Como um equipamento da Secretaria de Cultura, o NArTE pauta sua ação fundamentalmente sobre o alicerce da arte educação como um instrumento-meio, quer dizer: o processo sócio-pedagógico se dá mediado pela linguagem artística, que se torna, portanto, mecanismo fortalecedor da construção de vínculo pedagógico. Esta perspectiva fundamenta-se fortemente sobre a compreensão de MAE (1998, pg. 16) quando ela indica a arte como retina pela qual “temos a representação simbólica dos traços espirituais, materiais, intelectuais e emocionais que caracterizam a sociedade ou o grupo social, seu modo de vida, seu sistema de valores, suas tradições e crenças. A arte, como uma linguagem presentacional dos sentidos, transmite significados que não podem ser transmitidos através de nenhum outro tipo de linguagem”, assim, é por meio da arte que identificamos os diversos elementos sociais nos quais o CCBJ e seus usuários estão inserido, mas não obstante, é também com a arte educação que nos mobilizamos para uma nova perspectiva e análise sobre esse cenário, buscando perceber o ser humano em “sua plenitude. [e] para isso, é necessário virar o mundo de cabeça para baixo. Inverter a proposição de que ser é ter. Buscar o lúdico no coditiano. Olhar o mundo com espanto” (FONTENELES; BARON; FARIA; GARCIA, pg. 23), ou seja, nos utilizamos da arte-educação não apenas como linguagem para olhar o mundo, mas também como perspectiva de ação e reencatamento do mundo.