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FEMS Dance - grupo de dança do Grande Bom Jardim ocupa espaços da comunidade

Monalisa Oliveira tem 18 anos e é monitora do Curso de Longa Duração em Dança da Escola de Cultura e Artes do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará (SECULT), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM). Além disso, é dançarina, coreógrafa e fundadora do FEMS Dance, um grupo de dança composto por crianças da comunidade que ensaiam diariamente na Praça Central do CCBJ, coreografando e organizando apresentações de dança a serem realizadas no equipamento e em escolas do Grande Bom Jardim.

O grupo surgiu a partir de uma apresentação realizada na Mostra das Artes de 2019, quando Monalisa sentiu o impulso de continuar trabalhando e se divertindo com suas amigas, coreografando as músicas do mundo pop que amam e mostrando à comunidade o resultado do trabalho de meses de ensaios. FEMS, o nome do grupo, é composto pela inicial de cada uma das fundadoras: Fernanda, Emily, Monalisa e Sofia. O quarteto expandiu suas fronteiras e hoje, o grupo FEMS Dance conta com mais de 15 integrantes.

“Meu sonho sempre foi entrar no grupo FEMS”, conta Geovana Nayra, uma das integrantes atuais do grupo, que se apaixonou pela dança assistindo aos ensaios liderados por Monalisa, que acontecem quase que diariamente na Praça Central do Centro Cultural Bom Jardim. Geovana diz que o desejo de entrar no grupo veio da vontade de melhorar suas técnicas de dança. “Eu me apeguei muito a elas. O FEMS virou uma parte da minha vida e eu não sei o que eu faria sem elas”, conta Joana Beatriz, outra integrante do grupo.

Monalisa diz que já perdeu a conta de quantas apresentações o grupo já realizou. Desde os eventos promovidos pelo Centro Cultural Bom Jardim até o projeto do grupo de se apresentar em escolas do Grande Bom Jardim, a fundadora do FEMS Dance que antes nem sonhava em criar um grupo de dança, hoje enfrenta os desafios e colhe os frutos de ser coreógrafa, coordenadora e diretora de 15 dançarinos. “A gente não é reconhecido do jeito que a gente merece. A comunidade diz ‘a Monalisa é muito nova pra ter um grupo só de dança’. Eu acho que isso é a parte mais complicada pra gente”, conta.

No dia 26 de agosto, o grupo encerrou o ciclo de 2023 com uma apresentação lotada no Teatro Marcus Miranda do CCBJ. A partir de agora, Monalisa começa os ensaios e preparativos para o próximo ciclo do grupo, coreografando e direcionando as 15 dançarinos que sonham em expandir suas fronteiras, desbravando com apresentações em toda a cidade de Fortaleza.

Os programas Teatro em Pauta, Sexta com Dança e uma apresentação especial de dança do grupos FEMS Dance marcaram a programação do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (SECULT), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM) nos dias 21 a 27 de agosto.

Compondo a programação do Teatro em Pauta, no dia 24 de agosto Rhamon Matarazzo apresentou “Corpo Dócil”, um espetáculo auto ficcional baseado na vida do artista Rhamon Matarazzo que em micro rupturas da realidade elenca elementos de sua trajetória com o HIV junto a ficções que englobam alguns arquétipos criados pela sociedade no decorrer das quatro décadas da herança do preconceito vivido por homens gays que lidam com a culpa e o medo de uma sociedade higienista que ainda não tolera corpos dissidentes. 

Sexta-feira, no programa Sexta com Dança, o Coletivo Muvuca apresentou o espetáculo “Muvuca”, no Teatro Marcus Miranda do CCBJ. MUVUCA é uma técnica de plantação afroindígena que consiste na mistura de sementes para o plantio em áreas desmatadas, outro conceito é de multidão, de aglomeração. O espetáculo carrega essas misturas, aproximando e embolando por exemplo; o House Dance com Coco, o Hip Hop com o forró, do urbano ao popular ou vice-versa, da sonoridade melódica do baião ao frenesi da house music, uma diversidade de estéticas corporais e ritmos. Somos árvores na urbes, fazendo plantação em meio a essa floresta de concreto, deixando duas perguntas: que árvore desejamos ser? E onde desejamos ser plantadas?

No sábado, compondo a programação artística do CCBJ, neste sábado o Grupo FEMS Dance apresentou o espetáculo RITMOS, uma mostra do trabalho do grupo que usa não apenas a técnica do contemporâneo mas também a salsa, flashback e etc. A apresentação encerrou o ciclo de 2023 do grupo.

A Biblioteca Cristina Poeta do CCBJ, por meio do programa Sombrinha Literária, trouxe para o Ciclo de Leitura a leitura do livro “O Caçador de Palavras”, no Cine Leitor a exibição do filme “As Aventuras de Paddington” e mais uma edição do Karaokê na sexta-feira. A programação acontece semanalmente nas terças e quintas-feiras na Biblioteca e é aberta ao público geral que frequenta o equipamento.

A programação do CCBJ contou com diversas oficinas e atividades promovidas pelo seu Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE), voltadas para crianças e adolescentes frequentadores do equipamento, trabalhando o tema “Memória e Patrimônio”: as atividades “Vamos pular de elástico?” e “Dia do Folclore”, do projeto Brincando e Aprendendo; as atividades “Colorindo com Cidadania”, “Pintando a Identidade” e “Musicalização e Direitos Humanos”, do projeto Vivências Artísticas; a atividade “Desenho e pintura: tradição cultural”, do projeto NArTE em Cores e a atividade “O Direito de Pertencer”, do projeto Navegando em Letrinhas.

Acompanhe a programação artística e cultural semanal do CCBJ através do InstagramFacebook e site do CCBJ.

Cinema infantil com o projeto Cine Miau e apresentações artísticas nos programa Teatro em Pauta, Cultura Digital e Populart, o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (SECULT), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM) trouxe uma série de atividades e programações para todas as idades de 14 a 20 de agosto.

Nos dias 16, 17 e 18, chegou ao CCBJ mais uma edição do Cine Miau, projeto que realiza sessões gratuitas de cinema infantil para escolas e comunidades e debates e oficinas em escolas públicas de ensino infantil e fundamental, promovendo a democratização do acesso ao cinema aliada a uma proposta educativa. A programação foi voltada para as escolas parceiras do CCBJ e crianças da comunidade e contou com duas sessões de exibição por dia, uma pela manhã e outra à tarde. Saiba mais sobre os filmes exibidos no site: https://cinemiau.com.br/

Na sexta-feira (17), aconteceu no Teatro Marcus Miranda a abertura das novas turmas dos Ateliês de Produção do CCBJ, por meio da sua Escola de Cultura e Artes. Na ocasião, estiveram presentes a nova turma de alunes selecionados na chamada pública, ex-alunes, professores e coordenadores dos programas da Escola, além da gestão executiva do CCBJ.

Além disso, a programação cultural do CCBJ contou o espetáculo “Nutrir a Seiva Corpa”, de Pedra Silva, produzido em parceria com Dj Big Bug e Ilton Rodrigues, compondo a programação do Teatro em Pauta. A  instalação-cênica atravessa os campos da cultura digital, da dança, do teatro e da música articulando criação, produção, pesquisa, formação e curadoria em diferentes contextos a partir da ancestralidade, da memória e do trânsito. 

No sábado, compondo a programação do Cultura Digital, Garu Pirani apresentou a obra virtual “Para a Terra Volta Toda Corpa em Matéria”, no Teatro Marcus Miranda do CCBJ. A obra é um projeto entre o Webart e Jogo e pode ser acessada direto do navegador em smartphones e computadores sem precisar da instalação de nenhum app, possibilitando um acesso amplo a uma experiência de Realidade Virtual.

Encerrando a programação do fim de semana, ainda no sábado, compondo a programação do POPULART, a Associação Cultural Afoxé Omorisá Odè apresentou “A dança dos Orixás” na Praça Central do CCBJ, trazendo o encantamento dos Orixás com suas danças, rica indumentária, toques e cantos em Yorubá formando um lindo Xirê onde sete Orixás evoluem emanando energia e arte. Composto de batuqueiros e bailarinos, é um espetáculo que visa desmistificar a imagem dos Orixás tirando-os de dentro dos terreiros e assim combater a intolerância religiosa.

A Biblioteca Cristina Poeta do CCBJ, por meio do programa Sombrinha Literária, trouxe para o Cine Leitor a exibição do filme “Gato de Botas”e mais uma edição da atividade “Jogos Literários” na sexta-feira. A programação acontece semanalmente nas terças e quintas-feiras na Biblioteca e é aberta ao público geral que frequenta o equipamento.

A programação do CCBJ contou com diversas oficinas e atividades promovidas pelo seu Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE), voltadas para crianças e adolescentes frequentadores do equipamento, trabalhando o tema “Memória e Patrimônio”: as atividades “Brincando, com muito respeito” e “Na artesania da nossa cultura”, do programa Rede Cultura Infância; as atividades “Colorindo a Memória”, “Bingo das Memórias”, “Colorindo a Identidade”, “Colorindo o Patrimônio”, “Bingo dos Patrimônios”, do programa Vivências Artísticas; o Cine debate: Ada Batista, cientista, do programa Cine NArTE; a atividade de colagem “Memória e tradição” e o encontro com grupo LONART: memória e ancestralidade, do programa NArTE em Cores e a atividade “Entrecruzamentos que ensinam”, do programa Navegando em Letrinhas;

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Reforçando seu compromisso com iniciativas comunitárias, grupos e coletivos artísticos do Grande Bom Jardim, foi com o auxílio da Bússola Cultural do CCBJ que o Palácio Maria Luziara e Quintal Cultural Raimundo Vieira foram certificados pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura do Ceará, como Pontos de Cultura do Ceará, junto com outras 69 entidades e coletivos culturais.

A Bússola Cultural é um serviço gratuito de assessoria de projetos culturais promovido pelo Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM). O projeto busca atender artistas, coletivos, grupos e instituições do terceiro setor, esclarecendo dúvidas nos processos de participação de editais, preparação de material, prestação de contas e inscrições.

Maria Jacqueline Farias Gonçalves, fundadora do Palácio Maria Luziara, conta que o projeto faz jus ao nome, fornecendo as informações necessárias para que o artista, grupo ou instituição assessorada encontre o caminho certo na hora de concorrer em editais e chamadas públicas. “Eu não sabia nem por onde começar, assim como muitos não sabem por onde começar. Acho essencial esse trabalho pra comunidade!”, conta Jacqueline.

Monique Souza, Assessora Técnica de Projetos Culturais responsável pela Bússola Cultural, conta que além de auxiliar conquista de captação de recursos para projetos sociais e culturais por meio de editais, o projeto também funciona como uma forma de mapear artistas, produtores e agentes culturais de modo geral, que já passaram pelo atendimentos, formando um banco de indicações e possibilitando parcerias com projetos similares ou que podem contribuir mutuamente entre si.

A felicidade de Monique inicia antes mesmo da aprovação, ainda no momento que o grupo ou artista envia o projeto aos editais. “Depois do primeiro projeto enviado as inseguranças de enviar propostas vão diminuindo. É muito importante frisar que o atendimento pode ser um acompanhamento contínuo onde as pessoas podem ter o primeiro atendimento para entender melhor sobre editais ou já com um projeto pré-pronto para inscrição em editais, mas depois pode marcar quanto retornos quiser para poder revisar até enviar a inscrição junto durante o atendimento, adaptar os projetos para outros editais e receber dicas de como executar e prestar contas”, conta Monique.

O trabalho de Monique foi celebrado e reconhecido também por Lenice Ferreira, fundadora do Quintal Cultural Raimundo Vieira. Lenice conta que teve todo o apoio e orientação necessários para os processos de participação no edital. “Um trabalho ímpar. Que deveria ser mais e mais divulgado para que outras instituições possam ser orientadas para concorrerem a editais para que possam receber incentivos para atuar  na comunidade”, conta.

Sobre o Bússola Cultural

O objetivo da Bússola Cultural é fortalecer e contribuir com os processos de construção de grupos, artistas e coletivos, para a elaboração de propostas artísticas nas diversas linguagens. Os grupos e artistas agendam o atendimento com a assessoria de projetos culturais do CCBJ. O atendimento é realizado em duas etapas: orientação e retorno e pode acontecer no formato virtual ou presencial. Logo mais é destacado como fazer para se ter acesso ao projeto Bússola Cultural.

A Bússola Cultural oferece os seguintes serviços:

  • Revisão, análise e desenvolvimento de projetos para editais culturais, aplicáveis em diversas linguagens, visando estimular a participação em diversos editais e outras ações de acesso e visibilidade aos artistas e instituições;
  • Orientação, esclarecendo dúvidas nos processos de participação de editais;
  • Orientação na preparação de materiais como portfólio, currículo, orçamento, plano de comunicação e entre outros;
  • Orientação e dúvidas simples em prestação de contas  de editais.

Para agendar seu atendimento, clique aqui e preencha o formulário. Em seguida, a equipe CCBJ entra em contato por e-mail para confirmação do encontro virtual.  Caso possua dúvida no preenchimento, pode enviar para o e-mail para bussolacultural.ccbj@idm.org.br .

Em casos de dificuldades de acesso à internet ou se preferir o atendimento presencial, o agendamento pode ser feito por meio de formulário impresso, solicitado no setor da Ação Cultural (Rua Três Corações, 400, Bom Jardim) e também pode ser solicitado via formulário ou e-mail. 

A professora e bióloga marinha Sandra Beltran-Pedreros foi recebida no Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria de Cultura do Ceará (SECULT CE) gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), para realizar uma palestra em alusão à Semana Estadual da Proteção aos Manguezais.

O evento, voltado às mulheres da comunidade do Grande Bom Jardim, contou com uma sessão de cinema, na qual foi exibido “Museu Itinerante: educar para libertar”, um vídeo educativo que mostra imagens do Ecomuseu Natural do Mangue, localizado no bairro Sabiaguaba, em Fortaleza.

Sandra Beltran-Pedreros também é coordenadora de pesquisa do Ecomuseu e estava ao lado de Beth Araújo, produtora cultural do Complexo Ambiental e Gastronômico da Sabiaguaba. As convidadas falaram sobre a importância da preservação dos manguezais e ressaltaram o papel desse ecossistema para o meio ambiente.

Para dar início à sua exposição, Beltran-Pedreros tratou o tema do evento de modo a aproximá-lo da vida cotidiana. “Os manguezais são lugares de onde vocês [mulheres] vão buscar o sustento”, disse a bióloga, pontuando a relevância do ecossistema na produção de alimentos.

A professora também exaltou a importância da preservação dos manguezais para a conservação da biodiversidade, ressaltando o ecossistema como berçário do mundo. Afinal, segundo Sandra Beltran-Pedreros, os manguezais sustentam 80% das espécies de peixe.

O evento do CCBJ se seguiu em clima de sensibilização e conscientização da causa ambiental, sobretudo em relação aos mangues e manguezais, a fim de compartilhar conhecimento acerca desse ecossistema rico em biodiversidade. Segundo a professora Sandra, o conhecimento é o primeiro passo para corrigir os comportamentos nocivos ao meio ambiente.

A ação foi realizada pelo Complexo Ambiental e Gastronômico da Sabiaguaba em parceria com o CCBJ, ambos equipamentos geridos pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), junto a Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (SEMA),  o Ecomuseu Natural do Mangue e a ONG Aquófilos, em referência ao Dia Internacional da Conservação dos Manguezais, data celebrada no dia 26 de julho.

Por meio da Secretaria de Cultura do Ceará, o Governo do Estado certificou 69 entidades e coletivos culturais, sendo seis deles localizados no Grande Bom Jardim. O resultado foi divulgado no dia 24 de julho, e os projetos contemplados pela chamada pública de 2023 agora são considerados Pontos de Cultura do Ceará.

Bloco Zé Almir, Bonde Somos Todas Marias, Brincantes Sonoros, Fórum de Cultura do Grande Bom Jardim, Palácio Maria Luziara e Quintal Cultural Raimundo Vieira são os seis novos Pontos de Cultura do Grande Bom Jardim, tendo sido os dois últimos assessorados pelo Bússola Cultural, um dos serviços do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ).

Cada uma dessas iniciativas promove atividades culturais relacionadas ao teatro, à dança, à música e outras linguagens artísticas, associando-as à militância e à luta política, e atuam na difusão da cultura e da educação, visto que muitos desses grupos ofertam oficinas e formações, no território do Grande Bom Jardim e em outras áreas de periferia. 

“A certificação pode proporcionar benefícios como acesso a incentivos fiscais, proteção de patrimônio e visibilidade, contribuindo para a preservação e promoção da diversidade”, afirma a massoterapeuta e mãe de santo Jacqueline Gonçalves, representante do terreiro Palácio Maria Luziara.

As expectativas de Lenice Ferreira, Bruno Sodré e Graça Castro, os respectivos representantes do Quintal Cultural, Brincantes Sonoros e Fórum de Cultura do Grande Bom Jardim, são o fortalecimento das atividades e maior abrangência de público. O reconhecimento também é considerado uma vitória para a periferia.

“A certificação pelo Governo do Estado é uma prova de que a luta comunitária e popular vale a pena e que a cultura periférica está cada vez mais próxima de onde deve estar: no centro dos debates, das oportunidades e das condições de produzir arte mudando vidas”, diz a articuladora comunitária Graça Castro.

“Como Ponto de Cultura, podemos fortalecer o fazer e o pensar artístico periférico e, assim, tecer caminhos e redes de ação coletiva com artistas e grupos”. Assim como Graça Castro, Bruno Sodré avalia o reconhecimento oficial como uma forma de impulsionar o contato do Brincantes Sonoros com outros pontos de cultura do estado.

Além de potencializar os serviços e ações promovidos pelos Pontos de Cultura, a certificação do Governo do Estado pode fortalecer a rede de coletivos, entidades culturais do estado e trabalhadores da cultura, podendo ampliar também a credibilidade desses grupos, como acredita Jacqueline Gonçalves.  

A relação do Centro Cultural Bom Jardim com os Pontos de Cultura do território

O CCBJ, equipamento da Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult CE), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), também faz parte da história do coletivo Brincantes Sonoros, que iniciou suas atividades no CCBJ há mais de dez anos.

Bruno Sodré, coordenador geral do Brincantes Sonoros, conta que as atividades do projeto começaram quando ele ainda fazia um curso de percussão no equipamento. Assim, ele começou a dar aulas de percussão no CCBJ e, aos poucos, foi acrescentando outras atividades que contemplam diferentes linguagens artísticas e expandindo o projeto.

Além da assessoria do Bússola Cultural, o CCBJ também tem um histórico com o Quintal Cultural Raimundo Vieira, que existe desde 2017 e participou, a convite do evento, do curso de produção de eventos literários. A partir do curso, foi criada a biblioteca comunitária do Quintal Cultural, que serviu como ponto de partida para a expansão das atividades do projeto.

Já para o Fórum de Cultura do Grande Bom Jardim, a relação é de respeito e admiração pelo Centro Cultural. “Nós temos amor pelo equipamento pelo significado simbólico de sua existência e de sua função como semeador de sonhos”. O significado simbólico mencionado por Graça Castro pode ser percebido na definição do trabalho do CCBJ feita por Jacqueline Gonçalves.

A fundadora do terreiro Palácio Maria Luziara, um dos grupos orientados e assessorados pelo Centro Cultural Bom Jardim por meio do Bússola Cultural, compreende que a importância do trabalho do equipamento está no “desenvolvimento do senso de pertencimento e coesão social na comunidade”.

Enquanto beneficiadas pelo serviço do CCBJ, Lenice Ferreira e Jacqueline Gonçalves associam a conquista da certificação do Quintal Cultural Raimundo Vieira e do Palácio Maria Luziara como Pontos de Cultura diretamente ao Bússola Cultural. 

Para agendar atendimento com o Bússola Cultural, acesse aqui. Em caso de dúvidas, entre em contato pelo e-mail bussolacultural.ccbj@idm.org.br. 

O Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (SECULT/CE), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM) abre inscrições para credenciamento de prestadores de serviço para atuação no eixo de Ação Cultural do equipamento. As inscrições vão até 26 de agosto através de formulário online.

Inscreva-se e confira o edital completo no site do Instituto Dragão do Mar.

Dúvidas: fernanda.alcantara@idm.org.br.

Por meio de parceria com o Movimento Amazônia de Pé, o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult CE), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), se soma à luta pela defesa da Amazônia e da questão ambiental.

“Acredito que seja de muita importância que os movimentos culturais, os movimentos artísticos e o movimento ambientalista, eles têm que estar agregados um ao outro”, diz Eduardo Marques. O educador do Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE) do CCBJ julga ser possível a maior compreensão do panorama político e social a partir da interdisciplinaridade.

O Movimento Amazônia de Pé se define como um Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP), isto é, um projeto proposto pela população ao Congresso Nacional. A Lei Amazônia de Pé se propõe a destinar 57 milhões de hectares amazonenses a povos indígenas, quilombolas, pequenos produtores extrativistas e novas Unidades de Conservação da Natureza de Uso Sustentável.

Para que a proposta chegue ao Congresso a fim de ser analisada e votada, o Amazônia de Pé possui a meta de coletar um milhão e meio de assinaturas físicas, que corresponde a 1% do eleitorado brasileiro. Desse modo, o papel do Centro Cultural Bom Jardim nesta parceria, firmada por meio do NArTE, se dá pelo recolhimento de assinaturas no equipamento.

Eduardo Marques, o educador social responsável por mediar a parceria do CCBJ/NArTE com o Movimento Amazônia de Pé, ressalta a necessidade de que o eixo de educação social do setor esteja afinado com a educação ambiental, destacando a importância dessa especialidade de ensino para a periferia devido à capacidade de sensibilizar através do conhecimento.

O Movimento Amazônia de Pé, além das proposições do PLIP, atua contra o Marco Temporal e as políticas de desmatamento, mobilizando pressão a políticos em defesa dos direitos dos povos indígenas e das populações ribeirinhas e quilombolas.

Segundo Eduardo, o Amazônia de Pé tem buscado parceria com equipamentos culturais para aproximar os movimentos ambientalista e cultural. O Centro Cultural Bom Jardim, então, será um dos pontos de coleta de assinaturas de funcionários e frequentadores do equipamento como forma de contribuir para a mobilização em defesa da preservação ambiental.

As assinaturas serão coletadas presencialmente e as fichas de assinatura ficarão disponíveis até o mês de setembro no Centro Cultural Bom Jardim. O equipamento fica localizado na Rua 3 Corações, no bairro Bom Jardim, em Fortaleza.

O mês de férias proporcionou aos alunos e alunas do programa de Cultura Digital do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Governo do Ceará (SECULT), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), um momento de imersão no universo dos games através do Festival Bojogá na Kuya.

As alunas do curso básico “Mulheres na Programação: Desenvolvimento de Jogos Digitais”, promovido pelo Programa de Cultura Digital da Escola de Cultura e Artes do CCBJ, participaram da abertura do evento, realizada no dia 7 de julho na Kuya — Centro de Design do Ceará, equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará gerido pelo Instituto Mirante.

A abertura iniciou com o debate “Economia Criativa e inovação: Como os Games Empoderam a Cultura pelo Design”, que contou com a participação de Luisa Cela (Secretária da Cultura), Salmito Filho (SDE), Vladyson Viana (Secretário do Trabalho) e Alci Porto (Sebrae). Em seguida, as alunas conferiram a inauguração da mostra “Gamecultura: o Design dos Jogos ao longo do tempo”, uma mostra interativa que traz jogos clássicos e contemporâneos, trazendo uma linha do tempo de consoles e até as antigas máquinas de jogos. Antes da abertura, as meninas fizeram uma visita guiada aos equipamentos presentes na Estação das Artes, conhecendo a Pinacoteca, Estação das Artes e Kuya.

Mariana da Silva Rebouças de Carvalho, 18 anos, aluna do curso, conta animada dos planos de retornar à mostra com mais tempo para aproveitar todos os jogos. “Tô achando incrível, principalmente a de agora. Até agora os consoles são muito lindos, o problema é que a gente não pode tocar mas são lindos. Tô fingindo que tô jogando aqui”, diz.

No segundo dia de evento, os alunos e alunas do Curso de Longa Duração em Jogos Digitais promoveram um showcase de projetos, onde os visitantes podiam interagir e jogar os jogos que foram criados do zero durante o curso. Jamili, uma das alunas do curso, conta que “foi uma experiência incrível tá aqui, vimos obras de arte, jogamos, apresentamos o nosso jogo. É muito bom que as pessoas gostaram dele, me sinto muito grata”. Jamili e Melissa programaram o jogo “Capivara Migrante”, que também estava disponível na showcase.

Sobre o Festival

O Festival Bojogá na Kuya é uma parceria entre a Kuya – Centro de Design do Ceará, equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará gerido pelo Instituto Mirante, e o Instituto Bojogá de Inovação de Jogos. O tema de 2023 do festival foi “Jogos: Design, Cultura e Indústria”, e a programação aconteceu de 7 a 30 de julho, trazendo uma programação aberta ao público, Trazendo exibições de palestras, documentários, shows virtuais e bate-papos sobre a história das gerações dos jogos digitais, uma feira de criadores e desenvolvedores de jogos, oficinas, rodas de conversa, debates e espaço de negócios.

Registrada como Patrimônio Imaterial pela Prefeitura de Fortaleza, a programação da Tradicional Festa de Iemanjá teve seu ponto alto nos dias 14 e 15 de agosto, celebrando a Rainha do Mar, entidade da Umbanda conhecida como a mãe de todos os orixás, no Aterro da Praia de Iracema.

Com o tema “Tradição e Luta pelos Direitos e Garantias do Patrimônio Imaterial do Estado do Ceará”, a abertura do festejo ocorreu, no dia 14, a partir das 18h, com falas institucionais e saudações a Iemanjá feitas por autoridades religiosas da Umbanda e com a apresentação musical do grupo D’ Passagem, além dos rituais religiosos conhecidos como giras seguidos por toda a noite. Durante os dois dias tivemos a presença de 78 terreiros, 2 de Boa Viagem, 1 de Madalena, 1 de Canindé, 1 pentecoste, 1 de Itapajé, 1 de Acaraú, 2 Maranguape, 1 de Pindaré Mirim – MA. E restante de Fortaleza, atingimos um público aproximadamente de 30 mil pessoas

As giras ocorreram nas tendas dispostas na areia da praia, cada uma pertencente a uma família de Umbanda, enquanto as apresentações eram feitas no palco principal. Havia cerca de 15 tendas no local, com a presença de adeptos e simpatizantes à religião.

O dia 15 se seguiu com apresentações culturais de Pingo de Fortaleza, Toque de Senzala, Cigana Kassandra e Cigana Shoraya e DGAL SOLO e com a chegada da jangada com a imagem de Iemanjá. O encerramento do festejo se deu com o retorno da imagem ao mar, junto de oferendas à entidade, no mesmo dia.

“A Festa de Iemanjá, ela é uma demonstração da história, da memória do povo de terreiro desse estado”, disse Selma Madeira, secretária da Igualdade Racial do Ceará. Em sua fala, a secretária pontuou a importância do evento para o fortalecimento das religiões de matriz africana.

Realizada pelo Fórum Permanente do Povo de Terreiro do Ceará, coordenado pelo avô de santo Pai Neto Tranca Rua, a Festa de Iemanjá recebeu secretários da Cultura, da Igualdade Racial e da Diversidade e o vereador Ronivaldo Maia, autor do projeto de lei que permitirá a implementação da estátua de Iemanjá na Praia de Iracema.

O evento conta com o apoio do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria de Cultura do Ceará e de seus equipamentos, o Centro Cultural Bom Jardim e o Teatro José de Alencar, geridos pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), bem como da Secretaria de Igualdade Racial e da Secretaria de Diversidade.

No âmbito municipal, a Festa de Iemanjá, considerada o maior festejo das religiões de matriz africana do Ceará, também tem a parceria da Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secult For). 

Iemanjá

É a nossa senhora do mar e no Brasil ela é representada com um vestido azul e tiara na cabeça e paira pelas águas com cabelos soltos. Por meio do sincretismo religioso é associada a Nossa Senhora dos Navegantes e Nossa Senhora da Assunção, também festejada dia 15 de agosto, onde é celebrada como padroeira do Estado do Ceará. A data 15 de agosto é feriado municipal e mais outra conquista dos Povos de Terreiro é que este dia, integra o calendário oficial dos festejos tradicionais, pela Lei 17, 104 e a celebração passa a ser considerada como patrimônio imaterial, conforme o decreto 14.262.

Cobertura

Para ter acesso às imagens fotográficas do festejo de Iemanjá 2023, realizadas pela comunicação do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), um dos apoiadores do evento, acesse:
https://bit.ly/FotosCoberturaFestejoIemanjaCCBJ (Fotos Mar Pereira)
https://bit.ly/FotosCoberturaFestejoIemanjaCCBJ2 (Fotos Flávia Almeida)

O CCBJ solicita que salvem suas imagens o mais breve possível, pois o link é temporário e ao divulgar, por gentileza, inserir os créditos das imagens: Acervo CCBJ, imagens por Flávia Almeida e Mar Pereira

Inscrições abertas para a primeira edição do curso “Leituras Guiadas Achille Mbembe” na obra seminal “Crítica da Razão Negra” (2013). O curso é ministrado pelo professor, curador e pesquisador Rômulo Silva. Rômulo já participou de diversas programações culturais e formativas no Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (SECULT), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), por meio da sua Escola de Cultura e Artes.

O curso acontece de 9 de outubro a 3 de novembro, das 19h às 21h e possui 32 vagas, com 5 vagas reservadas para pessoas trans. Saiba mais e inscreva-se em: https://bit.ly/LeiturasGuiadasAchilleMbembe

O objetivo principal dos encontros é apresentar, ler, refletir e pensar o pensamento com e a partir de cada capítulo da principal obra do filósofo. Dialogando com o pensamento de Frantz Fanon, Édouard Glissant e com as metafísicas africanas, dentre outros autores, a cada capítulo somos convidados a olhar o contemporâneo a partir da experiência negra, onde veremos alguns conceitos centrais em sua obra: necropolítica, a questão da raça, o Branco e o Negro, diferença e autodeterminação, a clínica do sujeito e devir-negro do mundo.

Conforme Mbembe, pela primeira vez na história humana, o nome Negro deixa de remeter unicamente para a condição atribuída aos genes de origem africana durante o primeiro capitalismo. A este caráter descartável e solúvel, à sua institucionalização enquanto padrão de vida e à sua generalização ao mundo inteiro, chamamos o devir-negro do mundo.

Na segunda semana de agosto, o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (SECULT), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM) trouxe uma série de atividades e programações voltadas para o Dia da Juventude e nos seus programas fixos.

Na quinta-feira (10), compondo a programação do Teatro em Pauta, o projeto artístico e sociocultural educativo ReColhaArte apresentou “Turminha da Coleta”, um espetáculo que ajuda os espectadores a desenvolverem a empatia, como também, ganhar mais conhecimento, ajudar a cuidar da natureza e colaborar para a construção da Paz Ambiental. Na sexta (11), compondo a programação do Sexta com Dança, o coletivo ÁREA apresentou “ÁREA”, um espetáculo cênico construído nos Percursos de Criação, plataforma da Bienal Internacional de Dança do Ceará.

No Dia da Juventude, além do Festival JUVPerifa, aconteceu pela manhã a seletiva “Use a voz” no Teatro Marcus Miranda do CCBJ, compondo as Solicitações de Pauta do CCBJ, uma seletiva de novos talentos que busca dar visibilidade a cantores(as) independentes, promovida pela Use Produções. O evento premou os três primeiros colocados que foram avaliados por um júri reconhecido na linguagem musical. 

A Biblioteca Cristina Poeta do CCBJ, por meio do programa Sombrinha Literária, trouxe para o Ciclo de Leitura da semana a leitura do livro “Silêncio” e para o Cine Leitor a exibição do filme “As Aventuras de Robinson Crusoé”. A programação acontece semanalmente nas terças e quintas-feiras na Biblioteca e é aberta ao público geral que frequenta o equipamento.

A programação do CCBJ contou com diversas oficinas e atividades promovidas pelo seu Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE), voltadas para crianças e adolescentes frequentadores do equipamento, trabalhando o tema “Memória e Patrimônio”: as atividades “Corpos, gestos e movimento”, “Batuque e Memória” e “Batuque e Patrimônio”, do projeto Vivências Artísticas; a atividade “Linha do tempo”, do projeto Só Uz Crias; a atividade “Desenho e pintura: Identidade em pauta”, do projeto NArTE em Cores; o cine debate sobre o filme “Ex-pajé, no projeto Cine NArTE e a atividade “Dialogando sobre bullying #CrescerSemViolência”, do projeto “É O Brinca”.

Acompanhe a programação artística e cultural semanal do CCBJ através do InstagramFacebook e site do CCBJ.

Compondo a programação do Cultura Digital, Garu Pirani, Rodrigo Lopes e Pedra Silva apresentam a obra virtual “Para a Terra Volta Toda Corpa em Matéria”, no dia 19 de agosto, às 18h, no Teatro Marcus Miranda do CCBJ. A obra é um projeto entre o Webart e Jogo e pode ser acessada direto do navegador em smartphones e computadores sem precisar da instalação de nenhum app, possibilitando um acesso amplo a uma experiência de Realidade Virtual.

Com curadoria e projeto gráfico de Rodrigo Lopes, modelagem 3D de Garu Pirani, produção musical de DJ Viúva Negra e produção executiva de Dhiovanna Barroso, o projeto “Para a terra volta toda corpa em matéria” parte das pesquisas da artista-educadore Pedra Silva, que encruzilham memória, arquivo, corpa e macumbaria. O Espaço Virtual 360º é uma viagem pelo quintal de Pedra, localizado no bairro Planalto Ayrton Senna (antigamente conhecido como Pantanal) em Fortaleza (CE), reconstruído a partir de modelagem 3D, onde estão reunidas parte de suas obras.

Acesse: https://paraaterra.hotglue.me/

Para uma experiência completa da obra, siga as instruções abaixo:

– Indicamos o uso de fones de ouvido para uma melhor experiência;
– Antes de iniciar clique no botão para colocar a obra em Tela Cheia;
– No celular, gire seu aparelho em todas as direções para olhar em volta;. 
– No computador, clique e arraste na direção desejada;
– Clique nas setas para caminhar pelo espaço;
– Clique no botão ◉ para investigar os objetos;
– Clique no botão▸para ouvir ensaios propostos;
– Caso a experiência trave, você pode acessá-la diretamente pelo site: https://paraaterra.hotglue.me/

Sobre a instalação

Dialogando com o conceito-ação “Afrografias da Memória”, da professora e pesquisadora Leda Maria Martins, as as pessoas envolvidas na produção da obra assumem a importância de afrografar no espaço-tempo as religiosidades, ciências, saberes e organizações que foram saqueadas do povo negro desde o tempo da colonização no Brasil. “Para compreender os limites e possibilidades de presentificar a macumbaria na virtualidade, transmutamos o quintal da artista e parte de suas obras em um espaço virtual. Essa transição do físico para a virtualidade é também uma forma de denunciar as especulações imobiliárias em torno das comunidades periféricas, um jogo capitalista que transforma o território em moeda, invisibilizando e desumanizando vidas racializadas”, conta Garu.

No dia 19 de agosto, no Teatro Marcus Miranda do CCBJ, o momento será totalmente aberto ao público e contará com uma ação de arte-educação, na qual serão utilizados dos ensaios propostos em áudio na obra, dos gestos e materialidades presentes na pesquisa para a ativação da obra. Além de apresentar a pesquisa desenvolvida ao longo dos 3 anos da Coletiva, se aprofundando no processo de criação e produção das obras e abordar o uso das tecnologias digitais e da virtualidade como espaços de construção e troca de saberes.

A tradicional Festa de Iemanjá, realizada pelo Fórum Permanente do Povo de Terreiro do Ceará, entra em sua 10° edição com uma programação que se divide entre o Teatro José de Alencar e o Aterro da Praia de Iracema. Este ano, o evento tem como tema a “Tradição e Luta pelos Direitos e Garantias do Patrimônio Imaterial do Estado do Ceará”.

A pré-abertura e o encerramento do festejo ocorrem, respectivamente, nos dias 12 e 17 de agosto, no Teatro José de Alencar (ver programação). Já nos dias 14 e 15, a orixá conhecida como a mãe das águas é celebrada no Aterro da Praia de Iracema. Além das oferendas a Iemanjá e dos rituais religiosos, o evento conta com diversas apresentações culturais, nestes dois dias.

Realizada anualmente, a celebração figura o calendário oficial dos festejos tradicionais do Ceará pela Lei 17.104, contando com grande adesão do público. A tradição teve início em 2013 com um conjunto de Terreiros de Umbanda de Fortaleza e Região Metropolitana e, desde então, a festa tem reunido adeptos da Umbanda e do Candomblé, bem como simpatizantes das religiões e turistas presentes na cidade no mês de agosto.

O festejo tradicional é considerado Patrimônio Imaterial conforme decreto nº 14.262, registrado pela Prefeitura de Fortaleza, um dos apoiadores do evento, por meio da Secretaria de Cultura de Fortaleza.

O evento também conta com a parceria do Governo do Ceará por meio da Secretaria da Igualdade Racial e da Secretaria de Cultura do Ceará, bem como do Centro Cultural Bom Jardim e do Teatro José de Alencar, equipamentos da Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secult CE, gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM).

O Fórum Permanente do Povo de Terreiro do Ceará realiza o evento sob a coordenação geral do Pai Neto Trança Rua, mestre da Cultura e dirigente da Associação Espírita de Umbanda São Miguel, um dos terreiros envolvidos na criação da Festa de Iemanjá.  

PROGRAMAÇÃO: 

Dia 12 – Pré-lançamento a partir das 16h, no TJA (sábado)

16h às 21h Festa de Iemanjá – “Tradição e Luta pelos Direitos e Garantias do Patrimônio Imaterial do Estado do Ceará”. Falas de abertura com representações das associações e instituições promotoras. (45 min)
Local: Pátio Nobre, Sala Izaíra Silvino e Palco Principal
Classificação: Livre  
Gratuito
A programação constará de: Mesa Redonda/Roda de Conversa (16h, no Foyer), Feira de Empreendimentos e Manifestações Afro-Brasileiras + Roda de Capoeira (Pátio Nobre) e apresentações artísticas (Palco Principal).           
às 17h, Pátio Nobre, Apresentação da Associação Zumbi Capoeira (45 min)
às 18h, Palco Principal, apresentação Filhos de Oyá (45 min)
às 19h, Palco Principal, apresentação Grupo Cultural Toque de Senzala (45 min)
Das 16h às 20h, Pátio Nobre, Feira de Empreendedores da comunidade das Expressões Culturais Afro-Brasileiras
Classificação: para todos os públicos

14h às 19h

[EXPOSIÇÃO] “Aqua – Uma Cartografia de Afetos e Deslocamento”, de Kennedy Saldanha
Local: Galeria Ramos Cotoco (Anexo CENA)
Visitação: de terça a sexta, das 9h às 19h; sábados e domingos, das 14h às 19h
Classificação: Livre – Acesso gratuito
A exposição é resultante de um projeto curatorial do jornalista e pesquisador em artes visuais Kennedy Saldanha que, ao longo de 10 anos, reuniu como um souvenir de viagem, as águas que foram sendo coletadas por amigos em viagens de férias ou a trabalho. E assim pode construir uma cartografia afetiva a partir do curso destes rios deslocados de seu espaço natural para compor um manifesto de preservação ao bem mais precioso do planeta terra. O projeto expográfico é do artista visual Narcélio Grud, que construiu a obra “Aguaceiro” que dá corpo à narrativa proposta aproximando o visitante de uma poética visual que pode ser vista de muitos modos.

Abertura da Tradicional Festa de Iemanjá no Aterro da Praia de Iracema 

Dia 14 de agosto  2023 (segunda-feira)

Às 18h00min, acolhida (10 min)
Às 18h10min, Falas institucionais: 
Às 18h10min, Pro Terreiro – (Pai Neto)
Às 18h15min, Associação Cultural de Umbanda Rainha Justiça  (Pai Raimundinho Dente de Ouro); 
Às 18h20min, Associação Cultural Afro Brasileira Pai Luiz de Aruanda   (Pai Ricardo de Xangô e Mãe Bia); 
Às 18h25min, Associação Espírita de Umbanda São Miguel (Carla Vanessa); 
Às 18h30min, Sociedade Espiritual de Umbanda Caboclo Indio (Pai Iran); 
Às 18h35min, Pai Varela; 
Às 18h40min, o Secretário Municipal de Cultura de Fortaleza ( Dr. Elpídio Nogueira);
Às 18h50min, apresentação Cultural Grupo Cultural D’Passagem  (30 min);
Às 19h20min, início da Gira (ritual) em homenagem a Rainha do Mar (3h40min);
Às 23h00min, Primeira oferenda para Iemanjá.

Continuação da Tradicional Festa de Yemanjá no Aterro da Praia de Iracema 

Dia 15 de agosto de 2023 (terça-feira)

Às 08h30min, Coco das Goiabeiras Rainha do Mar (60min)
Às 09h30min, Grupo Cultural ……………………….. (60min)
Às 10h30min, Grupo Cultural Toque de Senzala (60min)
Às 11h30min, Dança Cigana com a Cigana Kassandra e a Cigana Shoraya (60min)
Às 12h30min, Acolhida dos terreiros, falas institucionais e chegada da imagem de Yemanjá na jangada (90min)
Às 14h00min, Gira de Caboclo, Marinheiros, Reis, Rainhas, Príncipes e princesas em homenagem a mãe Yemanjá (180min)
Às 17h00min, Saída da jangada com as oferendas para a nossa Mãe Yemanjá a ser entregue na risca do mar, acompanhado com pontos cantado (cânticos) pelo o cantor “DGAL SOLO” (60min). 
Às 18h00min, encerramento.

Encerramento dos Festejos de Iemanjá, no Theatro José de Alencar

Dia 17 de agosto de 2023 ( quinta-feira)
9h às 19h

[EXPOSIÇÃO] “Aqua – Uma Cartografia de Afetos e Deslocamentos”, de Kennedy Saldanha
Local: Galeria Ramos Cotoco (Anexo CENA)
Visitação: de terça a sexta, das 9h às 19h; sábados e domingos, das 14h às 19h
Classificação: Livre
Acesso gratuito
A exposição é resultante de um projeto curatorial do jornalista e pesquisador em artes visuais Kennedy Saldanha que, ao longo de 10 anos, reuniu como um souvenir de viagem, as águas que foram sendo coletadas por amigos em viagens de férias ou a trabalho. E assim pode construir uma cartografia afetiva a partir do curso destes rios deslocados de seu espaço natural para compor um manifesto de preservação ao bem mais precioso do planeta terra. O projeto expográfico é do artista visual Narcélio Grud, que construiu a obra “Aguaceiro” que dá corpo à narrativa proposta aproximando o visitante de uma poética visual que pode ser vista de muitos modos.

15h – [IV FESTA DE IEMANJÁ] Roda de conversa “Educação e Cultura”
Local: Sala Izaíra Silvino (Foyer)
Gratuito

16h – [PATRIMÔNIO] Visita Guiada Especial com Vilani Moreira Barbosa
Local: Jardim de Burle Marx
Gratuito
Um manifesto pelo jardim. A forte e cultivada relação de Vilani Moreira Barbosa com mundos vegetais nos sensibiliza. Advogada por profissão e jardineira em todas as horas, Vilani já atuou como guia cultural no TJA. No trajeto, ela nos convida a olhar melhor o movimento contínuo da vida apreciando a diversidade no jardim projetado por Burle Marx (1909-1994).

17h às 18h30 – [LITERATURA] Lançamento do livro de Marcelo Costa
Local: Pátio Nobre
Gratuito

17h30 – [IV FESTA DE IEMANJÁ] Apresentação Maracatu de Aracati
Local: Calçada e Saguão
Gratuito

19h – [TEATRO] “Das que ousaram desobedecer”, da Cia Brávia de Teatro
Local: Palco Principal (100 lugares)
Duração: 60min
Classificação: 12 anos
Gratuito – distribuição de senhas 1h antes, por ordem de chegada.
O espetáculo fala sobre mulheres cearenses que lutaram contra a ditadura do Regime Militar dos anos 1960 e 1970 no Brasil. Rosa da Fonseca, Nadja Oliveira, Ruth Cavalcante, Helena Serra Azul, Rita Sipahi, Beliza Guedes, Jana Barroso são algumas dessas mulheres que tiveram suas histórias de luta marcadas por um regime opressor e cruelmente repressor. As atrizes se deixam atravessar pelas memórias dessas mulheres e tentam reviver as sensações através de suas narrativas.

A primeira semana de agosto trouxe para a programação cultural a coletiva Pretarau e um cine debate em alusão ao Dia Internacional de Conservação dos Manguezais, além da abertura das inscrições para a terceira turma Curso Extensivo em Audiovisual do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (SECULT), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM).

A Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (SEMA), equipamentos do Instituto Dragão do Mar (IDM), o Complexo Ambiental e Gastronômico da Sabiaguaba e o próprio CCBJ, e parceiros, como Ecomuseu Natural do Mangue e ONG Aquófilos, em alusão ao Dia Internacional de Conservação dos Manguezais, realizou no dia 3 de agosto a exibição de filmes e um bate-papo com a professora Sandra Sandra Beltran-Pedreros, doutora em Biologia Marinha, professora e diretora da Aquófilos, organização da Sociedade Civil, no Teatro Marcus Miranda do CCBJ.

Além disso, a programação cultural do CCBJ contou com o Sarau das Pretas, atividade que aconteceu no sábado (05), promovida e organizada pela Coletiva Pretarau, compondo o programa Jardim de Possibilidades do CCBJ. Uma iniciativa inédita e independente de mulheres negras artistas, poetas e slammers da cidade de Fortaleza e região metropolitana, que surge no ano de 2019 por meio da necessidade de um espaço voltado para a celebração de suas poemas, fortalecimento da sua arte e contribuição para a sua divulgação na cena artística nordestina e brasileira.

A Biblioteca Cristina Poeta do CCBJ, por meio do programa Sombrinha Literária, trouxe para o Ciclo de Leitura da semana a leitura do livro “A Incrível Expedição aos Dinossauros” e para o Cine Leitor a exibição do filme “Festa no Céu”. A programação acontece semanalmente nas terças e quintas-feiras na Biblioteca e é aberta ao público geral que frequenta o equipamento.

A programação do CCBJ contou com diversas oficinas e atividades promovidas pelo seu Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE), voltadas para crianças e adolescentes frequentadores do equipamento, trabalhando o tema “Memória e Patrimônio”: a atividade “Pintando a Memória”, promovida pela Rede Cultura Infância, “Memória e Identidade”, promovida no projeto SohUzCria, as atividades “Colorindo com Cidadania” e “Pintura e Patrimônio”, promovida pelo projeto Vivências Artísticas e a atividade “Desenho e pintura: ancestralidades”, promovida pelo projeto NArTE em Cores.

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O Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), por meio do Programa de Audiovisual da Escola de Cultura e Artes, lamenta a morte de Douglas de Paula. O produtor audiovisual carrega um nome importante para o audiovisual cearense pela sua atuação como produtor e como militante da cultura. Doug, como era conhecido, mediou a participação de alunos da segunda turma de Extensivo em Audiovisual como monitores do júri jovem e da produção da 20° edição do festival NOIA.

Doug foi presidente da Câmara Setorial da linguagem, órgão consultivo ligado à Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado do Ceará (ADECE), diretor do Mercado Audiovisual do Nordeste, membro fundador da Conexão Audiovisual Centro-Oeste, Norte, Nordeste (CONNE), além de uma figura constante nos bastidores em diversas edições do do Festival Cine Ceará.

Nos solidarizamos com amigos e familiares de Doug e suas produções no cinema cearense serão sempre lembradas e revisitadas pelo CCBJ, por meio do Programa de Audiovisual da sua Escola de Cultura e Artes.

Buscando proporcionar um ambiente inclusivo e acessível para todes, além de dispor de intérpretes de Libras nos cursos, atividades e programações culturais, o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), por meio da sua Escola de Cultura e Artes, também oferece atendimento especializado em Libras. 

O serviço de atendimento especializado com intérpretes de Libras deve ser solicitado por meio de agendamento prévio, preenchendo o formulário disponível no link: https://bit.ly/AtendimentoLibrasCCBJ 

Desde 2020, o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (SECULT), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), promove programações virtuais e presenciais com janela de intérpretes de Libras. Nos últimos três anos, o equipamento expandiu o serviço de intérpretes para tradução e interpretação de editais e chamadas públicas e aulas ministradas na Escola de Cultura e Artes do CCBJ.

Hoje, Sara Martins e Emilly Magalhães, intérpretes de Libras da Escola de Cultura e Artes do CCBJ fazem a tradução de aulas e oficinas de acordo com a demanda de pessoas surdas matriculadas em cada um dos cursos. Além disso, as intérpretes também auxiliam a secretária escolar, coordenações, assistências e supervisões no que tange a acessibilidade comunicacional (Libras/Port), colaboram junto à supervisão e assistência pedagógica na construção de materiais acessíveis relacionados à língua brasileira de sinais em documentos e no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e atuam na  interpretação em ações formativas ligadas a Escola de Cultura e Artes do CCBJ.

Sobre a importância dos intérpretes de Libras atuando nos cursos e formações do CCBJ, Vitória Sâmea, Supervisora do Programa de Acessibilidade da Escola de Cultura e Artes do CCBJ, diz que “compreendemos, enquanto Escola de Cultura e Artes, que ter acesso a arte e cultura é direito de todas as pessoas, desse modo, pessoas surdas podem ter acesso quando se tem também Tradutores e  Intérpretes de Libras”.

Além das intérpretes da Escola de Cultura e Artes do CCBJ, o equipamento também conta com uma equipe de quatro intérpretes de Libras para tradução de chamadas públicas e editais e interpretação simultânea de programações culturais. O CCBJ está sempre trabalhando para que os serviços oferecidos pelo equipamento sejam acessíveis para todes, como a educação, cultura e artes devem ser.

A programação cultural e formativa da Colônia de Férias do CCBJ animaram a segunda metade de julho no Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria de Cultura do Governo do Estado do Ceará (Secult), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM). Duas semanas repletas de oficinas, minicursos, atividades e apresentações de música, dança e teatro, trazendo experiências divertidas e educativas na cultura e arte da periferia.

O CCBJ, por meio do seu Núcleo de Articulação Técnica Especializada (NArTE) e eixo de Ação Cultural, promoveu diversas atividades voltadas para crianças e adolescentes da comunidade, desde brincadeiras à oficinas artísticas para animar a última semana de férias da criançada. A programação contou com um passeio à Caixa Cultural, gincanas populares, campeonato de dominó e futemesa, oficina de pipas, desenho e pintura e mamulengos, jogos recreativos e até batalhas de TikTok.

A Escola de Cultura e Artes do CCBJ garantiu o aprendizado da galerinha, oferecendo 11 minicursos de férias nas linguagens de Audiovisual, Cultura Digital, Acessibilidade, Música, Dança e Teatro. Os minicursos foram ministrados por monitores dos programas de ensino do CCBJ, proporcionando uma experiência única não só para as crianças e adolescentes da comunidade, mas também para quem já vive imerso diariamente na rotina da Escola de Cultura e Artes do CCBJ.

Os cursos oferecidos foram: Oficina de Prática de Libras Básico para Adultos e Idosos, ministrado por Liliane Moraes Freitas e Amanda Aureliano; Produção audiovisual: o processo e a prática, ministrado por Ricco Sales; Narrativas de Cinema de Horror e Medo, ministrado por Priscila Smiths; Informática Básica, ministrado por Karine Almeida Miguel Ângelo; Iniciação à Pixel Art, ministrado por Wyll Mota; Iniciação à Modelagem 3D, ministrado por Wyll Mota; Oficina de Violão: Música Popular Nordestina, ministrado por Weverton Oliveira; Vivência de Agbê / Xequerê com Mulheres: Toques da Cultura Popular, ministrado por Nicoly Araújo; Do Majorette Hip Hop a Dança Experimental, ministrado por Lucas Vaz e Fran Córnio, Montagem coreográfica em danças contemporâneas, ministrado por Monalisa Gomes e Brincação – Jogos Teatrais para Crianças, ministrado por Eliaquim Carneiro.

A programação cultural durante a última semana de julho trouxe diversas atrações para a Praça Central e Teatro Marcus Miranda do CCBJ. Os programas fixos do CCBJ trouxeram edições especiais, com artistas e convidades voltados para a programação da Colônia de Férias do CCBJ. O Teatro em Pauta promoveu a exibição do espetáculo “O Pescador e o Barquinho”, de Evan Teixeira e do espetáculo “Um Pé de Moringa – Espetáculo infantil”, do Coletivo Miúdo de Teatro. As Solicitações de Pauta do CCBJ também compuseram a programação de férias, com a exibição do espetáculo “Luzia”, de Ana Prudêncio. A programação de sábado à noite encerrou em grande estilo com o programa Todos os Sons, que trouxe o Baile da Negona, com a DJ Negona, na Praça Central do CCBJ.

Programa Sombrinha Literária da Biblioteca Cristina Poeta também promoveu uma programação especial de férias durante a semana. O projeto Ciclo de Leitura trouxe a leitura do livro “Fofoca Reversa”. No Cine Férias, foi exibido o filme “UP – Altas Aventuras e o Karaokê da sexta-feira também veio em clima de férias, proporcionando um momento divertido para as crianças e adolescentes frequentadores da Biblioteca Cristina Poeta do CCBJ.

Acompanhe a programação artística e cultural semanal do CCBJ através do InstagramFacebook e site do CCBJ.

O Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria da Cultura do Governo do Ceará (SECULT), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM) teve a honra de cruzar caminhos com Rogério Mesquita, ator e produtor cearense, um dos fundadores do grupo Bagaceira.

Rogério Mesquita foi professor da primeira turma do curso extensivo em teatro do Centro Cultural Bom Jardim, por meio da sua Escola de Cultura e Artes, em 2018.

Esteve como professor da Programa de Teatro do CCBJ em períodos durante 2016 a 2019 , integrando o corpo docente nos cursos livres de teatro.

Em nossos palcos, Rogério Rodrigues, protqgonizou no CCBJ em 2019 com o grupo Expressões Humanas de Herê Aquino, com a peça “O ano que não acabou”, que retratava tempos da ditadura militar.

O CCBJ se solidariza com amigos e familiares desse artista incrível, que compôs o corpo docente do equipamento e proporcionou aos que tiveram a honra de participar de suas aulas, momentos de aprendizado e imersão na arte teatral.

Na foto, ele pousa em uma de nossas artes expostas nas paredes do equipamento. E como essa foto, que eternize em nossos corações e memórias sua arte e seu sorriso.

O Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), equipamento da Secretaria de Cultura do Ceará (SECULT CE) gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), estreita laços com artesãs do Grande Bom Jardim por meio do Café com as Artesãs, encontro mensal que se ramifica também em feiras de artesanatos no equipamento.

A iniciativa do CCBJ se dá por meio do Núcleo de Articulação Técnica Especializada, o NArTE, um dos setores do equipamento, e visa o fortalecimento da rede de artesãs do território. Segundo Aurianderson Amaro, articulador comunitário do CCBJ, a necessidade de fortalecer a relação com essas profissionais foi percebida com o retorno das atividades presenciais, após a pandemia de Covid-19.

Em abril de 2022, o Café com as Artesãs surgiu e, nas últimas quartas-feiras de cada mês, as artesãs e os articuladores comunitários do NArTE fazem um café partilhado nos ateliês dessas artesãs, enquanto discutem acerca de temas como economia criativa, direitos humanos e vida comunitária. Além disso, os encontros contam com oficinas, trocas solidárias e articulação de ações sociais e eventos, como as feiras.

Aurianderson conta que muitas artesãs não se conheciam e, por meio das ações conjuntas, elas têm encontrado valor no cuidado e na partilha solidária. “Elas vêm se fortalecendo, conversando sobre suas dificuldades e conquistas, trocando experiências e aprendendo a criar coletivamente.”

Café com Cristina Sousa

A fala do articulador comunitário é reforçada pelo relato de Cristina Nascimento de Sousa. “Os encontros nos fortalecem coletivamente, o fazer coletivo é diferente e ousado, o Café com as Artesãs trouxe essa linguagem de parceria, sororidade e feminismo, pois possibilita nos conhecer e crescer coletivamente”. 

Entre artesãs que trabalham de forma individual, grupos produtivos e associações, Cristina é uma das 24 artesãs que fazem parte do projeto. Ela trabalha com artesanato há 15 anos e faz parte do grupo produtivo Criart, coletivo de mulheres que atua na economia solidária.

Para a artesã, as principais contribuições do Centro Cultural Bom Jardim para o artesanato e para os artesãos no território do Grande Bom Jardim é a orientação de Aurianderson Amaro e Shirley Lima e o espaço que o equipamento cede às feiras de artesanato.

CCBJ incentiva a arte e cultura periférica em produção artesanal

Além das feiras de eventos do CCBJ, foi criada a feira-fixa, que acontece todas as segundas sextas-feiras de cada mês na instituição. A feira-fixa foi pensada pelas mulheres que fazem parte do Café com as Artesãs a fim de criar, conforme Cristina, vínculos com moradores dos arredores do CCBJ e de apresentar seus produtos para os usuários do equipamento.

De acordo com Aurianderson, as feiras realizadas no CCBJ têm o intuito de “fazer fruir a cultura local, incentivar a economia e o empreendedorismo do território”. Nesse sentido, além das artesãs do Café com as Artesãs, as feiras de eventos priorizam a rotatividade de feirantes.

“Atualmente temos um cadastro de feirantes lançado em novembro de 2022 e conta com mais de 50 pessoas que têm como renda principal ou renda secundária o artesanato, comidas e demais serviços”, conta. Esse cadastro é acionado nos eventos da instituição e, dessa forma, os setores NArTE e Ação Cultural impulsionam o trabalho cultural do Grande Bom Jardim.

“Todas as artesãs que participam do nosso projeto são mulheres que empreendem, que criam e lutam diariamente para manter seu saber vivo, isso é muito inspirador!”, declara Aurianderson Amaro. O articulador comunitário atribui a ligação desses setores do CCBJ com a produção artesanal ao desejo de mostrar a cultura e a arte da comunidade, considerando o artesanato como fonte de produção de renda e de autoestima para as artesãs.

Para participar dos encontros Café com as Artesãs e ingressar na feira mensal exposta no CCBJ, entre em contato com a Articulação Comunitária por WhatsApp: (85) 9138-9742.