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Conheça os artistas, grupos e coletivos selecionados para a programação de 2024

O Regresso Dum Barquinho De Papel

O Cangaias Coletivo Teatral traz como proposta artística a peça O Regresso dum Barquinho de Papel, adaptada do livro “O Braço do Pai”, de Rafael Barbosa. A proposta conta a história de uma criança que vive com a sua bisavó e uma cadelinha em um vilarejo sem água e sem outros habitantes. Um dia, ela encontra um misterioso bicho-gigante no meio da mata, e tanto a sua vida quanto o vilarejo passam por mudanças e descobertas.

A peça, permeada por fantasia, apresenta uma fábula que parte do imaginário do sertão mítico e místico e trata de um vilarejo que há muitos anos vive sem água e praticamente sem habitantes. O espetáculo lúdico nos apresenta uma sincera relação de amizade entre uma criança, que ora é menino e ora é menina, e um misterioso bicho gigante. Dois seres possivelmente considerados diferentes, singulares, e que logo se identificam. O espetáculo se utiliza do jogo da manipulação de bonecos, de objetos e do teatro de animação orquestrados por operários-contadores, construindo uma fantasia por meio de elementos cênicos não convencionais que permitem aguçar uma nova sensorialidade.

Querida, Rosa

De Juliana Tavares e Beatriz Bandeira, “Querida, Rosa” se passa em 1950 e conta a história de uma jovem que chega atrasada na Estação de Trem João Felipe. Ela perde o horário de embarque e, ao perceber que o próximo trem irá demorar por alguns instantes, ela resolve contar ao público histórias sobre sua avó, que, assim como ela, se chama Rosa. A jovem relata ansiosamente sobre sua viagem de trem para ver sua avó, uma senhora moradora de Iguatu, no Ceará. 

“Querida, Rosa” é uma apresentação cênica-musical para infância que constrói fortemente uma narrativa com a contação de histórias. A atriz Juliana Tavares e a cantora e musicista Beatriz Bandeira, buscam através da ludicidade e musicalidade, integrar o público para memórias acerca do Ceará, trazendo a família, a brincadeira e os afetos como fortes aliados na infância.

Aurora

Quem, nos dias de hoje, não conhece uma pessoa que só sabe resmungar? Foi pensando nisso que Aurora nasceu: uma peça que tem a intenção de devolver cor e positividade às pessoas. O espetáculo infantil narra as aventuras de uma menina chamada Aurora, que nasceu da união do sol com a lua. Uma criança cheia de poderes, dentre eles o de viajar pelos planetas. Porém, ela só pode passar um dia em cada um deles. Nessas andanças, ela conhece um ser muito estranho que é muito comum nos dias de hoje: um resmungão. Com sua leveza e simplicidade, a garota ensina que de todas as situações ruins é possível tirar algo de bom. 

Jam Session para bebês

A Jam Session para bebês é o mais novo trabalho do ator e performer Well Fonseca, criado a partir do projeto Borboletário 1, 2, 3. São vivências onde a imaginação, a dança, sonoridades e gestos provocam estímulos sensoriais e motores, geram afeto e divertem por meio da percepção poética dos bebês em uma experiência criativa entre um performer, um músico e seus pequenos participantes.

Na apresentação, uma grama sintética é estendida para formar um tapete acolhedor, o músico Ayrton Pessoa Bob improvisa uma ambientação sonora e o performer Well Fonseca contagia as crianças a se experimentarem através do movimento e de alguns elementos que emergem durante a sessão, como tecidos coloridos, instrumentos musicais e até microfones. A partir disso, forma-se uma composição espontânea e improvisada que valoriza a criação a partir do brincar livre e da ludicidade, um espaço de movimentos criativos para e com as crianças. 

Bailinho de máscaras

A proposta de Wendy Mesquita consiste na realização de uma oficina de criação e customização de máscaras de retalhos. As crianças poderão escolher tecidos de formatos e cores diferenciados para aplicar cores, texturas e materialidades. Será utilizada a técnica de upcycling, onde os materiais têxteis serão reaproveitados ao invés de descartados, como é comum acontecer. Para a customização, serão utilizados materiais atóxicos como canetinhas, tinta guache e cola. O “Bailinho de Máscaras” propõe que a customização seja realizada de maneira livre, de uma forma que as crianças possam exercitar sua liberdade criativa fora dos parâmetros padrões de simetria e cores. O intuito é dar apoio e orientação à criança, mas tratá-la como protagonista e autora da sua expressão artística.

A oficina será desenvolvida a partir de uma dinâmica inicial em que a facilitadora fará provocações acerca de como representações infantis são encaradas pelas crianças. Por exemplo, o coelho da páscoa deve ter uma cor “certa”? Por que ele não pode ser rosa e ter muito brilho com glitter? Ele deixará de ser um coelho por causa da cor dele? As crianças, então, serão estimuladas a exercitarem a sua criatividade ao invés de fazerem uma reprodução por si só. Será sugerido que as crianças realizem a atividade da maneira em que se sintam mais à vontade e representadas, sem a necessidade de regras técnicas e com base em um ensino lúdico.

Explorando Memórias: Oficina de Colagens para Crianças

A oficina é uma iniciativa inserida no projeto de educação patrimonial “Vai Veno”, que visa a valorização da história e da cultura do Ceará. Idealizada por professores de história, produtores culturais e arte-educadores, esta oficina oferece uma oportunidade única para crianças de 8 a 13 anos explorarem suas próprias histórias e fortalecerem sua identidade por meio da produção de colagens, combinadas com outras técnicas de artes visuais. Com uma abordagem participativa e interativa, os participantes exprimem suas próprias experiências e perspectivas, uma vez que a arte das colagens será utilizada como uma ferramenta de expressão e reflexão, incentivando a criatividade e o autoconhecimento.

O resgate das memórias e a valorização da identidade pessoal e comunitária serão os principais pilares da oficina, contribuindo para a construção de uma consciência histórica e cultural mais sólida e inclusiva. Durante a oficina, os participantes serão conduzidos por uma jornada de autodescoberta e criação artística a fim de mergulharem nas suas memórias e na identidade cultural individual e coletiva.

MAYA SUPER DRIVE

O projeto é uma peça de teatro de bonecos, realizada pela LOBO LA LOBA PRODUÇÕES e Ícaro Troccoli, que combina elementos do universo gamer com aspectos da cultura afro-brasileira. A narrativa é centrada em Maya, uma jovem gamer de 11 anos que é transportada para o mundo de seu jogo favorito, “Os Guardiões das Relíquias dos Deuses”. Neste universo mágico, ela descobre sua habilidade única, o SuperDrive, que lhe permite reescrever as regras do jogo e enfrentar forças ocultas para restaurar a harmonia.

O espetáculo tem como objetivo principal promover a representatividade étnica, a diversidade e a inclusão, ao mesmo tempo em que explora temas como ancestralidade e cultura afro-brasileira, engajando crianças e adolescentes ao integrar técnicas tradicionais de teatro de bonecos com elementos de jogos clássicos a partir de uma experiência lúdica e educativa. A peça também inclui elementos interativos para manter as crianças engajadas, como perguntas ao público ou participação em momentos-chave da história. Isso permite uma maior interação entre os atores e a plateia, enriquecendo a experiência teatral.


Histórias de Si: Tecendo Memórias através da Escrita Criativa

A proposta de Renata Cavalcante de Oliveira é um workshop para pessoas de todas as idades interessadas em revitalizar suas memórias pessoais por meio da escrita criativa. Este evento especial é projetado para criar um espaço onde os participantes possam redescobrir e transformar suas vivências em narrativas escritas.

Com duração de quatro horas, este encontro não somente trará insights de autores consagrados, como Úrsula Le Guin, que desafiará os padrões narrativos com sua teoria da “bolsa de ficção”, mas também alternará entre teoria e prática de escrita. Exercícios de escrita sensorial formarão a base do workshop, ajudando os participantes a acessar e articular suas lembranças mais impactantes e incentivando a partilha de experiências. Esse aspecto é essencial para fortalecer vínculos comunitários e criar uma coleção viva de relatos que expele a diversidade e a riqueza das experiências humanas.

Oficina de Microcontos Fantásticos

A oficina de Oziel Herbert é uma tarde de brincadeiras pelo mundo da escrita restritiva. Através de desafios e jogos literários, vamos conhecer o universo dos microcontos. Essa forma de narrativa desafia os escritores a condensar suas histórias em pouquíssimos caracteres. Esta oficina é destinada a toda pessoa interessada em interagir de forma lúdica com a palavra, desde aquelas com desejo de aprimorar suas habilidades e aprender novas técnicas de escrita até aquelas que, simplesmente, querem se divertir numa tarde produzindo literatura em coletivo.

Durante a parte teórica da oficina, vamos abordar diferentes aspectos da escrita de microcontos, como a criação de personagens, cenários, a estrutura narrativa e o uso eficaz e preciso das palavras neste formato curtíssimo. As aulas serão dinâmicas e interativas, sempre dando uma olhada na produção de micro contistas cearenses e trazendo para a aprendizagem prática. Ao final da oficina, os participantes poderão contribuir com seus microcontos para a criação de um zine coletivo, que será montado e distribuído entre todos os participantes. 

Livro Rhamon com H – Segunda edição

O livro Rhamon com H, de Rhamon Matarazzo, teve seu lançamento em 2022 pelo Centro Cultural Bom Jardim, por meio de sua Biblioteca Cristina Poeta. Na primeira edição do livro foram doados 15 exemplares para a biblioteca. Em sua segunda edição, o livro agrega mais informações sobre a autobiografia do autor e sobre os avanços da sociedade em prol da melhoria da qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/AIDS em Fortaleza. Serão doados mais 20 exemplares da segunda edição com sorteio de duas unidades para a comunidade do Grande Bom Jardim.

Como forma de democratizar a leitura da obra em todas as escolas do Bom Jardim, serão postos QR Code para acessar o livro virtualmente e também serão distribuídos insumos de prevenção nas escolas, como preservativo, lubrificante íntimo, testagem grátis com profissionais de saúde, cartões de incentivo ao uso da PREP (Profilaxia Pré Exposição) e PEP (Profilaxia Pós Exposição). O livro é um pretexto para instigar a saúde dos jovens e adultos do território.

Pé de Reisado

A proposta do Grupo Garajal narra, de maneira lúdica e musical, a história de como “Virismunda” e “Tião” plantaram a brincadeira do Reisado pelas bandas de cá. Na contação de história, adentramos um pouco no universo da memória e tradição popular dessa manifestação tão potente do nosso estado. Neste trabalho o Grupo Garajal continua sua pesquisa, a partir das tradições, danças e canto populares, buscando na encenação e na oratória, desenvolver uma nova forma de difundir um trabalho de reisado que já fazem há 20 anos.

O “Reisado do Garajal: Guerreiros de Jorge” é uma das manifestações tradicionais que mistura o sagrado e o profano em fluxo dinâmico com as nossas demandas socioculturais e subjetivas na contemporaneidade, com intuito de resgatar a memória e a tradição da cultura popular. 

Dramaturgia, Palavra Feminina

Dramaturgia é um substantivo feminino que corresponde à escrita de peças teatrais. Historicamente, o surgimento do teatro, pelo menos no Ocidente, está ligado aos festejos religiosos da Grécia Antiga. Entre os textos teatrais encenados na época e que chegaram até nós, encontra-se a narrativa de mulheres como Medéia; a filha do sol, ou Jocasta; esposa do próprio filho. Desde então outras figuras femininas permeiam a dramaturgia mundial, entre elas Julieta, Arkadina, Alaíde, Blanche etc. Mulheres que protagonizam histórias escritas por homens. O que me levou enquanto, atriz e dramaturga, a questionar; onde estão as mulheres que escrevem ou escreveram para teatro? Onde estão as dramaturgas? A partir destes questionamentos que criei, juntamente com uma amiga, o grupo de estudos “Dramaturgia, palavra feminina” dedicado a pesquisar e difundir a narrativa construída por mulheres cis e trans, a partir da leitura e análise de peças teatrais. Foram nos encontros do grupo, que reuniu mulheres de diferentes estados do Brasil entre 2020 e 2021, que percebi que há um déficit de formação em dramaturgia. Há poucas mulheres escrevendo peças teatrais, porque há poucas formações na área. E entre as disponíveis poucas são gratuitas ou voltadas especificamente para mulheres cis e trans. Para preencher esta lacuna que apresento este projeto formativo “Dramaturgia, palavra feminina”, uma oficina imersiva, que vai discutir sobre a presença de mulheres na dramaturgia mundial e nacional, analisar textos dramatúrgicos e convidar as participantes a se aventurarem na escrita dramatúrgica. Um espaço de construção teórica e prática, seguro e dedicado a mulheres. Voltado a despertar e formar novas autoras, para que elas se sintam aptas a criar suas próprias narrativas.

EN-TRE Muros

O espetáculo da Cia Acaso teve como aporte social, cultural e histórico a entrevista com Sérgio Rocha acerca da história do Centro Cultural Dragão do Mar (CCDM) e da relação dos moradores do Poço da Draga com o CCDM, além da investigação prática de como os próprios corpos dos três artistas reagiam às estruturas disciplinadoras impostas por espaços públicos que são e estão gradeados. A peça é realizada em espaços de rua, praças e áreas com grades.

A experimentação dos intérpretes-criadores parte dos seguintes pontos: 1. Estudo teórico dos conceitos de corpo-espaço (de Regina Miranda), corporeidade (de Merleau-Ponty) e estruturas disciplinadoras (de Michel Foucault); 2. Experimentações práticas de como os corpos-espaços dos três integrantes reagem aos espaços-corpos (muros e grades) em espaços urbanos que não eram para ser cercados por grades.


Por um triz

Viver compreende tomar decisões a todo o momento. Ao chegar à adolescência, essas decisões se tornam cada vez mais conscientes e a responsabilidade aumenta, assim como aumentam as pressões oriundas da família, da escola e dos amigos. A montagem do grupo Bandeira das Artes aborda o cotidiano de três adolescentes que vivem realidades bem diferentes, destacando a tomada de decisão e as consequências de cada uma delas. Vivendo numa sociedade impelida a um consumismo desenfreado, eles são submetidos às pressões inerentes ao processo de escolarização, à convivência em grupo, à auto afirmação e à conquista do próprio espaço.

A pesquisa para a realização desse trabalho se deteve ao conceito de Teatro-Fórum, uma das categorias da metodologia do Teatro do Oprimido, criada por Augusto Boal. Após as reflexões propostas em cada cena do espetáculo, o elenco convida o público a se colocar no lugar de cada personagem. Havendo espaço para uma troca de ideias, dedicamos um tempo extra para reconstruir cenas do espetáculo com a participação voluntária do público, gerando um espaço de reflexão, diálogo e ação para além do tempo da cena.

Ariadne – Cartografias de um labirinto

Ariadne – Cartografias de um Labirinto é um convite a uma navegação de desbravamento de si e do mundo. A cena propõe um mergulho no mito do fio de Ariadne, redesenhando rotas de possibilidades em meio a um mar de sonhos, amores, medos, desejos, enfrentamentos e descobertas, ante à necessidade humana de ouvir sua voz interior, seguir em frente e sobreviver.

Boi Eternidade

O projeto é um espetáculo de teatro de bonecos mamulengos, do grupo Parafuso de Teatro, que traz a história popular do Bumba Meu Boi de forma lúdica e poética, recontada e ressignificada na contemporaneidade para todos os públicos. Contadores de histórias e brincantes de reisado cantam e contam a história do Boi Eternidade, um boizinho que ama a cultura popular e que não quer deixar nunca essa brincadeira acabar. Francisco, Catirina, Coronel, Vaqueiro, Pajé, Jaraguá e Ema também fazem parte dessa grande brincadeira da cultura popular nordestina.

A proposta do espetáculo é sensibilizar públicos contemporâneos, principalmente crianças e adolescentes levantando reflexões sobre como a cultura popular do Bumba Meu Boi faz parte da história e cultura do Ceará, com o desejo de manter viva as tradições populares da raiz nordestina.

Hamlet como você nunca viu

Hamlet como Você Nunca Viu é um projeto teatral que busca apresentar uma abordagem inovadora e divertida da famosa peça de William Shakespeare, por meio de um monólogo narrado por Horácio, personagem interpretado pelo ator Cristiano Marques. Nesta adaptação um único ator assumirá múltiplos papéis, parodiando os principais personagens de “Hamlet” de uma maneira cômica.


Arrebol

É um projeto de arte colaborativa que combina dança, música e audiovisual, explorando a relação da sonoridade da rabeca nordestina (instrumento de cordas friccionadas que tem relevância histórica em diversas manifestações culturais) com o movimento do corpo, confluindo em arte digital através de projeção reativa/interativa.

O espetáculo cênico, de Isabela dos Santos, tem duração de 40 minutos e abrange poéticas e modos de fruição da dança e da música a partir de sua associação com ferramentas digitais, com o objetivo de expandir relações cênicas e sonoras, que desdobram-se na performance dançada e musicada dentro da projeção.

Um Ponto de Vista do Concreto

O espetáculo cênico de arte urbana tem 10 anos de existência e integra os estilos de dança de seus intérpretes (Breaking Dance, Popping, House, Hip Hop, Locking e Experimental) com o graffiti, o pixo e a poesia. Em cena, dois intérpretes transformam seus corpos em discurso para refletir temas como: anulação do outro, disputa social, conflitos territoriais e o adoecimento da vida moderna. O grupo Loly Pop Urban Art também discute as relações de poder que determinam o que é arte e o que não é, tecendo uma crítica ao sistema que legitima uma arte como erudita enquanto marginaliza e criminaliza expressões essencialmente periféricas.

Com classificação indicativa 12 anos, a obra possui a duração de 1 hora e prima pela formação de plateia diversa, de diferentes experiências estéticas socioculturais, que melhor condizem com a realidade amplamente discutida e narrada na obra.

Corpos Embarcados

A proposta da Barlavento Companhia de Artes Cênicas é um espetáculo criado a partir de narrativas sobre o Fandango da Praia do Mucuripe/CE, dança dramática cearense que narra aventuras de marinheiros em alto mar, manifestação que atualmente está semi desaparecida no território em que existia. A partir das danças, músicas e personagens do Fandango cearense, duas dançarinas-atrizes navegam pelas aventuras de marinheiros, capitães, generais e príncipes mouros, interpretando uma relação entre o desaparecimento da brincadeira e a especulação imobiliária da região.

CORRENTEZAS

Como podemos nos aproximar da natureza? A partir desse questionamento, o grupo Ghetto Fayah desenvolveu o espetáculo de dança Correntezas, que traz em seu repertório de movimentos técnicas de Danças Urbanas e movimentos da Cultura Dancehall combinados aos discursos trazidos pelos corpos das intérpretes em gestos, falas e músicas. O projeto propõe uma visão afropindorâmica e periférica sobre as questões que atravessam as intérpretes dentro do processo de aproximação com a natureza.

Debocha Reggueiro

Na proposta de ensinar e espalhar a cultura do passinho do reggae e proporcionar vivências e lazer nas comunidades, o grupo Debocha Reggueiro está em atividade desde 2023. A apresentação se divide em quatro coreografias: RC, Calypso, Paty e Tandinho. Os 14 integrantes se dividem em formações alternadas de acordo com cada coreografia e música. Combinando a arte expressiva do Passinho do Reggae com a rica cultura cearense, o grupo Debocha Reggueiro captura a essência do reggae local, refletindo a alma vibrante da favela, na terra do Sol. Cada movimento é uma homenagem à história e à paixão pela música reggae, transmitindo uma mensagem de união e celebração da vida.

Sequência Raiz Feminina

A proposta de Kelly Brown é um projeto musical que celebra e enaltece o trabalho das artistas mulheres nordestinas, promovendo a representatividade feminina no cenário artístico. Por meio de uma cuidadosa seleção musical, que mescla ritmos ancestrais com novas produções das periferias do Nordeste, busca-se enriquecer a experiência do público com músicas repletas de história, cultura e representatividade. Além disso, o projeto concede voz e visibilidade a essas talentosas mulheres, contribuindo para preservar e valorizar a diversidade cultural da região.

NICK “Soul Favela Beats – Funk e Trap em Harmonia”

A cantora Nick Sol apresenta um projeto musical que mergulha na essência das comunidades urbanas para trazer uma explosão de ritmo, cultura e identidade. Combinando a voz potente e a personalidade artística da cantora, acompanhada por batidas pulsantes e arranjos aos batimentos cardíacos das favelas, a proposta artística celebra a resiliência, a criatividade e a autenticidade das comunidades ao som do funk e do trap. O show será um encontro dos clássicos do funk e hits virais, incluindo suas vertentes regionais, como brega funk e o trap, juntamente com os singles autorais que refletem a essência e a voz autêntica da cantora.

Baile da Negona

A DJ Negona vem estudando o Pagodão Baiano, Funk, Brega Funk, Rap e outras sonoridades como memória sonora afetiva de periferia. Ela traz nos seus setlist e produções referências sonoras pretas, femininas, LGBTQIAP+ e periféricas.

Negrazúmbida: Memórias, sensações e ruídos

Em experimentos eletrônicos e vocais poderosos, as músicas do EP Negrazúmbida, de KAYA, revelam memórias sensações e ruídos do território Sapiranga, localidade que apesar do estigma de violência e especulação imobiliária, resiste. Cada música conta um segredo que se mistura com distorções orgânicas, e zumbidos tecno ancestral. Negrazúmbida perpassa por uma narrativa interseccional, onde a solidão, subjetividade, afetos e natureza são fatos que compõem a originalidade e potência, denotando assim insurgências pertinentes e das diásporas cotidianas de uma pessoa negra artista.

Do lado de baixo do equador

O show musical proposto pelo grupo Brechó Sonoro reúne artistas independentes e autorais para executar um conjunto de doze canções. Concebida a partir de uma pesquisa elaborada pela Historiadora Jéssica Tavares, sobre o mapeamento músico-autoral da cidade de Fortaleza, esta performance tem como objetivo promover composições autorais que trazem à tona os ritmos, sonoridades e narrativas que circulam no cancioneiro autoral-independente da cidade.

Filme “Os Maluvidos”

A Bom Jardim Produções propôs a exibição do longa-metragem infantil Os Maluvidos dentro da programação do mês das crianças do Centro Cultural do Bom Jardim, em outubro de 2024. Os Maluvidos tem 73 minutos de duração e, além da exibição, a produtora propõe um momento de bate papo entre os diretores do filme e a plateia sobre a realização do filme.

Esse é o primeiro filme infantil da Bom Jardim Produções e tem em sua essência a amizade, o resgate das brincadeiras infantis, a criatividade das crianças em construírem seus próprios brinquedos com material reciclado, além de um musical com música original gravada especialmente para o filme.

Escritos pedalam a cidade

A Cidade Subterrânea é uma mostra, desenvolvida por Nathan Ary, que prevê duas sessões de dois curtas-metragem cada, todas com debate após exibição, sobre as possibilidades de existência na cidade de Fortaleza para corpos que não se encaixam apenas no chão, através do horror e da fantasia. Uma investigação narrativa-estética da dualidade espacial que parece gritar nessa cidade. Sessão 1: Boca de Loba e Janaína Overdrive.​ Sessão 2: Terra Ausente e Além da Jornada.

Espelhos – Contando nossa história

A partir da constatação de que os valores e identidades construídas e comunicadas pela cultura via mediação visual, três artistas racializades se juntam para desenvolver uma série de pinturas murais dentro de escolas públicas localizadas em bairros periféricos de Fortaleza, Ceará, com o intuito de desenvolver um pensamento visual crítico às narrativas hegemônicas e contribuir para a educação antirracista. Espelhos – Contando nossa história é o documentário construído a partir dessas ações. Nele, são apresentadas as artistas Dinha Ribeiro (mulher negra), Georgia Cardoso (mulher indígena do povo Anacé) e Emol (homem indígena sem reconhecimento étnico). O enredo do documentário parte de um conto popular Yorubá que versa sobre a quebra do “espelho da verdade” que espalhou seus cacos pelo mundo, refletindo as histórias pessoais de cada artista do projeto com seus relatos visuais e verbais.


Caixeiros Viajantes “Canta Cordéis Itinerantes”

A banda cearense de rock Caixeiros Viajantes traz à cena seu mais recente show “Caixeiros Viajantes Canta Cordéis Itinerantes”, uma vibrante homenagem à rica cultura popular nordestina. Ao mesclar seu repertório autoral com a poesia envolvente dos cordéis musicalizados, este show promete uma experiência única e imersiva para todos os entusiastas da música e da cultura regional. A apresentação de 60 minutos tem o intuito de unir o rock cearense com a poesia dos cordéis.

Virgulino, de Vaqueiro a Cangaceiro

Virgulino Ferreira é reconhecido como a personificação da calamidade por seus atos impetuosos, outrora é aclamado pelos menos favorecidos por fazer justiça com suas próprias mãos. Após um trato com o “Coisa Ruim”, Virgulino se transforma em Lampião. Se valendo do poder da vingança, Lampião sai espalhando a própria justiça por onde passa, assim como fazia a Volante (os policiais da época). Lampião acaba conhecendo Padre Cícero, que questiona as atitudes que ele anda tomando. Virgulino entra em conflito com seu desejo de vingança, justiça e os questionamentos de Padre Cícero, tendo assim que tomar uma decisão definitiva para sua vida. O espetáculo de mamulengos “Virgulino, de Vaqueiro a Cangaceiro”, é uma apresentação de Lucas Gomes de Sousa e Leandro Monteiro.

Nos Ritmos do Ceará

A Cia Txai de Danças Populares apresenta um espetáculo de danças e um musical. O espetáculo de projeções é baseado em fatos e mitos das histórias do povo cearense. Nos Ritmos do Ceará representa a diversidade da cultura do Ceará por meio dos ritmos, das coreografias, dos adereços, figurinos e das lendas, contos, cordéis e dialetos.


Exposição História do Grande Bom Jardim

A exposição consiste em dez quadros digitais impressos e expostos em cavaletes. O objetivo da exposição é contar, por meio de quadros digitais impressos, a história da comunidade do Grande Bom Jardim. Cada quadro conta um pouco da história do território, como a luta de mulheres por água encanada em algumas localidades, a luta das comunidades pelo alargamento da avenida Osório de Paiva, os principais campos de futebol de 30 anos atrás, a história do rio Siqueira nos seus melhores anos e como o mesmo servia às famílias que viviam às suas margens, os inesquecíveis clubes dos anos 70 e 80, a luta por terra das comunidades Nova Canudos e Terra de Assis e a chegada da energia elétrica na rua da Luz. 

Exposição “Reexistências – dos potentes seres que nasceram duas vezes”

A exposição coletiva “Reexistência – dos potentes seres que nasceram duas vezes” pauta as possibilidades de renascimento e ‘reentendimento’ de si a partir de vivências de corpos dissidentes. A exposição coletiva, que consta com obras de dez artistas dissidentes, nasce de encontros periódicos, desde 2021, de duas trajetórias contrahegemônicas, de uma pessoa trans não-binária e de uma mulher bissexual com deficiência visual adquirida. A exposição compõe um atravessamento de duas investigações pré existentes, intituladas MONO e Barracuda.

O pescador de Pirambús

A presente proposta de obra para exposição trata-se de uma iniciativa transdisciplinar no eixo de artes integradas, mobilizando a relação de linguagens como arte visual e moda. A criação intitula-se O Pescador de Pirambús, obra têxtil, possível a toque. Este trabalho revela um encontro entre passado, presente e futuro, unindo lembranças pessoais encontradas nas memórias de minha infância, e na saudade que carrego de minha falecida avó quando costurava pequenos retalhos de tecidos através das técnicas de “fuxicos”. A obra traz o significado de pertencimento e territorialidade através do encontro das técnicas de Chico da Silva, artista que erradicou-se no Pirambu, e o trabalho minucioso de construção de fuxicos por Irene Soares, falecida avó de Carll Souza. Para além do forte trabalho pautado na sustentabilidade, a obra dialoga também com a importância do artista Chico da Silva e todos esses signos de pertencimento do Grande Pirambu.

Baile da Utopia

A exposição fotográfica “Baile da Utopia”, dos artistas visuais Késsia Nascimento e Thiago Campos, representa uma iniciativa cultural no Ceará destinada a destacar a presença e importância do movimento de reggae de rua nas periferias de Fortaleza por meio de 15 fotografias digitais impressas em PVC. A obra aborda a relação de ancestralidade presente nos bailes reggae de periferia, sobretudo em conexão com as simbologias e epistemologias provenientes dos povos de terreiro do estado do Ceará.


Projeto Daniel

Este trabalho é fruto de um estudo na acrobacia aérea com foco nas materialidades do circo e da feira, ao qual Daniel Noronha se permite criar uma dança entre o Trapézio Fixo, os Caixotes e Minha História de Vida. Este percurso iniciou no Co-laboratório em Artes Circenses – Colab Circo 2ª Edição, e contou com interlocuções dramatúrgicas de Diocélio Barbosa/Paraíba, Noel Rosas/Uruguai e Tati Sousa/Fortaleza. “DANIEL é sobre mim, mas antes de tudo, é sobre aqueles que vieram antes, é sobre minha família, minhas raízes, é sobre o DNA que corre em minhas veias. Sou feirante desde minha infância, arriscaria dizer que desde a minha gestação. Minha mãe, Maria Eliane da Conceição, sacoleira e feirante sempre carregou, eu e meu irmão mais velho, Gabriel Conceição de Noronha, junto a ela nas Feiras da cidade de Fortaleza-CE.

A Risita

Prepare-se para uma experiência circense única e cativante, que transformará as ruas e praças em picadeiro para um show emocionante! “A RIsita” chega com todo o barulho e alegria, trazendo consigo o icônico Fusca Azul de 1974. Rupi e Pitchula, os mestres de cerimônia, percorrem as ruas e conduzem o espetáculo, utilizando o Fusca como um carro volante e cenário. Imaginem um local escolhido estrategicamente, onde mais pessoas possam se encantar e desfrutar da grandiosidade do circo. O Fusca para, é a partir dele que todo o cenário mágico de “A Risita” se revela.

Vem rir? Vai rindo!

Vamos nutrir nesse momento o riso como modo de vida. Nesse jogo coletivo, se acompanhem com a gente no nosso espetáculo “Vem rir? vai rindo!” Nele, o Coletrio trará uma apresentação no formato de roda, com muita troca com o público. Na apresentação, terão reprises clássicas de circo, batalha de rima, dança e malabares.


Deriva 2 – Queer AI Has No Imagination + Imagens fabulares para minha criança viada

O projeto Deriva 2 consiste em uma experimentação em cultura digital, que une vídeos em realidade virtual, instalação audiovisual, experimentações com inteligência artificial, montagem 3D e ambientes imersivos. A apresentação se dá tanto de forma presencial, com óculos de realidade virtual e projeção, quanto pode se dar virtualmente, com parte da pesquisa sendo disponibilizada para acesso on-line do público. Deriva 2 debate sobre a criação de ambientes transgressores e favoráveis à existência LGBTI+ por meio da cultura digital e das novas mídias audiovisuais. A proposta apresenta duas obras: “Queer AI Has no Imagination #2”, que demonstra, de maneira satírica, o processo de educação de uma realidade virtual para referências menos embranquecidas e cisnormativas e “Imagens Fabulares para Minha/Nossa Criança Viada”, na qual Caio Victor refaz ambientes de infância seus e de mais três pessoas entrevistadas, pautando esses ambientes nos acolhimentos e também nas dores e explosões que crianças dissidentes da norma passaram. Chama-se Deriva pois as duas obras apresentam-se de maneira imersiva em realidade virtual e em instalação digital de tal modo que, para o público fruir plenamente a obra, deve-se mover o corpo de maneira livre pelo espaço. Assim, a partir das suas próprias escolhas, cada pessoa torna-se responsável por como usufruirá da obra audiovisual.

Introdução à Pixel Art e Animação

A oficina “Introdução à Pixel Art e Animação” é uma iniciativa dedicada a introduzir crianças, entre 10 e 14 anos, a explorarem a sua criatividade através da arte digital. Durante o curso ministrado por Chris Mendes, os participantes serão introduzidos aos fundamentos da pixel art e aprenderão a criar e animar seus próprios sprites usando o software livre “LibreSprite” ou o site Pixelart, ambos gratuitos. Fundamentado na ideia de que a arte digital é uma forma acessível e estimulante de expressão criativa para crianças, o curso proporcionará uma jornada gradual de aprendizado, partindo de conceitos básicos até a criação de animações em gifs


Sucalixo

“Sucalixo” é uma performance que integra as linguagens da performance, do teatro e das artes-visuais, no qual o multiartista Evan Teixeira, vestido de uma máscara confeccionada por objetos do uso cotidiano das pessoas e que elas descartam incorretamente no meio ambiente (sacolas plásticas, latinhas de metal, escovas de dentes, chupetas, eletrônicos, dentre outros), visa interagir artisticamente com os frequentadores do Centro Cultural Bom Jardim e com os transeuntes das ruas do seu entorno, no intuito de fomentar aos cidadãos-espectadores, reflexões sobre as problemáticas da poluição nas ruas.

Cosmografias do Impossível

O trabalho “cosmografias do impossível”, de Luli Pinheiro, é um projeto instalativo inédito que propõe uma reflexão sobre a botânica em confluência com outras tecnologias, a partir de perspectivas de cosmogonias não hegemônicas. A proposta da apresentação é criar uma experiência ritual, imersiva e interativa a partir de um dispositivo audiovisual. Montado por meio de programação eletrônica em placa Arduino, utilizando programação de arte generativa e sintetizadores sonoros, o dispositivo é conectado às ervas utilizadas em religiões afro-brasileiras. Captando a atividade elétrica interna dessas plantas, transformando em notas musicais e estimulando a produção de imagens a serem projetadas na instalação. O projeto traz para cena os saberes ancestrais sobre o mundo vegetal, conhecimentos que atravessaram o tempo e firmaram as bases da ciência dita “popular”, ou melhor, de tradição, investimos numa relação de confluência e aproximamos essas tecnologias da natureza com aquilo que o senso comum considera tecnologia “de verdade” ou “de ponta”.


Com quantas bichas se faz uma peça de humor?

“Com quantas bichas se faz uma peça de humor?” se trata de uma montagem em humor que reúne pesquisa sobre corpos dissidentes na área, protagonismo LGBTQIA+, experimentações em audiovisual, stand-up comedy, programa de auditório e diversas outras faces da linguagem do humor. Uma série de cenas independentes, em variados formatos, se costuram em uma dramaturgia móvel, a ser reestruturada para se adaptar a cada espaço, público, etc. Em sua versão extendida, o roteiro contém 100 minutos e 8 cenas, enquanto na versão curta o roteiro se apresenta em cinco cenas que contabilizam cerca de 50 minutos.

Uma dose de alegria

No turbilhão do cotidiano, onde o estresse muitas vezes parece ser o protagonista, há um espetáculo que se destaca como um oásis de felicidade: “Uma Dose de Alegria”. O espetáculo de Ronaldo Erpídio Ferreira não apenas conta histórias do dia a dia, mas tem como missão principal injetar doses generosas de alegria e descontração na vida de seu público. Com uma abordagem divertida e cativante, ele se torna um refúgio para todos os públicos, independentemente das pressões que enfrentam. É uma espécie de lembrete gentil de que, mesmo nos momentos mais difíceis, há sempre espaço para a alegria e a esperança.