Editora Hedra –São Paulo (BR), Nova Alexandria – São Paulo (BR), Editora Demócrito Rocha – Ceará (BR),  Editora Amarilys – São Paulo (BR), Edelbra – Porto Alegre (RS), Ediouro – Rio de Janeiro  (RJ) dentre outras. Suas obras também constam em antologias na França, Turquia, Bélgica, Israel, Egito, Itália e Holanda.

Seu currículo apresenta diversos prêmios relevantes, sendo vencedor diversas vezes consecutivas do PNBE – Programa Nacional da Biblioteca Escolar (MEC), três vezes do Troféu HQ Mix, e outras vezes do PNAIC – Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa (MEC) e Prêmio Jabuti de Literatura dentre outros.

Klévisson Viana coordena eventos culturais, ministra palestras, oficinas e recitais em todo o Brasil e já levou sua arte diversas vezes a países como França, Portugal, México, Cabo Verde e Costa Rica.

DIA 24/10 – QUINTA-FEIRA

10h –  SOMBRINHA LITERÁRIA: Cine Leitor com o curta-metragem “Até o Sol Raiá”

RELEASE: Hoje é dia de Cine Leitor na Biblioteca Cristina Poeta do CCBJ! Vamos exibir o encantador curta-metragem “Até o Sol Raiá”, uma celebração do imaginário nordestino onde personagens de barro ganham vida e trazem uma vibrante festa para uma pacata vila sertaneja.

O Cine Leitor ocorre por meio da exibição de produções cinematográficas que são adaptações de livros, evidenciando a relação entre a literatura e o audiovisual. O objetivo é incentivar a leitura para crianças e jovens através da linguagem do cinema. Faz parte do programa Sombrinha Literária, que apresenta atividades que dialogam com a música, o audiovisual, o teatro e múltiplas linguagens com intuito de coletivizar o acesso à literatura, visando à inclusão social e digital, através da experiência da mediação da informação e da leitura.

18h – Espetáculo Pé de Reisado

RELEASE: Pé de Reisado é uma celebração lúdica e musical da rica tradição popular do Reisado, uma manifestação cultural que une canto, dança e teatro. A história nos leva ao encantador universo de “Virismunda” e “Tião”, que, com muito carinho e dedicação, plantaram a brincadeira do Reisado em nossa região.

O Grupo Garajal, com 20 anos de atuação, mistura teatro de rua, artes circenses e cultura popular em suas performances. Neste trabalho, eles continuam a pesquisa e a celebração do Reisado, buscando novas formas de transmitir essa tradição às novas gerações.

DIA 25/10 – SEXTA-FEIRA

10h – SOMBRINHA LITERÁRIA: Oficina de Isogravura

RELEASE: Como parte da programação da nossa VIII Semana do Livro e da Biblioteca teremos a Oficina de Isogravura! Nesta oficina, você terá a oportunidade de aplicar tinta e criar suas próprias estampas artísticas. É uma excelente oportunidade para explorar sua criatividade, conhecer novas técnicas artísticas!

15h – Oficina de Cordel com o Cordelista Edson Oliveira

RELEASE: A VIII Semana do Livro e da Biblioteca traz a Oficina de Cordel para todos que desejam explorar o fascinante universo da literatura popular nordestina! Edson Oliveira é cordelista e conduzirá uma oficina especial dedicada a essa rica tradição literária. Conhecido por seu talento na criação de poemas e histórias em cordel, compartilhará sua experiência e técnicas desta arte tradicional que combina poesia e narrativa.

Edson Oliveira é um homem cis e negro, destacado na educação popular, na arte do cordel, nas terapias integrativas e complementares de saúde no Bairro Bom Jardim, em Fortaleza. Com vasta experiência, Edson contribuiu significativamente em projetos como o EDEPOPSUS e as cirandas da vida, além de facilitar cursos de massoterapia e educação popular em saúde. Como cordelista é o organizador do livro “biografias em versos” para a rede unida, do livro educação popular em saúde e a convivência com semiárido – diálogos em verso, prosa e ceno poesia. Publicou também importantes obras pela Fiocruz- Rio de Janeiro, abordando temas como acessibilidade e saúde sexual para pessoas com deficiência. Sua trajetória multifacetada e inspiradora faz dele uma referência essencial em sua área de atuação.

19h30min – Caixeiros Viajantes “Canta Cordéis Itinerantes”
RELEASE: A banda cearense de rock Caixeiros Viajantes traz à cena seu mais recente show “Caixeiros Viajantes Canta Cordéis Itinerantes”, uma vibrante homenagem à rica cultura popular nordestina. Ao mesclar seu repertório autoral com a poesia envolvente dos cordéis musicalizados, este show promete uma experiência única e imersiva para todos os entusiastas da música e da cultura regional. A apresentação terá duração de 60 minutos. Sobre a apresentação: A proposta de show “Caixeiros Viajantes Canta Cordéis Itinerantes” é genuinamente inspiradora e vibrante. Ao unir o rock cearense com a poesia dos cordéis, a banda Caixeiros Viajantes oferece uma experiência cultural rica e envolvente, prometendo encantar todos os entusiastas da música e da cultura regional.

O Nada Sobre Nós Sem Nós chega a sua 5ª edição em 2024 com o tema “Art Def: Criações Artísticas para além do Capacitismo”, realizando oficinas artísticas centralizadas em pessoas com deficiência. O evento de culminância do percurso formativo ocorre na próxima sexta-feira, dia 18, no Teatro Marcus Miranda do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ).

A programação começa às 15:00 e conta com uma feira de artesanatos e serviços com artistas da comunidade def, exposição do artista Lauro Neto, apresentação do cordelista Edson Oliveira, partilha das oficinas realizadas no Nada Sobre Nós Sem Nós 2024 e apresentações do grupo e do Quarteto Inclusivo, que finaliza o evento com música.

Em 2024, o percurso formativo aconteceu por meio de cinco oficinas artísticas, com turmas majoritariamente formadas por pessoas com deficiência e alguns professores da comunidade def. De acordo com Vitória Sâmea, supervisora do Programa de Acessibilidade do CCBJ, o Nada Sobre Nós Sem Nós “tem por objetivo fortalecer dentre os/as participantes a relevância da arte feita por e com PCD, a atuação e criação artística por meio das linguagens artísticas da dança, música, teatro, dentre outras”.

A oficina de Maquiagem Artística foi ministrada por Daniel Santos, a de Roteiro para um Audiovisual Acessível, por Elvis Alves, Performance em Libras, por Yuri Axel, e duas turmas da oficina Todo Corpo é Dança; a primeira, em parceria com o Instituto dos Cegos, foi ministrada por Joca Mota e contou com a participação dos integrantes do grupo Olho Mágico, e a segunda, realizada no próprio CCBJ, por João Paulo Lima. 

O Nada Sobre Nós Sem Nós é um percurso formativo anual que promove a interdisciplinaridade entre diversas linguagens artísticas e acessibilidade. A ação é realizada por meio do Programa de Acessibilidade da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim, equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM).

Confira a programação do evento:

15:00 – Praça Central
MOSTRA DE ARTE DEF
Feira de Artesanatos e Serviços com artistas da comunidade def

16:00 – Teatro Marcus Miranda
Texto Manifesto Ancestralidade DEF e resistência artística (Cordelista Edson Oliveira)
O artista, cordelista e brincante de cultura popular, Edson Oliveira, compartilha seu trabalho em cordéis para popularizar temas importantes, como acessibilidade e a inclusão de pessoas com deficiência na participação pública e no direito à saúde, à comunicação, às artes e à cultura.

16h – Teatro Marcus Miranda
Exposição de Lauro Neto
Exposição “O lápis e o papel como símbolo de expressão”, do artista plástico Lauro Neto.

16:30 – Teatro Marcus Miranda
Partilha da oficina “Todo Corpo é Dança”
Com participação dos integrantes do grupo de Teatro Olho Mágico e mediação de Joca Mota e Rárárá

17:30 – Teatro Marcus Miranda
Vídeo Partilha da Oficina de Maquiagem Artística
Exibição de vídeo com depoimentos e registros dos encontros da oficina de Maquiagem Artística, com participação de pessoas surdas e ouvintes

18:00 – Teatro Marcus Miranda
Partilha da Oficina de Performance em Libras 
Participação da turma de Performance com mediação do professor Yuri Axel e Irabson Sousa  

18:30 – Teatro Marcus Miranda
Quarteto Inclusivo
Apresentação musical de forró, com o sanfoneiro Antônio César

O Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), promove durante o mês de outubro a Campanha Bença Vó! Gerações que caminham juntas, realizada por meio do seu Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE), setor de cidadania cultural do CCBJ. A Campanha acontece até 25 de outubro e promove diversas ações dentro e fora do equipamento.

A campanha tem como objetivo valorizar o imaginário infantil com base na própria vivência, suas experiências, cores e classes sociais, promovendo uma maior representatividade negra nas referências de brincadeiras e no ato de brincar. A ideia é promover um diálogo sobre a identificação que se busca no processo de subjetivação que ocorre através do brincar em nossa comunidade.

O espaço será enriquecido com brincadeiras de rua, cantigas de roda, jogos coletivos e instrumentos artesanais, fortalecendo a relação entre as gerações. As atividades foram pensadas em alusão ao Dia do Idoso comemorado dia 1º de outubro e ao Dia das Crianças (12 de outubro), com a mediação do resgate de histórias, registros da oralidade e criação de memórias, promovendo uma interação intergeracional. Dessa forma, refletindo sobre o cuidado e a proteção comunitária desse direito, unindo diferentes gerações em torno do brincar.

Confira a programação completa 

Criando Referências: Del Nunes e a infância periférica
🗓️ 08/10 – Terça
⏰ 18h30

Release: Pensando em criar referências de artistas e movimentos que dialogam sobre direitos humanos, no mês de Outubro, conheceremos o artista Del Nunes, conhecido por suas obras digitais. O publicitário retrata a infância favelada e toda sua potência, trazendo elementos lúdicos que misturam realidade e ficção. Faremos uma atividade de releitura de suas obras, aproximando o público do NArTE com a experiência do artista.

Educadora: Narah Adjane
Local: Estúdio CCBJ


Gutera Uriziga

🗓️ 09/10 – Quarta
⏰ 17h

Release: O Gutera Uriziga é originário de Ruanda e para brincar vamos precisar de um grande aro (bambolê ou roda de bicicleta) e bastões (cabo de vassoura, bambu, etc). Uma criança é selecionada como líder, para rolar o aro escolhido. As outras devem ficar ombro a ombro em uma linha reta segurando os bastões. Os jogadores devem tentar jogar os bastões através do aro em movimento e ganha quem pontuar mais.

Educadora: Shirley Lima
Local: Praça Central


Brinquedo Musical 

🗓️ 10/10 – Quinta
⏰ 18h

Release: Dando continuidade a atividade contínua de percussão. Iremos realizar uma vivência com a produção de um brinquedo musical em alusão ao instrumento ganzá/caxixi que é um instrumento musical de origem africana. A proposta é cada criança produzir um brinquedo e poder conhecer um pouco da história do instrumento e sua importância nos ritmos afrobrasileiro samba e no toque da capoeira.

Educadore: Deyse Mara
Local: Biblioteca


Futebol de Papelão – criação de jogo

🗓️ 11/10 – Sexta
⏰ 17h30

Release: Sabe aquela caixa vazia de papelão que você não usa e não sabe o que fazer com ela?  Que tal usar a criatividade e fazer um jogo utilizando materiais simples como papelão e elástico? 

Educadora: Shirley Lima
Local: Espaço Narte


Brincar di quê? 

🗓️ 11/10 – Sexta
⏰ 18h

Release: Os jogos e as brincadeiras têm um papel muito importante na educação infantil e para a vida de uma criança, pois ao brincar a criança espontaneamente adquire uma aprendizagem mais prazerosa, é um momento de comunicação consigo mesma buscando através de sua realidade a sua imaginação. Assim a educadora Deyse Mara convida as crianças para uma tarde de muita ludicidade, onde o maior objetivo é se divertir.

Educadora: Deyse Mara
Local: Espaço Marielle Franco


Criançada toda reunida

🗓️ 16/10 – Quarta
⏰ 17h30

Release: Gincana tempo junto; a diversão e os desafios vão contagiar as crianças, em alusão ao mês das crianças, vamos nos divertir com boas brincadeiras revivendo a infância de rua.

Educadora: Jackline Marques
Local: Espaço Mariele Franco


Crescendo e aprendendo – jogos ancestrais: etnia Umutina – Jogo Boi bravo

🗓️ 16/10 – Quarta
⏰ 19h

Release: Propondo-se trabalhar a interculturalidade através de brincadeiras ancestrais, faremos alguns encontros com algumas brincadeiras de cultura indígena e africana. Para trabalharmos não só a diversão, mas também para envolver, engajar e transmitir conhecimentos.

Educadore: Joyce Sousa
Local: Campinho


Da Ga

🗓️ 17/10 – Quinta
⏰ 17h

Release: “Da Ga” vem do nigeriano e significa jiboia. Desenhe um retângulo no chão, que será a “casa da cobra”. Um jogador fica dentro desta marcação, ocupando o papel de serpente. Todos os outros jogadores devem ficar próximos ao quadrado. A cobra deve tentar tocar nos jogadores. Caso sejam tocados, os jogadores vão para a casa da cobra, onde todos devem ficar de mãos dadas, utilizando apenas a mão livre para tentar tocar os jogadores. O último que não foi pego pela cobra vence.

Educadora: Shirley Lima
Local: Praça Central


CriAção:  como está tua criança interior; quais brincadeiras você brinca na rua?

🗓️ 17/10 – Quinta
⏰ 19h

Release: Roda de Diálogo com a temática como  os jovens lidam com  saúde mental quando adolescência chega. 

Educadora: Jackline Marques
Local: Espaço Mariele 


Shisima – jogo de tabuleiro

🗓️ 18/10 – Quinta
⏰ 19h

Release: O Shisima é um jogo queniano de estratégia abstrata para dois jogadores. Similar ao jogo da velha e ganha quem primeiro fizer uma fileira de três peças. 

Educadora: Shirley Lima
Local: Centro Espírita de Umbanda São Miguel


Balangandã

🗓️ 18/10 – Quinta
⏰ 16h

Release: Balangandã é um brinquedo de origem africana, recebeu esse nome pelo som que faz ao ser movimentado e deu origem ao brinquedo, utilizado para diversão, atividades esportivas e dança, assim u educadore trás essa vivência com o objetivo de estimular o desenvolvimento cognitivo e motor dos participantes.

Educadore: Deyse Mara
Local: Comunidade São Francisco


Vivência de construção de brinquedos

🗓️ 18/10 – Quinta
⏰ 18h30

Release: Vivência para construir um brinquedo com referência nas infâncias negras periférica e sertaneja.

Educadora: Micinete Lima
Local: Espaço Paulo Freire


Trabalhando a primeira infância –  Água misteriosa

🗓️ 18/10 – Quinta
⏰ 19h

Release: Diversão e aprendizado em uma atividade sensorial. Desenvolver as funções motoras e cerebrais através dos brinquedos.

Educadore: Joyce Souza
Local: Campinho 


InterBrincArTE

🗓️ 23/10 – Quarta
⏰ 14h

Releases: Possibilitar a interação entre crianças (filhos das mulheres criativas), adultos (mulheres criativas) e idosos (acompanhados pelo CRAS), proporcionando o compartilhamento de brincadeiras geracionais que fortalecem a cultura ancestral, o pertencimento ao território, valorização das manifestações da população negra.

Psicossocial: Henrique, Luan, Krisley, Rayssa.
Local: Sala Multiuso e Praça Central


Crescendo e aprendendo – jogos ancestrais: Etnia Terena Jogo – EMA 

🗓️ 23/10 – Quarta
⏰ 19h

Release: Propondo-se trabalhar a interculturalidade através de brincadeiras ancestrais, faremos alguns encontros com algumas brincadeiras de cultura indígena e africana. Para trabalharmos não só a diversão, mas também para envolver, engajar e transmitir conhecimentos.

Educadore: Joyce Sousa
Local: Campinho


Desenho e pintura – cuidados que florescem

🗓️ 24/10 – Quarta
⏰ 16h

Release: Através do desenho, um momento de partilhas será realizado com o grupo de idosas do Instituto Pisiquê. O espaço será de expressões através da representação de plantas que fizeram e fazem parte da vida destas mulheres, proporcionando uma ambiência de relaxamento e descontração a partir do desenhar dessas memórias.

Educadora: Narah Adjane
Local: Instituto Pisiquê


Filtrando sonhos

🗓️ 24/10 – Quarta
⏰ 16h

Release: Filtrando sonhos será uma vivência de filtro dos sonhos com o público da 3ª idade, a educadora vai ensinar os participantes a produzirem filtros dos sonhos, que de acordo com a sua crença, ao cair da noite, o ar se enche de sonhos que podem conter mensagens do Grande Espírito para nós, humanos. E para separar os bons sonhos das energias ruins que nos fazem mal, eles criaram o filtro dos sonhos.

Educadore: Deyse Mara
Local: CUBMGP – Centro União Beneficente dos Moradores do Bairro de Granja Portugal


Trabalhando a primeira infância –  Contação de história

🗓️ 25/10 – Quarta
⏰ 19h

Release: Desenvolver a concentração através do acesso à cultura 

Educadorie: Joyce Souza
Local: Espaço alternativo da dança

Os projetos Em Foco e Maraca na Web foram selecionados em editais lançados pela Lei Paulo Gustavo (LPG) após receberem orientação do Bússola Cultural. O serviço de assessoria técnica especializada do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) oferece atendimento gratuito para artistas, produtores e agentes culturais captarem recursos para projetos culturais e sociais.

O Edital de Apoio ao Audiovisual Cearense – Difusão, Formação e Pesquisa selecionou o projeto Em Foco, de Rafael Rodrigues. Por meio da Lei Paulo Gustavo, a convocatória é voltada para seleção e apoio a agentes culturais, como é o caso de Rafael. Com o Em Foco, o ator propõe a promoção de formação para atores e atrizes periféricos em audiovisual.

O Maraca na Web, por sua vez, é um projeto que visa dar visibilidade a artistas do Maracanaú, município da Região Metropolitana de Fortaleza, a partir de lives no Instagram e da distribuição do conteúdo gravado para que os artistas possam publicar em suas redes sociais. O projeto foi selecionado em um dos editais da LPG, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo de Maracanaú.

Oportunidade que gera oportunidade

Rafael Rodrigues conta que sonhava com seu projeto há muito tempo. “Idealizava gerar distribuição de renda e oportunidades para os artistas da periferia como eu”, afirma. Ele participou de um momento de tira-dúvidas no CCBJ, realizado pelo Bússola Cultural, sobre a Lei Paulo Gustavo. Na ocasião, a assessora técnica de projetos culturais Monique Souza informou o artista sobre a consultoria ofertada no equipamento.

“Agendei um atendimento com o Bússola Cultural, na semana seguinte tive o primeiro encontro com a Monique, que orientou como organizar meu mapa cultural, escrever o projeto”, diz Rafael. Ele também participou de um curso de escrita de projetos no CCBJ e, enfim, conseguiu colocar seu projeto em prática.

Nereu Paiva considera a orientação que recebeu de Monique Souza muito importante para a conquista do Maraca na Web, já que se trata do seu primeiro projeto. Em outubro de 2023, junto do edital, surgiu o próprio projeto. “A Monique tirou todas as minhas dúvidas e ainda me orientou em pontos que eu nem percebia que mereciam atenção”, afirma.

Os agentes culturais contam que receber o recurso do edital viabilizou a execução de seus projetos, que podem causar impactos sociais nas áreas onde atuam. “Acho que o maior impacto do meu projeto é dar oportunidades a quem não tem. Tanto aos artistas de Maracanaú de se apresentarem em um ambiente profissional como também dos nossos alunos, de terem uma formação em uma profissão relativamente nova”, comenta Nereu.

Sobre o edital, Rafael afirma: “está gerando conhecimento e renda para os artistas, que como eu, precisamos ter condições financeiras para produzir arte e cultura nas nossas periferias sem se deslocar para os grandes centros”. O papel do Bússola Cultural está no impulsionamento de projetos culturais e prioriza iniciativas artísticas descentralizadas no aproveitamento de oportunidades como essa.

Leia mais: Bússola Cultural – projeto do CCBJ guiou iniciativas do Grande Bom Jardim no caminho certo para se tornarem Pontos de Cultura do Ceará

O Centro Cultural Bom Jardim ( CCBJ), equipamento da Secretaria da Cultura do Governo Ceará (Secult), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM) recebe em sua multigaleria e espaços alternativos do equipamento, a exposição ‘Festa, Baia, Gira, Cura”, de Jean dos Anjos, nesta sexta-feira dia (20/09), a partir das 18h.

O lançamento da exposição em seu território de origem foi pensado desde o princípio da montagem, conforme aponta artista expositor, Jean dos Anjos, que elaborou toda a criação das peças a partir da vivência do terreiro Cabana do Preto Velho da Mata Escura, Ilê Asé Ojú Oya, de Pai Valdo de Iansã, localizado no Bom Jardim.

“Festa, Baia, Gira, Cura” nasce da historicização do terreiro homenageado. O título surge a partir de elementos primordiais nas celebrações afroameríndias e das vivências do pesquisador. São apresentadas fotografias e materialidades das festas e rituais do terreiro, com enfoque especial para a festa da Rainha Pombagira Sete Encruzilhadas e Exu, a qual ele acompanha desde 2013.

“Festa Baia Gira Cura agora está em seu território. Termina um ciclo e começa outro. Ao Babalorixá Valdo de Oyá e à sua casa todo o meu respeito e a minha admiração. Ao Centro Cultural Bom Jardim meus agradecimentos. Nós vamos longe! Laroyê!”, comemora Jean dos Anjos. 

Dividida em quatro núcleos, a exposição mostra a riqueza da cultura dos terreiros, bem como a resistência dos povos de terreiros na busca pela preservação da memória da umbanda e do candomblé, bem como a luta dos seus praticantes pelo fim do racismo religioso.

A curadora, expografista e oordenadora, Marília Oliveira também comenta sobre a experiência com o sagrado nas artes. 

“Toda vez que se entra em um terreiro é chance de aprender. A umbanda não se ensina só explicando, mas pela intuição e observação. Ao adentrar a exposição, saiba que é no tempo (e no templo) do sagrado que está pisando. Em Festa Baia Gira Cura se permita abrir os olhos pra ver – escolhendo também as horas de silêncio e olhos fechados, coisa que este Jean dos Anjos, filho do vento, da moça e da macumba, faz. 

Para Marília, a obra de Jean dos Anjos é, sobretudo, um exercício de respeito e de escolha: “abaixar a câmera, manter distância, cerrar a vista  É assim que surge o clique. É assim que se fotografa o mistério”.

A exposição foi lançada no Centro Cultural Dragão do Mar, em 2023 e contou com 25 mil visitantes e agora chega em seu território de origem, no Bom Jardim, especialmente ancorando sua riqueza no CCBJ. Ambos equipamentos culturais integram a Rede de Equipamentos Culturais do Ceará (Secult).

“A visibilidade da exposição foi importante tanto para nós, fortalezenses, como para o público turista, porque mostra que temos cultura de terreiro, além de subverter a invisibilidade”, comenta o artista Jean dos Anjos.

FESTA, BAIA, GIRA, CURA NO CCBJ 

A exposição “Festa, Baia, Gira, Cura”, fruto de 20 anos de pesquisa do antropólogo Jean dos Anjos, que conduz o público a uma imersão pela história das festas da umbanda e do candomblé no Ceará, com destaque para o terreiro de Umbanda e Candomblé Cabana do Preto Velho da Mata Escura | Ilé Àse Ojú Oya, chega ao Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), nesta sexta, 20/09.

A exposição estará aberta no CCBJ por dois meses (setembro a novembro), das 16h às 19h e tem classificação indicativa livre.

SOBRE O ARTISTA 

Jean dos Anjos é antropólogo, professor, pesquisador, fotógrafo e trabalhador da arte. Pesquisa religiões de matriz africana há 20 anos, é doutorando em sociologia e recentemente lançou o livro de sua dissertação: “Amor, festa, devoção: a Rainha Pombagira Sete Encruzilhadas”

SERVIÇO 

Exposição: “Festa, Baia, Gira, Cura”, Jean dos Anjos
Data de abertura: 20/09 
Horário: 18h
Período da exposição: 2 meses
Horário de Visitação: terça a sexta, 14h a 19h
Formato: Presencial, Multigaleria e alguns espaços alternativos, com Banner e pintura 
Classificação indicativa: Livre.

Ficha técnica

Fotografia e pesquisa: Jean dos Anjos
Coordenação e expografia: Marília Oliveira
Curadoria: Marília Oliveira e Rafael Escócio
Consultoria: Pai Valdo de Iansã
Montagem: Tomaz Maranhão
Produção: Jean dos Anjos e Marília Oliveira
Imagens realizadas no terreiro Cabana do Preto Velho da Mata Escura, Ilê Asé Ojú Oya

O Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria da Cultura do Governo do Estado do Ceará (SECULT), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), por meio de sua Escola de Cultura e Artes, divulga a Chamada Pública para a 3ª turma do Curso Técnico em Dança (CTD) e para as 1ª turmas dos Cursos Técnicos em Instrumento Musical (Habilitação: Violão), Programação de Jogos Digitais e Teatro. 

Os cursos oferecem diplomação pelo MEC, com reconhecimento técnico em intérpretes, criadores e agentes culturais, assumindo um lugar ímpar na formação cultural e artística da cidade de Fortaleza e no Ceará.

Um marco para o equipamento que tem quase 18 anos de existência e pela primeira vez oferece, de forma gratuita, mais três linguagens de formação técnica. O gestor executivo do CCBJ, Marcos Levi Nunes, comenta sobre esse alcance formativo.

“Nós do CCBJ (SECULT/IDM) compreendemos que existem uma série de políticas públicas que são essenciais para a população. Assim como precisamos aprender a ler e a escrever, precisamos de moradia, trabalho, necessitamos também acessar políticas culturais que fortaleçam nossa identidade, respeitando as estéticas que produzimos, garantindo a preservação da memória e prospectando outros mundos possíveis.

Levi aponta que as Políticas culturais e artísticas são essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e digna, com respeito às diferenças e capacidade crítica de produzir e consumir cultura. “Munido por esses princípios, acreditamos que a Escola de Cultura e Artes do CCBJ, por meio dos seus diversos cursos gratuitos, representa uma política cultural do Governo do Ceará que vem construindo, principalmente no Grande Bom Jardim, grandes transformações na vida de cada estudante, seja nas turmas de teatro, dança, audiovisual, cultura digital ou música”, diz o gestor. 

 Ao todo serão quase 100 vagas ofertadas para os cursos que tem duração de aproximadamente dois anos. Os cursos estão estruturados em módulos distribuídos segundo eixos temáticos e variam a carga horária entre 1.200 e 1.500 horas-aula. 

Cada estudante receberá uma bolsa-auxílio no valor de R$2.000, dividido em 5 parcelas de R$400,00. Os cursos acontecerão de forma presencial e a chamada tem 50% das vagas voltadas para ações afirmativas.

Marco nas ações formativas do CCBJ

O lançamento dos cursos é um marco para o CCBJ, esta é a primeira vez que um equipamento público oferta quatro cursos técnicos de forma gratuita para atender os jovens da cidade. 

 O Curso Técnico em Dança, lançado em 2005 já se consolidou como um marco na construção e fortalecimento da profissionalização da dança no Estado do Ceará, agora os alunos do Centro Cultural Bom Jardim terão a oportunidade de se tornarem profissionais de nível técnico com as novas ofertas. A novidade esse ano é ampliação das linguagens oferecidas, além da Dança outras três linguagens passam a ser de formação técnica.

A Coordenadora Pedagógica do Programa de Teatro, Kelly Enne Saldanha, fala sobre a importância para o equipamento em ser o único de gestão pública do estado a ofertar 4 cursos técnicos gratuitos em linguagens artísticas. “Isso demonstra o empenho da equipe técnica pedagógica da Escola de Cultura e Artes, em consonância com os objetivos do Centro Cultural Bom Jardim em proporcionar ao território, ações formativas de qualidade, buscando a diversidade, promovendo a acessibilidade e a encruza com saberes periféricos e afro-indígenas.” Declara a coordenadora.

Os candidatos que se inscreverem terão a oportunidade de se profissionalizar enquanto artistas nas linguagens estudadas, para que compreendam a complexidade de suas práticas artísticas e possam esboçar seus próprios perfis como criadores. Vivenciando uma encruza de saberes que vai proporcionar o contato com a teoria e a prática das linguagens que serão estudadas.

Henrique Gonzaga, Gerente de Formação da Escola de Cultura e Artes do CCBJ, que vem acompanhando a história da ECA há alguns anos, antes mesmo de gerenciar o fazer, entende esse momento como o “reconhecimento de um longo processo de luta da comunidade e do CCBJ para que existam processos formativos com qualidade e consistência na periferia. Para além disso, é um grande passo para os/as artistas do Grande Bom Jardim e para a cidade que tem avançado na discussão da arte como espaço de trabalho formal, e como em qualquer outra profissão precisa de dedicação e formação de qualidade”, afirma.

Sobre a importância desse momento que se afirma como um marco na história do equipamento, Henrique fala sobre o sentimento de alegria em ver todo esse movimento acontecendo. “Esses cursos técnicos estando em um equipamento periférico é, também, entender que a  nossa estética e a nossa poética pode e deve ser compreendida como referência profissional no campo das artes” conclui o Gerente da Escola do CCBJ.

“Apenas com uma política cultural bem executada é possível sonhar com um povo mais crítico e consequentemente com mais acesso à cidadania plena, é com esse objetivo que realizamos cada um dos diversos cursos que acontecem no CCBJ”, aponta o gestor executivo, Marcos Levi Nunes.

Levi também fala de que forma os cursos técnicos impactam na periferia da cidade e quais os resultados esperados. Para ele, a modalidade de cursos técnicos representa uma vitória no campo cultural, principalmente quando se fala em cenários que foram historicamente vulnerabilizados. ‘Sabemos da dificuldade que atinge os profissionais do campo artístico quando tratamos sobre o acesso ao mercado de trabalho, assim, a construção de cursos técnicos, além de ampliar o estofo conceitual e estético dos alunos, possibilita de modo assertivo a chance de ingressar em circuitos profissionais no campo cultural”.

O gestor acrescenta que o lançamento de 4 cursos técnicos na Escola de Cultura e Artes do CCBJ é um marco importante pois trás consigo o respeito à periferia da cidade, apontando de modo inequívoco que o Grande Bom Jardim e outros diversos territórios possuem uma classe artística ávida por oportunidades que possam fortalecer uma economia da cultura e capaz de produzir cursos, trajetórias e espetáculos de altíssima qualidade. “Desse modo, esperamos que as turmas que acessem os cursos técnicos, facilitem o acesso ao mercado de trabalho e acreditamos que com essa nova fase teremos profissionais mais qualificados, com um circuito cultural potente e produções artísticas que valorizem nossas memórias, sensibilidades e trajetórias”.

Inscrições

As inscrições estão abertas até o dia 21 de setembro. O edital e o formulário de inscrição estão disponíveis na página de oportunidades do site do CCBJ e nos links abaixo.

Por meio do seu Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE), o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria de Cultural do Ceará (Secult CE), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), realiza as campanhas Multiplicando Cuidados e Rolê Freiriano durante o mês de setembro. As ações tiveram início nos dias 6 e 11, respectivamente, com programações que se estendem até a última semana do mês.

A campanha Multiplicando Cuidados – Cuidar de si, cuidar do todo faz alusão ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, conhecida no Brasil pela campanha Setembro Amarelo. Com a Multiplicando Cuidados, o NArTE oferece um espaço de diálogos sobre a importância da data e sobre a Luta Antimanicomial. As atividades são mediadas por Krisley Delfino e Rayssa Goes, que atuam no eixo de psicologia comunitária no CCBJ.

O Rolê Freiriano é um evento anual que traz ao equipamento a proposta de descentralizar a programação no Grande Bom Jardim e fortalecer a relação entre educação social e cultura e arte. O nome da campanha remete a Paulo Freire, como forma de celebrar a vida e obra do educador a partir da garantia do acesso de comunidades vulnerabilizadas à sua cidadania cultural. A ideia é oportunizar intercâmbios culturais, programação em escolas e associações localizadas no território, saraus e outras atividades.

A visita à comunidade Indígena Anacé e às cozinhas comunitárias do território, o mural cultural na EEMTI Prof Jociê Caminha de Menezes, a vivência no Centro Cultural Canindezinho, o Sarau Esperançar com participação do grupo BatuquErês e do coletivo Brincantes Sonoros são alguns dos destaques da programação do Rolê Freiriano.

Na campanha Multiplicando Cuidados – Cuidar de si, cuidar do todo, parte da programação também acontece em espaços externos, como na rua João XXIII, localizada no bairro Granja Lisboa, na Escola EcoCirco – Instituto Intervalo e no território indígena Anacé. Por tratar de temas sensíveis, as atividades têm classificação indicativa, embora abranjam um diversos grupos etários. Um dos destaques da programação é a participação do bloco de carnaval Doido É Tu para falar da importância da luta antimanicomial.

As programações concomitantes destacam a atuação do CCBJ na cidadania cultural e na promoção e defesa dos direitos humanos no território. Algumas das atividades programadas têm como norte programas ou grupos fixos, como o “Café com as Artesãs”, o “É na Casa de Quem Hoje?”e o “CCBJ na Comunidade”, que levam o equipamento para outros espaços do Grande Bom Jardim.

O Rolê Freiriano traz uma outra vertente deste programa, o “Comunidade no CCBJ”. A EEMTI Lireda Facó, por exemplo, outra escola dos arredores, receberá o CCBJ e também estará presente no equipamento, intensificando a relação com outras instituições do Grande Bom Jardim dentro e fora das paredes do centro cultural.
Confira a programação completa: NArTE/CCBJ em setembro

Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), seleciona 20 Agentes Criativos e 20 Iniciativas de Desenvolvimento Comunitário do Grande Bom Jardim, região da periferia de Fortaleza. A seleção foi realizada por meio de duas Chamadas Públicas, lançadas entre maio e junho de 2024, pelo Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE), setor de Cidadania Cultural do CCBJ.

As Iniciativas Comunitárias recebem, em 2024, o total de R$ 12.000. Já os Agentes Criativos selecionados recebem R$ 2.000 até o final do ano. Os valores são parcelados entre os meses de julho e dezembro. Além de encontros e envio de relatórios, os Agentes Criativos realizam uma atividade por mês no CCBJ, enquanto as Iniciativas Comunitárias comprovam 100 beneficiados indiretos pelo projeto e colocam em prática o plano de ação elaborado.

Os selecionados nas convocatórias também desenvolvem uma atividade de culminância em dezembro, a ser apresentada na Semana de Direitos Humanos ou Mostra das Artes do CCBJ, e propõem contrapartidas no equipamento. Compondo as programações do NArTE/CCBJ, espera-se que as iniciativas ganhem visibilidade e inspirem outras pessoas do Grande Bom Jardim, além de fortalecer a divulgação de suas ações por meio da veiculação nas redes sociais, gerando mais valor ao trabalham que realizam no território.

Geovana Correia, coordenadora do NArTE, conta que o primeiro ciclo da Chamada Pública para Agentes Criativos ocorreu em 2020, como forma de auxiliar os jovens artistas e educadores no período da pandemia de Covid-19. “Eram 50 agentes participantes e tinha uma perspectiva emergencial de minimizar o impacto da crise humanitária que limitou a atuação”, diz. A iniciativa se manteve desde então, mas Geovana explica que a quantidade de jovens contemplados foi reduzida a fim de qualificar o acompanhamento.

A convocatória de Iniciativas de Desenvolvimento Comunitário também surgiu em 2020, voltado para manutenção das atividades e das estruturas das iniciativas contempladas de forma virtual e para o atendimento ao público em situação de vulnerabilidade social. A coordenadora aponta a utilidade do recurso na “aquisição de equipamentos ou pequenas reformas, até a estruturação de equipe e educadores mais experientes, formando capital social”.

Transformação social

Sobre o impacto financeiro da Chamada Pública para Agentes Criativos, a coordenadora do NArTE afirma: “Do ponto de vista financeiro, nós não podemos dizer que ela vai transformar vidas, mas vai garantir minimamente que aquele jovem que atua em associações, em escolas, nos projetos sociais e educacionais do seu bairro, com vista a transformação da comunidade onde ele atua, possa garantir as mínimas condições de manutenção de suas atividades com apoio a custos como transporte, por exemplo”.

“No caso das Iniciativas Comunitárias, o recurso das bolsas está voltado a investir também na manutenção das estruturas físicas, como custos de pequenas reformas, aluguéis e outras contas mensais, sempre cientes que a sustentabilidade dos espaços e a realização das atividades deve buscar sua continuidade mesmo após a finalização do período de execução”, conclui Geovana.

Além de abranger áreas e linguagens diversas, como arte educação, economia criativa, cozinha comunitária, cineclubes, baile de reggae e artes circenses, educação ambiental, terapias comunitárias holísticas e esporte, os editais têm um formato simplificado de inscrição e podem servir de perspectiva para concorrer a outros editais, já que exigem uma estruturação mínima do projeto, com planejamento e avaliação.

A coordenadora do NArTE ressalta a importância dessas atividades e serviços ofertados gratuitamente na comunidade como uma forma de democratizar acesso à cultura e à arte. Ela define as Chamadas Públicas como estratégias de descentralização das políticas culturais, buscando promover transformação social por meio do impulsionamento das ações desenvolvidas pela comunidade para a própria comunidade.

Iniciativa de Desenvolvimento Comunitário

O projeto Irmão Sol Irmã Lua é uma das iniciativas contempladas em 2024 e tem como proponentes Luiz Alberto de Sousa Martins, Joice Tavares e Wesley Freitas da Silva. Eles inscreveram um plano de ação formativo relacionado à marcenaria. Luiz Alberto de Sousa, conhecido como Beto, conta que o recurso do edital ajudará a associação na compra de madeiras, já que a organização costuma utilizar materiais de reuso.

O projeto Irmão Sol Irmã Lua trabalha com ex-encarcerados, atuando na reinserção desses sujeitos na sociedade a partir da produção de renda e de autoestima. Nesse sentido, o plano de culminância do projeto, que visa o atendimento de 120 pessoas durante os cinco meses de desenvolvimento do plano no CCBJ, é fazer uma exposição das peças criadas pelos participantes da turma.

O professor Wesley Freitas afirma receber relatos positivos dos beneficiários do projeto e acredita que ser contemplado no edital de Iniciativas de Desenvolvimento Comunitário pode ampliar os impactos do trabalho desenvolvido pela associação por meio da projeção que o CCBJ pode ofertar para o grupo.

Agente Criativa

Nayonara da Paixão, agente criativa do CCBJ em 2024, tem 17 anos. Ela é uma técnica de enfermagem em formação, mas gosta muito de desenhar. A agente criativa descobriu o poder do desenho como forma de expressão no CCBJ há algum tempo e se utiliza da prática sempre que se sente mal. Com o projeto “Desenhando e despertando sentimentos”, Nayonara busca retribuir às crianças do Grande Bom Jardim a mesma experiência que teve.

“Eu acredito que as crianças necessitam que de alguma forma elas sejam escutadas, e a forma que eu escolhi para escutar elas foi com o meu projeto”, afirma a agente. Seu plano de ação prevê a realização de oficinas de pintura na programação do “É O Brinca”, programa do NArTE/CCBJ que propõe atividades voltadas para o público infantil aos sábados.

O TJA Teatro Escola – Canteiro de Artes da Técnica – Ateliês de Produção nasce a partir vocação formativa e educacional de dois equipamentos públicos, Theatro José de Alencar (TJA) e Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), estes em parceria com o Instituto Brasileiro de Políticas Digitais Mutirão.

Visando ampliar a capacitação nas áreas técnicas do teatro e da cultura, o projeto surge com o princípio fundamental do trabalho em rede, valorizando e promovendo oportunidades de acesso aos equipamentos culturais, fortalecendo a formação de pessoas negras, indígenas, mulheres trans e cisgênero, pessoas com deficiência e LGBTQIAPN+.

Iniciado no ano de 2022, através da parceria entre o Instituto Brasileiro de Políticas Digitais Mutirão e o Theatro José de Alencar, e incorporando na segunda edição em 2023 a parceria do Centro Cultural Bom Jardim, o TJA Teatro Escola – Canteiro de Artes da Técnica – Ateliês de Produção, retorna agora em 2024, novamente com os dois Equipamentos Culturais com Parceiro, para realizar sua terceira edição, ofertando 6 cursos técnicos de forma gratuita e com metodologias transversais.

São 160 horas de formação, sendo 110 horas de formação técnica, 30 horas de experiência prática,
20 horas de um módulo transversal realizando em todas as turmas, uma formação específica em
acessibilidade com o objetivo de sensibilizar as turmas para um olhar mais atento e um compromisso
mais efetivo com a pauta da acessibilidade cultural.

Cursos ofertados

Ateliê de Produção Cultural e Realização de Eventos – tem como finalidade proporcionar aos estudantes uma experiência profissionalizante dentro da área de Produção Cultural, que compreende elaboração de projetos para entidades públicas e privadas e a Realização de Eventos que compreende o planejamento, organização, infraestrutura, logística e realização. O/a participante passará por um aprofundamento técnico acerca de cada área.

Ateliê de Montagem e Manutenção de Computadores – tem a proposta de apresentar e ensinar noções básicas, teóricas e práticas de montagem e manutenção de computadores desktop (computadores de mesa) e notebooks. Softwares livres versus proprietários. Instalação e configuração de sistemas operacionais GNU/Linux. Introdução às redes de computadores. Arquitetura TCP/IP. Práticas de configuração de redes cabeadas e sem fio. Diálogos sobre a atuação de um técnico de informática e mercado de trabalho.

Ateliê de Conteúdo para as Redes Sociais – visa apresentar caminhos e técnicas de criação de conteúdo digital para as redes sociais. A turma irá estudar e compreender as diferenciações entre as redes e as características do conteúdo digital, criação de vídeos e estratégias usadas neste contexto; o processo de planejamento e de delimitação de identidade, público e objetivos de um projeto de audiovisual para as redes sociais; a produção de pequenos textos para descrição das peças e conteúdos; o funcionamento e a prática com ferramentas digitais.

Ateliê de Modelagem e Figurino – tem a proposta de apresentar e ensinar noções básicas, teóricas e práticas de modelagem e figurino para contextos artísticos. O curso abrange desde a atuação do figurinista em produções artísticas até a criação, elaboração e confecção de modelagens e figurinos. O estudante compreenderá sobre materiais, técnicas de desenho, tipos de tecidos, modelagens, além de explorar as articulações criativas e experiencial desses elementos para a produção de vestimentas cênicas.
Ateliê Técnico de Sonorização – propõe a habilitação para montagem e operação de sistemas de sonorização em diversas áreas do fazer artístico. Análise dos elementos que compõem a Música e suas ramificações (som, timbre, onda, frequência, decibéis e fenômenos acústicos), compreensão sobre equipamentos (microfones, caixas, consoles, sistema ativo e passivo), técnicas de sonorização (equalizadores, filtros, processadores de efeito e dinâmica), culminando assim no entendimento amplo dos processos de instalação e projeção do som em espaços públicos e privados.

Ateliê Técnico de Iluminação – visa desenvolver através da técnica em iluminação artística e profissional soluções em diferentes projetos e espaços comerciais e eventos. O curso é direcionado para a formação de profissionais nas artes da iluminação de eventos de pequeno e médio porte, além da cenotécnica e funcionalidade através dos recursos de luz e sombra (aplicando os conhecimentos em espetáculos musicais, teatrais e dança). No percurso formativo serão abordados temas, como: estudo de iluminação, composição de iluminação cenográfica, noções básicas sobre eletricidade, uso de equipamentos, construção de mapa e rider de luz, lightdesigner, sensibilidade e criatividade técnica, dramaturgia cênica na iluminação, aparelhos luminotécnicos e desenvolvimento de aparatos para a construção de iluminação artesanal.

Inscrições

Os interessados em participar devem acessar a chamada pública e formulário de inscrição on-line disponível portal do CCBJ (https://ccbj.org.br/oportunidades) ou na bio do perfil do instagram do projeto TJA Teatro Escola – Canteiro das Artes da Técnica – Ateliês de Produção (https://www.instagram.com/tjateatroescola/), e escolher entre uma das seis opções de cursos. As inscrições vão de 27 de Agosto a 05 de Setembro de 2024.

Seleção

As etapas de seleção seguem no corpo do Edital com as respectivas datas dos resultados classificatórios, que envolverá a avaliação dos documentos apresentados no ato da inscrição, entrevistas conforme estabelecido no edital. O resultado final será divulgado dia 25 de setembro.

São 15 vagas para cada curso. Como incentivo, os participantes selecionados receberão um auxílio total de R$ 1.500,00, pago em 5 parcelas de R$ 300,00 cada.

Os Ateliês serão realizados de Setembro de 2024 a Fevereiro de 2025, com encontros de forma presencial em dois equipamentos, Centro Cultural Bom Jardim/ CCBJ (Rua 3 Corações, 400 – Grande Bom Jardim) e Theatro José de Alencar/ TJA (Rua Liberato Barroso, 525 – Centro), além de vivências práticas em outros equipamentos da Rece – Rede Pública de Espaços e Equipamentos Culturais do Estado do Ceará.

O TJA Teatro Escola – Canteiro de Artes da Técnica – Ateliês de Produção é realizado pelo Instituto Mutirão, em parceria com o Instituto Dragão do Mar e Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura, do Centro Cultural Bom Jardim e do Theatro José de Alencar. Em parceria com os Laboratórios Culturais, conta com apoio cultural da Enel Distribuição Ceará. E, apoio institucional da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará), por meio do XV Edital Mecenas.

SERVIÇO

Cursos técnicos do TJA Teatro Escola – Canteiro de Artes da Técnica – Ateliês de Produção
Inscrições:
até 05 de setembro
Formulário: Inscrições
Edital: Chamada Pública
Resultado da análise documental: 12 de setembro
Entrevistas: 16 a 19 de setembro
Resultado das entrevistas: 20 de setembro
Matrícula: 26 a 30 de setembro
Início das atividades: 30 de setembro
Período de realização: setembro de 2024 a fevereiro de 2025

A tradicional Festa de Iemanjá Praia de Iracema, registrada como Patrimônio Imaterial pela Prefeitura de Fortaleza, já faz parte do calendário cultural e festivo da cidade. Celebrando a Rainha do Mar, entidade da Umbanda conhecida como a mãe de todos os orixás, no Aterro da Praia de Iracema, a festa cobriu as areias da praia com um mar de gente nos dias 14 e 15 de agosto de 2024. Este ano, o evento teve como tema:  “Patrimônio, fé e luta”.

Os festejos são uma realização do Fórum Permanente do Povo de Terreiro do Ceará, com apoio da Prefeitura de Fortaleza e Governo do Estado do Ceará. Em sua 12° edição, a programação deste ano se dividiu entre a praia e os equipamentos da Rede de Equipamentos Culturais do Governo do Ceará (RECE). 

A programação teve início no dia 13/08, com pré abertura das atividades no Theatro José de Alencar, já nos dias 14 e 15 a festa aconteceu como de costume, na Praia de Iracema, onde aconteceram as apresentações dos grupos culturais, as giras e o tão esperado cortejo para Iemanjá.  A novidade dessa edição foi mais um dia de programação, com o encerramento dos festejos acontecendo pela primeira vez, na Estação das Artes, equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (SECULT), gerido pelo Instituto Mirante e no Coletivo Raízes da Periferia, com uma programação cultural que aconteceu no sábado (17/08).

As atrações dos Festejos de Iemanjá, nessa 12° edição ficaram por conta das apresentações do Grupo Cultural Toque de Senzala, Filhos de Oyá, Feira Negra, Coco das Goiabeiras Rainha do Mar, Bumba Meu Boi Canarinho, Afro Kaos, Dgal e amigos com o batuque para Iemanjá, cortejo da sede do Coletivo Raízes da Periferia com destino Estação das Artes e Afoxé Filhos de Oyá.

Dediane Souza, esteve presente no evento representando a Secretaria de Cultura do Ceará, ela falou sobre o compromisso do Governo em favor das múltiplas expressões do povo de terreiro “nós consideramos muito importante essa manifestação como patrimônio do estado e da cidade, sendo este um espaço importante na disputa por uma sociedade do respeito e contra a intolerância religiosa”, afirma Dediane, que coordena a Coordenadoria de Diversidade, Acessibilidade e Cidadania Cultural (CODAC).

Pai Neto Tranca Rua, que junto com Pai Ricardo organiza o evento todos os anos, mobilizando e fechando parcerias,  fala sobre a relevância desse momento “Para nós, esta é uma realização de suma importância que precisamos cada vez mais insistir nessa resistência para garantir o festejo da Festa de Iemanjá, não só no aterro da Praia de Iracema, mas em todo o litoral cearense, é o desejo do fórum permanente do Povo de Terreiro. Salve Iemanjá!” afirma.

Pai Ricardo de Xangô, um dos realizadores da Festa também falou um pouco sobre a experiência, ressaltando sobre a importância do momento que é construída com muita fé e carinho, homenageando a rainha do mar e agradecendo pelas conquistas. 

Quem estava passando pela praia não se conteve em observar a distância. Anderson que é morador do Eusébio prestigiou o evento “eu pude perceber a variedade de como eles expressam toda a sua religiosidade. São pessoas de energia boa” declara o jovem.

Nesta edição, o evento na praia contou com a presença de 83 terreiros sendo 3 de Juazeiro do Norte (Ce), 1 de Boa Viagem, 2 de Madalena, 2 de Pentecoste, 2 de Maranguape, 1 de Curu, 2 de Maracanaú e 70 de Fortaleza, durante os dois dias de festejo.

Confira todas as fotos da edição de 2024 (Acervo CCBJ: Mar Pereira e Jordão): https://drive.google.com/drive/folders/1Q43lTh0lfi_nusqyV0ETOoBQDC_FqbjB

O Programa de Teatro da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) conta com três turmas no curso de longa duração em 2024. No dia 31 de julho, os estudantes dos turnos manhã, tarde e noite apresentaram experimentos cênicos, desenvolvidos durante o curso, no Teatro Marcus Miranda.

O CenaAberta é um experimento livre que marca o espaço de formação, suprindo a necessidade artística de se apresentar. Com a mediação e acompanhamento do professor Edivaldo Batista, as turmas produziram textos de temáticas diversas e fizeram apresentações curtas, esquetes e solos.

Heitor Bantim, assistente pedagógico do Programa de Teatro, define a CenaAberta como uma oportunidade para que as turmas possam elaborar dramaturgias, mostrar seu potencial em cena e exercer autonomia artística. Ele também conta que a proposta acontece entre a Mostrinha de Teatro e a Mostra das Artes, cujo período de preparação e montagem é mais extenso.

A CenaAberta, diferente dos espetáculos apresentados nas mostras, traz a experiência cênica de maneira mais livre e experimental. Sem grandes pretensões, o evento se justifica por abrir possibilidades para testar novas ideias e provocar a proximidade entre artista e público. “Essa relação [ator/atriz-público] pode ser ensaiada, mas só pode ser vivenciada através das apresentações teatrais”, diz a supervisora do Programa de Teatro Kelly Enne Saldanha.

“A CenaAberta surge da ânsia dos estudantes pelos palcos, e nós respeitamos e fomentamos esse desejo”, complementa Heitor. Além da vivência em cena, os artistas também são levados pela metodologia pedagógica da Escola de Cultura e Artes do CCBJ a criar e experimentar para além da atuação, produzindo figurinos, cenário, maquiagem e outros elementos que compõem toda a cadeia produtiva do teatro.

O Programa de Teatro do CCBJ abrange, dentro do território do Grande Bom Jardim, grupos, coletivos, companhias, artistas e interessados em teatro e seus ofícios, atendendo crianças a partir de oito anos de idade, com ou sem experiência teatral, além de jovens, adultos e idosos. 

O Programa de Teatro da Escola de Cultura e Artes CCBJ 

O programa tem o objetivo de desenvolver e aprimorar o conhecimento artístico, técnico, mediante o ensino, a pesquisa, a experimentação na linguagem do teatro, capacitando pessoal habilitado ao exercício de atividades técnicas do teatro tais como, iluminação, figurino, entre outras. Difundindo, assim, a expressão cultural periférica. O Programa de Teatro tem como objetivos em seu eixo básico formativo: Promover um contato inicial com as técnicas teatrais; Consciência de Corpo e Voz para a cena teatral; Ampliar o referencial estético; Incentivar o potencial criativo; Criar relações entre teatro e outras linguagens; Constituição de consciência ética e cidadã; Construção de um ambiente de práticas coletivas; Estabelecimento de uma cultura de pensamento crítico-reflexivo. 

A coordenação do Programa de Teatro da Escola de Cultura e Artes do CCBJ é assinada por Kelly Enne Saldanha e gerência de Henrique Gonzaga. O programa atua em 4 eixos de formação: básicos, técnicos/extensivos, laboratórios e ateliês.