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CCBJ estreia filmes do Curso Extensivo de Audiovisual no Cineteatro São Luiz e no Cinema do Dragão

A finalização do curso contará ainda com a exposição interativa “Curumin’s”.

O Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult-CE) gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), apresenta a mostra de encerramento da 3ª turma do Curso Extensivo de Audiovisual do CCBJ em parceria com a Universidade Federal do Ceará, com a exibição dos filmes de ficção “Pegada” e “Aya” e do documentário “A magia do Audiovisual: Jornada CCBJ”. A estreia acontece no Cineteatro São Luiz, dia 8 de maio, a partir das 19h. As produções terão mais duas exibições, no dia 16 de maio, às 19h, no Cinema do Dragão do Mar e no dia 30 de maio, às 18h30, no Teatro Marcus Miranda – CCBJ. Os filmes são acessíveis em libras e a entrada é gratuita. A classificação indicativa é de 14 anos. 

A Coordenadora de Formação do Programa de Audiovisual, Elena Meirelles, reflete que “essa estreia no Cineteatro São Luiz é um momento muito esperado pela turma do Extensivo em Audiovisual e pela equipe pedagógica da Escola de Cultura e Artes do CCBJ. Isso porque é finalmente o momento de partilhar com a cidade os filmes que foram minuciosamente trabalhados e maturados pelos estudantes na conclusão do seu percurso formativo. É também hora desses realizadores se firmarem como tais na sua cidade. A tela histórica do Cineteatro traz essa importância, esse reconhecimento, para essas histórias que serão contadas”, afirma. 

As produções foram realizadas entre dezembro de 2024 e abril de 2025 pelos alunos do curso extensivo da Escola de Cultura e Artes do CCBJ e são resultado de um intenso processo formativo, composto por 1300 horas. A estreia contará com a presença da turma que produziu e realizou os filmes e as sessões do Dragão do Mar e do CCBJ terão debate com realizadores. 

Para Henrique Gonzaga, Coordenador da Escola de Cultura e Artes do CCBJ, a estreia acontecer numa casa tão importante como o Cineteatro São Luiz é uma celebração. “É uma festa mesmo, é uma celebração, é uma comemoração de muita luta. Luta dos profissionais, dos estudantes, do CCBJ, uma luta da categoria em si. Chegamos ao fim de mais um processo formativo em audiovisual, é dia de celebrar mesmo, toda essa força, toda essa garra e toda essa luta”, finaliza. 

A aluna Jade Tavares expressou o orgulho de iniciar sua carreira no cinema com estes projetos que, para ela, são a concretização de um trabalho coletivo. “Nunca imaginei que alcançaria os espaços que alcancei, tudo isso só foi possível graças ao CCBJ e às pessoas incríveis que conheci durante o curso extensivo. É emocionante ver colegas conquistando trabalhos importantes, e poder dizer com orgulho: viemos do CCBJ. Espero que a estreia seja um momento de verdadeira celebração, onde todes possam enxergar e valorizar o que é o cinema periférico, um cinema feito de forma coletiva, com garra e coração”, conclui.

Sobre os Filmes

“Pegada” 

Diante do toque de recolher instaurado e em resposta a uma série de desaparecimentos misteriosos na comunidade Mãe Maria (CE), Dona Lúcia, uma senhora que vive criando galinhas em um galinheiro improvisado, decide tomar uma atitude inusitada: instalar uma pequena câmera em um de seus galos e deixá-lo vagar pela vizinhança enquanto ela observa tudo de casa. Mas o que a câmera revela vai muito além do que ela esperava, desenterrando segredos obscuros e aterrorizantes que habitam os becos silenciosos de sua comunidade.

 “AYA”

Conta a história de Mia, que após uma noite marcada por pesadelos inquietantes, decide dar um rolê tendo ao seu lado seu amigo Fábio. No entanto, um leve desvio no percurso os conduz a uma situação inesperada e perturbadora. 

“A magia do Audiovisual: Jornada CCBJ” 

Faz um mergulho na experiência dos participantes do curso extensivo de audiovisual do CCBJ, revelando suas descobertas, transformações e a potência do cinema como ferramenta de expressão e pertencimento.

Sobre a Exposição

“Curumin’s” é uma exposição interativa sobre as crianças que vivem o Centro Cultural Bom Jardim e estiveram presentes na rotina dos estudantes durante todo o curso. A data de abertura será divulgada em breve.

Para Mayra Fernandes, diretora da Exposição e aluna da 3ª turma, “Curumin’s” é sobre “imaginar um espaço onde ser erê é ter a possibilidade de brincar sobre sonhar. Um ambiente onde as crianças possam sentir que é seu. É sobre pertencimento e homenagem”, revela.

Serviço:
Estreia dos filmes do Curso Extensivo de Audiovisual do CCBJ
8/5/2025
Horário: 19h
Local: Cineteatro São Luiz
Entrada gratuita

16/5/2025
Horário: 19h
Local: Cinema do Dragão
Entrada gratuita

30/5/2025
Horário: 18h30
Local: Teatro Marcus Miranda – CCBJ
Entrada gratuita

Contato para imprensa:
Nerice Carioca
85 99739-8494
nerice.carioca@idm.org.br

O Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria da Cultura do Governo do Ceará (SECULT), e gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), por meio da sua Escola de Cultura e Artes do CCBJ e seu Programa de Cultura Digital, sedia pelo terceiro ano consecutivo a 21ª Edição do Festival Latino-Americano de Instalação de Software Livre (FLISoL). O encontro acontece no dia 03 de maio, das 8h30 da manhã até as 16h30 da tarde, no CCBJ com entrada gratuita e aberto ao público em geral, curiosos, interessados em tecnologia digital e amantes do Software Livre.

O FLISol é o maior evento de divulgação de software livre da América Latina e pelo terceiro ano seguido será coordenado pelo Programa de Cultura Digital da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim (ECA-CCBJ) na capital cearense. 

O Festival, que acontece desde 2005, tem como objetivo promover o uso do software livre e divulgar suas 4 liberdades essenciais do Movimento Software Livre. Durante o evento, o público poderá participar de palestras, oficinas, exposições e outras atividades paralelas relacionadas à temática.

A entrada é franca e não é necessário se inscrever previamente para participar do evento. 

Sobre o FLISOL

O FLISOL (Festival Latino-americano de Instalação de Software Livre) é um evento anual que promove o uso e a difusão do software livre na América Latina. Realizado simultaneamente em vários países, o Festival oferece palestras, oficinas e instalação gratuita de sistemas operacionais e aplicativos livres, incentivando a inclusão digital e a liberdade tecnológica.

Confira a programação completa>>>

8h30 – Exposição de jogos digitais
📍 Tenda na Entrada do CCBJ

📎 Jogos da Web Cam no Turbo Warp dos estudantes do 1º Ano do Curso de Longa em Cultura Digital ECA-CCBJ

📎 Jogos no GDevelop dos estudantes do 3º Ano do Curso de Longa em Cultura Digital ECA-CCBJ

📎 Jogos na Godot dos estudantes Curso Técnico em Programação de Jogos Digitais ECA-CCBJ

📎 Jogos para Celular/Tablet dos estudantes de diversas turmas dos cursos ECA-CCBJ


9h30 – INSTALL FEST
📍 Tenda na Entrada do CCBJ
📎 Espaço disponível para instalação de Software Livre

8h30 – Palestra: O que é Software Livre?
📍Teatro Marcus Miranda do CCBJ 
📎 Palestrante Marcello Souza

⏰ 8h30 – Oficina: Jogos Digitais com Scratch: Desbloqueando a criatividade através dos games
📍 Sala de Cultura Digital
📎 Oficineiro Hermen Jaime

9h – Palestra: Big Techs vs Humanidade: Software Livre é o ANTÍDOTO Para o Veneno Digital
📍 Teatro Marcus Miranda no CCBJ
📎 Palestrante Uirá Porã

9h40 – Entrega do Prêmio Contribuição ao Software Livre – Edição Fortaleza 2025
📍 Teatro Marcus Miranda no CCBJ
📎 Homenagem à Liduína Vidal e Joaquim Araújo

10h – Palestra: Mulheres e Tecnologia Digital: o caso da Escola de Cultura e Artes CCBJ
📍 Teatro Marcus Miranda no CCBJ
📎 Palestrantes Maria Eduarda Alves e Alexa Sousa

⏰ 10h15 – Oficina: Introdução e construção de modelos 3D no Block Bench
📍 Sala de Cultura Digital
📎 Oficineiro Miguel Ângelo Nascimento

10h40 – Palestra: Phishing 5.0: o golpe agora usa IA 
📍 Teatro Marcus Miranda no CCBJ
📎 Palestrante Mastroianni Oliveira

11h20 Palestra: Computação Física e Robótica com Microblocks
📍 Teatro Marcus Miranda no CCBJ
📎 Palestrante Gabura

⏰ 13h30 – Exposição de Robótica
📍 Multigaleria do CCBJ
📎 Apresentação de Projetos de Computação Física e Robótica com Arduino e Snap 4Arduino. Expositores Gabura, Ana Clara Oliveira, Danaylla Chagas, Danyela de Sousa, Jamili Ketlen Castro e Melissa Xavier

13h30 – Palestra: Do Pirata ao Livre: a transformação de uma empresa de jogos com softwares livres
📍 Teatro Marcus Miranda no CCBJ
📎 Palestrante Ismael Maciel

⏰ 13h30 – Oficina: Introdução à Programação no Turbo Warp
📍 Sala de Cultura Digital
📎 Oficineiras Alexa Sousa e Maria Eduarda Alves

14h10 – Palestra: Conheça a GDevelop e comece a criar seus jogos
📍 Teatro Marcus Miranda no CCBJ
📎 Palestrante Carlos Daniel Almeida

14h50 – Palestra: Meu processo artístico com ilustrações digitais  no krita
📍 Teatro Marcus Miranda no CCBJ
📎 Palestrante Tainá Lima

15h10 – Oficina: Desenho, animação e programação de jogos com GDevelop
📍 Sala de Cultura Digital
📎 Oficineiros Rômulo Jardim, Renata Barros e Gesiel Oliveira

15h30 – Palestra: Inkscape para designers e desenvolvedores de jogos: uma jornada de descobertas criativas
📍 Teatro Marcus Miranda no CCBJ
📎 Palestrante Jorismar Barroso

16h10 – Encerramento

O Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), comunica que permanecerá fechado ao público no período de 16 a 26 de abril de 2025, para realizar manutenção no transformador de energia do equipamento. Durante esse período, nossas equipes irão se dedicar a planejamentos internos.

Informações importantes:

  • O atendimento ao público deve ser retomado normalmente em 28/04/2025;
  • Novas datas para as atividades serão divulgadas em nossos canais oficiais;
  • Os canais de atendimento virtuais permanecem ativos para dúvidas e esclarecimentos.

Nossas equipes já estão trabalhando para solucionar a situação e retomar as atividades o mais breve possível. Agradecemos a compreensão de todas as pessoas e reforçamos nosso compromisso em oferecer um espaço cultural seguro e adequado para nossa comunidade.

Atividades impactadas e que serão remarcadas

  • 16/04
  • Ciclo de Leitura “Outras tantas histórias indígenas de origem das coisas e do universo” (Programa Sombrinha Literária)
  • 17/04
  • Espetáculo de Lambe-Lambe “POEMAS SUBMERSOS” + Roda de Conversa
  • 22/04
  • Dia Nacional do Livro Infantil: “Amigão Camarada”
  • Cine Narte: “Vamos falar sobre o bullying”
    23/04
  • “O Abraço Mágico: Cuidando dos Afetos”
  • Grupo de Graffiti – Revitalização do Espaço Paulo Freire
  • “Diga Não aos Maus Tratos de Animais”
  • Ciclo de Leitura “Papo de Papinho”
  • 24/04
  • Teatros de Rua
  • “Mamulengando Direitos” – Apresentação de textos de teatro de bonecos
  • 25/04
  • Oficina “Construção de Miniaturas”
  • Apresentação do Espetáculo “Abaeté”
  • 26/04
  • “Aprendendo a Aprender: Racismo Ambiental”
  • “É o Brinca – Colorindo Meu Mundo”
  • Apresentação do Espetáculo “Abaeté”

Medidas em andamento:
Nossas equipes técnicas já estão trabalhando na solução da situação;
As atividades listadas serão remarcadas e as novas datas divulgadas em breve.

Centro Cultural Bom Jardim
Secretaria da Cultura do Ceará
Instituto Dragão do Mar

A terceira edição da Mostrinha de Teatro leva crianças e adolescentes para se apresentar nos principais palcos de Fortaleza. Nos dias 13 e 15 de março, respectivamente, o Theatro José de Alencar e o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC) recebem os espetáculos de teatro “Rei Rumboldo”, “Tia Miséria”, “Fragmentos de uma luta” e “Tempo de guerra, Tempo de paz”.

Nos dias 21 e 22 de março, eles encerram a circulação voltando para casa, com apresentação dos quatro espetáculos no Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ). A Mostrinha de Teatro é um evento que faz parte do processo formativo de quatro turmas do curso de longa duração do Programa de Teatro da Escola de Cultura e Artes do CCBJ.

As produções variam de temas, vão de críticas sociais a contos infantis. “Rei Rumboldo” é uma livre adaptação do livro “Rumboldo”, de Eva Furnari, e trata de um rei que não sabe governar acaba fazendo as leis mais absurdas e gerando uma grande revolta do povo. Já “Tia Miséria” é uma adaptação de um conto popular de Porto Rico; a peça conta a história de uma senhora pobre e solitária que vende os frutos de sua goiabeira para ter uma vida melhor, mas tudo muda quando suas goiabas são roubadas.

O espetáculo ‘Tia Miséria’ já foi apresentado na Mostra das Artes 2024 e sofreu adaptações para a Mostrinha de Teatro (Foto: Mar Pereira)

Em “Fragmentos de uma luta”, moradores da comunidade Sempre-Verde estão prestes a ser despejados de suas casas pelo agropecuarista Gilberto; para que isso não aconteça, decidem se organizar e lutar. “O que se tem feito para que crianças estejam protegidas, fora de lugares perigosos e situações de violência?” é o questionamento que guia o espetáculo “Tempo de guerra, Tempo de paz”, realizado em parceria com o Quintal Cultural Raimundo Vieira.

Apresentação e formação artística

As turmas são formadas por estudantes de 8 a 17 anos. Orientados pelos professores Edivaldo Batista e Paulo José, eles participam de todo o processo que envolve a peça, da criação à produção do espetáculo. “Essa abordagem estimula a criatividade, valoriza a opinião e as contribuições dos estudantes, fomentando autonomia e responsabilidade”, afirma Lis Pereira, assistente pedagógica do Programa de Teatro do CCBJ.

O espetáculo ‘Tempo de guerra, Tempo de paz’ foi apresentado na Mostra das Artes 2024 e no evento de finalização da turma no Quintal Cultural (Foto: Mar Pereira)

Ela acrescenta que essa forma de trabalho em conjunto com as crianças e os adolescentes é realizada “sem perder de vista a infância e adolescência desses estudantes que são celebradas e utilizadas como fonte de inspiração para fortalecer a arte teatral”. Cauê Moreira, de 11 anos, já participou da Mostrinha de Teatro e vai passar pela experiência novamente. “Eu fiquei um pouquinho ansioso, mas eu também tava muito determinado”, lembra ele.

“Foi maravilhoso, porque eu tava realizando um sonho. Queria me apresentar em um lugar grande, em um lugar famoso, e eu fiquei bem feliz”, conta Cauê Moreira. Ele é aluno do curso de longa duração em teatro desde 2023 e protagoniza o espetáculo “Rei Rumboldo”. Familiarizado com o personagem, o pequeno ator já se sente confortável na pele do mimado rei Rumboldo e parece ter se encontrado nos palcos.

Cauê Moreira já interpretou o rei Rumboldo em 2024, na Mostra das Artes (Foto: Mar Pereira)

“Desde pequenininho eu sempre quis ter um futuro brilhante, mas eu não sabia em qual profissão eu conseguia me encaixar. Mas no primeiro dia que eu vi o teatro, eu vi que o teatro era o lugar que eu sempre deveria ter estado”, declara. Assim como Cauê, outros 42 estudantes também têm descoberto a graça dos palcos e irão ao Theatro José de Alencar e ao CDMAC para vivenciar o teatro e seus processos de montagem, produção e circulação.

Na perspectiva do público, Lis Pereira considera que assistir aos espetáculos é fortalecer o que se produz na periferia e “prestigiar a criatividade, o esforço e a dedicação desses e dessas artistas do Bom Jardim”. “Podemos entregar apresentações artísticas de qualidade, quando se tem investimento na arte e cultura”, diz a assistente pedagógica do Programa de Teatro do CCBJ. Enquanto os artistas vivenciam a experiência de aprendizado completa, o público tem a oportunidade de prestigiar e se envolver em tramas diversas.

Resumo dos Espetáculos

ESPETÁCULO RUMBOLDO (TURMA DE LONGA DURAÇÃO EM TEATRO- MANHÃ)

Sinopse: “Rei Rumboldo” é a peça de Conclusão do Ciclo I do Curso de Longa Duração em Teatro da Turma da Manhã que apresenta a livre adaptação do Livro “ Rumboldo”, da autora Eva Furnari. As crianças encenam com muita diversão a história desse rei chato e mimado que, por não saber governar, acaba fazendo as leis mais absurdas e gera uma grande revolta do povo. A peça tem direção, concepção e texto do professor de teatro Edivaldo Batista, que trabalhou juntamente com a turma para criar as cenas a partir do livro “Rumboldo”.

(ESPETÁCULO TIA MISÉRIA (TURMA DE LONGA DURAÇÃO EM TEATRO-TARDE)

Sinopse: A peça “Tia Miséria” é a montagem de Conclusão do Percurso I do Curso de Longa Duração em Teatro da turma da tarde. A peça apresenta a história da personagem Tia Miséria, uma senhora pobre e solitária que colhe os frutos da sua goiabeira para vender e ter uma vida melhor. Mas tudo muda quando suas goiabas são roubadas e ela passa a receber algumas visitas misteriosas. A peça é uma adaptação do conto popular de Porto Rico conhecido como “ Tia Miséria” e que serviu de inspiração para a turma nos processos criativos de montagem. Na encenação, as alunas, alunos e alunes encenam e cantam a história dessa personagem numa atmosfera intimista.

ESPETÁCULO FRAGMENTOS DE UMA LUTA (TURMA DE LONGA DURAÇÃO EM TEATRO-NOITE)  

Sinopse: Moradores da comunidade Sempre-Verde estão prestes a ser despejados de suas casas pelo agropecuarista Gilberto. Para que isso não aconteça, decidem se organizar e lutar. A cena foi construída durante as aulas de Teatro tendo como estímulos temas relacionados à terra, invasão, agronegócio, comunidades rurais, Povos Originários, Conflitos de Terra da América Latina. A direção e concepção é do professor de teatro Edivaldo Batista, o texto e as argumentações dramatúrgicas foram realizadas juntamente com os alunos da turma.

ESPETÁCULO TEMPO DE GUERRA, TEMPO DE PAZ (TURMA DE LONGA DURAÇÃO – QUINTAL CULTURAL)

Sinopse: Por quanto tempo nos protegemos!  Mas não se pode calar sobre tudo sempre, falar sobre é também uma forma de cuidar. E, por isso, escolhemos falar sobre violências no espetáculo de formatura da Turma de Teatro do Quintal Cultural. Falar sobre, e não vivenciar a violência, mas sobretudo questionar: o que se tem feito para que crianças estejam protegidas, fora de lugares perigosos e de situações de violência? “Tempo de guerra, Tempo de paz” acolhe o tema e o transforma em arte de alívio e superação.

Serviço:

III Mostrinha de Teatro

Dia 13 de março, às 18h30 no Theatro José de Alencar

Dia 15 de março, às 17h no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura

Dias 21 e 22 de março, às 19h no Centro Cultural Bom Jardim

Livre | Acessibilidade em Libras | Gratuito

Coletivo Inflamável completa cinco anos de história e finaliza o ciclo com a circulação do espetáculo “Margarida Contra Tanques” pelo interior do Ceará. O coletivo de teatro realizou a última apresentação da peça no dia 29 de janeiro, após uma série de três apresentações em assentamentos de reforma agrária.

Por meio do projeto Semear Margaridas, com apoio da Lei Paulo Gustavo, a circulação ocorreu nos dias 18, 19 e 25 de janeiro nos assentamentos de Todos os Santos, em Canindé, de Sabiaguaba, em Amontada, e da Barra do Leme, em Pentecoste. No dia 29, o coletivo retornou ao seu território de origem para uma última apresentação de Margarida Contra Tanques no Instituto Psiquê, no bairro Granja Portugal.

Karita em ‘Margarida Contra Tanques’, no Centro Cultural Bom Jardim (Foto: Flávia Almeida/Centro Cultural Bom Jardim)

O espetáculo foi o primeiro do Coletivo Inflamável. “Essa montagem representa o início de tudo”, diz Brena Canto, uma das integrantes do grupo. “Foi com essa peça que nós começamos a dar nossos primeiros passos da nossa existência como coletivo, passamos nos nossos primeiros editais, aprendemos muito sobre questões sociais que afligem a tantos no Brasil e no mundo (…)”, relembra.

Brena Canto fala com carinho sobre o projeto. Segundo a atriz, outros projetos e oportunidades surgiram a partir da peça. Foi isso que fez valer as reuniões, ensaios, pesquisas e estudos. “Margarida Contra Tanques” marcou a história do Coletivo Inflamável e levou o grupo a conhecer diversos teatros, bairros e cidades.  

Nascido no Grande Bom Jardim, o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) foi um dos locais que recebeu o coletivo e faz parte da história do grupo artístico. A estreia da peça “Margarida Contra Tanques” se deu em uma versão digital, realizada em 2021, durante a pandemia de Covid-19, disponível no canal do YouTube do equipamento.

O espetáculo foi apresentado como contrapartida do Coletivo Inflamável pela seleção na convocatória para Manutenção dos Grupos e Coletivos Artísticos e Culturais do Grande Bom Jardim. Esse edital do CCBJ, aberto ao público anualmente, ofertou uma série de oficinas de elaboração de projetos, portfólio e release e sobre temáticas como acessibilidade, gênero, direitos humanos e outras.

Aurianderson Amaro em ‘Homem Gabiru’, no Centro Cultural Bom Jardim (Foto: Mar Pereira/Centro Cultural Bom Jardim)

O primeiro espetáculo do coletivo também chegou a se apresentar no equipamento algumas vezes, assim como o projeto “Homem Gabiru”, do mesmo grupo. “Margarida Contra Tanques” também fez parte do projeto Circula CCBJ, uma iniciativa que busca promover a descentralização da programação artística e cultural e levá-la para além dos muros do centro cultural.

Margarida Contra Tanques

A peça “Margarida Contra Tanques” é inspirada na biografia da paraibana Margarida Maria Alves, uma sindicalista e ativista das causas trabalhistas. Ela lutava em favor dos empregados de um canavial no interior da Paraíba e foi violentamente assassinada na década de 1980.

O Coletivo Inflamável define a montagem inspirada na história de Margarida Maria Alves como uma semi-ficção. Em “Margarida Contra Tanques”, o grupo aborda a força da mulher nordestina e as relações empregatícias precárias e exploratórias, além de propagar o fortalecimento da cultura nordestina como poética e estética.

“Nós somos um coletivo voltado para a periferia, buscamos nos comunicar com pessoas que estão à margem da sociedade.”, afirma Brena Canto. Por isso, o Coletivo Inflamável se define como um teatro popular, poético e político. “Buscamos em nossas montagens temas sociais que são planos de fundo da sociedade em que vivemos.”, complementa a atriz.

‘Margarida Contra Tanques’ conta com cinco atores em cena (Foto: Flávia Almeida/ Centro Cultural Bom Jardim)

Esse compromisso com as temáticas sociais e a periferia, para Brena Canto, podem ser fatores que diferenciam o coletivo do qual faz parte de outras vertentes de teatro de Fortaleza. E é essa característica que possibilita a conexão entre as montagens do Coletivo Inflamável e o público.

Um dos comentários mais marcantes para Brena Canto foi o de uma senhora batizada pelo mesmo nome da peça “Margarida Contra Tanques”. Emocionada, a líder e fundadora do Assentamento de Todos os Santos, em Canindé, agradeceu ao coletivo por retratar a sua história de vida.

“Muito obrigada, minha filha, que coisa linda esse espetáculo, eu vivi tudo isso e todo mundo aqui pode ver um pouco do que eu passei, vocês tem que voltar aqui, queria tanto que mais gente pudesse assistir também”, Brena ouviu de dona Margarida, outra líder camponesa, que se sentiu homenageada com o espetáculo.

Desde 2018, artistas e pesquisadores de Fortaleza têm no Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) um espaço de fomento à pesquisa em linguagens artísticas diversas. Em novembro de 2024, 31 pesquisadores partilharam os processos de investigação e imersão conduzidos durante cinco meses de pesquisa.

Na partilha final dos Laboratórios de Pesquisa, que ocorreu nos dias 26, 27 e 29 de novembro, os dez grupos selecionados dividiram seus processos de pesquisa. Alguns apresentaram produções artísticas realizadas durante o período, outros mostraram dados coletados e as conclusões a que chegaram.

Os projetos ficaram divididos entre cinco linguagens. São eles: “Da Cidade À Tela: Conhecendo Os Desenvolvedores De Jogos Em Fortaleza”, “Tabuleiros Equitativos: Promovendo Inclusão Nos Jogos”, “Contra-Matança: Saberes Anti-Coloniais”, “Monstruosidade Queer No Audiovisual Nordestino”, “O Que Eu Era Antes de Ser Humanidade?”, “Traços: Desenhando o Espaço-Tempo Em Rotas Originárias”, “A Musicalidade Ancestral do Povo De Terreiro”, “Cordéis Itinerantes Cantando e Contando Histórias”, “Invisíveis e Soterrados” e “Suor, Sol E Sal: Laboratório De Pesquisa Em Bicicleta”.  

Dança, música, teatro, audiovisual e arte digital e jogos são as linguagens contempladas nos Laboratórios de Pesquisa. Dois grupos ficaram encarregados por cada área pesquisada, acompanhados por um professor mediador. O eixo de pesquisa da Escola de Cultura e Artes tem como supervisor Diego Furtado, que assumiu o cargo em 2024.

“É um processo que, ao mesmo tempo que é desafiador, é também muito rico ter esse contato com pesquisas tão potentes, que trazem diversas temáticas […]”, diz Diego Furtado. O supervisor destaca a relação entre os temas de pesquisa e a metodologia empregada na Escola de Cultura e Artes. “É interessante saber como a galera traz esses elementos pra compor os seus processos de criação e de pesquisa artística”, conclui.

O supervisor dos Laboratórios de Pesquisa observa que, em 2024, os temas mais recorrentes eram relacionados à corporeidade e às ideias de memória e território. Quase todos os coletivos envolvidos no processo de pesquisa trabalharam esses conceitos. “São coisas em comum que possibilitam esse espaço de troca entre os coletivos e os laboratórios”, afirma Diego. Para ele, os elementos em comum viabilizam a construção de diálogos entre os grupos e podem trazer outras perspectivas de criação.

Conheça os Laboratórios de Pesquisa 2024

“Todos os projetos selecionados pra essa edição trazem uma potência muito grande”, declara Diego Furtado, supervisor dos Laboratórios de Pesquisa que atuava como assistente pedagógico até 2023. Entre os critérios de seleção dos dez projetos, estão a relação entre as pesquisas e o Grande Bom Jardim. O diálogo entre o território e os projetos, de algum modo, está presente nas pesquisas contempladas em 2024.

“Isso traz um elemento ainda mais forte pra potencializar a importância dessas pesquisas aqui com a gente e a gente poder acompanhar esse processo, de dialogar, de construir saberes com esses pesquisadores”, acrescenta Diego. Ele ressalta que o diálogo entre os projetos e o CCBJ, bem como o território onde o equipamento atua, é o diferencial dos selecionados de 2024.

Da Cidade À Tela: Conhecendo Os Desenvolvedores De Jogos Em Fortaleza

O projeto cunha o termo “Game Design Marginal”, que determina o design de jogos feito do povo para o povo. A partir disso, Matheus Rodrigo, Eric Costa e Giselle Paula Venâncio partiram para a observação material, levando em conta as condições de produção e desenvolvimento dos projetos. “Da Cidade À Tela: Conhecendo os Desenvolvedores de Jogos em Fortaleza” é uma continuação da provocação realizada no trabalho “EM BUSCA DO GAME DESIGN ‘MARGINAL’: POR UMA ESTÉTICA POPULAR NOS VIDEOGAMES”, publicado no IV Colóquio de Pesquisa em Design da UFC.

Tabuleiros Equitativos: Promovendo Inclusão Nos Jogos

Abelardo Junior, Ana Oliveira e Tony Rodrigues acreditam que os jogos podem desempenhar um papel fundamental na vida de todos os públicos enquanto ferramenta aliada à educação, promovendo imaginação e criatividade. Por isso, o projeto tem como objetivo sensibilizar as pessoas sobre acessibilidade em boardgames, ludotecas e outros espaços recreativos para pessoas com deficiência (PcD), por meio de entrevistas, observação em campo e pesquisa bibliográfica.

Contra-Matança: Saberes Anti-Coloniais

O projeto de pesquisa audiovisual visa o desenvolvimento do roteiro de um longa-metragem de ficção chamado Rosa Negra, de Késsia Nascimento. Além dela, Livia Thais e Thiago Campos são os outros integrantes do grupo. A proposta deles é investigar como a presença de mulheres em terreiros, que são historicamente lugares de disseminação de saberes anti-coloniais, atuam como ferramenta de enfrentamento a questões relacionadas à misoginia e à cultura do feminicídio no Ceará.

Monstruosidade Queer No Audiovisual Nordestino

O que move este projeto é buscar a monstruosidade queer nas obras audiovisuais contemporâneas e nordestinas e criar um catálogo com essas produções. Na contramão das narrativas criadas por homens cis, heterossexuais e brancos, que, acreditam os integrantes do grupo, desumanizam a comunidade LGBTQIA+, quando pessoas queer tomam conta da narrativa, a ideia de monstruosidade muda. Para Bento Ben Leite, Erika Miranda e Emily Guilherme, criar monstros queer é uma forma de ficcionalizar sobre a própria vida.

O Que Eu Era Antes de Ser Humanidade?

Inspirados nas reflexões de Ailton Krenak, Ishmael Rodrigues, Dave e Glória Dias propõem uma experimentação em dança que reflete sobre a relação entre humanidade e natureza. O projeto busca imaginar uma resposta para a seguinte pergunta: “o que éramos antes de ser humanidade?”

Traços: Desenhando o Espaço-Tempo Em Rotas Originárias

O projeto parte da informação de que o número de pessoas autodeclaradas indígenas no Censo IBGE de 2022 duplicou. Maryn, Raffar e Erick Flor consideram que as danças, as brincadeiras e os movimentos que atravessam nossos corpos na infância revelam a ancestralidade de maneira corporal.

A Musicalidade Ancestral do Povo de Terreiro

Pai Neto, Carla Vanessa e Pai Giuliano exploram a profundidade cultural e espiritual na música cantada e tocada nos ritos da Umbanda brasileira. Os pontos cantados são uma forma de conexão com as entidades, orixás e caboclos. Nesse projeto, os pesquisadores analisam como esses pontos refletem a cosmologia, os valores éticos e morais e os mitos que permeiam a Umbanda.

Cordéis Itinerantes Cantando e Contando Histórias

O resgate da memória por meio da composição de cordéis musicalizados é o objetivo central desse projeto. A partir dos relatos de moradores do Bom Jardim e de materiais publicados, como artigos, pesquisas e músicas, Mateus Honori, Pedro Anderson e Edson Oliveira aprofundam-se na música popular nordestina e conduzem experimentações com referência no repente e nos cantadores.

Invisíveis e Soterrados

Davi Reis, Rafael Abreu e Daniel Rufino abordam a construção de identidade e o pertencimento territorial em um experimento cênico que traça a historiografia do município de Irauçuba. O projeto busca o protagonismo de pessoas invisibilizadas pelo sistema político e econômico vigente e constrói o texto cênico e a dramaturgia a partir dos relatos dos moradores mais antigos da região.

Suor, Sol e Sal: Laboratório de Pesquisa em Bicicleta

Bicicleta como corpo-objeto-afetivo. Eliaquim Portela, Mikas, Gabriel Matos e Macla pesquisam os afetos que se geram com a vivência de quem cruza a cidade pedalando. Na linguagem do teatro, o projeto busca trabalhar sonoramente as referências musicais e de escrito-vivência da cidade de Fortaleza, que também têm a bicicleta como ponto de pesquisa.

O Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE) gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), esteve de portas fechadas durante a primeira semana do ano para planejar o ano de 2025. O período de planejamento aconteceu entre os dias 2 e 10 de janeiro.

Após o recesso de fim de ano, o equipamento retornou às atividades no dia 2 de janeiro. No entanto, as portas estiveram fechadas para que os setores reunissem suas equipes, a fim de realizar o planejamento de 2025 e a avaliação de 2024. Antes de partir para a execução, a prática de traçar objetivos, metas e estratégias e de avaliar o ano anterior é padrão no CCBJ.

Antes de abrir as portas, o espaço se programa para o que vai ofertar ao público. Henrique Gonzaga, gestor da Escola de Cultura e Artes do CCBJ, define o momento como um trabalho interno para pensar, avaliar e planejar o ano. “Essa possibilidade de nos reunir e nos planejarmos em janeiro é o único momento possível durante todo o ano”, afirma Geovana Nunes, gestora do Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE), setor de cidadania cultural do CCBJ.

“Sem o acolhimento das famílias, crianças e adolescentes, o CCBJ não abre […], mas esse trabalho diário também precisa ser refletido e planejado”, acrescenta Geovana. Ela explica que, para realizar esse trabalho de acolhimento, a equipe que compõe o setor precisa estar alinhada para amadurecer as ideias e estruturar um plano de ação para o ano que está iniciando.

Para o NArTE, a primeira semana de janeiro de 2025 foi reservada para a avaliação do que foi implementado em 2024, como as campanhas mensais, além da elaboração de um plano de ação referente aos grupos contínuos do NArTE, à relação com o território e outras demandas. “Isso é fundamental para o entrosamento da equipe”, destaca a gestora do NArTE.

No sábado, 11 de janeiro, o CCBJ retornou às atividades abertas ao público. O NArTE estava acolhendo as crianças frequentadoras do equipamento com o programa fixo É O Brinca, que promove brincadeiras e oficinas para o público infantil aos sábados. Houve também apresentação do Reisado Nossa Senhora de Fátima, em alusão ao Dia de Reis, e o espetáculo de teatro “Meu nome: Mamãe”, de Aury Porto.

Tiago Nogueira, gestor da Ação Cultural do equipamento, ressalta que a semana de planejamento “é de extrema importância, pois permite analisar os pontos positivos e identificar áreas de melhoria na programação”. Como resultado desse processo, o setor de fruição e difusão artística identificou a necessidade de qualificar a programação cultural, dando ênfase aos festivais temáticos. 

A partir da avaliação do ano anterior e da elaboração de uma estratégia para 2025, a Ação Cultural definiu a realização de um festival por trimestre. A fim de qualificar a programação cultural do CCBJ e ampliar o impacto dessa programação, Tiago Nogueira conta do plano de “remodelar algumas ações”, como Bonja Folia, Arraiá do Cupadi CCBJ, Juveperifa, Festa das Crianças, A Coisa Tá Preta, Semana de Direitos Humanos e Mostra das Artes.

Em relação à Escola de Cultura e Artes, Henrique Gonzaga adianta que o público pode esperar oferta de cursos de longa duração, aulas dos cursos técnicos e a retomada da programação cultural por parte de todos os setores do equipamento. O gestor da Escola do CCBJ torce para que 2025 seja um ano em que a comunidade artística de Fortaleza e a comunidade do Grande Bom Jardim ocupem cada vez mais o Centro Cultural Bom Jardim.

A Mostra das Artes 2024 traz três dias de festa para o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) na próxima semana. A programação conta com espetáculos de teatro e de dança, exposições artísticas, finalização dos processos de formação do equipamento e shows de forró de favela, bregafunk e samba. O evento ocorre nos dias 19, 20 e 21 de dezembro,com programação diária a partir das 14h.

O primeiro dia do evento começa com uma série de encruzilhadas musicais. O período da tarde é reservado para musicalizar os ouvidos do público com as apresentações de finalização de formações do Programa de Música do CCBJ. Na sequência, tem Baile Dança Fitness, uma apresentação de dança que vem se preparando há meses. A exposição do Mapeamento Afetivo ocorre logo em seguida. Desenvolvido pelo Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE) do CCBJ, o Mapeamento Afetivo foi construído para encontrar e valorizar a memória da Comunidade São Francisco. 

A noite é reservada para dois espetáculos teatrais, o Tia Miséria e o Homem-Guabiru, e para o grupo musical da casa: o BatuquErê. A grande atração da noite é Cley Monteiro e Cia 085, grupo de dança de bregafunk.

No segundo dia da Mostra das Artes, a primeira atração é uma partilha do Programa de Cultura Digital. A competição de carrinhos e robóticas abre a programação do dia 20, depois acontece a esquete do teatro de mamulengos e o desfile das Mulheres Criativas. No fim da tarde, o grupo de graffiti do CCBJ faz uma pintura coletiva no espaço.

A noite do dia 20 é dominada pelo teatro e outras performances. O espetáculo Rumboldo, do Programa de Teatro, e as performances Ainda Restam Nós e A Vida Pulsa em Sinais, do Programa de Acessibilidade, agitam a noite até a sessão especial de cinema dos filmes do Programa de Audiovisual e exposição de cadernos de artistas. Para encerrar a noite, tem forró de favela com Amanda Silva e a banda Rainhas da Farra.

No sábado, dia 21, a programação tem início com a encenação Live-action Guardiões da Infância. Na sequência, ocorre uma exposição de jogos digitais. Em seguida, ocorre a brincadeira do Boi Curumim, o espetáculo teatral Fragmentos de Uma Luta e o espetáculo de dança Volúvel. Como já é tradição, o último dia de Mostra das Artes traz os parabéns do equipamento, que contará também com a exibição de um documentário contando um pouco da história do equipamento, na voz de moradores, funcionários e personagens importantes dessa construção. Encerrando as festividades da Mostra, será a vez do grupo Sambonja, nascido no Grande Bom Jardim, apresentar muito samba para o público presente.

A última atração de cada noite é o destaque da programação, composta pela Escola de Cultura e Artes, NArTE (Núcleo de Articulação Técnica Especializada) e Ação Cultural do Centro Cultural Bom Jardim. Além dos espetáculos e das exposições, o equipamento conta com o Espaço Brincarte para o público infantil também poder aproveitar o evento. O cerimonial é de Jô Costa e Stefany Mendes, com participação especial do influenciador digital Dudu Suricate.

Confira a programação completa aqui.

Que cidadania cultural queremos? Para responder essa pergunta, o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) realiza a VIII Semana dos Direitos Humanos – SDH. A programação é desenvolvida pelo setor de cidadania cultural do equipamento e tem início amanhã, 5. A agenda se estende até o dia 13 de dezembro com atividades e atrações diversas e gratuitas para todos os públicos.

A agenda da Semana dos Direitos Humanos traz ao Centro Cultural Bom Jardim atividades e atrações voltadas à arte, à preservação ambiental e à saúde mental. O evento agrupa os eixos de atuação do Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE). A SDH estabelece discussões acerca da atuação do setor nos próximos anos e fortalece as relações que vem construindo com a comunidade, o território do Grande Bom Jardim e bairros próximos, como o Genibaú.

Na quinta-feira, primeiro dia de evento, a atividade que abre a SDH acontece na Comunidade São Francisco. Na sequência, ocorre a exposição do Lonart, um dos grupos acompanhados pelo NArTE. A sexta-feira, 6, é dedicada à preservação ambiental. A agenda do dia traz a participação de organizações como a ASCABOMJA (Associação de Catadores de Materiais Recicláveis do Grande Bom Jardim), o Fórum de Políticas Ambientais do GBJ, o Pantanal em Ação e outros grupos.

No sábado, o Centro Cultural Bom Jardim tem programação cheia. Além de saraus, espetáculos de dança e de música e outras atrações, haverá a exibição do documentário É Mais do Que Se Vê e do curta-metragem Uz Crias na Periferia, realizados pela parceria entre o CCBJ e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Os filmes tiveram estreia no Cineteatro São Luiz e agora voltam para casa.

No evento, o NArTE propõe diálogos sobre cidadania, cultura e direitos com a comunidade. A programação do evento foi construída junto das Iniciativas de Desenvolvimento Comunitário, organizações que atuam no Grande Bom Jardim e tiveram suas atividades impulsionadas pelo equipamento por meio de Chamada Pública. 

O NArTE nasceu em 2017, complementando as frentes de atuação do Centro Cultural Bom Jardim. O equipamento foi pioneiro na Rede de Equipamentos de Cultura do Estado do Ceará (RECE) da Secretaria de Cultura (Secult CE), pela implementação de um setor voltado à cidadania cultural. A partir da criação do NArTE, o CCBJ fortificou sua atuação na promoção de direitos humanos no Grande Bom Jardim.

Confira a programação completa: Semana dos Direitos Humanos 2024

Relembrar o passado,  Valorizar o presente, Construir o futuro. A Mostra das Artes 2024, chega como uma celebração da ancestralidade daqueles que vieram antes, reconhecendo as conquistas do presente e contemplando o que se define como um futuro promissor.  

Nos dias 19, 20 e 21 de dezembro a Mostra das Artes do Centro Cultural Bom Jardim, vai celebrar a finalização de ciclos formativos e das culminâncias dos projetos e ações do equipamento, com uma programação plural, gratuita e diversa, voltada para todas as idades. 

A Mostra das Artes 2024 comemora os 18 anos de (re)existência do CCBJ, a celebração do aniversário será no dia 21 de dezembro, com a presença do público e dos que fazem a casa acontecer o ano todo.

Serão três dias de programação com mais de 30 atrações, entre artistas e atividades culturais, oficinas, teatro, exposições, além dos shows que encerram as noites de evento nos três dias de festa.

A programação traz uma mistura de todos os eixos estruturantes do Centro Cultural Bom Jardim: Escola de Cultura e Artes (ECA) com apresentação e encerramento dos processos formativos básico, de média e longa duração; Atenção Social (Núcleo de Articulação Técnica e Especializada – NArTE) com atividade de promoção aos direitos humanos, educação popular e arte-cultura; Ação Cultural (difusão cultural e circulação) com uma programação artística-cultural conectada com o território.

Na quinta (19), a Mostra das Artes contará com a participação de Cley Monteiro, coreógrafo e diretor da Cia 085, companhia de dança especializada em Brega Funk. Já a sexta promete, com muito forró ao som da banda Rainhas da Farra, na voz de Amanda Silva. Encerrando as noites de shows, no sábado vai ter samba sim, com o grupo Sambonja, revelação do cenário musical cearense fazendo o autêntico samba e hits de pagode do momento. Ainda no sábado teremos o tradicional bolo em comemoração ao aniversário do equipamento, além da exibição de um documentário especial em celebração aos 18 anos do CCBJ.

A programação conta com participação especial de Dudu Suricate, Produtor audiovisual, Co-proprietário do Suricate Seboso e co-criador da Vetinflix. Dudu estará como influenciador digital da Mostra.  

O cerimonial fica sob o comando de Jô Costa e Stephanie Mendes. Jô é uma mulher travesti preta, moradora do Grande Bom Jardim. Educadora social, militante do movimento negro e LGBTQIAPN+, coordenadora do coletivo Gueto Queen, produtora cultural do festival negruras. Atriz e performer e apresentadora/mestra de cerimônias. Stefany Mendes, é multi artista, atriz, cantora, produtora cultural, Idealizadora e Coordenadora do Coletivo Polo Trans.

Você pode acompanhar a programação completa da Mostra das Artes 2024 no site e redes sociais do CCBJ. 

Sobre a Mostra das Artes 

A Mostra das Artes do Centro Cultural Bom Jardim, equipamento da Secretaria da Cultura do Governo do Estado do Ceará (SECULT), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), é uma celebração à cultura, arte, luta e memória do Grande Bom Jardim e de todos(as) os(as) envolvidos(as) nos processos de formação artística, difusão, fruição e cidadania cultural promovidos pelo CCBJ ao longo do ano. A mostra também é um momento de socializar os resultados de pesquisas, vivências e experiências, com uma programação diversa, plural, democrática, com atrações que valorizam a memória, estética e linguagem artísticas produzidas no território do Grande Bom Jardim e nas periferias do Ceará.

Para 2024 a proposta central foi pensar a superação das trajetórias da comunidade antes do CCBJ enquanto política pública, seguindo com o pensamento sobre como o equipamento age enquanto garantia e promoção de direitos, assegurando um futuro melhor para as juventudes/bairro e finalizando com a perspectiva de ver o equipamento como uma ferramenta transformadora na atuação com as juventudes e crianças e o que isso significa para o futuro delas. 

A Mostra também se configura como espaço de sociabilidade e fomento à cadeia produtiva e economia local, envolvendo os mais variados sujeitos do território, alcançando mais de 500 pessoas envolvidas diretamente na programação, entre artistas, grupos e coletivos artísticos culturais, parceiros comunitários, estudantes e professores. 

Serviço:

Mostra das Artes 2024
Data: 19, 20 e 21 de dezembro
Horário: a partir das 14h

Contato para entrevistas e informações:Isabel Mayara Gomes Fernandes – Gerente de Comunicação do CCBJ
(85) 98606-6687
E-mail: ascom.ccbj@idm.org.br

Sete mulheres do Grande Bom Jardim se reúnem por meio do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) e, com mediação da educadora social Narah Adjane, realizam atividades de colagem, pintura, desenho, stencil e outras linguagens. No dia 5 de dezembro, o grupo Lonart realiza a exposição “Rabiscando a arte da vida”. Para encerrar 2024, elas exibem as produções realizadas ao longo do ano.

A exposição faz parte da programação da Semana dos Direitos Humanos, desenvolvida pelo Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE) do CCBJ. De acordo com Narah Adjane, educadora social do setor, o Lonart faz parte de um conjunto de atividades descentralizadas realizadas pelo NArTE. O intuito é promover o fortalecimento comunitário e a cidadania cultural no Grande Bom Jardim.

Tudo começou quando Narah Adjane convidou o Grupo Produtivo Criart e a ASCABONJA (Associação de Catadores do Bom Jardim) para participar de oficinas de artes visuais na sede do coletivo Criart. Elas utilizam materiais de lona para fazer costura de bolsas e, por meio das oficinas, customizavam os produtos. A ideia era unir arte e sustentabilidade. O grupo era formado por 12 pessoas e hoje se mantém com sete: as mulheres que integram o Criart.

Desde 2022, Ariadna da Silva, Cristina Nascimento, Fátima Celestino, Lutiane Silva, Luzia Nascimento, Maria Valentina, Vicença Soledade e Narah se encontram uma vez a cada mês. Elas começaram a trabalhar com o resíduo de lonas de banner, daí o nome do grupo. Cristina Nascimento conta que o Criart já havia produzido alguns produtos com o material, além de utilizar retalhos e óleo saturado. Tecidos de guarda-chuva, almofadas, bolsas e até sabão ecológico são algumas dessas produções comercializadas pelo coletivo.

Para Cristina, o Lonart possibilitou outros tipos de criação. A participante conta que Narah Adjane dá dicas e direcionamentos, mas explora e instiga a criatividade das participantes. O Lonart consiste em oficinas artesanais que têm como base as artes visuais. O projeto do CCBJ une o trabalho realizado pelo Criart com as técnicas e a criatividade artística do desenho, da pintura e da colagem, mas também fortalece as relações dentro do grupo.

Rabiscos que se criam na força da coletividade

Narah Adjane explica que as produções do Lonart refletem questões do cotidiano das participantes e que o grupo expandiu suas atividades para além do foco produtivo. “Conforme o tempo foi seguindo, o grupo foi percebendo a necessidade de trabalhar questões sobre o cotidiano, partilhando vivências e se fortalecendo através dos encontros”, diz a educadora social do NArTE.

“Ao longo do tempo, a gente viu que era necessário ter conhecimento de quem somos”, afirma Cristina Nascimento. A integrante do grupo conta que Narah Adjane propõe dinâmicas para que as participantes se conheçam mais, troquem experiências de vida e estreitem os laços de parceria. “Não fica só aquele grupo de produção, mas de acolhimento”, complementa. Por isso, elas não perdem um encontro.

“A gente se encontra uma vez no mês e é muito importante, a gente não perde esse dia da gente se encontrar, se rever, olhar olho no olho, se abraçar e de criar”, afirma Cristina. Para além das oficinas, o NArTE também promoveu passeios para as mulheres do grupo. Cristina lembra o passeio à Praia de Iracema e conta que algumas participantes nunca tinham ido ao ponto turístico. “Isso foi muito importante; a gente se ver parte dessa cidade, não somos só do Bom Jardim, somos do mundo”, afirma.

A conclusão que ela tira da experiência com o Lonart é a de que elas são mulheres que podem alcançar o que quiserem. “A oficina faz a gente acreditar que a gente é além do Bom Jardim. Somos pessoas, estamos vivas e queremos ir além”, declara. A exposição conta com um ensaio fotográfico e um apanhado das produções criativas das sete mulheres do território. Mas a ocasião também funciona como uma celebração às vivências construídas pelo grupo.

“Exu te ama” estampou os muros do Centro Dragão do Mar de Arte (CDMAC) e Cultura e chamou a atenção de muitos olhos que passavam pelo centro da cidade. No dia 20 de setembro, a exposição “Festa, Baia, Gira, Cura” retornou ao seu território de origem, quando chegou ao Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ). O equipamento se despediu da exposição na segunda-feira, 25, com mais de mil visitantes.

Entre os 1017 visitantes, seis instituições passaram pela exposição de Jean dos Anjos. Escola Sonho de Criança, EEMTI Jociê Caminha de Menezes, EEMTI Senador Osires Pontes, Quintal Cultural Raimundo Vieira, Escola Santo Amaro e EEFM Almirante Tamandaré foram articulações externas que vieram ao equipamento conhecer a montagem do artista.

A exposição homenageia o terreiro Cabana do Preto Velho da Mata Escura, Ilê Asé Ojú Oya, de Pai Valdo de Iansã, localizado no Bom Jardim. “Festa, Baia, Gira, Cura” é fruto das pesquisas e observações do artista expositor com foco na festa da Rainha Pombagira Sete Encruzilhadas e Exu. Além das fotografias, a montagem reúne quadros e outros materiais que simbolizam rituais e festas de terreiro.

Jean dos Anjos, Pai Valdo e Marília Oliveira estiveram presentes na abertura da exposição (Foto: Mar Pereira)

O evento de abertura e o lançamento do catálogo foram os principais destaques no período de dois meses da exposição no Centro Cultural Bom Jardim. A chegada da exposição trouxe ao equipamento o artista expositor, a curadora da exposição, Marília Oliveira, e a Secretária da Cultura do Ceará, Luisa Cela.

Festa, Baia, Gira, Cura no Bom Jardim e o poder da arte

Em “Festa Baia, Gira, Cura”, Jean dos Anjos tem como objetivo registrar a riqueza da cultura dos terreiros, a busca dos povos de terreiros pela preservação da memória da Umbanda e do Candomblé e a luta dos seus praticantes pelo fim do racismo religioso. Para Marília Oliveira, “Festa, Baia, Gira, Cura” é como um espaço sagrado.

Andrea Justino, monitora da exposição e residente do Grande Bom Jardim, conta que poucos jovens demonstraram receio ao se deparar com “Festa, Baia, Gira, Cura”. “A curiosidade logo superou qualquer resistência, e as crianças e adolescentes que visitaram a exposição com escolas e outras instituições estavam bastante engajados”, afirma.

De acordo com a monitora, muitas pessoas que não tinham muito conhecimento sobre os temas da exposição conseguiram se identificar com as histórias contadas ali. “Para muitos, a visita foi uma oportunidade de aprender, questionar e se aproximar de algo desconhecido, mas que, de algum modo, se relacionava com suas próprias experiências de vida”, diz Andrea. Entre os pouco mais de dois meses de exposição no CCBJ, alguns momentos a marcaram profundamente.

As crianças de terreiro que visitaram a exposição e se reconheciam nas obras fazem parte desses momentos. Eles logo exclamavam que eram parte daquilo. “A partir disso, surgiam conversas super legais sobre pertencimento e como é lindo se reconhecer na arte”, afirma Andrea Justino. Além das crianças, tinham os jovens que se identificavam com as representações dos Exus. Eles se viam na cor e nas histórias.

Povos de terreiro do Grande Bom Jardim prestigiaram a exposição e marcaram presença na abertura (Foto: Mar Pereira)

Entre os visitantes, uma senhora evangélica marcou a experiência de Andrea como monitora da exposição. Ela confessou não entender muito sobre o tema, mas se mostrou aberta a conhecer um pouco mais daquele universo religioso do qual ela não faz parte. “Aos poucos, ela foi tirando as dúvidas e, no final, olhou de novo pra exposição e falou: “Eu respeito isso tudo, é muito bonito.” Foi um momento cheio de aprendizado e respeito”, conta. “Esses momentos mostram como a arte pode conectar pessoas, abrir conversas e quebrar preconceitos”, conclui a monitora.

Assim como no CDMAC, a exposição foi dividida em quatro núcleos no CCBJ. Mas, em vez de “Exu te ama”, um dos muros do CCBJ faz referência a um ponto de Umbanda da entidade espiritual Pombagira. Em letras garrafais, está escrito “Arreda, homem, que chegou mulher”. A parede vermelha se destaca entre as verdes, mas foi na sala da multigaleria onde ficou a maior parte da exposição, com fotografias, oferendas, quadros, documentos, tecidos e outros materiais – inclusive a frase “Exu te ama”.

Três quadros estampam a lateral da sala da Cultura Digital e alguns tecidos repousam sobre as árvores do CCBJ. O equipamento, que agregou mais mil visitantes aos 25 mil que já haviam conhecido a exposição no CDMAC, ficou tomado pelos vestígios de “Festa, Baia, Gira, Cura”, fazendo jus à grande expressividade dos povos de terreiro em seu território e às raízes da própria exposição.

“O teatro é onde os sonhos são possíveis”, diz Clayton Nascimento no seu espetáculo “Macacos”, apresentado em Fortaleza no último domingo, 24. Um dia antes, os sonhos de mais uma turma de teatro do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) se faziam possíveis no palco do Quintal Cultural Raimundo Vieira. Vinte crianças se apresentaram e celebraram sua formação como novos atores de teatro.

A turma apresentou o espetáculo “Tempo de guerra, Tempo de paz” em duas sessões no evento de finalização do curso de longa duração em teatro, realizado pela parceria entre o CCBJ e o Quintal Cultural. A montagem de ficção transita entre o drama e o humor para questionar e denunciar a violência infantil. A peça propõe a possibilidade de sonhar para todas as crianças. Em uma das cenas, cada criança fala seu nome e a profissão que deseja seguir, apontando seus sonhos para o futuro.

Kelly Saldanha, supervisora do Programa de Teatro da Escola de Cultura e Artes do equipamento, contou que o professor Paulo José passou toda a primeira aula do curso tentando posicionar a turma em um círculo. No dia da finalização do curso, em contraste ao primeiro dia de aula, Kelly ressaltou a iniciativa das crianças para produzir o espaço.

Eles montaram o cenário da peça e organizaram as cadeiras para o público. “Isso demonstra uma autonomia e isso dá responsabilidade, sem perder a infância”, enfatizou a supervisora do Programa de Teatro. Paulo José, professor da turma e diretor da peça, afirmou que ele e as crianças construíram o espetáculo coletivamente. A peça tem a violência como tema central e foi pensada para questionar os adultos sobre o que fazer por crianças que, diferente daquelas, têm as vidas marcadas por situações de violência.

Mesmo tratando de um tema que não perpassa a vida da turma de maneira direta, eles buscaram trazer à peça elementos próximos das vivências da turma. As brincadeiras e os sonhos de cada um foram inseridos para aproximar as histórias contadas da realidade do elenco. Com direção do professor Paulo José, as crianças protagonizaram o espetáculo no palco e nos bastidores.

Entre as duas sessões da apresentação, os estudantes receberam os certificados de formação e foi exibido um vídeo que documenta um pouco do processo de ensino-aprendizagem do curso. Além de Paulo José e Kelly Saldanha, a produção mostra depoimentos de Maria Luísa, Ryana Vitória e Laura Sofia, recém-formadas pelo curso de longa duração em teatro do CCBJ.

Mães e pais orgulhosos riam e assistiam atentos aos seus filhos no palco. De seus assentos, muitos filmavam a peça para guardar a recordação. O público lotou o espaço nas duas sessões de “Tempo de guerra, Tempo de paz”. O evento de finalização encerrou com uma apresentação musical de Lenice Ferreira, representante do Quintal Cultural. Ela cantou músicas pedidas pelos pais das crianças como forma de homenageá-los. 

O Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) realiza mais uma edição do festival A Coisa Tá Preta durante todo o mês de setembro, em alusão ao mês da Consciência Negra. O equipamento integra o II Festival Afrocearensidades, evento realizado pela Secretaria da Igualdade Racial do Governo do Estado do Ceará em parceria com a Secretaria de Cultura do Ceará (Secult Ce), o Instituto Dragão do Mar (IDM) e o Instituto Mirante de Cultura e Arte.

Além do Centro Cultural Bom Jardim, a Estação das Artes, a Pinacoteca do Ceará, o Mercado Alimenta CE, o Centro Cultural do Cariri e outros espaços também compõem a agenda da programação completa do Festival Afrocearensidades. Os espaços recebem espetáculos de teatro e de dança, apresentações musicais, exposições, sessões de cinema, mesas de debate e outras ações culturais voltadas para a celebração do protagonismo negro.

Com o tema “Na Ginga dos Saberes Ancestrais”, o II Festival Afrocearensidades teve início no dia 1° de novembro e se estende por todo o mês com uma proposta de descentralização da programação. No Centro Cultural Bom Jardim, o festival A Coisa Tá Preta traz ao equipamento espetáculos de teatro e de dança, mesas de debate, seminários, oficinas, desfile, exposições e outras atrações.

A Coisa Tá Preta no Centro Cultural Bom Jardim

O Festival A Coisa Tá Preta teve sua primeira edição em 2023, entre os dias 16 e 18 de novembro (Foto: Flávia Almeida)

O evento do CCBJ entra em sua segunda edição em 2024 e é realizado pela Ação Cultural e pelo Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE) do equipamento. Além das apresentações artísticas, a Biblioteca Cristina Poeta, espaço do CCBJ cujo maior público é o infantil, volta suas atividades para a temática da Consciência Negra. Por meio de atividades de arte-educação e atrações artísticas diversas, o CCBJ estimula a valorização dos saberes e da cultura negra em diferentes idades.

Em 2023, o festival ocorreu entre os dias 16 e 18 de novembro. A culminância do evento trouxe uma programação especial ao CCBJ, celebrando o Dia da Umbanda a partir da articulação com os povos de terreiro do Grande Bom Jardim. Na segunda edição, o evento repete algumas das atividades bem recebidas pelo público no ano passado e conta com uma programação mais longa, envolvendo dois setores e mobilizando todo o equipamento e convidando a comunidade a celebrar a cultura negra.

“A coisa tá preta” é uma expressão comumente associada a situações negativas, utilizada quando acontece algo ruim, que causa desconforto ou perigo. O nome do festival propõe ressignificar o termo, relacionando a cor e a palavra “preta” a um sentido inverso àquele utilizado normalmente, dando-o uma conotação positiva. O festival A Coisa Tá Preta traz essa expressão como representação de beleza, diversidade e potência.

Confira a programação completa: Festival A Coisa Tá Preta

Os artistas de Fortaleza estão bem abastecidos quando o assunto é formação. Existem cursos em diversas modalidades e linguagens e diferentes instituições na cidade. Ainda assim, quem gostaria de se tornar técnico em Programação de Jogos Digitais ou em Teatro não tinha onde se formar até então. Além dessas linguagens, os dias 04 e 05 de novembro dão início também às turmas dos cursos técnicos em Dança e Instrumento Musical do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ).

O primeiro momento do evento de abertura dos Cursos Técnicos da Escola de Cultura e Artes do CCBJ aconteceu na segunda-feira, 4. A chegança teve DJ set Baile da Negona na programação e se deu em uma confraternização festiva com dança e música tomando a Praça Central do equipamento. O evento, que tem continuidade hoje, 5, celebra e demarca os primeiros cursos técnicos na periferia da cidade de Fortaleza, somando mais três formações ao já existente CTD (Curso Técnico em Dança).

Com oferta de bolsa-auxílio no valor de R$ 2.000,00 para cada estudante, o CCBJ lançou 80 vagas distribuídas entre os quatro cursos. Eles foram lançados por meio de Chamada Pública durante o mês de setembro. Reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC), as formações são gratuitas, têm dois anos de duração e são realizadas por meio da Escola de Cultura e Artes do equipamento, com o intuito de capacitar jovens e adultos para o mercado de trabalho. 

“A comunidade [do Grande Bom Jardim] tinha uma demanda de cursos mais longos, mais aprofundados”, diz Henrique Gonzaga, gerente da Escola de Cultura e Artes do CCBJ. Ele conta que a movimentação para implementar as formações técnicas foi iniciada em 2017, com a experiência dos cursos extensivos em Audiovisual, Cultura Digital, Teatro e Música. As formações mais longas já buscavam atender à demanda daqueles que frequentam o equipamento.

Impacto cultural da formação técnica em artes

A cantora, compositora e atriz Lia Maia, 42, é formada pelo Extensivo em Música do Centro Cultural Bom Jardim. Mas isso não impediu a artista de buscar uma vaga no Curso Técnico de Música. “Minha motivação foi a oportunidade de me aprofundar no estudo de um instrumento musical e consequentemente ter habilitação em violão. A chancela de curso técnico e as práticas de conjunto específicas é o diferencial entre os cursos”, conta a artista.

Espetáculo ‘Cara Travessia’, projeto de conclusão da segunda turma do curso Extensivo em Música do CCBJ (Foto: Mar Pereira)

Lia Maia também tem expectativas de que a formação traga mais oportunidades de ministrar oficinas e cursos na área da música. “A certificação irá possibilitar facilitação de oficinas e cursos para determinadas organizações e instituições, além de ampliar o leque na oferta de oficinas e cursos livres”, revela. A relação da formação técnica com o universo profissional não é exclusividade dos planos da artista. A demanda por profissionalização nas artes foi outro fator determinante na implementação dos cursos técnicos no CCBJ.

“Antes a gente tinha pequenos cursos que não se aprofundavam muito dentro das linguagens, aí a comunidade começou a trazer que precisava de cursos mais longos, mais aprofundados, que também dialogassem com os espaços profissionais”, afirma Henrique Gonzaga. Para o gerente, a implementação deste novo eixo formativo da Escola de Cultura e Artes tem também o papel de fortalecer a cena cultural e artística da cidade.

Conforme Henrique Gonzaga, uma das preocupações na elaboração dos cursos técnicos foi a designação de professores ativos nas produções de suas respectivas áreas, a fim de que a formação também seja “um ponto de ligação entre aluno e a cena da música, do teatro, dos jogos e da dança atuais”. “Pensar os técnicos é pensar na produção artística e cultural da cidade e do estado”, afirma o gerente da Escola de Cultura e Artes do CCBJ.

A Escola de Cultura e Artes é um dos setores do Centro Cultural Bom Jardim, responsável pela oferta de formações artísticas gratuitas em diferentes linguagens e eixos formativos. O setor é formado pelos Programas de Audiovisual, Dança, Cultura Digital, Teatro, Acessibilidade e Música. Além dos técnicos e extensivos, a Escola trabalha com Cursos Básicos, Ateliês de Produção e Laboratórios de Pesquisa.

A cidade de Fortaleza foi considerada uma das mais violentas do Brasil pelo estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, segundo a publicação do Atlas da Violência 2024. O Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência (CCPHA) realizou uma campanha pelo cumprimento de 12 recomendações para reduzir assassinatos de adolescentes e jovens, sendo os jovens negros e periféricos os mais vitimados pelos altos índices de violência.

Entre as recomendações listadas pelo CCPHA, estão a oportunidade de trabalho e renda e medidas socioeducativas inclusivas. Na contramão da realidade violenta da cidade, o  Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) – equipamento da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM) – oferece um caminho diferente, exercendo funções de geração de renda, formação educativa e de capacitação, prevenção a violações aos direitos humanos e democratização do acesso à cultura.

“A partir do momento que a gente perde o mínimo de espaço, a gente ganha mais morte, mais destruição”, afirma Levi Nunes. O superintendente do CCBJ acredita que as pautas relacionadas a direitos humanos, como o combate a violência, conduzem o Centro Cultural e demarca que as políticas para as artes estão constantemente sob ataque, mas “precisam ser inegociáveis”. Localizado no Grande Bom Jardim, território da periferia de Fortaleza fortemente afetado pela vulnerabilidade social e pela violência, o equipamento, junto com os direitos humanos, tem como pilares a cidadania, formação e fruição cultural.

Iniciativas de transferência de renda na formação, cidadania cultural e fruição artística

Por meio dos Laboratórios de Pesquisa e Ateliês de Produção, eixos formativos da Escola de Cultura e Artes, o Centro Cultural Bom Jardim fomenta a capacitação profissional e a pesquisa em diferentes linguagens artísticas e culturais. Desde que foram implementados, respectivamente em 2018 e 2019, os percursos formativos funcionam mediante bolsas de incentivo aos estudantes, em sua maioria jovens da periferia da cidade.

Segundo o levantamento da Escola de Cultura e Artes do CCBJ, os Laboratórios de Pesquisa já atenderam mais de 200 pesquisadores, sendo cerca de 60% moradores do Grande Bom Jardim. No total, cada grupo recebe R$ 15.000,00 divididos em até cinco parcelas durante o processo de pesquisa. Os Ateliês de Produção já receberam 674 estudantes e 75% destes também são residentes do território. Neste eixo, cada estudante recebe uma bolsa de R$ 1.500,00. O valor é dividido em cinco parcelas de R$ 300,00.

Além das iniciativas de incentivo da ECA, que promove a formação de artistas em diferentes linguagens, o NArTE (Núcleo de Articulação Técnica Especializada) atua diretamente na cidadania cultural. Além das atividades voltadas para o público infantil, o setor promove impacto social por meio de duas Chamadas Públicas: Agentes Criativos e Iniciativas de Desenvolvimento Comunitário, ambas implementadas em 2020.

Em relação às Iniciativas Comunitárias, 360 bolsistas já foram atendidos e 120 grupos beneficiados. Já passaram pelo CCBJ 165 Agentes Criativos e, assim como as Iniciativas de Desenvolvimento Comunitário, são, em grande maioria, moradores do Grande Bom Jardim. Os 10% dos bolsistas que não são do território, são de bairros periféricos vizinhos, como Conjunto Ceará e Bonsucesso.

A Ação Cultural do Centro Cultural Bom Jardim, entre as suas convocatórias, promove a Manutenção de Grupos e Coletivos há quatro edições. A Chamada Pública já beneficiou 32 grupos culturais e 120 bolsistas. “Esse projeto não apenas oferece suporte financeiro, mas também cria condições para que esses grupos mantenham suas atividades, fortalecendo o ecossistema cultural local”, diz João Paulo Barros, assessor de gestão do equipamento.

O impacto social para além do incentivo financeiro

Para além do incentivo financeiro, João Paulo conta que o CCBJ prioriza ações afirmativas, destinando metade das vagas a pessoas racializadas, LBTQIAP+ e moradores de áreas com baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e alta vulnerabilidade social. “Dessa forma, contribuímos para a ressignificação da realidade local, fortalecendo produções artísticas periféricas, ampliando a visibilidade de seus criadores e promovendo intercâmbios financeiros, culturais, estéticos e políticos, gerando renda e empoderamento, especialmente no Grande Bom Jardim”, declara.

Além das cinco iniciativas citadas, desenvolvidas pela Escola de Cultura e Artes, NArTE e Ação Cultural, o CCBJ ainda oferta cursos básicos de longa duração, cujo público principal é de crianças e adolescentes. “A oferta de bolsas, mesmo que de valores menores, garante que os participantes possam se dedicar à formação sem a pressão de buscar alternativas que os exponham a riscos, como a cooptação pelo crime organizado”, conta João Paulo Barros.

Os cursos técnicos e extensivos, que capacitam os estudantes para o mercado de trabalho na área da cultura, também são eixos da Escola de Cultura e Artes que oferecem bolsa-auxílio aos estudantes. “Ao oferecer bolsas mensais, essas ações minimizam a evasão escolar, fornecendo meios concretos para que os jovens permaneçam no sistema educacional e desenvolvam suas habilidades para atuar no setor cultural, um dos principais geradores de oportunidades para esses grupos”, diz o assessor de gestão do CCBJ.

Em relação ao enfrentamento ao cenário de violência urbana, o CCBJ funciona como um espaço alternativo à violência e minimiza seus efeitos no território. O assessor de gestão do equipamento afirma que o papel do centro cultural não se resume ao consumo passivo de cultura. “O impacto do CCBJ não está em transformar diretamente o cenário de violência urbana, mas em oferecer ferramentas que possibilitem uma reconfiguração do território, criando redes de apoio, visibilidade e oportunidades que amenizam os efeitos das desigualdades e violências”, diz João Paulo Barros.

Ele pontua ainda que a política pública está longe de ser uma “salvação”, mas ressalta a importância de sua existência para gerar “espaços onde as violências urbanas, tanto físicas quanto simbólicas, encontram resistência através da coletividade, do diálogo e da valorização das narrativas locais”. Por meio dessas frentes de atuação, o equipamento promove formação e profissionalização, fomenta o ecossistema cultural e fortalece identidades locais.

A Biblioteca Cristina Poeta, do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), realiza a VIII Semana da Biblioteca e do Livro, com o tema “Lendo Cordéis”, entre os dias 23 e 25 de outubro. Além das atividades do programa Sombrinha Literária, o espaço conta com uma programação especial, composta por oficinas, contação de história e apresentações artísticas.

A abertura da programação tem início na quarta-feira, dia 23, às 10:00, e finaliza na sexta-feira, com apresentação da banda Caixeiros Viajantes. Por meio do evento, a Biblioteca Cristina Poeta intensifica seu papel de incentivo à leitura e foca na valorização da cultura nordestina.

A primeira atividade faz parte do programa Sombrinha Literária. É o Ciclo de Leitura, que explora o livro “Carolina, o Cordel e o Coronel”, de Maciel Araújo. Na sequência, às 17:30min, acontece uma roda de conversa com o mestre da cultura Klévisson Viana, grande representante da cultura popular.

No segundo dia, o Cine Leitor traz o curta-metragem “Até o Sol Raiá”, adaptação animada de um conto de fantasia. No período da tarde, o Grupo Garajal apresenta o espetáculo “Pé de Reisado”, que celebra a riqueza cultural do reisado. Na sexta-feira, acontecem as oficinas de isogravura e de cordel e, por fim, a apresentação da banda cearense Caixeiros Viajantes, unindo o rock com a poesia dos cordéis.

A programação faz alusão à Semana Nacional da Biblioteca e do Livro, instituída em 1980 pelo Decreto n° 84.631. A Biblioteca Cristina Poeta é anexa à Ação Cultural do Centro Cultural Bom Jardim, equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE), gerida pelo Instituto Dragão do Mar (IDM).

Confira a programação completa:

DIA 23/10 – QUARTA-FEIRA

10h – SOMBRINHA LITERÁRIA: Ciclo de Leitura com o livro “Carolina, o cordel e o coronel”

RELEASE: No nosso encontro do Ciclo de Leitura, vamos explorar a rica e envolvente história de “Carolina, o Cordel e o Coronel” de Maciel Araújo. Uma jornada literária que nos leva ao universo do cordel e das tradições populares, enquanto acompanhamos Carolina em suas aventuras e descobertas!

O Ciclo de Leitura tem como objetivo incentivar a sociabilidade, a criatividade e o pensamento crítico e afetivo, especialmente das crianças e adolescentes, através de atividades lúdicas, artísticas e culturais. Faz parte do programa Sombrinha Literária, que apresenta atividades que dialogam com a música, o audiovisual, o teatro e múltiplas linguagens com intuito de coletivizar o acesso à literatura, visando à inclusão social e digital, através da experiência da mediação da informação e da leitura.

17h30min – Abertura: Conversa com o Mestre da Cultura Klévisson Viana

RELEASE: Abertura da VIII Semana do Livro e da Biblioteca iniciará com uma Conversa especial com Klévisson Viana! Klévisson Viana, um dos mais importantes representantes da cultura popular, estará conosco para uma conversa rica sobre suas experiências, conhecimentos e a importância da preservação da tradição da literatura de cordel

Klévisson Viana é escritor, cartunista, quadrinhista, cordelista, xilogravador, editor e presidente da AESTROFE – Associação de Escritores, Trovadores e Folheteiros do Estado do Ceará. É também membro da ABLC-Academia Brasileira de Literatura de Cordel (RJ) e Mestre da Cultura do Estado do Ceará.

Coordena o projeto editorial da Tupynanquim Editora, onde já publicou cerca de mil obras de mais de uma centena de autores. Como autor, Klévisson Viana publicou 50 livros de gêneros variados e cerca de duas centenas de folhetos de literatura de cordel. Seus trabalhos já “passearam” pela televisão e adaptações para o teatro. Destaca-se o folheto ‘A quenga e o delegado’ transformado em episódio da série ‘Brava gente’ da Rede Globo.

Tem trabalhos publicados em diversas editoras nacionais e internacionais como Chandeigne – Paris (FR), Editora Leya – Lisboa (PT), Editora Hedra –São Paulo (BR), Nova Alexandria – São Paulo (BR), Editora Demócrito Rocha – Ceará (BR),  Editora Amarilys – São Paulo (BR), Edelbra – Porto Alegre (RS), Ediouro – Rio de Janeiro  (RJ) dentre outras. Suas obras também constam em antologias na França, Turquia, Bélgica, Israel, Egito, Itália e Holanda.

Seu currículo apresenta diversos prêmios relevantes, sendo vencedor diversas vezes consecutivas do PNBE – Programa Nacional da Biblioteca Escolar (MEC), três vezes do Troféu HQ Mix, e outras vezes do PNAIC – Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa (MEC) e Prêmio Jabuti de Literatura dentre outros.

Klévisson Viana coordena eventos culturais, ministra palestras, oficinas e recitais em todo o Brasil e já levou sua arte diversas vezes a países como França, Portugal, México, Cabo Verde e Costa Rica.

DIA 24/10 – QUINTA-FEIRA

10h –  SOMBRINHA LITERÁRIA: Cine Leitor com o curta-metragem “Até o Sol Raiá”

RELEASE: Hoje é dia de Cine Leitor na Biblioteca Cristina Poeta do CCBJ! Vamos exibir o encantador curta-metragem “Até o Sol Raiá”, uma celebração do imaginário nordestino onde personagens de barro ganham vida e trazem uma vibrante festa para uma pacata vila sertaneja.

O Cine Leitor ocorre por meio da exibição de produções cinematográficas que são adaptações de livros, evidenciando a relação entre a literatura e o audiovisual. O objetivo é incentivar a leitura para crianças e jovens através da linguagem do cinema. Faz parte do programa Sombrinha Literária, que apresenta atividades que dialogam com a música, o audiovisual, o teatro e múltiplas linguagens com intuito de coletivizar o acesso à literatura, visando à inclusão social e digital, através da experiência da mediação da informação e da leitura.

18h – Espetáculo Pé de Reisado

RELEASE: Pé de Reisado é uma celebração lúdica e musical da rica tradição popular do Reisado, uma manifestação cultural que une canto, dança e teatro. A história nos leva ao encantador universo de “Virismunda” e “Tião”, que, com muito carinho e dedicação, plantaram a brincadeira do Reisado em nossa região.

O Grupo Garajal, com 20 anos de atuação, mistura teatro de rua, artes circenses e cultura popular em suas performances. Neste trabalho, eles continuam a pesquisa e a celebração do Reisado, buscando novas formas de transmitir essa tradição às novas gerações.

DIA 25/10 – SEXTA-FEIRA

10h – SOMBRINHA LITERÁRIA: Oficina de Isogravura

RELEASE: Como parte da programação da nossa VIII Semana do Livro e da Biblioteca teremos a Oficina de Isogravura! Nesta oficina, você terá a oportunidade de aplicar tinta e criar suas próprias estampas artísticas. É uma excelente oportunidade para explorar sua criatividade, conhecer novas técnicas artísticas!

15h – Oficina de Cordel com o Cordelista Edson Oliveira

RELEASE: A VIII Semana do Livro e da Biblioteca traz a Oficina de Cordel para todos que desejam explorar o fascinante universo da literatura popular nordestina! Edson Oliveira é cordelista e conduzirá uma oficina especial dedicada a essa rica tradição literária. Conhecido por seu talento na criação de poemas e histórias em cordel, compartilhará sua experiência e técnicas desta arte tradicional que combina poesia e narrativa.

Edson Oliveira é um homem cis e negro, destacado na educação popular, na arte do cordel, nas terapias integrativas e complementares de saúde no Bairro Bom Jardim, em Fortaleza. Com vasta experiência, Edson contribuiu significativamente em projetos como o EDEPOPSUS e as cirandas da vida, além de facilitar cursos de massoterapia e educação popular em saúde. Como cordelista é o organizador do livro “biografias em versos” para a rede unida, do livro educação popular em saúde e a convivência com semiárido – diálogos em verso, prosa e ceno poesia. Publicou também importantes obras pela Fiocruz- Rio de Janeiro, abordando temas como acessibilidade e saúde sexual para pessoas com deficiência. Sua trajetória multifacetada e inspiradora faz dele uma referência essencial em sua área de atuação.

19h30min – Caixeiros Viajantes “Canta Cordéis Itinerantes”
RELEASE: A banda cearense de rock Caixeiros Viajantes traz à cena seu mais recente show “Caixeiros Viajantes Canta Cordéis Itinerantes”, uma vibrante homenagem à rica cultura popular nordestina. Ao mesclar seu repertório autoral com a poesia envolvente dos cordéis musicalizados, este show promete uma experiência única e imersiva para todos os entusiastas da música e da cultura regional. A apresentação terá duração de 60 minutos. Sobre a apresentação: A proposta de show “Caixeiros Viajantes Canta Cordéis Itinerantes” é genuinamente inspiradora e vibrante. Ao unir o rock cearense com a poesia dos cordéis, a banda Caixeiros Viajantes oferece uma experiência cultural rica e envolvente, prometendo encantar todos os entusiastas da música e da cultura regional.

O Nada Sobre Nós Sem Nós chega a sua 5ª edição em 2024 com o tema “Art Def: Criações Artísticas para além do Capacitismo”, realizando oficinas artísticas centralizadas em pessoas com deficiência. O evento de culminância do percurso formativo ocorre na próxima sexta-feira, dia 18, no Teatro Marcus Miranda do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ).

A programação começa às 15:00 e conta com uma feira de artesanatos e serviços com artistas da comunidade def, exposição do artista Lauro Neto, apresentação do cordelista Edson Oliveira, partilha das oficinas realizadas no Nada Sobre Nós Sem Nós 2024 e apresentações do grupo e do Quarteto Inclusivo, que finaliza o evento com música.

Em 2024, o percurso formativo aconteceu por meio de cinco oficinas artísticas, com turmas majoritariamente formadas por pessoas com deficiência e alguns professores da comunidade def. De acordo com Vitória Sâmea, supervisora do Programa de Acessibilidade do CCBJ, o Nada Sobre Nós Sem Nós “tem por objetivo fortalecer dentre os/as participantes a relevância da arte feita por e com PCD, a atuação e criação artística por meio das linguagens artísticas da dança, música, teatro, dentre outras”.

A oficina de Maquiagem Artística foi ministrada por Daniel Santos, a de Roteiro para um Audiovisual Acessível, por Elvis Alves, Performance em Libras, por Yuri Axel, e duas turmas da oficina Todo Corpo é Dança; a primeira, em parceria com o Instituto dos Cegos, foi ministrada por Joca Mota e contou com a participação dos integrantes do grupo Olho Mágico, e a segunda, realizada no próprio CCBJ, por João Paulo Lima. 

O Nada Sobre Nós Sem Nós é um percurso formativo anual que promove a interdisciplinaridade entre diversas linguagens artísticas e acessibilidade. A ação é realizada por meio do Programa de Acessibilidade da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim, equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM).

Confira a programação do evento:

15:00 – Praça Central
MOSTRA DE ARTE DEF
Feira de Artesanatos e Serviços com artistas da comunidade def

16:00 – Teatro Marcus Miranda
Texto Manifesto Ancestralidade DEF e resistência artística (Cordelista Edson Oliveira)
O artista, cordelista e brincante de cultura popular, Edson Oliveira, compartilha seu trabalho em cordéis para popularizar temas importantes, como acessibilidade e a inclusão de pessoas com deficiência na participação pública e no direito à saúde, à comunicação, às artes e à cultura.

16h – Teatro Marcus Miranda
Exposição de Lauro Neto
Exposição “O lápis e o papel como símbolo de expressão”, do artista plástico Lauro Neto.

16:30 – Teatro Marcus Miranda
Partilha da oficina “Todo Corpo é Dança”
Com participação dos integrantes do grupo de Teatro Olho Mágico e mediação de Joca Mota e Rárárá

17:30 – Teatro Marcus Miranda
Vídeo Partilha da Oficina de Maquiagem Artística
Exibição de vídeo com depoimentos e registros dos encontros da oficina de Maquiagem Artística, com participação de pessoas surdas e ouvintes

18:00 – Teatro Marcus Miranda
Partilha da Oficina de Performance em Libras 
Participação da turma de Performance com mediação do professor Yuri Axel e Irabson Sousa  

18:30 – Teatro Marcus Miranda
Quarteto Inclusivo
Apresentação musical de forró, com o sanfoneiro Antônio César

O Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), promove durante o mês de outubro a Campanha Bença Vó! Gerações que caminham juntas, realizada por meio do seu Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE), setor de cidadania cultural do CCBJ. A Campanha acontece até 25 de outubro e promove diversas ações dentro e fora do equipamento.

A campanha tem como objetivo valorizar o imaginário infantil com base na própria vivência, suas experiências, cores e classes sociais, promovendo uma maior representatividade negra nas referências de brincadeiras e no ato de brincar. A ideia é promover um diálogo sobre a identificação que se busca no processo de subjetivação que ocorre através do brincar em nossa comunidade.

O espaço será enriquecido com brincadeiras de rua, cantigas de roda, jogos coletivos e instrumentos artesanais, fortalecendo a relação entre as gerações. As atividades foram pensadas em alusão ao Dia do Idoso comemorado dia 1º de outubro e ao Dia das Crianças (12 de outubro), com a mediação do resgate de histórias, registros da oralidade e criação de memórias, promovendo uma interação intergeracional. Dessa forma, refletindo sobre o cuidado e a proteção comunitária desse direito, unindo diferentes gerações em torno do brincar.

Confira a programação completa 

Criando Referências: Del Nunes e a infância periférica
🗓️ 08/10 – Terça
⏰ 18h30

Release: Pensando em criar referências de artistas e movimentos que dialogam sobre direitos humanos, no mês de Outubro, conheceremos o artista Del Nunes, conhecido por suas obras digitais. O publicitário retrata a infância favelada e toda sua potência, trazendo elementos lúdicos que misturam realidade e ficção. Faremos uma atividade de releitura de suas obras, aproximando o público do NArTE com a experiência do artista.

Educadora: Narah Adjane
Local: Estúdio CCBJ


Gutera Uriziga

🗓️ 09/10 – Quarta
⏰ 17h

Release: O Gutera Uriziga é originário de Ruanda e para brincar vamos precisar de um grande aro (bambolê ou roda de bicicleta) e bastões (cabo de vassoura, bambu, etc). Uma criança é selecionada como líder, para rolar o aro escolhido. As outras devem ficar ombro a ombro em uma linha reta segurando os bastões. Os jogadores devem tentar jogar os bastões através do aro em movimento e ganha quem pontuar mais.

Educadora: Shirley Lima
Local: Praça Central


Brinquedo Musical 

🗓️ 10/10 – Quinta
⏰ 18h

Release: Dando continuidade a atividade contínua de percussão. Iremos realizar uma vivência com a produção de um brinquedo musical em alusão ao instrumento ganzá/caxixi que é um instrumento musical de origem africana. A proposta é cada criança produzir um brinquedo e poder conhecer um pouco da história do instrumento e sua importância nos ritmos afrobrasileiro samba e no toque da capoeira.

Educadore: Deyse Mara
Local: Biblioteca


Futebol de Papelão – criação de jogo

🗓️ 11/10 – Sexta
⏰ 17h30

Release: Sabe aquela caixa vazia de papelão que você não usa e não sabe o que fazer com ela?  Que tal usar a criatividade e fazer um jogo utilizando materiais simples como papelão e elástico? 

Educadora: Shirley Lima
Local: Espaço Narte


Brincar di quê? 

🗓️ 11/10 – Sexta
⏰ 18h

Release: Os jogos e as brincadeiras têm um papel muito importante na educação infantil e para a vida de uma criança, pois ao brincar a criança espontaneamente adquire uma aprendizagem mais prazerosa, é um momento de comunicação consigo mesma buscando através de sua realidade a sua imaginação. Assim a educadora Deyse Mara convida as crianças para uma tarde de muita ludicidade, onde o maior objetivo é se divertir.

Educadora: Deyse Mara
Local: Espaço Marielle Franco


Criançada toda reunida

🗓️ 16/10 – Quarta
⏰ 17h30

Release: Gincana tempo junto; a diversão e os desafios vão contagiar as crianças, em alusão ao mês das crianças, vamos nos divertir com boas brincadeiras revivendo a infância de rua.

Educadora: Jackline Marques
Local: Espaço Mariele Franco


Crescendo e aprendendo – jogos ancestrais: etnia Umutina – Jogo Boi bravo

🗓️ 16/10 – Quarta
⏰ 19h

Release: Propondo-se trabalhar a interculturalidade através de brincadeiras ancestrais, faremos alguns encontros com algumas brincadeiras de cultura indígena e africana. Para trabalharmos não só a diversão, mas também para envolver, engajar e transmitir conhecimentos.

Educadore: Joyce Sousa
Local: Campinho


Da Ga

🗓️ 17/10 – Quinta
⏰ 17h

Release: “Da Ga” vem do nigeriano e significa jiboia. Desenhe um retângulo no chão, que será a “casa da cobra”. Um jogador fica dentro desta marcação, ocupando o papel de serpente. Todos os outros jogadores devem ficar próximos ao quadrado. A cobra deve tentar tocar nos jogadores. Caso sejam tocados, os jogadores vão para a casa da cobra, onde todos devem ficar de mãos dadas, utilizando apenas a mão livre para tentar tocar os jogadores. O último que não foi pego pela cobra vence.

Educadora: Shirley Lima
Local: Praça Central


CriAção:  como está tua criança interior; quais brincadeiras você brinca na rua?

🗓️ 17/10 – Quinta
⏰ 19h

Release: Roda de Diálogo com a temática como  os jovens lidam com  saúde mental quando adolescência chega. 

Educadora: Jackline Marques
Local: Espaço Mariele 


Shisima – jogo de tabuleiro

🗓️ 18/10 – Quinta
⏰ 19h

Release: O Shisima é um jogo queniano de estratégia abstrata para dois jogadores. Similar ao jogo da velha e ganha quem primeiro fizer uma fileira de três peças. 

Educadora: Shirley Lima
Local: Centro Espírita de Umbanda São Miguel


Balangandã

🗓️ 18/10 – Quinta
⏰ 16h

Release: Balangandã é um brinquedo de origem africana, recebeu esse nome pelo som que faz ao ser movimentado e deu origem ao brinquedo, utilizado para diversão, atividades esportivas e dança, assim u educadore trás essa vivência com o objetivo de estimular o desenvolvimento cognitivo e motor dos participantes.

Educadore: Deyse Mara
Local: Comunidade São Francisco


Vivência de construção de brinquedos

🗓️ 18/10 – Quinta
⏰ 18h30

Release: Vivência para construir um brinquedo com referência nas infâncias negras periférica e sertaneja.

Educadora: Micinete Lima
Local: Espaço Paulo Freire


Trabalhando a primeira infância –  Água misteriosa

🗓️ 18/10 – Quinta
⏰ 19h

Release: Diversão e aprendizado em uma atividade sensorial. Desenvolver as funções motoras e cerebrais através dos brinquedos.

Educadore: Joyce Souza
Local: Campinho 


InterBrincArTE

🗓️ 23/10 – Quarta
⏰ 14h

Releases: Possibilitar a interação entre crianças (filhos das mulheres criativas), adultos (mulheres criativas) e idosos (acompanhados pelo CRAS), proporcionando o compartilhamento de brincadeiras geracionais que fortalecem a cultura ancestral, o pertencimento ao território, valorização das manifestações da população negra.

Psicossocial: Henrique, Luan, Krisley, Rayssa.
Local: Sala Multiuso e Praça Central


Crescendo e aprendendo – jogos ancestrais: Etnia Terena Jogo – EMA 

🗓️ 23/10 – Quarta
⏰ 19h

Release: Propondo-se trabalhar a interculturalidade através de brincadeiras ancestrais, faremos alguns encontros com algumas brincadeiras de cultura indígena e africana. Para trabalharmos não só a diversão, mas também para envolver, engajar e transmitir conhecimentos.

Educadore: Joyce Sousa
Local: Campinho


Desenho e pintura – cuidados que florescem

🗓️ 24/10 – Quarta
⏰ 16h

Release: Através do desenho, um momento de partilhas será realizado com o grupo de idosas do Instituto Pisiquê. O espaço será de expressões através da representação de plantas que fizeram e fazem parte da vida destas mulheres, proporcionando uma ambiência de relaxamento e descontração a partir do desenhar dessas memórias.

Educadora: Narah Adjane
Local: Instituto Pisiquê


Filtrando sonhos

🗓️ 24/10 – Quarta
⏰ 16h

Release: Filtrando sonhos será uma vivência de filtro dos sonhos com o público da 3ª idade, a educadora vai ensinar os participantes a produzirem filtros dos sonhos, que de acordo com a sua crença, ao cair da noite, o ar se enche de sonhos que podem conter mensagens do Grande Espírito para nós, humanos. E para separar os bons sonhos das energias ruins que nos fazem mal, eles criaram o filtro dos sonhos.

Educadore: Deyse Mara
Local: CUBMGP – Centro União Beneficente dos Moradores do Bairro de Granja Portugal


Trabalhando a primeira infância –  Contação de história

🗓️ 25/10 – Quarta
⏰ 19h

Release: Desenvolver a concentração através do acesso à cultura 

Educadorie: Joyce Souza
Local: Espaço alternativo da dança

Os projetos Em Foco e Maraca na Web foram selecionados em editais lançados pela Lei Paulo Gustavo (LPG) após receberem orientação do Bússola Cultural. O serviço de assessoria técnica especializada do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) oferece atendimento gratuito para artistas, produtores e agentes culturais captarem recursos para projetos culturais e sociais.

O Edital de Apoio ao Audiovisual Cearense – Difusão, Formação e Pesquisa selecionou o projeto Em Foco, de Rafael Rodrigues. Por meio da Lei Paulo Gustavo, a convocatória é voltada para seleção e apoio a agentes culturais, como é o caso de Rafael. Com o Em Foco, o ator propõe a promoção de formação para atores e atrizes periféricos em audiovisual.

O Maraca na Web, por sua vez, é um projeto que visa dar visibilidade a artistas do Maracanaú, município da Região Metropolitana de Fortaleza, a partir de lives no Instagram e da distribuição do conteúdo gravado para que os artistas possam publicar em suas redes sociais. O projeto foi selecionado em um dos editais da LPG, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo de Maracanaú.

Oportunidade que gera oportunidade

Rafael Rodrigues conta que sonhava com seu projeto há muito tempo. “Idealizava gerar distribuição de renda e oportunidades para os artistas da periferia como eu”, afirma. Ele participou de um momento de tira-dúvidas no CCBJ, realizado pelo Bússola Cultural, sobre a Lei Paulo Gustavo. Na ocasião, a assessora técnica de projetos culturais Monique Souza informou o artista sobre a consultoria ofertada no equipamento.

“Agendei um atendimento com o Bússola Cultural, na semana seguinte tive o primeiro encontro com a Monique, que orientou como organizar meu mapa cultural, escrever o projeto”, diz Rafael. Ele também participou de um curso de escrita de projetos no CCBJ e, enfim, conseguiu colocar seu projeto em prática.

Nereu Paiva considera a orientação que recebeu de Monique Souza muito importante para a conquista do Maraca na Web, já que se trata do seu primeiro projeto. Em outubro de 2023, junto do edital, surgiu o próprio projeto. “A Monique tirou todas as minhas dúvidas e ainda me orientou em pontos que eu nem percebia que mereciam atenção”, afirma.

Os agentes culturais contam que receber o recurso do edital viabilizou a execução de seus projetos, que podem causar impactos sociais nas áreas onde atuam. “Acho que o maior impacto do meu projeto é dar oportunidades a quem não tem. Tanto aos artistas de Maracanaú de se apresentarem em um ambiente profissional como também dos nossos alunos, de terem uma formação em uma profissão relativamente nova”, comenta Nereu.

Sobre o edital, Rafael afirma: “está gerando conhecimento e renda para os artistas, que como eu, precisamos ter condições financeiras para produzir arte e cultura nas nossas periferias sem se deslocar para os grandes centros”. O papel do Bússola Cultural está no impulsionamento de projetos culturais e prioriza iniciativas artísticas descentralizadas no aproveitamento de oportunidades como essa.

Leia mais: Bússola Cultural – projeto do CCBJ guiou iniciativas do Grande Bom Jardim no caminho certo para se tornarem Pontos de Cultura do Ceará