Transeuntes atentos à metrópole e munidos de uma tecnologia comum a seus corpos, Lucas Vaz, Lucian Charada, Raphael Farinhas e Raqueline de Lourdes produzem pensamento através da dança. Com o projeto Sintético, desenvolvido no Laboratório de Pesquisa da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim (ECA/CCBJ), o grupo Ritmo Soul’to investiga, expressa e denuncia as disparidades sociais que os alvejam.
A conexão entre os quatro pesquisadores do Sintético, assim como as questões que despertaram a inquietude para a elaboração do projeto de pesquisa, está na dança e na relação de cada um com a urbanidade. As vivências e percepções de cada componente do grupo acerca da cidade permeiam um projeto que dá fruto a um produto crítico.
“Nós somos as sobras do que é entregue à sociedade; a gente fica com os restos”, afirma Lucian Charada, 34, referindo-se à classe social dos pesquisadores. Quando se dispuseram a pensar sobre a relação entre corpo e tecnologia, estenderam o conceito à ideia de ancestralidade e resistência. A distribuição de água, por exemplo, é definida pelo grupo como uma tecnologia excludente.
“O corpo constrói sobrevivência; isso também é tecnologia”, afirma Lucian. Ao passo em que o projeto aponta discussões relacionadas à questão de classe, evidenciando quais são os corpos afetados pela exclusão, leva também em consideração os meios que tais corpos encontram de resistir a esta condição.
A crítica é latente no produto desenvolvido pelo grupo. A performance cênica transita entre dança e instalação, sendo o primeiro trabalho cênico de Raqueline e Farinhas, que até então tinham sua experiência na dança relacionada à rua. Enquanto ela é uma liderança feminina em danças urbanas dominadas por homens, ele ganha a vida com a dança no sinal de trânsito.
Quando estendem a noção de tecnologia, os pesquisadores também compreendem os meios de proteger o corpo do sol, no caso de Raphael Farinhas, 30, como uma tecnologia. O chapéu e as mangas longas usadas para enfrentar a exposição ao sol o escoltam em sua “teimosia de continuar vivendo de arte”, como diz o artista.

As vivências de cada um levaram à formação do coletivo e às indagações lançadas pelo projeto de pesquisa. “Sintético me atravessou porque eu já vivia tudo isso na pele”, declara Farinhas. O pesquisador parte de suas experiências para agregar ao grupo, que, conforme Lucian Charada, é composto por pessoas que foram escolhidas a dedo.
Acostumado a percorrer a cidade de bicicleta, Lucas também é um observador da metrópole. A vida urbana, tão presente no projeto e no cotidiano dos pesquisadores, é levada em conta como parte da formação dos componentes de Sintético.
“Fiquei em êxtase quando descobri que a dança podia ir pro palco”, conta Lucas Vaz, 25. Assim como Lucian, que começou sua trajetória na dança a partir das batalhas de dança, Lucas começou a se envolver com a linguagem por meio das danças de rua. Não por acaso, as danças urbanas estão incorporadas na proposta de Sintético e no produto desenvolvido pelo grupo.
Raqueline de Lourdes, 24, não só teve seu primeiro trabalho cênico no Laboratório de Pesquisa do CCBJ, como também sua primeira experiência na área da pesquisa. “Eu não tenho formação”, foi o que a artista informou à banca responsável por avaliar os projetos submetidos aos Laboratórios de Pesquisa. “Você tem formação, sua formação é a rua”, ouviu em retorno. Para Raqueline, o processo de pesquisa abriu-lhe uma nova perspectiva: ela pode dançar o que quiser.
Apesar da relação com a rua e com a cidade, o primeiro vislumbre da elaboração de Sintético surgiu na formação de Lucian em um curso técnico em dança, com o espetáculo “Sujeito corpo amorfo”, que ele define como a sinopse de Sintético – uma espécie de prévia do que viria a ser o projeto que desenvolveram no CCBJ.
Quando Lucas, que já havia sido aluno de Lucian, tomou conhecimento do projeto, ficou determinado a tirá-lo da gaveta. A vontade que eles tinham de dividir o palco e a necessidade de buscar renda através da dança os levou a encarar os desafios do processo, dividindo também as três bolsas de formação entre os quatro integrantes.
A força do coletivo na criação
Durante o processo de formação no Laboratório de Pesquisa em Dança da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim, adicionando à bagagem trazida pelos pesquisadores em suas experiências corporais, a investigação abrangeu outras práticas e técnicas além das Danças Urbanas e também envolveu processos de experimentação dramatúrgica.
Além da importância da bolsa, pontuada por Farinhas e Lucian, a autonomia e o “respeito enquanto pesquisador e artista” foi uma das principais diferenças observadas por Lucas e Lucian entre desenvolver pesquisa na universidade e na Escola de Cultura e Artes do CCBJ.
O acolhimento identificado por Raqueline é reconhecido pelos seus parceiros de pesquisa. Segundo Lucas Vaz, não houve pressão para a criação de um produto, mas a preocupação de que eles levassem do processo algo que agregasse artisticamente suas caminhadas. Ainda assim, com a mediação de Loly Pop, o grupo driblou o desafio de delimitar o tema da pesquisa e criou uma nova peça artística como produto final do processo.
Lucian Charada afirma que costuma trabalhar sozinho por ser mais fácil. Em sua percepção, as políticas públicas operam de maneira individualista, mas, para ele, “o coletivo fortalece a gente”. Sintético é um projeto de pesquisa que reúne os quatro artistas que o assinam e explora questões externas a partir de suas visões de mundo e experiências.
O resultado da investigação se deu através da dança, que Lucas define como uma tecnologia. Através dela, seus corpos têm construído resistência e produzido pensamento acerca do mundo ao seu redor. Em Sintético, o potencial criativo dos artistas e pesquisadores do grupo se eleva na valorização de suas vivências e na força do coletivo.
Nesta sexta-feira, 12, o coletivo Brincantes Sonoros estará novamente no Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura (Secult CE), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), com o “Reisado Bom Jardim”, uma manifestação da cultura tradicional e popular viva no território do Grande Bom Jardim.
“OH SENHOR DONO DA CASA, ABRA PORTA ACENDA A LUZ!”
Quem já acordou ou ficou até tarde esperando o cortejo passar nas ruas? Principalmente nos bairros periféricos, como o Bom Jardim, é certa a passagem dos grupos pelas ruas, fortalecendo a cultura popular. O CCBJ traz para o local o cortejo e a celebração de Reisado, no dia 12 de janeiro, a partir das 19h, com Brincantes Sonoros e o Reisado do Boi Jardim. A programação gratuita e de classificação livre acontece na Praça Central do equipamento.
O Reisado Boi Jardim nasceu em 2012, com o coletivo Brincantes Sonoros saindo às ruas com máscaras e tambores, com a participação das crianças da comunidade São Francisco, localizada no bairro Bom Jardim. No repertório, cada careta/Papangu cria seu verso com situações do cotidiano.
O grupo pede licença para iniciar a brincadeira do Reisado Boi Jardim, apresentando um giro pelas fauna, flora e histórias de moradores contadas na beira das calçadas. No palco, artistas moradores do bairro Bom Jardim e figuras que nasceram, vivem e percorrem as águas do rio Maranguapinho e a participação do público constroem o show, espetáculo e cortejo.
Acompanhe nas redes sociais: Reisado Boi Jardim
A Folia de Reis é também conhecida como Reisado ou Festa de Santos Reis. Para além de ser uma festa popular e tradicional brasileira, de cunho religioso e folclórico, o Reisado acontece da data natalina de 24 de dezembro e segue até dia 06 de janeiro, quando se comemora o dia dos Três Reis Magos.
Alguns estados do Brasil como Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Goiás celebram este festejo. O Ceará não fica de fora, incluindo o território periférico da cidade de Fortaleza, como o Grande Bom Jardim, onde o Brincantes Sonoros e o CCBJ atuam e se localizam.
Bricantes Sonoros
O Coletivo Brincantes Sonoros trabalha com arte e cultura para crianças, jovens e adolescentes. O grupo é um coletivo de pesquisa e prática sobre a música-cênica, realizando a junção da música e teatro como ponto de partida para criação dramatúrgicas e estéticas. Surgiu com a pesquisa e prática das sonoridades dos folguedos populares, cavalo marinho, reisado e cabaçal.
O coletivo surgiu em 2010, enquanto o artista Bruno Sodré concluía o primeiro curso de percussão do CCBJ. A partir da formação, Bruno passou a realizar um trabalho voluntário no equipamento, a partir da abertura de vagas para crianças e jovens no curso de percussão. Desde então, o artista, que já se interessava e pesquisava sobre a teatralidade do reisado de caretas, passou a incrementar o grupo com outras linguagens.
A história da iniciativa com o Centro Cultural Bom Jardim existe desde o início do Brincantes Sonoros, realizando suas atividades no espaço físico do CCBJ, possibilitando, conforme Bruno Sodré, “maior atendimento à criançada do bairro”. Em 2023, o coletivo foi reconhecido pelo Governo do Ceará como um Ponto de Cultura do estado e segue com o objetivo de manter viva a memória das brincadeiras populares e o reisado como atual.
“Como Ponto de Cultura, podemos fortalecer o fazer e o pensar artístico periférico e, assim, tecer caminhos e redes de ação coletiva com artistas e grupos”, afirma o coordenador do coletivo, Bruno Sodré. Ele avalia o reconhecimento oficial como uma forma de impulsionar o contato dos Brincantes Sonoros com outros pontos de cultura do estado. Além de potencializar os serviços e ações promovidos pelos Pontos de Cultura, a certificação do Governo do Estado pode fortalecer a rede de coletivos, entidades culturais do estado e trabalhadores da cultura, podendo ampliar também a credibilidade desses grupos.
SERVIÇO: Reisado Boi Jardim com Brincantes Sonoros
Dia: 12/01
Local: Centro Cultural Bom Jardim, com cortejo no entorno (Rua Três Corações, 400, Bom Jardim)
Horário: a partir das 19h
Indicação: Livre
Acesso: Gratuito
O Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), informa seu retorno às atividades internas hoje, dia 02 de janeiro de 2024, em planejamentos para as ações e programações do ano que se inicia.
O Centro Cultural Bom Jardim, por meio de seus setores finalísticos como a Ação Cultural, Escola de Cultura e Artes e Núcleo de Articulação Técnica Especializada, e os setores transversais, como Administração, Infraestrutura e Comunicação, manifesta alegria em voltar à ativa e dispensa o momento à finalização de pendências do ano anterior e à preparação do que está por vir.
Sobre nosso funcionamento
Nesta quarta-feira (03/01) o equipamento estará com as atividades suspensas, devido à dedetização do espaço. Seguimos com as atividades na quinta-feira, dia 04.
A Escola de Cultura e Artes do CCBJ realiza durante essa semana a construção de relatórios e processos sobre as finalizações dos cursos e retornará de forma presencial ao equipamento no dia 08 de janeiro, de 8h00 às 17h00, voltando ao seu funcionamento normal. Já a Ação Cultural do CCBJ realizará atividade aberta ao público neste sábado, dia 06.
Além da programação de sábado, a ser divulgada em breve, a biblioteca Cristina Poeta e o serviço Bússola Cultural, bem como as solicitações de estúdio e de pauta, voltam a oferecer atendimento a partir da mesma data.
O NArTE/CCBJ, por sua vez, também funcionará no dia 06 de janeiro, junto às atividades da Ação Cultural. O setor permanecerá em planejamento e seu atendimento presencial ao público retorna no dia 10 de janeiro, voltando a funcionar normalmente em todos os turnos.
Ano novo, novas oportunidades no CCBJ
Nós que fazemos o CCBJ, juntos com a Secretaria de Cultura do Ceará e o Instituto Dragão do Mar, manifestamos grande satisfação em promover oportunidades e vivências na cultura por mais um ano junto ao seu público.
Em 2024, os editais de Manutenção dos Grupos, Convocatória da Programação Artística, Chamadas Públicas para os Ateliês de Produção, Laboratórios de Pesquisa, formações a nível básico, livre, técnico e extensivo em diversas linguagens da arte, além de Agentes Criativos e Iniciativas Comunitárias, se mantêm no papel de produção e fruição artística do Grande Bom Jardim.
Anúncio: inscrições abertas para participar do Lar Doce Lar e reformar a sua casa! A proposta parece tentadora, mas é falsa. Do anúncio que circulava em uma rede social para participar do famoso quadro de um programa de televisão, surgiu a ideia para o projeto de pesquisa “Segurança de dados e pessoas em vulnerabilidade social: um estudo exploratório”, desenvolvido no Laboratório de Pesquisa de Cultura Digital, por meio da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ).
Thalita Feitosa tomou conhecimento do anúncio falso por meio de sua mãe, de 40 anos, que acreditou na veracidade da propaganda. E ela não era a única. Olhando os comentários da publicação, Thalita observou uma quantidade considerável de pessoas acreditando naquele anúncio que, provavelmente, se implicaria em um golpe a quem clicasse.
Essa observação suscitou a desconfiança de que existe uma relação entre os riscos aos dados dos usuários das redes e as pessoas em situação de vulnerabilidade social, uma vez que as pessoas interessadas em participar de um programa de TV que oferece reconstruir a sua casa são aquelas pertencentes a classes sociais menos favorecidas.
O olhar apurado de Thalita juntou-se ao de seus amigos de adolescência: Lemuel dos Santos e Ronis André da Silva. Juntos desde o ensino médio, os jovens de 21 anos inscreveram o projeto nos Laboratórios de Pesquisa 2023, levando em conta a experiência de cada um na área da Cultura Digital e a sua relação com a periferia.
Ao longo do processo, os pesquisadores dividiram as etapas do trabalho de pesquisa na produção de conteúdo e consultas bibliográficas, aplicação de formulário online e visitas a escolas EJA, voltadas para a educação de jovens adultos, para realizar entrevistas presencialmente. As duas escolas visitadas pelo grupo ficam localizadas nos bairros Parque Santana e Bom Jardim, em Fortaleza.
O grupo, formado por residentes de periferias da cidade – sendo essas Mondubim, Parque São José e Siqueira, onde moram Lemuel, Thalita e Ronis, respectivamente –, considera a pesquisa de campo o momento mais impactante do processo por poder visualizar como o tema pesquisado pelos três amigos afeta a sociedade. “É uma galera que não é vista”, afirma Ronis André.
Ele ressalta a importância do projeto do qual faz parte por se debruçar sobre uma questão pensando a forma como ela afeta um grupo social marginalizado. “As pessoas pensam que a periferia não tem conectividade”, diz, apontando que a pesquisa de seu grupo comprova justamente o contrário. A fala do pesquisador, então, resvala no resultado prático buscado pelo grupo; eles querem transformação social.
Pesquisa como ferramenta de transformação
Tendo a experiência no Laboratório do CCBJ como a primeira na área da pesquisa, Ronis se interessou em adentrar nesse universo devido ao viés social levado em conta no objeto da pesquisa e às ambições que o grupo possui. Eles almejam que o projeto desenvolvido por eles sirva para a criação de políticas públicas voltadas para a educação digital, pois, segundo Thalita, “nossa cultura não estava preparada para o ‘boom’ da tecnologia”.
O grupo chegou a essa conclusão por notar que todas as pessoas que estão conectadas na Internet estão suscetíveis aos riscos de fornecer seus dados, até mesmo os grupos que os pesquisadores menos esperavam. É o caso de pessoas com ensino superior, por exemplo, que são alvo comum de fraudes bancárias por, de acordo com Thalita Feitosa, fazerem mais compras online.
Inicialmente, os três amigos tinham o desejo de voltar a pesquisa para toda a cidade de Fortaleza. Ao longo do desenvolvimento da pesquisa, que Lemuel define como uma experiência de muito aprendizado, com o suporte do professor mediador Alexandre Barbosa Lins, eles começaram a compreender como delimitar a pesquisa e o que perguntar para as pessoas entrevistadas pelo grupo.
“As pessoas não são só objetos de pesquisa, a gente consegue se enxergar nelas”, complementa Lemuel dos Santos, que já havia tido contato com a área da pesquisa na universidade ao desenvolver um artigo científico em uma disciplina introdutória. Ele e Thalita contam que, nos Laboratórios da Escola de Cultura e Artes do CCBJ, o contato humano e o suporte recebido ao longo do processo fizeram da pesquisa um trabalho mais proveitoso.
Com a elaboração de uma apresentação aos moldes de um seminário, a produção de um artigo científico e de mini documentário, Lemuel dos Santos, Ronis André e Thalita Feitosa voltam seu olhar de pesquisadores para a periferia e buscam a implicação prática de um trabalho que por vezes está associado somente à produção teórica. “Segurança de dados e pessoas em vulnerabilidade social: um estudo exploratório” mostra as possibilidades que se abrem quando a periferia é munida de condições para a produção intelectual e, nesse caso, científica.
Para onde uma pista de skate pode levar? A história de Valmir Rodrigues Jr. – conhecido como Tioksk ou simplesmente Kaska (Ksk) –, David Lucena e Lucas Evangelista mostra que esse tipo de pista que não desemboca em lugar algum pode levar à arte, à cultura e à produção intelectual.
Os três jovens adultos que se encontraram na vida por meio da pista de skate do bairro Bom Jardim, quando ainda eram adolescentes, não imaginavam que sua trajetória os levaria a se tornarem, além de artistas, pesquisadores nos Laboratórios de Pesquisa da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim (ECA/CCBJ), com o projeto “Bomjarmaps”, em 2023.
David, 27, conta que, através do skate, eles começaram a fazer rima “de zoação”, até que viram potencial para tornar a diversão algo sério. Nesse período, quando tinha 16 anos, para além da atuação como MC, Young Trezzer, como é chamado, começou a participar de projetos sociais e aprendeu a trabalhar com produção musical.
Lucas, 24, é um instrumentista apaixonado por música desde a infância, mas o Hip Hop só chegou em sua vida quando passou a frequentar a pista de skate que Kaska e David ocupavam. Aos 16 anos, ele começou a trabalhar com produção musical, fazendo música a partir do beat do rap. Foi ali também onde David e Kaska começaram a fazer rima.
À época, quando tinha entre 19 e 20 anos, Kaska, 29, também começou a entender sobre produção e teoria musical, participava de saraus e fazia rimas como MC. Ele fazia parte do grupo Sem Saída e é um dos idealizadores do coletivo Covil Cran, do qual David também é membro, que foi contemplado na Convocatória para Manutenção das Atividades Artísticas e Culturais de Grupos e Coletivos do CCBJ.
O projeto desenvolvido no Laboratório de Pesquisa em Música do CCBJ representa o engrossamento da relação do grupo com o equipamento, trazendo à tona a necessidade de falar sobre a movimentação artística que acontece no Grande Bom Jardim, território onde os três pesquisadores do projeto “Bomjarmaps” demonstram orgulho em residir.
Movidos pelo desejo de “procurar inspirações daqui”, Tioksk, David e Lucas depararam-se com a inquietação pela queda da efervescência do Hip Hop no território e, por meio do “Bomjarmaps”, pretendem alavancar os eventos da cena dessa vertente cultural, bem como seus artistas e coletivos.
“Era massa a circulação antes, mas os artistas têm dificuldade”, afirma David Lucena sobre os desafios de dar continuidade ao trabalho artístico devido à escassez de fomento. Segundo Kaska, portanto, um dos principais objetivos do projeto de pesquisa “Bomjarmaps” é “criar maior circulação”, pois normalmente “a galera só faz e solta”, sem depreender de recursos para distribuição e divulgação.
Para isso, eles fizeram um pré-mapeamento das iniciativas de Hip Hop existentes nos bairros do Grande Bom Jardim. Em seguida, aplicaram um questionário que chegou a 41 artistas musicais de Hip Hop no território, além de realizarem entrevistas com cinco desses artistas (um por cada bairro) e desenvolverem uma cartografia. O que eles querem, então, é fazer o cenário voltar à ativa – e, como mostra a pesquisa do grupo, artista não falta.
A ideia inicial dos três parceiros de arte e pesquisa era criar um mapa que representasse as iniciativas voltadas para a música no Grande Bom Jardim. Levando em conta o histórico dos três com o Hip Hop, acharam por bem afunilar a pesquisa na vertente sobre a qual falam com propriedade e por experiência própria.
Não por acaso, eles estão entre os artistas contabilizados no projeto. Lucas Evangelista aponta que eles acabaram por fazer uma espécie de “autoanálise” no processo, ao mesmo tempo em que esbarraram na necessidade de ‘separar’ o artista do pesquisador em alguns momentos. Afinal, além de pesquisadores, contribuem para a cena do Hip Hop no Grande Bom Jardim com suas produções artísticas e, por isso, seus nomes devem estar no mapa que pretendem construir para deixar à mostra as pessoas que fazem a cena do Hip Hop acontecer no território.
Na contramão de um mapa de facções criminosas, Kaska pontua a importância do projeto de pesquisa do qual faz parte pela necessidade de mostrar o Grande Bom Jardim relacionado à arte e à cultura, ao invés da criminalidade comumente associada ao território periférico de Fortaleza. O resultado da pesquisa atesta o que eles já sabiam: existe arte no Grande Bom Jardim. E o grupo se compromete a dá-la maior visibilidade.
Na arte ou na pesquisa, produção intelectual de dentro para dentro
Durante a pesquisa que David Lucena, Valmir Rodrigues – o Kaska – e Lucas Evangelista desenvolveram no Laboratório de Pesquisa de Música da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim, ouviram de um dos artistas entrevistados que se sentia motivado a fazer música só por vê-los realizando um projeto como o “Bomjarmaps”.
David revela esse relato com orgulho ao contar que sua maior expectativa para o projeto é “motivar a galera a continuar a fazer sua arte”. As expectativas dos parceiros de arte e pesquisa são externas a si mesmos, mas voltadas para dentro do território onde eles movimentam seus “corres”, que, como preza o próprio David, “a gente não quer que morra aqui”.
Para Lucas, saber que o movimento existe gera a possibilidade de espelhar outras pessoas. Impulsionar os pontos de cultura do território e dar visibilidade aos artistas do território, listados por Lucas e Kaska, também são propósitos centrais do grupo. Com sede de possibilitá-los, David e Lucas aceitaram o desafio de trabalhar com pesquisa pela primeira vez.
Kaska, que já havia tido experiência com pesquisa no ensino básico, conta que esse contato ajudou a desenvolver a pesquisa no Laboratório de Pesquisa do CCBJ, mas quando coloca as duas experiências em perspectiva, considera que “na escola, era um bagulho muito preso”. Hoje, ele pensa que o fato de estar, junto dos colegas, desenvolvendo um projeto de pesquisa pode motivar outros a também mergulhar neste universo.
Apesar dos desafios impostos pela limitação do tempo e pela dificuldade de encontrar material sobre o território, o grupo finalizou o processo no Laboratório de Pesquisa de Música com o esboço de um mapa que ilustra o Grande Bom Jardim como berço de arte, de onde eles seguem desenvolvendo produção intelectual – seja na rima, na composição musical ou na pesquisa.
Dança, música e audiovisual se encontram nas figuras de Isabela dos Santos, Francisco William e Vitor Grilo, nome artístico de Vitor Mesquita, por meio do projeto Arrebol. Nos Laboratórios de Pesquisa 2023, da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), embora inscrito como um projeto do Laboratório de Dança, o grupo desenvolveu um trabalho que entrelaça as três linguagens artísticas às quais cada integrante pertence.
Isabela dos Santos, 26, dança desde os 8 anos de idade e desenvolveu o Arrebol como projeto de TCC, trabalho de conclusão do curso, no curso técnico que fez em Produção Cultural. No entanto, a pesquisa ficou reservada à produção teórica. No Laboratório de Pesquisa de Dança, Arrebol integrou o audiovisual e cumpriu uma jornada de experimentações para desenvolver um projeto de três linguagens que dialogam entre si.
Com uma rabeca em mãos, instrumento sobre o qual pesquisa desde a graduação, William, 29, se predispôs ao desafio de dançar pela primeira vez. Ao lado de Isabela, ele busca guiar a música pelo movimento do corpo da bailarina, colocando, como ele mesmo define, “a música em função do corpo”, invertendo o processo mais comum de junção dessas duas linguagens.
Quando Vitor Grilo, 39, entra na equação, já para o processo de pesquisa do Laboratório, o audiovisual agrega ao projeto novas camadas e alcança novas formas de fazer música e dança, conforme conta Isabela dos Santos. Para ela, foi justamente a maior possibilidade de experimentação que fez o processo no CCBJ ser proveitoso e se destacar entre suas outras experiências na área da pesquisa.
Em um mundo saturado de imagens, como não estragar a estética minimalista, já desenvolvida por William e Isabela, ao adicionar o audiovisual? Esse foi o questionamento que pairou sobre a cabeça de Grilo e seus companheiros de pesquisa. Na experimentação, eles encontraram respostas: a superação da tela.
Como produto final apresentado na Partilha final dos Laboratórios de Pesquisa, o grupo desenvolveu uma projeção mapeada que provoca a sensação de que o espaço dança junto de Isabela e de William. A técnica, conhecida como video mapping, era estudada e foi levada ao grupo por Vitor Grilo, possibilitando a projeção de imagens em qualquer superfície. “É como se o espaço dançasse junto com a gente”, afirma Isabela.
Assim como o espaço, a rabeca nordestina, instrumento sobre o qual William começou a pesquisar na sua licenciatura em Música, possibilita o movimento do corpo do instrumentista e também abre espaço para um “caminho novo para fazer música e abre margem para a criação”, considera William.
O projeto de pesquisa de Isabela, Grilo e William se difere dos demais nos Laboratórios de Pesquisa 2023 devido à prioridade e preferência pela experimentação, possibilitada pela metodologia da Escola de Cultura e Artes do CCBJ. “A gente foi partindo da nossa bagagem”, afirma Grilo, pontuando a construção do projeto a partir da troca entre ele e seus companheiros de pesquisa.
Pesquisa como experimentação e troca
Colocando a “investigação em função da realização”, como define Vitor Grilo, o grupo conseguiu chegar a novas conjunções. Mesmo da relação nada extraordinária entre música e dança, surgiram novos elementos a partir do processo de pesquisa do Arrebol. Isabela, que tem uma longa caminhada na dança, não sentia que a música era integrada à linguagem. O projeto, de certo modo, também é fruto de experiências nem tão positivas.
“Sempre dava algum erro na trilha sonora”, conta, referindo-se às suas experiências passadas. Por isso mesmo, ela queria a música como parte do processo, não como um elemento que meramente acompanha sua expressão artística principal – a dança. E, assim, a figura do músico deixa de funcionar como se fosse “parte do cenário”. A rabeca, então, é um instrumento que, conforme explica William, colabora para a movimentação do instrumentista e tem forte relação com a dança por ser pequeno e funcionar como extensão do corpo.
Além de propor uma nova forma de conexão entre música e dança, quando o audiovisual é adicionado ao processo artístico e de experimentação do grupo, a primeira linguagem ganha capacidades a mais, como a de criar “ondas sonoras como forma de projetar cores e formas”, de acordo com William. Além do corpo, ele conta que a luz e o cenário também indicam a linguagem e a escala musical.
A ideia, para Vitor Grilo, é que uma linguagem não se sujeite à outra. O pesquisador pondera que as políticas públicas operam sob a individualização das linguagens, enquanto o projeto de pesquisa do qual faz parte se lança em um caminho de entrelaçar três manifestações distintas em uma só e, ao mesmo tempo, manter “cada linguagem com seu discurso”.
“É bem mais democrático”, afirma William sobre o processo de pesquisa no Laboratório do Centro Cultural Bom Jardim. Ao comparar a experiência de pesquisa no equipamento com as anteriores, como o TCC da sua graduação em Música, ele visualiza que a série de formatações exigidas pela academia “impossibilita muitas pessoas de desenvolver pesquisa por não conseguir se apropriar desses mecanismos”.
Para Isabela, o maior diferencial é o alcance da pesquisa. “A gente faz pesquisa para partilhar” e, durante os cinco meses de desenvolvimento, os grupos se reúnem para mostrar o que estão construindo e dividir um pouco de seus processos. Para William, o procedimento e o produto final são os grandes diferenciais, afinal, foi o que possibilitou a criação livre e experimental do grupo.
Da “banalização da relação entre projeção e música”, que Grilo aponta como uma combinação saturada em shows de música, por exemplo, eles conseguiram inserir a tela enquanto dispositivo que molda o espaço e elaborar um modelo de expressão artística que eleva a potência da arte a partir da junção da força de três linguagens, interligando o melhor de cada pesquisador do Arrebol a partir da sensibilidade.
Uma análise da identidade cultural através do cinema e a busca de ver a si mesmo
Sem referências de preservação audiovisual, mas cientes da existência de produção no Grande Bom Jardim, o grupo “Imagens na Periferia: memórias, preservação e acesso ao audiovisual do Grande Bom Jardim” busca, como o nome já anuncia, resgatar, preservar e propagar a memória e identidade cultural do território a partir da sétima arte realizada na área.
Do Extensivo em Audiovisual aos Laboratórios de Pesquisa da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim (ECA/CCBJ), os pesquisadores que fizeram um levantamento fílmico do Grande Bom Jardim durante o processo de pesquisa desenvolvido no equipamento também são contribuintes do conteúdo que preenche o agrupamento das obras fílmicas do território ao qual pertencem.
Elvis Alves e Henrique Sales, conhecido como Ricco, foram estudantes do Programa de Audiovisual da Escola do CCBJ, a ECA, na segunda turma do Extensivo em Audiovisual. O percurso se estendeu de 2021 até 2022, quando Willi Sales, estudante de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Ceará (UFC), passou a participar da formação como monitora.
O caminho dos três se cruzou através do CCBJ. E do audiovisual. Ricco e Elvis se conheceram em 2019, em um curso de roteiro realizado no equipamento. Desde então, tornaram-se amigos inseparáveis e parceiros de trabalho – colaboração notável pela produção do “Noites em Claro”, filme dirigido e roteirizado por Elvis e produzido por Ricco para ser apresentado como trabalho de conclusão do curso de extensão em audiovisual, contando com Willi como técnica de som.
A produção, realizada no Bom Jardim/Granja Lisboa, tem rodado festivais e mostras de cinema pelo Brasil, tendo sido premiada algumas vezes. Em 2022, Willi chega para somar ao time e, em 2023, o trio toma para si uma nova empreitada: construir um trabalho de pesquisa que contribua para fortalecer o cenário no qual os três estão inseridos.
Moradores do bairro Granja Lisboa e Granja Portugal, que compõem o território ao qual a pesquisa do grupo se delimita, Ricco, Elvis e Willi se lançam em uma busca que também se trata de si mesmos. Do desejo de celebrar o cinema do Grande Bom Jardim, Ricco e Elvis já ruminavam possibilidades de realizar uma mostra das produções realizadas no território.
Quando abriram as inscrições dos Laboratórios de Pesquisa da Escola de Cultura e Artes do CCBJ, eles resgataram o tema e encontraram em torno de 40 filmes produzidos em seu território de origem. Durante os cinco meses do processo de pesquisa, os três pesquisadores dividiram seu trabalho em teoria, pesquisa de campo e catalogação.
Eles consultaram uma bibliografia relacionada à história, arquivística e preservação, e visitaram instituições que trabalham com preservação. Além disso, fizeram aplicação de formulário, conversaram com realizadores e fizeram a catalogação dos filmes, que, embora tenham identificado em maior quantidade, chegaram a 12 ou 15 obras devidamente catalogadas pelo grupo.
“A gente tá sendo bem pioneiro”, afirma Willi Sales, frente a escassez que observaram no cenário de preservação audiovisual. Um dos acontecimentos que despertou essa perspectiva foi a tentativa de visita ao acervo da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE), que não deixou de ser apenas uma tentativa porque o acervo que deveria conter as produções cearenses está ao léu.
“A gente não tinha ideia da discussão que a gente tava abrindo”, diz Elvis. A iniciativa dos jovens cineastas, então, se lança sobre um universo do qual não conseguiram encontrar muitas referências. Ainda assim, e a despeito dos desafios encontrados pela dificuldade de acessar as instituições oficiais e de conseguir retorno dos realizadores, conhecer a história do bairro foi um dos principais ganhos reconhecidos pelo grupo.
Debruçar-se sobre o Grande Bom Jardim, para o grupo, significa olhar para a própria história e descobri-la. Não à toa, a própria produção deles foi contabilizada no processo de pesquisa e catalogação, desenvolvendo um histórico para que possam espelhar seus trabalhos, delinear uma estética da periferia e demarcar a produção artística que já acontece no território.
Produzir e preservar memória
Para Willi Sales, a experiência na pesquisa não foi a primeira, mas a surpreendeu positivamente. Elvis também já havia entrado em contato com a pesquisa na graduação. Já Ricco se pergunta se teria a oportunidade de desenvolver pesquisa se não houvesse os Laboratórios de Pesquisa do ECA/CCBJ. “Se não tivesse no CCBJ, onde eu faria isso?”
Enquanto Willi relata a falta de acolhimento e até de orientação em sua experiência passada, em uma disciplina da faculdade, Elvis conta que sua proposta de TCC, o trabalho de conclusão de curso de Publicidade, ficou como segundo plano devido às exigências técnicas da instituição. Para a faculdade, era mais importante as informações adicionais solicitadas pela instituição do que o produto audiovisual ao qual ele se dedicou a apresentar como TCC.
A possibilidade de explorar caminhos diferentes na pesquisa, para Elvis, foi aberta no Laboratório de Pesquisa Audiovisual, que ele define como “sem amarras”. Para Willi, a escolha do orientador e as partilhas entre os grupos de pesquisa “tornam o processo mais humano”.
Ricco, que teve o início do seu trabalho audiovisual diretamente associado ao Centro Cultural Bom Jardim, define a importância da pesquisa como uma forma de pontuar que, na periferia, não só se produz, mas também é necessário estudo para produzir e fomento para a pesquisa.
Elvis pontua a existência dos Laboratórios de Pesquisa como fruto da demanda da produção artística e acredita que o serviço incentiva conexões e demarca que “arte na periferia não é excepcional”. Conforme Willi, “na periferia se produz arte e pesquisa”. E eles podem comprovar pelo pŕojeto “Imagens da Periferia” e pelo trabalho audiovisual que vêm desenvolvendo no território no qual vivem e, agora, também pesquisam.
Do encontro musical entre Álvaro Abreu, Berg Menezes e Victor de Oliveira, surgiu uma banda de rock, que leva o nome do segundo integrante citado, em 2016. Acostumados com os palcos e com estúdio, o grupo se viu de outra forma com o Laboratório de Pesquisa 2023, da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ). Com o projeto Fagulha, eles começaram a desenvolver pesquisa, levando a relação com a música para outros rumos.
De criação, eles entendem bem. Envolvidos desde a adolescência com música, os três se conectaram através da linguagem e, ávidos pelos novos desafios apresentados pelo processo de pesquisa, uniram-se também para expandi-la. O projeto do grupo musical que se tornou também um grupo de pesquisa propõe novas formas de criar e consumir música a partir da inclusão, lançando-se sobre a acessibilidade como um dos componentes da criação artística.
Como surdos podem consumir música e como cegos podem curtir shows musicais? FAGULHA, formado também por Thaís Paz – que colabora com os projetos musicais da banda –, se lança sobre esse questionamento para compreender como tornar o trabalho musical, com o qual todos os integrantes do grupo de pesquisa atuam, possível a todas as pessoas. Como é comum no universo da pesquisa, o projeto surge de um incômodo: a acessibilidade enquanto ferramenta inserida em obras artísticas somente após sua finalização.
Interessados em transformar esse cenário, os pesquisadores realizaram visitas ao Instituto dos Cegos e ao Instituto Cearense de Educação de Surdos (ICES) e conversaram com pessoas cegas e com pessoas da comunidade surda para investigar a adesão desse público a espetáculos musicais e as suas formas de consumir música. Berg chama a atenção para a escassez de instituições voltadas a pessoas com deficiência (PcD), que explica a restrição da pesquisa de campo às duas instituições.
A partir dos diálogos construídos com essa comunidade que, conforme percebido por Álvaro, não é homogênea, eles começaram a pensar maneiras de tornar elementos que vão das luzes e do figurino até o cenário acessíveis a todos os públicos. Um desses recursos é a presença da intérprete de LIBRAS Vanessa de Assis. Ela divide o palco com os artistas pesquisadores, mas sua contribuição na acessibilidade é também artística. Na apresentação do grupo, Vanessa representa o elo entre a música e as artes visuais, tornando a performance bilíngue.
Durante os cinco meses em que se debruçaram sobre o tema, Berg, Victor e Álvaro fizeram algumas descobertas e, enquanto pessoas não-deficientes, despertaram para questões que os fizeram pensar “fora da caixa”. Como tornar o show imersivo para pessoas com deficiência visual foi uma das charadas que passou a movimentar o grupo, depois da questão ter sido levantada por um professor do Instituto dos Cegos, conta Victor de Oliveira.
Outro questionamento que exigiu da mente de Berg, Álvaro, Victor e Thaís foi a inserção de audiodescrição no show, mas a resposta já estava na proposta do próprio projeto: tornar a audiodescrição parte do espetáculo, mais um incremento artístico que abre mais possibilidades de criação e de expansão do público, uma vez que, como Berg é categórico em afirmar, eles estão dispostos a criar e apresentar música para todas as pessoas, não formular um tipo de produção voltada especificamente para pessoas com deficiência.
Além das visitas e dos dados consultados e produzidos pelo grupo, a segunda parte do processo de pesquisa se deu em um ambiente mais familiar: o estúdio. Lá eles puderam executar o que fazem de melhor – criar. Dessa vez, no entanto, a criação é derivada de um processo de pesquisa, o que gerou certa tensão com os resultados, confessa Berg.
O processo também lhes trouxe a constatação de que é numerosa a quantidade de pessoas surdas que não tem contato com música e de pessoas cegas que não têm o hábito de ir a shows. Isso, segundo o que eles apuraram na pesquisa, se deve à falta de acessibilidade comum a esses eventos. Se as produções não pressupõem a presença dessas pessoas enquanto público, cria-se o distanciamento estabelecido.
FAGULHA, então, inicia uma chama de novas possibilidades e pretende-se ser referência no que diz respeito à relação entre música e acessibilidade, imbricadas neste projeto. Além da performance e música autoral inédita, partilhada no dia 29 de novembro no Teatro Marcus Miranda do CCBJ como conclusão da trajetória, o grupo tem planos de levar os conhecimentos adquiridos no Laboratório de Pesquisa para os palcos do futuro.
Pesquisa enquanto alimento para a arte
Pode-se dizer que a relação dos integrantes do grupo Fagulha com o tema de pesquisa desenvolvido no Laboratório de Pesquisa em Música data de anos atrás. O contato de Berg Menezes, 38, com a comunidade surda tem início na escola Joaquim Nogueira, onde trabalhou como estagiário no período de sua graduação e onde conheceu adolescentes surdos na sala de aula.
Foi também no período da licenciatura em Música que ele conheceu Victor de Oliveira, 31. Nas cinco disciplinas de estágio que os dois fizeram, veio também o primeiro contato com a pesquisa, por meio dos relatórios em formato de artigo que precisavam entregar para concluir as disciplinas.
Álvaro Abreu, 37, por sua vez, se declara autodidata na música. Sua formação acadêmica é em Publicidade e Propaganda e a sua relação com a pesquisa antes do Laboratório de Pesquisa em Música restringia-se ao TCC, o trabalho de conclusão de curso, em que escreveu uma monografia.
Os trabalhos acadêmicos não tornaram o desenvolvimento de pesquisa no Centro Cultural Bom Jardim menos desafiador, mas as diferenças entre os processos não passaram despercebidas. A abordagem e a metodologia do Laboratório de Pesquisa da Escola de Cultura e Artes (ECA/CCBJ) foram ressaltadas pelos participantes pela autonomia e pela liberdade que sentiram.
“É trabalhoso, mas é mais leve”. Em detrimento da experiência anterior na academia, Álvaro pontua que, nos Laboratórios de Pesquisa, o processo é mais fluido e mais livre, embora não deixe de ser formal. “A gente consegue se expressar melhor”, conclui.
Victor complementa o colega de música e pesquisa ressaltando a metodologia da ECA/CCBJ, pautada pela pedagogia das encruzilhadas. Para ele, as Partilhas dos Laboratórios de Pesquisa formam um “senso de comunidade” e possibilitam trocas de figurinhas, como a que tiveram com o projeto Sintético sobre acessibilidade, que enriquecem as experiências.
“Achei fantástica a experiência no Laboratório de Pesquisa”, afirma Berg. Comparando suas experiências anteriores na pesquisa, ele aponta primeiramente a disponibilidade de tempo como motivação para a sua afirmação. Na faculdade, o tempo se divide entre outras disciplinas, o que divide também a dedicação. A autonomia é outro fator determinante para Berg. “A gente foi estruturando [a pesquisa]”, enquanto na faculdade, em sua experiência, o professor era a “figura centralizadora do conhecimento”.
No Laboratório de Pesquisa do CCBJ, cada grupo conta com um orientador. No caso do Fagulha, o orientador é Denor Sousa, escolhido pelo próprio grupo – mais um elemento que contribui para a sensação de autonomia e liberdade percebido pelos pesquisadores do projeto, que também reconhecem o caráter prático do processo formativo como um ponto positivo.
Dos palcos à pesquisa e da pesquisa aos palcos, o projeto de pesquisa Fagulha não só se aplica à prática, como se retroalimenta no fazer deste coletivo musical que experimenta ou, no caso de Álvaro, já experimentou da linguagem até mesmo por trás dos palcos, na produção musical. A partir da pesquisa, o trabalho do projeto coletivo Berg Menezes começou a ser adaptado.
Desde 2019, o projeto musical busca dispor de acessibilidade e adaptar seus produtos. A entrada de Berg, Álvaro, Victor e Thaís nos Laboratórios de Pesquisa 2023 elevou o comprometimento do grupo com a causa e já os coloca em maior nível de proximidade com a comunidade surda, como observa Berg, proporcionando “mais do que música, uma experiência continuada”.
Dispostos a tomar os riscos de se tornar referência em uma produção artística essencialmente acessível, motivados pelo gosto por desafios e pelo desejo de se comunicar com todas as pessoas, o papel do desenvolvimento de pesquisa em torno da temática os ajudou a “compreender como ser acessível”, como diz Álvaro Abreu. E, para além da compreensão, o grupo coloca a acessibilidade enquanto prioridade no fazer artístico e enquanto ferramenta de criação e, assim, conforme afirma Berg, “inventa de ser acessível” e se apresenta como uma fagulha nessa construção.
Durante a semana, do dia 13 a 16 de dezembro, o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretária da Cultura do Governo do Estado do Ceará (SECULT), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), promove a MOSTRA DAS ARTES 2023. O primeiro dia da Mostra das Artes contou com diversas programações para todos os públicos. O segundo dia de evento contou com a animação da banda Amor Secreto.
Já no começo da tarde, houve a abertura do espaço BrincArte, voltado para a galerinha que quer se divertir com brinquedos e brincadeiras durante a Mostra das Artes. O espaço contou com as atividades: Teatro de Sombras da educadora de cultura infância Micinete Lima; Eco Criativo – Consciência ecológica para cidadania com o agente criativo Hallan Jackson; Leiturinha na comunidade com a Iniciativa de Desenvolvimento Comunitário Instituto Well VI; e Exercitando gestos e movimentos com a educadora social Jackline Marques.
No Espaço Paulo Freire, aconteceu a exposição de Jogos Digitais, realizada pelas turmas do Programa de Cultura Digital da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim (ECA/CCBJ). O programa ainda trouxe a Partilha do Curso Experiências Digitais e Ancestrais: Encruzas Pedagógicas com o Povo Indígena Warao.

Também integrando a programação da ECA/CCBJ na Mostra das Artes 2023, o Programa Audiovisual em parceria com Cinema do Dragão do Mar, exibe a exposição de brinquedos ópticos, que servem como um campo de experimentação e que contribui para o desenvolvimento do cinema e da animação. A exposição ficará em exibição durante toda a Mostra na Biblioteca Cristina Poeta. Já na Praça Central aconteceu a exibição do curta-metragem Gatu, fruto do curso Básico de Introdução ao Cinema de Animação do Programa de Audiovisual da Escola de Cultura e Artes do CCBJ.
Ainda pela tarde, rolou o ensaio geral Fazeno Rock, no Teatro Marcus Miranda. O ensaio aberto do grupo foi seguido de um bate-papo e abertura de processo. Já na Praça Central rolou apresentação de K-Pop com o Grupo Glowin’Sun: Medley.

O Campinho Rafael Augustinho continuou recebendo a Feirinha de Economia Criativa do CCBJ. A feira de artesanatos e gastronomia, vem sendo uma iniciativa do Centro Cultural Bom Jardim, em fortalecer ainda mais a cultura local nordestina com vendas de pratinhos e artesanatos, bem como contribuir com a organização e realização do fluxo financeiro local, contribuindo com a produção de renda junto às artesãs e coletivos de periferias.
Bom Jardim Produções com a exibição dos filmes “Nosso Território tem História – Rio Siqueira” e “Histórias Assombrosas que minha Mãe Contava”; e a Iniciativa de Desenvolvimento Comunitário Invenções das crianças de Nova Canudos, com a exibição “Brincar como direito político, inventando trajetos em coletivo”, ocuparam o CineClube do CCBJ.
O programa de Teatro da ECA/CCBJ apresentou no Teatro Marcus Miranda os espetáculos: “Era uma vez no séc XXI” da turma de longa duração em Teatro (tarde); “Miragem”, Turma Teatro e Diversidade (tarde) da EEM Dona Júlia Alves Pessoa; “O Infinito da VIda”, turma Teatro e Diversidade (manhã ) da EEM Dona Júlia Alves Pessoa; e “O Diabinho da Garrafa” da turma de longa duração em Teatro (manhã).
A noite de quinta recebeu na Praça Central a exibição do Videoclipe Corre, do Programa de Audiovisual. E fechando a programação da noite, a banda Amor Secreto veio estremecer o CCBJ com muito forró de favela.
Durante essa semana, nos dias 13, 14, 15 e 16 de dezembro, o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretária da Cultura do Governo do Estado do Ceará (SECULT), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), promove a MOSTRA DAS ARTES 2023. O primeiro dia da Mostra das Artes contou com diversas programações para todos os públicos. A estreia do evento teve como atração de destaque o show de samba/pagode de Batuque do Dipas.

Já no começo da tarde, no Espaço Mariele, tivemos um momento de partilha das experiências e trocas e a exposição do portfólio “Café com as Artesãs: Compartilhando experiências, fortalecendo afetos”, resultado dos encontros que aconteceram durante 2023. Na sequência, o desfile de economia solidária exibiu os produtos criados por meio de cursos e oficinas com a comunidade das Iniciativas comunitárias Criart, Giro Social e CUBMGP, com participação especial do grupo Mulheres Vitoriosas em Ação e Mulheres Criativas. O projeto Café com as Artesãs é uma iniciativa do Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE) do CCBJ.
Logo ao lado, no Espaço Paulo Freire, aconteceu a exposição de computação física Animatrônicos, realizada pelas turmas do Programa de Cultura Digital da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim (ECA/CCBJ).
No Estacionamento CCBJ ocorreu a abertura do Espaço BRINCARTE voltado para a galerinha que quer se divertir com brincadeiras e brinquedos. O espaço funcionará durante toda a Mostra das Artes 2023.
O Teatro Marcus Miranda recebeu as apresentações realizadas pelo Programa de Música da ECA/CCBJ. A apresentação do espetáculo de dança do grupo FEMS, fruto da Mostra das Artes 2019, trouxe um espetáculo rítmico, com outros estilos de dança, incluindo ballet contemporâneo. A turma de Canto Coral para Mulheres apresentou o espetáculo Cantando pra vida. A apresentação da turma de Percussão para Mulheres contou com repertório de canções da música popular brasileira, escolhidas pelas alunas. A Turma de Longa Duração – Teclado para Adultos e Idosos + Turma de Musicalização Infantil; Cordas Friccionadas e Violão, também se apresentaram no espaço.

Também no Teatro do CCBJ, ocorreu a exibição dos filmes realizados pela turma de crianças e adolescentes do curso “Filmar, Ouvir e Escrever” ao longo do percurso formativo, do Programa de Audiovisual da Escola de Cultura e Artes do CCBJ, em uma sessão lotada de pessoas.
Além disso, o desfile de camisetas estampadas pelos alunos do curso do Programa de Cultura Digital da ECA, desenvolvido no Centro Socioeducativo do Canindezinho, durante o percurso formativo dos jovens. O curso foi lecionado por Wesley Farpa, que já esteve em cárcere privado e hoje é designer, fotógrafo e gestor da biblioteca Adianto.
No Campinho Rafael Augusto acontece também a Feirinha do CCBJ, promovida pelos(as) empreendedores(as) do território do Grande Bom Jardim, com produtos de artesanato, bazar, culinária, serviços de massoterapia, trancismo e muito mais.
Na Praça Central aconteceu o Lançamento da Webrádio CCBJ com apresentação da vinheta oficial cantada pela Jeycci Viana e a programação musical feita pela rádio fez a trilha sonora no primeiro dia do evento. “O massa da webrádio é que ela é gratuita e a gente vai poder estar difundindo os artistas do nosso território principalmente com as músicas, mas também entrevistando artistas de outras linguagens. Até porque o Bom Jardim produz muita arte”, comenta Jefferson Juan, técnico de estúdio do CCBJ.
Com um cenário de encher os olhos, o espetáculo “Favela – O Boom do Vixxi!”, estreado no Theatro José de Alencar, foi apresentado na Praça Central do CCBJ. O espetáculo faz parte do programa de dança da Escola de Cultura e Artes do CCBJ e foi a penúltima atração da noite.

Para encerrar as apresentações, o Batuque do Dipas, projeto do artista Felipe de Paula animou a Praça Central com muito pagode e uma mistura de sambas tradicionais e modernos, com bastante harmonia e marcado pelo protagonismo da percussão.

Confira as fotos do primeiro dia de Mostra das Artes 2023:
Nesta última segunda-feira (04/12), algumas crianças e jovens que frequentam e participam das ações e projetos do equipamento, foram convidadas a fazerem uma participação especial nas imagens de transição do documentário produzido pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha. A Praia de Iracema foi a locação escolhida para a captação das imagens realizadas pela equipe do Comitê. Foi uma tarde de brincadeiras ao ar livre, momentos lúdicos nas areias e águas de Iracema.
A coordenadora de comunicação da Cruz Vermelha Internacional, Sandra Lefcovich, assinala que o documentário é uma produção audiovisual da organização humanitária internacional que vai ser lançada em um evento aqui em Fortaleza no primeiro semestre de 2024 e o elenco de crianças e jovens já estão também convidados a participarem desse momento de exibição em alguma tela de cinema da cidade.“Muito feliz de estar aqui com vocês, nossos parceiros do CCBJ, filmando com as crianças do Bom Jardim, esta produção que vamos apresentar ano que vem. É um filme que vai falar dessa parte lúdica e de alguns desafios relacionados ao impacto da violência armada enfrentados no Ceará, no Brasil e no mundo, e as respostas a esses desafios. Muito obrigada pela parceria”, diz Sandra.
A comunicação do CCBJ junto à Articulação Comunitária, um dos eixos do Núcleo de Articulação Técnica e Especializada (NArTE) realizaram a organização da ida das crianças e jovens ao passeio/capturas de imagens, cuidando da logística e da metodologia da ação. “Foi um momento especial e muito divertido ao lado dessa garotada. É de extremo orgulho ver as crianças e jovens num momento livre de brincadeiras, ocupando espaços da cidade e do mundo, pois o documentário terá veiculação internacional”, aponta a gestora de comunicação do CCBJ Isabel Mayara, que acompanhou os bastidores da gravação.
A articulação comunitária é um dos eixos do CCBJ, por meio do NArTE e foi fundamental nesse processo. Os articuladores Shirley Lima e Aurianderson Amaro realizaram visitas às casas das crianças para fazer o convite e coletar as autorizações de imagens e de ida ao passeio. “ Para gente é fundamental essa participação das crianças e jovens da comunidade em um projeto grandioso como esse, pois abre oportunidades para elas pensarem num futuro para além do que é imposto para elas, socialmente. Onde elas se enxergam como verdadeiros protagonistas de suas vidas e agentes transformadores”, relata Shirley.
Durante o passeio, foi apresentado às crianças e aos jovens foi contextualizado a proposta do filme, do Comitê, da importância da participação no filme, seguindo o roteiro planejado pelos profissionais, alinhados às muitas brincadeiras, fora do espaço habitual de convívio.
Fotos: Mar Pereira (equipe CCBJ),Rodrigo Carvalho, Natalia Josino e Txai Nunes (equipe Comitê Internacional da Cruz Vermelha).
Saiba mais sobre a parceria do CCBJ com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha:
Nos dias 13, 14, 15 e 16 de dezembro a Mostra das Artes do Centro Cultural Bom Jardim, vai celebrar a finalização de ciclos formativos e das culminâncias dos projetos e ações do equipamento, com uma programação plural, gratuita e diversa, voltada para todas as idades.
A Mostra das Artes 2023 comemora os 17 anos de existência do CCBJ, que faz aniversário no dia 19 de dezembro.
Serão quatro dias de programação com mais de 60 atrações, entre artistas e atividades culturais, oficinas, bate-papos, teatro, exposições, pagode com o Batuque de Dipas (13/12), reggae com o grupo Shalon Raiz Cabeça de Gelo (15/12), forró de favela com a banda Amor Secreto (14/12) e muito brega funk, com Gabi Vic (16/12) compõem o roteiro já confirmado da Mostra.
A programação traz uma mistura de todos os eixos estruturantes do Centro Cultural Bom Jardim: Escola de Cultura e Artes (ECA) com apresentação e encerramento dos processos formativos básico, de média e longa duração; Atenção Social (Núcleo de Articulação Técnica e Especializada – NArTE) com atividade de promoção aos direitos humanos, educação popular e arte-cultura Ação Cultural (difusão cultural e circulação) uma programação artística-cultural conectada com território.
Serão apresentados projetos de culminância produzidos pelos alunos da Escola de Cultura e Artes do CCBJ, dentro dos programas de Dança, Teatro, Música, Acessibilidade, Audiovisual e Cultura Digital. Apresentações teatrais, projetos de culminância dos cursos extensivos de Teatro e Música, como o espetáculo Favela – O Boom do Vixxi, o Poesia em Libras, a Final Campeonato de Futebol Digital e muito mais.
Os participantes das Chamadas Públicas de Iniciativas de Desenvolvimento Comunitário e Agentes Criativos supervisionados pelo Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE) do CCBJ também apresentarão suas contrapartidas durante a Mostra das Artes 2023, vai ter espaço Brincarte, Mutirão Grafiti, Exposição Aquilombart entre outros.
Você pode acompanhar a programação completa da Mostra das Artes 2023 no site e redes sociais do CCBJ.
Sobre a Mostra das Artes
A Mostra das Artes do Centro Cultural Bom Jardim, equipamento da Secretaria da Cultura do Governo do Estado do Ceará (SECULT), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), é uma celebração à cultura, arte, luta e memória do Grande Bom Jardim e de todos(as) os(as) envolvidos(as) nos processos de formação artística, difusão, fruição e cidadania cultural promovidos pelo CCBJ ao longo do ano. A mostra também é um momento de socializar os resultados de pesquisas, vivências e experiências, com uma programação diversa, plural, democrática, com atrações que valorizam a memória, estética e linguagem artísticas produzidas no território do Grande Bom Jardim e nas periferias do Ceará.
Na ocasião também será comemorado os 17 anos do CCBJ, suas lutas, desafios e conquistas ao longo desses anos de história. A Mostra também se configura como espaço de sociabilidade e fomento à cadeia produtiva e economia local, envolvendo os mais variados sujeitos do território, alcançando mais de 500 pessoas envolvidas diretamente na programação, entre artistas, grupos e coletivos artísticos culturais, parceiros comunitários, estudantes e professores. Assim como um público de mais de 2000 pessoas atuando durante os 4 dias da Mostra.
Programação completa:
13 DE DEZEMBRO (QUARTA-FEIRA)
14h às 18h – Estacionamento CCBJ: Espaço BRINCARTE (Narte)
14h às 21h – Galeria CCBJ: Exposição Pode Entrar
14h às 20h – Espaço Paulo Freire: Mostra da Cultura Digital (Cultura Digital)
14:00h às 15:30h – Teatro Marcus Miranda: Grupo de Mulheres: Abertura com FEMS + Grupo Coral de Mulheres + Percussão para Mulheres (Programa de Música)
15:30h às 16:30h – Teatro Marcus Miranda: Turma de Longa Duração – Teclado para Adultos e Idosos + Turma de Musicalização Infantil (Programa de Música)
16:30h às 17:30h – Teatro Marcus Miranda: Cordas Friccionadas e Violão (Programa de Música)
15h às 15h30 – Galeria: Solenidade de Abertura da Exposição Pode Entrar (Comunicação)
16h às 17h – Biblioteca Cristina Poeta: Partilha de experiência Cafeira (NArTE)
17h às 18h – Espaço Mariele: Desfile de Socioeconomia Solidária (NArTE)
17h às 22h: Campinho Rafael Augustinho: Ferinha de Economia Criativa do CCBJ
18h às 19h – Teatro Marcus Miranda: Sessão Filmar Ouvir e Escrever- Filmes Produzidos pela turma do Longa Duração em Audiovisual (Programa de Audiovisual
19h às 19:10h – Praça Central: Lançamento da Webrádio CCBJ com apresentação da vinheta oficial cantada pela Jeyci Viana (Ação Cultural)
19:10h às 20:10h – Praça Central: Favela o Boom do Vixi (Programa de dança)
20h10 às 20h30 – Teatro Marcus Miranda: Lançamento Coleção de Camisas Estampadas (Programa de Cultura Digital)
20:30 às 21h – Passagem de Som na Praça Central
21h às 22h – Praça Central: Samba/Pagode com Batuque de Dipas (Ação Cultural)
14 DE DEZEMBRO (QUINTA-FEIRA)
14h às 18h – Estacionamento CCBJ: Espaço BRINCARTE (NArTE)
14h às 21h – Galeria CCBJ: Exposição Pode Entrar
14h às 20h: Espaço Paulo Freire: Mostra de Cultura Digital (Cultura Digital)
14h às 15h – Teatro Marcus Miranda: Ensaio Geral Fazeno Rock (Contrapartida Ação Cultural)
14h às 18h: Biblioteca Cristina Poeta: Exposição de brinquedos ópticos – parceria com Cinema do Dragão do Mar (Programa Audiovisual)
15h às 16h – Praça Central- Partilha do Curso Experiências Digitais e Ancestrais: Encruzas Pedagógicas com o Povo Indígenas Warao. (Programa de Cultura Digital)
16h às 16h15 – Praça Central: Filme Gatu- (Programa de Audiovisual)
16h15 às 17h – Praça Central: Apresentação K-POP com Grupo Glowin’Sun: Medley (Ação Cultural)
17h às 22h – Campinho Rafael Augustinho: Feirinha de Economia Criativa do CCBJ
17h às 18h – CineClube: Contrapartida Bom Jardim Produções com os Filmes “Nosso Território tem História – Rio Siqueira” e “Histórias Assombrosas que minha Mãe Contava” (Ação Cultural Manutenção de Grupos)
18h às 18:20h – Cineclube Exibição – Brincar como direito político, inventando trajetos em coletivo – Iniciativa de Desenvolvimento Comunitárioa Invenções das crianças de Nova Canudos (NArTE)
17h às 17h45 – Teatro Marcus Miranda: Longa Duração em Teatro tarde – CCBJ (Programa de Teatro)
17:50h às 18h20 – Teatro Marcus Miranda: Teatro e Diversidade TARDEmanhã – Escola Júlia Alves (Programa de Teatro)
18h30 às 19h – Teatro Marcus Miranda: Teatro e Diversidade MANHÃtarde- Escola Júlia Alves (Programa de Teatro)
19h às 20h – Teatro Marcus Miranda: Longa duração em teatro manhã CCBJ (Programa de Teatro)
20h às 20h10 – Praça Central: Videoclipe Corre (Programa de Audiovisual)
20h10 às 20h20 – Praça Central: Mostra Pulsar: Caricatura: A Dança que se Deu (Programa de Dança)
20:30h às 21:00h – Praça Central: Passagem de Som
21h às 22:30h – Praça Central: Banda Amor Secreto (Ação Cultural)
15 DE DEZEMBRO (SEXTA-FEIRA)
14h às 18h – Estacionamento CCBJ: Espaço BRINCARTE (NArTE)
14h às 18h: Biblioteca Cristina Poeta: Exposição de brinquedos ópticos – parceria com Cinema do Dragão do Mar (Programa Audiovisual)
14h as 21h – Galeria CCBJ: Exposição Pode Entrar
9h às 18h: Espaço Alternativo: Live Paint com coletivo Ruela (Contrapartida Convocatória)
14h às 17h – Sala de Dança – Masterclass Cia Anagrama (Contrapartida Ação Cultural) –
14:30h às 15:20h – Teatro Marcus Miranda: Teatro e Infância ANCMA (Programa de Teatro)
16h às 16h50 – Teatro Marcus Miranda: DANÇAR ENTRE INFÂNCIAS E AUTISMOS, apresentação da turma da Vivência em Dança para Crianças com Autismo (Programa de Dança)
16h as 17h: Espaço Paulo Freire: Na Base (NArTE)
17h as 19h: Espaço Paulo Freire: Mutirão Graffiti (NArTE)
17h às 22h – Campinho Rafael Augustinho: Feirinha de Economia Criativa do CCBJ
17h às 17h30 – Teatro Marcus Miranda: Poesia em Libras (Programa de Acessibilidade)
17h30 às 18h – Praça Central: Dança Fitness (Programa de Dança)
18h às 18h50 – Teatro Marcus Miranda: O Bailão (CLD Teatro – Quintal Cultural Raimundo Vieira) (Programa de Teatro)
19h às 20h – Praça Central e Espaços Alternativos: Mostra Pulsar: Passo a passo, o passinho refaço (Praça Central e Espaço Marielle) Ainda não sou eu e Mexer (Praça) (Programa de Dança)
20h às 20h30 – Passagem de Som na Praça Central
20h30 às 22h – Praça Central: Reggae com Shalon Raiz Original Cabeça de Gelo, Ras Terra e Bruno Rasta Freedom Sounds (Ação Cultural)
16 DE DEZEMBRO (SÁBADO)
14h às 18h – Estacionamento CCBJ: Espaço BRINCARTE (NArTE)
14h as 21h – Galeria CCBJ: Exposição Pode Entrar
14h às 18h – Biblioteca Cristina Poeta: Exposição de brinquedos ópticos – parceria com Cinema do Dragão do Mar (Programa Audiovisual)
15h as 15:30h – Teatro Marcus Miranda: Tempo de Brincar e Desconstrução: Apresentação das turmas de Balé Clássico em parceria com o espaço Geração Cidadã (EGC) EGC (Programa de Dança)
15:30h às 16:00h – Praça Central – Mamulengando Direitos – Teatro de Mamulengo (NArTE)
16:10h às 17:10h – Praça Central – Final Campeonato de Futebol Digital (Programa de Cultura Digital)
16h às 17h – Espaço Paulo Freire: Exposição Aquilombart (Pretarau (Iniciativa Comunitária – NArTE)
17h às 18h – Espaço Paulo Freire: Apresentação de zines sobre direitos humanos (NArTE) e contrapartida AZC (Ação Cultural)
17h às 22h – Campinho Rafael Augustinho: Feirinha de Economia Criativa do CCBJ
17:20h às 18:20h – Teatro Marcus Miranda: Espetáculo de Dança Aladdin – Iniciativa Comunitária Stúdio de Dança em Movimentos (NArTE)
18h às 18:30h – Cineclube: Sessão ExtenCine- curadoria dos alunos e alunas da segunda turma o extensivo em audiovisual- Elvis Alves, Ricco Sales e Tilli Cassiano. Filmes – (Programa de Audiovisual Link dos filmes: ExtenCine)
18:30h às 19:30h Teatro Marcus Miranda: Longa Duração Teatro Noite (Programa de teatro)
19:30h às 20:00h – Praça Central – Mostra Pulsar: KNUF/BR (Programa de Dança)
20h às 20h30 – Praça Central – Falas Institucionais, Parabéns e distribuição do bolo para a comunidade (Gestão)
20h30 às 21h – Praça Central: Passagem de Som
21h às 22h – Praça Central – Brega Funk com Gabivic (Ação Cultural)
Visando atender à formação de profissionais de baixa renda e sem experiência, o Projeto Espaço Criativo abre inscrições, até o dia 8 de dezembro, para ação formativa gratuita em instalação elétrica, sonorização e iluminação. O Curso de Estruturação de Pequenos Espaços Culturais será realizado pelo estúdio Varanda Criativa, tem as inscrições limitadas a 20 pessoas e podem ser feitas pelo link https://l1nk.dev/jpZSd ou na bio do instagram de @gustavoportela, responsável e coordenador das oficinas.
O projeto é realizado pela Varanda Criativa e propõe uma ação formativa sobre estruturação de pequenos espaços culturais (pequenas salas, pequenos estúdios, pequenos teatros), com o apoio institucional do XII Edital de Incentivo às Artes da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), e será realizado no espaço Varanda Criativa, de 11 a 15 de dezembro de 2023, com 40 horas semanais, na cidade de Fortaleza/CE, na rua Bárbara de Alencar, 1250, bairro Aldeota.
Contemplado na modalidade áreas técnicas do edital, as aulas do projeto acontecem nos turnos manhã e tarde e, segundo o coordenador, compositor e multi-instrumentista Gustavo Portela, este é o primeiro edital das áreas técnicas a ser aprovado no Brasil voltado para formação, fluição e difusão. “Será uma imersão onde essas pessoas ainda sem experiência, aprendam e tenham uma formação sobre os elementos básicos de construção e instalação elétricas, de sonorização e de iluminação e, assim, abrir um leque e oportunidades no mercado de montagem de mini estúdios, equipamentos, estruturação de pequenos espaços culturais e criativos no seu bairro, na sua comunidade de amigos, além de se articular para montagem técnica em eventos de pequeno ou médio porte”, explica Gustavo Portela.
Serviço:
Curso Estruturação de Pequenos Espaços Culturais
De 11 a 15 de dezembro de 2023
Espaço Varanda Criativa
Inscrições gratuitas pelo link https://l1nk.dev/jpZSd ou na bio @gustavoportela
Como cultura e arte promovem o direito à vida e ao bem viver? Partindo dessa pergunta, o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) – equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), por meio do seu Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE), organizou uma programação especial em alusão à Semana dos Direitos Humanos (SDH).
O projeto de lei que estabelece a celebração da Semana dos Direitos Humanos prevê a conscientização a respeito dos direitos humanos com a participação da comunidade. O NArTE, setor do CCBJ que atua na defesa e fortalecimento dos direitos humanos por meio da cultura e da arte, preparou uma programação de 5 a 9 de dezembro com este propósito.
Com base em temas como políticas de proteção social, economia criativa e solidária, cultura alimentar, ecologia do cotidiano, ecologia do cotidiano, terapias e saúde e lutas do território, o equipamento desenvolve diálogos com a comunidade do Grande Bom Jardim através de ações culturais e sócio-pedagógicas, rodas de conversa, visitas a locais externos ao CCBJ, como a Lagoa da Viúva, entre outras atividades.
A finalização do evento, no sábado, 9, ocorre com o “Sarau SDH: Cultura e arte como direito!”, uma culminância de iniciativas de desenvolvimento comunitário, agentes criativos e atrações da Chamada Pública de Convocatória para Manutenção de Grupos, com apresentação de dança, teatro, música e artes visuais.
As ações que compõem a programação ocorrem em parceria com iniciativas comunitárias, agentes criativos e mulheres e jovens do território. Entre os projetos parceiros da Semana dos Direitos Humanos do CCBJ estão Movimento Saúde Mental, Escuta em Movimento, Escutas Sensíveis, Cuca na Comunidade e Exposição Loonart.
O Núcleo de Articulação Técnica Especializada do CCBJ tem como diretriz de suas atividades o princípio da Cidadania Cultural, o desenvolvimento da prevenção das violações de direito e o fortalecimento dos Direitos Humanos no território do Grande Bom Jardim. Desde 2017, este setor do CCBJ assume a responsabilidade em responder o questionamento de como a arte e a cultura podem ser instrumentos de transformação social em um cenário de extrema vulnerabilidade.
Programação completa da Semana dos Direitos Humanos:
Terça-feira (05/12) – COMO CULTURA E ARTE PROMOVEM O DIREITO À VIDA E AO BEM VIVER?
14h – Vivência Colcha de Retalhos do Bem Viver
16h00 – Roda de partilha entre projetos de saúde mental do Grande Bom Jardim
Quarta-feira (06/12) – ACESSO A POLÍTICAS DE PROTEÇÃO SOCIAL EM EQUIPAMENTOS DE CULTURA E ARTE
09h às 16h – Acesso a políticas de proteção social (Cuca nas Comunidades)
10h00 – Cidadania em letrinhas
10h30 – Roda sobre as redes de cultura e de proteção social
13h30 às 16h30 – Formação em atendimento imediato à vida
15h – Jogo dos Mitos e Verdades: Educação Sexual
17h às 19h – Exposição Lonart
Quinta-feira (07/12) – CULTURA ALIMENTAR E ECOLOGIA – PARA ADIAR O FIM DO MUNDO
12h30 – Visita ao Parque do Cocó
14h – Vivência Mandala de Alimentos
16h30 – Construção de jardim suspenso
18h – Cine-debate na comunidade Edson Martins (Cine periferia)
19h – Recital de Poesia e Música (Lenice – Quintal Cultural)
19h – Apresentação do Espetáculo SONHOS DE BOLSO com as crianças do Instituto Maria do Carmo – IMC (Manutenção de Grupos)
19h30 – Conversa de Calçada: Um café na ponta da esquina
18h30 – Vivência de graffiti
Sexta-feira (08/12) – INTERCÂMBIO NO GRANDE BOM JARDIM: ENTRE LUTAS E CONQUISTAS
8h às 16h – Atividade externa: Visita à Lagoa da Viúva e ao Movimento Saúde Mental
18h – Espetáculo de Dança Baculejo com Coletivo Riddms (Manutenção de Grupos)
Sábado (09/12) – SARAU SDH – CULTURA E ARTE COMO DIREITO!
15h30 – Apresentação de dança do Projeto CulturAção
16h10 – Apresentação teatral “No Reino da Gramática”
17h – Apresentação de Música com Grupo Cultural Toque de Senzala (Manutenção de Grupos)
18h – Exposição “Desenhando a comunidade”
18h – Apresentação dos alunos do projeto Viramundo
19h – Espetáculo de Teatro Margarida Contra Tanques – Coletivo Inflamável (Manutenção de Grupos)
20h – Apresentação da Banda DragAxé
O Centro Cultural Bom Jardim – CCBJ equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará – SECULT/CE, gerido pelo Instituto Dragão do Mar – IDM, realiza por meio da sua Escola de Cultura e Artes (ECA) o espetáculo Favela: O Boom do Vixxi! em apresentação única e com entrada gratuita. A apresentação acontecerá no dia 06 de dezembro a partir das 19h no Theatro José de Alencar.
A Formação Básica de Longa Duração do Programa de Dança, levará aos palcos do Theatro José de Alencar mais de 90 alunos e alunas que fazem parte do curso, trazendo coreografias criadas a partir dos conteúdos estudados nas aulas, de forma inovadora e emotiva, na perspectiva de transmitir as histórias, as lutas diárias e a resiliência presente na vida das pessoas que vivem nas favelas.
A dança, como forma artística, transcende as barreiras linguísticas, permitindo uma conexão mais direta e visceral com o público, o espetáculo Favela é também um grito e festejo pelas vidas das periferias. O espetáculo não se limita a explorar as adversidades das favelas, ele destaca a importância dos direitos fundamentais que muitas vezes são negados a essas comunidades. Através da dança, o público é levado a refletir sobre a necessidade de garantir acesso igualitário à educação, saúde, segurança e outros elementos essenciais para uma vida digna.
Favela – O Boom do Vixxi!
Quando se pensa em favela, a expressão “vixe” pode ser quase instantânea e unânime entre aqueles que não ocupam esse espaço, enxergada como um lugar distante e à margem da sociedade.
O Favela surge do desejo de autoconhecimento, de potência e reconhecimento de poder do território do grande Bom Jardim e do cotidiano desses jovens que o apresentam.
“Pra mim, foi uma felicidade muito grande chegar aqui e encontrar uma comunidade com as crianças pulsando criação, pulsando invenção, e foi a partir desse meu desejo de conhecê-las, que surgiu no coletivo, esse desejo de falar de nós” afirma a professora Dayana Ferreira.
Esse espetáculo fala da favela como um veículo de comunicação e de luta, usa o palco e a dança como uma ampliação da perspectiva de vida, como ferramenta de alcance por um mundo melhor dentro e fora da comunidade do grande Bom Jardim.
O espetáculo Favela tem direção e concepção de Dayana Ferreira e coreografias de Dorotéia Ferreira, Dayana Ferreira e Jônatas Joca.
Confira a ficha técnica completa do espetáculo
Sobre a Escola de Cultura e Artes do CCBJ (ECA)
A Escola de Cultura e Artes/CCBJ é composta por seis Programas: Acessibilidade, Audiovisual, Cultura Digital, Dança, Música e Teatro. Os programas se solidificaram como essenciais no decorrer da história do equipamento, através da demanda da comunidade e análise técnica/pedagógica e estudo do setor de Formação.
O Programa de Dança do CCBJ propõe viabilizar o acesso aos saberes pertinentes ao universo da dança à comunidade do Grande Bom Jardim a partir de cursos livres em distintas técnicas e abordagens. Com foco prioritário nas danças cênicas, o Programa volta-se, hoje, a uma formação ampla, abarcando desde crianças, à jovens e adultos.
Serviço:
Espetáculo Favela – O Boom do Vixxi
Data: 06/12
Horário: 19h
Local: Theatro José de Alencar (Rua Liberato Barroso, 525 – Centro, Fortaleza)
Entrada: Gratuita
Propondo uma experiência imersiva dedicada à pesquisa em artes, o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria da Cultura do Governo do Estado do Ceará (SECULT), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), realiza por meio de sua Escola de Cultura e Artes a exibição dos processos investigativos da turma do Laboratório de Pesquisas 2023.
A partilha acontecerá de 29 de novembro a 01 de dezembro no CCBJ (Rua Três Corações, 400 Bom Jardim), e será aberta ao público, para todas as idades, com entrada gratuita e acessível em Libras.
O Laboratório de Pesquisa é um dos eixos formativos da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim, que propõe aos projetos participantes uma experiência imersiva dedicada à pesquisa em Artes. O Laboratório de Pesquisa do CCBJ visa oportunizar o surgimento de novas investigações no campo artístico cultural ou mesmo contribuir para o aprofundamento em recortes específicos de processos artísticos que já vêm sendo realizados. Os projetos têm um acompanhamento feito por um(a) professor(a) mediador(a) e um oficineiro, que contribuem nos projetos de pesquisa.
Na sua edição de 2023, os LABS CCBJ tiveram vigência de 5 meses de duração, de julho a novembro. Abordando as linguagens de Teatro, Dança, Música, Audiovisual e Cultura Digital, a Chamada Pública contemplou 10 projetos no total, sendo 2 para cada um dos segmentos. Esses serão os trabalhos apresentados na Partilha Final do Laboratório de Pesquisa da Escola de Cultura e Artes, do Centro Cultural Bom Jardim.
Cada projeto contemplado pelo Laboratório de Pesquisa do CCBJ recebeu consultoria e acompanhamento de um professor mediador, indicado pelos proponentes dos projetos aprovados.
Sobre o Laboratório de Pesquisas
Sendo um espaço de investigação e desenvolvimento de projetos de pesquisa. Tais experimentações poderão advir de inquietações teóricas ainda não exploradas pelos pesquisadores ou de processos investigativos já em desenvolvimento, entendendo-se a deriva em torno do objeto de pesquisa sem que haja a necessidade de entrega de uma obra artística ao final do processo.
Confira a lista de trabalhos
29/11
RENDAS & FIADOS
Release: Em mãos a prova cabal de um assalto quantificado do que se tinha aqui, um documento do século XVIII intitulado “mostras de rendas, matérias e fiados, por donde se faz evidente o adiantamento que tem tido os rapazes e índios Da Escola de Ler e Escrever e as raparigas na mestra em que andam aprendendo”. As “Vilas de Índios” descritas neste documento são hoje bairros situados na periferia de Fortaleza. Assim se engendra esta narrativa histórica que compartilhamos como objeto disparador dessa pesquisa dramatúrgica.
📎 Laboratório de Teatro ⏰ 18h
IMAGENS DA PERIFERIA: MEMÓRIA, PRESERVAÇÃO E ACESSO AO AUDIOVISUAL DO GRANDE BOM JARDIM
Release: O projeto é encabeçado por Elvis Alves, Ricco Sales e Willi Sales, com orientação de Lívia de Paiva, e busca investigar os filmes produzidos por pessoas do Grande Bom Jardim ou produzidos dentro da comunidade. O objetivo é lançar uma luz na memória audiovisual e estética da produção periférica, estabelecer um banco de dados informativo, preservar essas obras e realizar um estudo sobre os meios para viabilizar o acesso a essas obras. Procuramos compreender como e quais dispositivos podem garantir acesso e acessibilidade a esses trabalhos. A memória de um povo ou movimento é essencial na construção da sua identidade e sentimento de pertencimento. A periferia não é apenas um tema, mas também um produtor ativo no cinema e nas outras artes.
📎 Laboratório Audiovisual ⏰ 18h
FAGULHA
Release: Fagulha nasceu de uma inquietação: Como criar a partir de uma perspectiva inclusiva e acessível ao invés de apenas “acessibilizar” obras artísticas acabadas?
Além do trabalho já desenvolvido pelo artista Berg Menezes e sua equipe desde 2019, com tradução em Libras de forma integrada no palco, o “acessível” transbordou a janela e sentimos a necessidade de incluir uma estética bilíngue performática a partir da relação da música com as artes visuais através de um processo criativo para a composição e produção de um material musical completamente acessível desde a sua idealização à sua dimensão poética.
📎 Laboratório de Música ⏰ 18h
30/11
EXU NÃO VEM HOJE
Release: Rastros de Exu é uma obra no formato audiovisual que nasce a partir de uma rede de histórias contadas no livro “Contos de Exu“ de Rafael Semino e do espetáculo teatral “Exu não vem hoje” do Coletivo Farol Novo. Exu atrevido que só ele, nos apresenta outras lógicas de tempo. Seus passos não são previsíveis e ele sempre está disposto a fazer novas jornadas.
📎 Laboratório de Teatro ⏰ 18h
CULTURA DIGITAL E EDUCAÇÃO: UMA ANÁLISE DA EDUCAÇÃO PERIFÉRICA NA CONTEMPORANEIDADE
Release: O Centro Cultural do Bom Jardim – CCBJ, com o projeto Laboratório de Pesquisa, está realizando uma pesquisa inovadora no campo da cultura digital e educação, com foco no ensino e aprendizagem de crianças de 11 a 15 anos. O objetivo principal do estudo é analisar os impactos positivos e negativos da cultura digital no processo educacional. A cultura digital tem se tornado cada vez mais presente na vida das crianças, e é fundamental compreender como ela influencia o seu desenvolvimento acadêmico e social. Através desse projeto de pesquisa, espera-se obter insights valiosos sobre como a cultura digital pode ser utilizada de forma efetiva para promover a aprendizagem e o engajamento dos estudantes. Durante o estudo, estão sendo realizadas diversas atividades práticas, como grupo focal e entrevistas com professores e alunos, análise de dados e revisão bibliográfica. Além disso, serão observados os diferentes contextos em que a cultura digital está presente na educação, como o uso de dispositivos eletrônicos, aplicativos educacionais e redes sociais. Os resultados dessa pesquisa têm o potencial de impactar positivamente o campo da educação, fornecendo diretrizes e recomendações para educadores, gestores escolares e formuladores de políticas públicas. Além disso, espera-se contribuir para o debate sobre as melhores práticas no uso da cultura digital como ferramenta educacional.
📎 Laboratório de Cultura Digital ⏰ 18h
NAGÔS TRANSATLÂNTICAS
Release: A população negra vem construindo através da arte uma série de caminhos e possibilidades de empoderamento e humanização desses corpos diaspóricos, que se reconhecem em sua ancestralidade. Nagôs Transatlânticas é uma pesquisa que se debruça na poética do uso e feitura das tranças. Através do caminho audiovisual, o projeto discute sobre a representatividade das trancistas na valorização da beleza negra em Fortaleza, destacando a performance desses artistas como pontes transatlânticas de acesso à ancestralidade e ao afrofuturo.
📎 Laboratório Audiovisual ⏰ 18h
SINTÉTICO
Release: Sintético é uma pesquisa em Dança que investiga relações entre corpo e tecnologia, tendo como ponto de partida as correntes de pensamentos pós-modernos e a estética Cyberpunk. Através das Danças Urbanas, trabalhadas de maneira híbrida ao pensamento contemporâneo, o projeto busca abordar disparidades sociais, noções de desenvolvimento e reflete sobre limiares entre natural e artificial. A pesquisa alarga discussões a respeito das inserções tecnológicas e suas dinâmicas adoecidas sobre corpos contemporâneos do cotidiano. Assim, Sintético instaura uma jornada distópica do corpo enquanto tecnologia, como objeto levado à sujeição de sua própria criação e degradação.
📎 Laboratório de Dança ⏰ 18h
01/12
ARREBOL
Release: Arrebol é um projeto de arte colaborativa que combina dança, música e audiovisual, onde a interação do movimento corporal se entrelaça com a sonoridade única da rabeca nordestina, agregando a arte digital através da projeção mapeada. Nesta obra, os componentes de pesquisa são desenvolvidos de maneira simultânea, possibilitando que cada um contribua, influencie e dependa dos demais, tornando-se juntos uma potência única, abrangendo poéticas e modos de fruição da dança e da música a partir de sua associação com ferramentas digitais.
📎 Laboratório de Dança ⏰ 18h
SEGURANÇA DE DADOS E PESSOAS EM VULNERABILIDADE SOCIAL: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO
Release: O projeto de pesquisa visa analisar a possível relação entre a falta de segurança de dados e pessoas em estado de vulnerabilidade. O objetivo é compreender se essas pessoas são mais suscetíveis a sofrer crimes relacionados à segurança de dados, levando em consideração fatores como renda, gênero, escolaridade, idade e localidade. Além disso, o projeto busca identificar os principais desafios e riscos enfrentados por pessoas nessa situação e propor estratégias eficazes para melhorar a segurança de dados e proteger essa população vulnerável.
📎 Laboratório de Cultura Digital ⏰ 18h
BONJARMAPS
Release: Bomjarmaps é um projeto que tem como objetivo mapear e identificar os artistas, grupos, coletivos e produtores de música que estão inseridos no território do grande Bom Jardim, que atuam dentro do gênero Hip Hop. Buscando entender como são os seus processos de criação e de circulação da sua arte, registrando essa fruição artística cultural desse movimento que gera grande impacto na juventude do território, e através do método da cartografia investigar e compreender os lugares sonoros criados por esses artistas desmistificando a ideia de que o Grande Bom Jardim é apenas um território marcado pela violência.
📎 Laboratório de Música ⏰ 18h
SERVIÇO:
Conclusão das 10 pesquisas da Chamada Pública Laboratórios de Pesquisa 2023
Onde: CCBJ (Rua Três Corações, 400)
Quando: 29 de novembro a 01 de dezembro de 2023
Hora: a partir das 18h.
Acessibilidade: Intérpretes de Libras disponíveis durante a solenidade.
Classificação indicativa: Livre e gratuito
Por meio do seu Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE), o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE) gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), realiza o programa “Só Uz Crias” com intuito de acompanhar adolescentes como John Freitas, Natanael Santos Ferreira e Riana Costa da Silva, três entre os 15 “crias” do CCBJ que dividiram seus relatos sobre a participação no projeto.
“Qual é o impacto do CCBJ na vida desses adolescentes [que frequentam o equipamento] no despertar para os temas basilares do Centro Cultural, como o respeito à diversidade?”. De acordo com a equipe do NArTE, este questionamento plantou a ideia do projeto, que teve início em 2022 a partir de uma encruza com outro setor do CCBJ, a Escola de Cultura e Artes (ECA).
“Um impacto muito grande pois a maior parte da minha vida é lá”. Essa seria a resposta de John Freitas, um dos participantes do projeto Só Uz Crias, ao questionamento lançado pela equipe NArTE. Ele é morador do bairro Granja Portugal e, como pode-se perceber pela sua declaração, frequentador assíduo do Centro Cultural Bom Jardim há aproximadamente sete anos, metade do seu tempo de vida.
“Só Uz Crias” surgiu de um “processo imersivo de debates e vivências em arte-educação para tratar dos Direitos Humanos e fortalecer vínculos com esse público”, afirma a equipe. O período de dois meses culminou em intervenções do grupo na Mostra das Artes, com gravação de spots, apresentações de dança, entre outras atividades. John conta que eles já estão preparando novas atividades para a Mostra das Artes 2023.
O NArTE já se mobiliza para formar uma nova turma, dando continuidade ao projeto e contemplando outros “crias” da comunidade. A equipe responsável pelo projeto, formada por Krisley Delfino, Eduardo Marques, Deyse Mara, Jackline Marques, Narah Adjane e Lara Santiago, visualiza “uma transformação a médio prazo na relação com os adolescentes e seu potencial de ação local”.
“Todo dia eu entro lá na sala deles e pergunto se já tem atividade”, diz Natanael Santos Ferreira, também de 14 anos, que revela grande afeição pelos técnicos do NArTE. Natan, como é conhecido, é morador do Bom Jardim e conta que tem aprendido a fazer graffiti e a desenhar com Narah Adjane. Hoje, ele faz os desenhos no papel, mas tem a ambição de embelezar paredes com sua arte.
Riana da Silva, também de 14 anos, divide o mesmo sentimento pela equipe responsável pelo projeto do qual faz parte. Para ela, a relação é quase inexplicável, mas tem como parâmetro a ideia de família. “Eles se importa todo tempo com nois”, conta. A relação de amizade construída com os outros crias também contribui para a sensação de pertencimento da jovem.
Riana, assim como John e Natan, demonstra gosto por trabalhar a criatividade junto da turma e revela a alegria de ir para o CCBJ e de ter a responsabilidade de desenvolver atividades no equipamento. A jovem enfatiza o bom proveito de seu tempo livre e a consequente aprovação da família pelo seu envolvimento com o equipamento de cultura.
Atualmente, o “Só Uz Crias” é composto por 15 jovens, entre 12 e 16 anos, moradores do Grande Bom Jardim. Segundo os educadores sociais do CCBJ, esse público está “despertando para questões sociais a partir das violações que enfrentam cotidianamente e, também, para o desejo de transformação e melhoria do seu contexto a partir das ações coletivas”.
Natan relata que sempre aprendem coisas novas, fazem atividades e conhecem novos lugares por meio do projeto. “Quando eu entrei lá, eu não sabia de nada, eu não sabia o que fazer, e lá eu aprendi várias coisas, aprendi a desenhar, aprendi a grafitar, aprendi arte e cultura, sobre LGBTQIAP+ e hoje eu respeito eles e todas as pessoas que entram lá, negras e brancas”. Seu despertar acerca de temas como respeito à diversidade, então, está atrelado ao seu envolvimento no projeto do CCBJ.
John Freitas conta que o projeto tem imensa importância na sua vida por ter preenchido o seu tempo livre elaborando as atividades que irão realizar e também pela relação de amizade que construiu com os outros participantes, demarcando sua autonomia e participação no projeto. Para ele, o “Só Uz Crias” cumpre o papel de dar espaço de fala para as pessoas que moram no Grande Bom Jardim.
O NArTE compreende a relevância do projeto para a comunidade à medida que sua atuação implica na valorização da juventude que frequenta o CCBJ, impactando a família desses jovens pela posição de destaque que estes ocupam no equipamento. Além de proporcionar vivências, o “Só Uz Crias” desperta a ciência dos direitos e deveres dos integrantes, incluindo-os como participantes ativos no funcionamento do Centro Cultural Bom Jardim, partindo dos princípios de Cidadania Cultural.
Só Uz Crias
O Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE) gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), realiza projeto voltado para o público adolescente que frequenta o equipamento e reside no território do Grande Bom Jardim, a partir do acompanhamento feito pelos educadores sociais do seu Núcleo de Articulação Técnica Especializada, o NArTE.
Desde 2022, o projeto acompanha 15 jovens sob os princípios da Cidadania Cultural, desempenhando atividades artísticas, culturais e educativas para estes adolescentes entre 12 e 16 anos. O projeto teve início com intervenções artísticas desenvolvidas pelos próprios participantes do “Só Uz Crias” na Mostra das Artes, evento anual do CCBJ, e se mantém em funcionamento desde então, promovendo ações relacionadas ao respeito à diversidade, por exemplo, e também oferecendo bolsa aos participantes do projeto.
Leia Mais: Cidadania Cultural como frente de atuação do IDM e seus equipamentos
A programação da semana anterior foi iniciada pela exibição do filme “Vozes da Terra”, no Cineclube do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM). Também no dia 13, ocorreu a mostra de curta-metragens Mostraí Cine Percepções.
Já no dia seguinte, o programa Sombrinha Literária trabalhou o livro “Viva a diferença” em seu Ciclo de Leituras. No dia 16, a atividade “Atravessando o Atlântico” propôs discussões acerca da temática afro-brasileira, em referência ao mês da Consciência Negra com educadora do Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE/CCBJ).
Ainda no dia 16, o filme “Homem-Aranha no Aranhaverso” foi exibido no Cineclube do CCBJ, por meio do Cine Leitor, atividade do Sombrinha Literária – programa da biblioteca Cristina Poeta, anexa ao setor de Ação Cultural do equipamento. À noite, o Teatro Marcus Miranda do CCBJ recebeu a estreia do espetáculo C.R.I.D.A (centro de recuperação intensiva de dados), de Trojany.
Na sexta-feira, dia 17, às 15h00, chegou a vez dos Jogos Literários, mais uma atividade do Sombrinha Literária. Às 19h00, DES AMOR DAÇAR, espetáculo realizado pela CIA PRISMA DE ARTES, compôs o Teatro em Pauta da semana.
A programação do festival A Coisa Tá Preta alcançou o clímax no sábado, dia 18. A agenda do festival que celebra a cultura e identidade de pessoas pretas contou com oficina de turbante, vivência de beleza negra, feira cultural, participação dos povos de terreiro do Grande Bom Jardim e apresentações musicais de Toque de Senzala e Balaio da Preta.
Além disso, ocorreu um desfile de moda, no Teatro Marcus Miranda, com presença da DJ Cabulosa, artista do território. Na praça central, depois do show Balaio da Preta, ocorreu a festa Charme 2000, um baile de protagonismo periférico que traz a cultura do rap/hip hop com músicas que remetem aos anos 1990 e 2000, realizado pelo selo É Proibido Mas Se Quiser Pode.
Realizar visitas in loco para verificar a execução dos projetos implantados mediante aplicação de recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (FECOP) é uma das atribuições técnicas da Célula de Monitoramento e Avaliação de Programas e Projetos (CEMPP), da Coordenadoria de Promoção de Políticas de Combate à Pobreza (CPCOP), da Secretaria do Planejamento e Gestão (SEPLAG), e que estavam presentes o Coordenador da CPCOP Isaú Neto, o Orientador da CEMPP Valberg Cavalcante e a técnica Shirly de Melo (CEMPP), Airton Falcão o Orientador da Célula de Análise de Programas e Projetos de Superação da Pobreza (CEASP) e a técnica Ana Zuleica Rodrigues e o Orientador da Célula de Controle e Acompanhamento Financeiro (CECAF) Notlin de Araújo. Esse encontro ocorreu no dia 07 de novembro de 2023, com os técnicos da SECULT, e também com os técnicos da gerência e operacional do Centro Cultural do Bom Jardim (CCBJ), na cidade de Fortaleza-CE.
MAPP 826 da SECULT consiste no desenvolvimento de ações de formação e qualificação profissional, nas áreas de arte e cultura tanto nas dependências do Centro Cultural do Bom Jardim (CCBJ), principal equipamento da SECULT na localidade, como também no território do Grande Bom Jardim, através de parcerias com uma rede de instituições governamentais e não-governamentais, associações, escolas, intervenções urbanas, saraus e outros espaços que contribuem para realizações de ações socioculturais na comunidade.
O principal objetivo desse projeto é promover o enfrentamento à violência e à pobreza, através da dinamização da economia da cultura nas ações de formação artística, difusão cultural, circulação, bolsas para capacitação profissional, direitos humanos, cidadania, respeito às diversidades, bem-estar social e inserção socioprodutiva.
O respectivo projeto promove atividades de música, dança, teatro, cultura digital, educação, leitura e exposição dentro de um arcabouço de cursos artísticos e profissionais, bolsas e atendimentos às famílias da comunidade, e dessa maneira já alcançaram 3.794 pessoas beneficiadas neste exercício.
Sobre o assunto, é fundamental salientar que nessa visita técnica do projeto acima mencionado, foi verificado, diretamente, as execuções físicas das metas, dos produtos e atividades do mesmo.
Na visita técnica, vivenciamos atividades da Campanha “Cada Vida Importa” de enfrentamento às questões envolvendo violências contra a vida, em parceria com a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará – ALECE, juntamente às crianças pertencentes ao território, como também foi visto todas as dependências dos departamentos do CCBJ.
Na expressão do Coordenador da CPCOP, Isaú Neto, relatou a seguinte afirmação: “Acho muito interessante a origem do CCBJ sair da própria vontade e reivindicação da comunidade do Bom Jardim, e estou surpreso com a dimensão do alcance desse projeto vivenciado, com relação a um projeto apresentado na nossa coordenadoria.”
No pensamento do Orientador Valberg Cavalcante, o projeto MAPP 826 e a sua relação com a educação: “A relação que vi do projeto com a educação faz um efeito exponencial da cultura como meio de enfrentar a pobreza, construindo uma visão de mudança de vida na formação das pessoas”.
Por sua vez, o técnico do Centro Cultural do Bom Jardim, Marcos Levi destacou que: “O CCBJ é fruto de uma demanda e reivindicação da própria comunidade do grande Bom Jardim, junto ao Governo do Estado do Ceará na época, e que existe uma relação profunda da comunidade com o CCBJ, como diretriz na formulação de suas ações”.
Fonte: https://www.fecop.seplag.ce.gov.br/
O Centro Cultural Bom Jardim – CCBJ, equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará – SECULT/CE, gerido pelo Instituto Dragão do Mar – IDM, realiza a programação do Festival A Coisa Tá Preta 2023, essa edição contará com atividades no CCBJ, a partir do dia 16 de novembro, com programação especial no dia 18 de novembro, quando será celebrado o Dia Nacional da Umbanda em Articulação com os Povos de Terreiro do Grande Bom Jardim.
O Festival A Coisa Tá Preta 2023 íntegra o I Festival Afrocearensidades do Governo do Ceará, por meio da Secult Secretaria da Cultura e da Secretaria de Igualdade Racial (Seir), com mais de 100 atividades em celebração à cultura negra, pelo estado do Ceará: Shows, teatro, exposições, cinema, mesas de debates, feira de afroempreendedorismo, oficinas, formações, dentre outras ações distribuídas pela Rede Pública de Equipamentos do Ceará (Rece).
Além de encontros celebrativos nos territórios quilombolas e entregas significativas, como a assinatura do Decreto de Políticas Afirmativas de Fomento para a Cultura.
O CCBJ fortalece o movimento Afrocearensidades, com a programação de 16 a 18 de novembro, celebrando a cultura, arte, estética e identidade das pessoas pretas que, através de suas narrativas, música, expressões corporais, escambo e ginga, constroem seus corres em um cotidiano adverso com muita criatividade, afeto e resistência.
Construído a partir de uma programação diversa e plural, o Festival traz apresentações musicais, desfile de moda, contação de história, cine negritude, feira de empreendedores locais, ações de fortalecimento da cultura alimentar em parceria com as cozinhas comunitárias, atividades de arte educação com crianças e adolescentes do território, articuladas com diversos parceiros do Grande Bom Jardim (associações, ONGs, Coletivos), entre outras atrações.
Integrando o Afrocearensidades, “A COISA TÁ PRETA” visa difundir as questões étnico-raciais no território do Grande Bom Jardim com arte, cultura e promoção dos direitos humanos – ação que se irradia do CCBJ, buscando alcançar vários territórios que se irmanam nesta temática, envolvendo um público de todas as idades.
A “COISA TÁ PRETA” íntegra o I FESTIVAL AFROCEARENSIDADES RECONHECIMENTO E PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA E CULTURA NEGRA DO CEARÁ.
O Festival Aforcearencidades visa promover o fortalecimento das diversas expressões negras e intenciona garantir unidade numa programação de atividades descentralizadas, com identidade visual definida, e para isso pretendemos contar com apoio de instituições governamentais, não governamentais, setor privado e parceria com movimentos negros e quilombolas cearenses. Surge do entendimento sobre a importância de evidenciar e reconhecer iniciativas locais novas, bem como, já existentes, no que tange às celebrações do mês de novembro, em razão da data em que se comemora a consciência negra.
POVOS DE TERREIRO NO FESTIVAL “A COISA TÁ PRETA”
Por meio daarticulação do CCBJ com os Povos de Terreiro do Grande Bom Jardim surgiu a solicitação de pauta de ocupação do espaço cultural para celebração ao Dia da Umbanda, comemorado no dia 15 de novembro.
Os grupos religiosos irão apresentar parte de suas manifestações culturais em uma grande celebração ao dia, que também atravessa a luta da pauta da consciência negra. O momento inicia às 14h, na Praça Central, com o ritual de defumação, na sequência o Teatro Marcus o Miranda do CCBJ recebe a narrativa performática sobre a velha e a nova umbanda com Pai Julio, falas afirmativas com autoridades e membros religiosos, apresentação cultural “Exu e as sete Maria” do grupo Filhos da Noite e uma grande festa com Toque de Senzala na Praça Central.
Na sequência, os povos de terreiro continuam com seus artigos e comidas na Feira A Coisa Tá Preta junto as demais programações e os demais feirantes da A Coisa Tá Preta.
Confira abaixo a programação completa do Festival A Coisa Tá Preta:
DIA 16/11 – QUINTA
ATRAVESSANDO O ATLÂNTICO
RELEASE: O CCBJ convida as crianças e adolescentes para uma vivência afro-brasileira, que irá proporcionar, por meio da contação de história, uma discussão sobre um conjunto de questões e valores que integram a temática afro-brasileira; buscando ampliar o repertório narrativo ao conhecer lendas e contos africanos. Ao final da atividade será realizada uma pintura afro nos participantes.
📌Serviço
10h | ATRAVESSANDO O ATLÂNTICO
Local: Espaço Paulo Freire – CCBJ
Público: Livre
VISITA AO MUSEU DA BONECA DE PANO PICI
RELEASE:O Museu da Boneca de Pano (MBP), criado em 2013 e situado no bairro Planalto do Pici, em Fortaleza, é uma instituição museológica comunitária e que desenvolve trabalho de ação social a favor da articulação entre memória, preservação cultural e mobilização comunitária. A instituição é reconhecida como Ponto de Cultura pela Secretaria de Cultura do Ceará e integra a Rede Cearense de Museus Comunitários e o Sistema Estadual de Museus do Ceará, sendo mantido pela Associação Cultural dos Amigos do Museu da Boneca de Pano.
📌Serviço
10h | VISITA AO MUSEU DA BONECA DE PANO PICI
Local: Museu da Boneca de Pano, Rua Joel Marques, 110 – Planalto Pici
Público: 35 crianças da comunidade São Francisco
ATIVIDADE DE COLAGEM – A BELEZA DA NEGRITUDE
RELEASE:A atividade é um momento direcionado aos adolescentes e jovens do CCBJ, mediado pela educadora social Narah Adjane, onde juntos criarão cartazes usando a técnica de colagem. Neste encontro, a temática trabalhada será sobre “A beleza da Negritude”, em alusão ao dia da consciência negra. Durante a atividade haverá uma discussão sobre os símbolos, palavras e imagens que traduzem o que os participantes compreendem sobre o momento.
📌Serviço
18h | ATIVIDADE DE COLAGEM – A BELEZA DA NEGRITUDE
Local: Sala Multiuso – CCBJ
Público: Jovens e adolescentes
ADJOKÉ E AS PALAVRAS QUE ATRAVESSARAM O MAR
RELEASE: O Programa Navegando em Letrinhas desenvolvido pela Educadora Bárbara Araújo no Festival A Coisa Tá Preta irá trazer a leitura mediada e o diálogo sobre o livro infantil ”Adjoké e as Palavras que Atravessaram o Mar”, de Patrícia Matos. A história infantil retrata a vida de Adjokè, menina Yorubá, que chegou ao Brasil traficada do Continente Negro. Em um diálogo sobre ancestralidade e história.
📌Serviço
19h | ADJOKÉ E AS PALAVRAS QUE ATRAVESSARAM O MAR
Local: Espaço Alternativo – CCBJ
Público: Livre
DESCONSTRUINDO O RACISMO AMBIENTAL
RELEASE: O racismo ambiental é uma pauta que nos atravessa , inclusive, enquanto moradores de periferia. O propósito do diálogo é escutar as diversas formas de racismo ambiental que nos cercam, falar sobre moradia, sobre saneamento ambiental e sobre desmatamento. A conversa vai se centralizar diante dessas e tantas outras temáticas.
📌Serviço
19h30 | DESCONSTRUINDO O RACISMO AMBIENTAL
Local: Espaço Paulo Freire – CCBJ
Público: Livre
DIA 17/11 – SEXTA
QUAL É A HISTÓRIA DA BONECA ABAYOMI?
RELEASE: A boneca abayomi foi criada para as crianças, jovens, adultos na época da escravidão. As mulheres negras confeccionavam com pedaços de suas saias, único pano encontrado nos navios negreiros, para acalmar e trazer alegria para todos. Frequentemente, é vendida como “símbolo de resistência” da cultura negra em diáspora. O trabalho com as “abayomis” valoriza a cultura afro-brasileira e se configura como uma importante ferramenta para conscientização das crianças sobre o que representou a escravidão no Brasil.
📌Serviço
14h | QUAL É A HISTÓRIA DA BONECA ABAYOMI?
Local:Sala Multiuso – CCBJ
Público: Projeto Mulheres Criativas
OFICINA: A BENÇÃO DAS ERVAS COM PAI IRAN
RELEASE: As ervas sempre fizeram parte dos nossos afazeres e proporcionam cura para as nossas dores. Esse é processo ancestral que traz comunhão com o meio ambiente, com as benzedeiras e com toda uma percepção religiosa e espiritual. O objetivo dessa atividade é de que seja um momento de relaxamento e de conversa.
📌Serviço
15h | OFICINA: A BENÇÃO DAS ERVAS COM PAI IRAN
Local:Espaço Alternativo – CCBJ
Público:Livre
CINENARTE: EXIBIÇÃO DO CURTA “PRETA” E DEBATE SOBRE RACISMO
RELEASE: O “PRETA” é mais um curta-metragem da FILMACT de cunho social, que visa à conscientização sobre o racismo. A produção relata o descobrimento de Anastácia, menina negra e periférica que encontra obstáculos ao encontrar sua identidade e cultura. Mergulhe nessa história que vai te fazer se emocionar e aprender com a arte do cinema.
📌Serviço
17h | CINENARTE: EXIBIÇÃO DO CURTA “PRETA”
Local:Cineclube – CCBJ
Público:14 anos
EMPODERA BLACK – O CONTO DAS ABAYOMIS
RELEASE: Continuando com a temática da novembro negro, as crianças e adolescentes são o público convidado para uma vivência ancestral da diáspora Africana, onde irão aprender sobre a “Lenda da Abayomi”, um simbolo de resistência da cultura negra.
📌Serviço
18h |EMPODERA BLACK – O CONTO DAS ABAYOMIS
Local:Espaço Paulo Freire – CCBJ
Público:Livre
DIA 18/11 – SÁBADO
BRINCANDO E DESENHANDO A SUA IDENTIDADE
RELEASE: Uma atividade que faz uso da brincadeira para aguçar a percepção de desenho com as crianças, fazendo com que elas coloquem no papel o que os olhos enxergam, em especial, destacando sua auto-imagem enquanto meninos e meninas pretas, e como isso se expressa.
📌Serviço
10h |BRINCANDO E DESENHANDO A SUA IDENTIDADE
Local:Espaço Alternativo – CCBJ
Público:Livre
CELEBRAÇÃO DIA NACIONAL DA UMBANDA – ARTICULAÇÃO POVOS DE TERREIRO DO GRANDE BOM JARDIM
RELEASE:O Dia Nacional da Umbanda é comemorado anualmente em 15 de Novembro. A data celebra a religião da Umbanda, considerada totalmente brasileira e criada a partir de características e misturas de crenças do catolicismo, espiritismo e demais religiões de origens africanas e indígenas. Os umbandistas sofreram preconceito e discriminação por causa da religião no Brasil. Muitos associavam suas práticas umbandistas como satânicas. No entanto, a Umbanda é mais um exemplo da rica diversidade cultural brasileira! Em continuidade a ação de fortalecimento dos terreiros do Grande Bom Jardim, ações desenvolvidas pelo CCBJ como “Conversa de Terreiro” e o Podcast Povos de Terreiro, o CCBJ sedia um encontro de seus povos para demarcar sua cultura, arte, fé e re-existências. A programação é uma solicitação de pauta de ocupação do equipamento e vem com a programação de um momento inicial de defumação, falas afirmativas e comemorativas, apresentações culturais com os Filhos da Noite em sua performance Exu e as Sete Marias, Toque de Senzala e suas canções e louvores afrodescendentes.
📌Serviço
14h | CELEBRAÇÃO DIA NACIONAL DA UMBANDA
Local:Teatro Marcus Miranda e Praça Central CCBJ 14 às 18h
Público:Livre
OFICINA DE TURBANTE COM PATRICIA BITTENCOURT
RELEASE:Patricia Bittencourt émembro fundadora da Rede Kilofé de Economia de Negras e Negros do Ceará, idealizadora da loja colaborativa CearAfro, articuladora do Movimento Hip Hop do Ceará, membro fundadora do Coletivo Feira Negra de Fortaleza e membro do Coletivo Batuque de Mulher.
📌Serviço
15h | OFICINA DE TURBANTE COM PATRICIA BITTENCOURT
Local:Biblioteca Cristina Poeta – CCBJ
Público:Livre
OFICINA DE TRANÇA NAGÔ COM MARIA DA CONCEIÇÃO
RELEASE: Maria da Conceição começou a trançar cabelos ainda muito jovem, em meados de 2012. Iniciou trançando o próprio cabelo, de suas irmãs, primas e amigas. Com o passar do tempo, foi aperfeiçoando suas técnicas, se desafiando e percebendo que poderia se tornar uma trancista profissional.
📌Serviço
16h | OFICINA DE TRANÇA NAGÔ COM MARIA DA CONCEIÇÃO
Local:Biblioteca Cristina Poeta – CCBJ
Público:Livre
VIVÊNCIA BELEZA NEGRA
RELEASE: A Vivência/Oficina “Beleza Negra” oferece um espaço seguro e inclusivo para aprender a realçar a beleza natural, enquanto se conecta com as raízes ancestrais e culturais que moldaram identidades únicas.
Através de penteados e maquiagem especializados, esta vivência/oficina vai além da estética, promovendo auto aceitação e orgulho. Guiados por talentosos especialistas, os participantes sairão com uma nova apreciação de sua beleza e identidade.
A “Beleza Negra” é mais do que uma vivência/oficina de beleza, é uma jornada de empoderamento e celebração.
📌Serviço
14h | VIVÊNCIA BELEZA NEGRA
Local:Sala Multiuso
Público:Livre
ESPAÇO BRINCARTE
RELEASE:Um local acolhedor, confortável e livre, onde as crianças possam conversar, brincar ou simplesmente dá um tempo, essa é a proposta do Espaço Brincarte que conta também com jogos populares, recreativos e colaborativos que, nesta data, tratará da temática da consciência negra para oferecer um espaço seguro as famílias que vieram participar da programação do festival.
📌Serviço
14h | ESPAÇO BRINCARTE
Local:
Público:Crianças de 05 a 12 anos
AUTOCUIDADO E BEM-VIVER
RELEASE: Uma atividade de autocuidado com as mulheres do Projeto Alfabetizar, com o intuito de refletir sobre esse lugar do cuidado e da dificuldade na busca pelo Bem-viver para jovens pretos e periféricos, trabalhando a importância de cuidarmos da nossa saúde física e mental, fazendo um resgate dessas técnicas de autocuidado que conhecemos através da nossa história de vida.
📌Serviço
14h | AUTOCUIDADO E BEM-VIVER
Local:Sala de Dança
Público:14 anos
BATALHA DE RIMA – CRIATIVIDADE E RESISTÊNCIA
RELEASE:Pensando na construção da poesia de rua, vivência que demanda criatividade, consciência e pensamento rápido, faremos um momento de Batalha de Rima. Serão sorteadas palavras geradoras que guiarão a imaginação dos MCs do CCBJ.
📌Serviço
17h | BATALHA DE RIMA
Local: Praça Central – CCBJ
Público:Criança e Adolescentes
DESFILE DE MODA “A COISA TÁ PRETA”
Release: Um desfile inovador celebrando a consciência negra em parceria com o curso de design de moda da Uniateneu e Fera Fashion, projeto preparatório de novas modelos. O Festival “A Coisa Tá Preta” será palco de um desfile criativo e inovador, reunindo os novos talentos no design de moda, estilistas pretes, que trazem uma fusão de beleza e ancestralidade por meio de seus looks únicos, em colab com as New Faces do projeto Fera Fashion, que prometem revelar ao mundo a beleza de suas meninas e meninos. Esse desfile é mais do que uma exibição de moda; é um tributo à diversidade e à expressão autêntica da cultura negra e moda contemporânea.
📌Serviço
18h | DESFILE DE MODA “A COISA TÁ PRETA”
Local: Teatro Marcus Miranda – CCBJ
Público:
DISCOTECAGEM COM A COM DJ CABULOSA
RELEASE: CABULOSA é moradora do Grande Bom Jardim, artista multilíngue e estabelece pesquisas nas áreas da música, dança, audiovisual e artes visuais a partir de seu corpo.
📌Serviço
18h | DESFILE DE MODA “A COISA TÁ PRETA”
Local: Teatro Marcus Miranda – CCBJ
Público:
BANDA BALAIO DA PRETA DO AXÉ AO SAMBA
RELEASE:Sendo Sobral uma cidade que contém diversas bandas de diferentes estilos, o Balaio da Preta surge com uma pegada forte dos tambores e ,fazendo um resgate da cultura afro-brasileira na cidade. Desde 03 de novembro de 2017, com as essas influências da cultura afro e no swing que a música brasileira tem ,nasce o Balaio da Preta, destacando-se inicialmente no cenário carnavalesco. A valorização dos ritmos genuinamente nacionais e que levantam o astral da galera é a essência primordial do grupo, que vão desde os axés que relembram a potência dos carnavais, até os sambas, pontos e ijexás que nos trazem o embalo e histórias da cultura negra e povos de terreiro.É dentro dessa diversidade que estão repertório da banda. Nesta formação, contamos com a voz poderosa de Patrícia Sousa acompanhada pelos arranjos do violão 7 cordas de Uélito Filho (Eltim), Ray Peixoto no peso do baixo, e Beto de Odé na percussão e Wanderson de Maria na bateria. Neste formato , a banda resgata os clássicos da música negra brasileira e diversas canções que fazem o coração pulsar na frequência dos pés , indo desde o axé music ao samba de caboclo . Um show pra vibrar, dançar, rezar e se alegrar em corpo e espírito.
📌Serviço
19h | BANDA BALAIO DA PRETA DO AXÉ AO SAMBA
Local: Praça Central – CCBJ
Público:
CHARME 2000
RELEASE:CHARME 2000 é um baile de protagonismo periférico, negro e LGBTQIAP+ com viés político de resistência, que enfatiza sonoridades diversas que costuram a infância e adolescência de quem viveu os anos 90/2000. Edição aberta e gratuita, que traz como temática a cultura rap/hip hop e suas expressões em musicalidade, dança, moda, visualidades e aspectos conceituais do evento.
📌Serviço
20h | CHARME 2000
Local: Praça Central – CCBJ
Público:
FEIRINHA CCBJ ESPECIAL A COISA TÁ PRETA
RELEASE:A feira de artesanatos e gastronômia, vem sendo uma iniciativa do Centro Cultural Bom Jardim, em fortalecer a economia e o empreendedorismo negro e comunitário do Grande Bom Jardim com uma oferta de produtos e serviços. A Feirinha também tem o intuito de ser uma espaço de sociabilidade e fortalecimento da nossa cultura local e solidária.
📌Serviço
18h | FEIRINHA CCBJ ESPECIAL A COISA TÁ PRETA
Local: Campo na Entrada – CCBJ
Público: livre.